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Capítulo І
1
MEIRA, Silvio A. B. A Lei das XII Tábuas. Fonte do Direito Público e Privado. 3. ed. Rio de Janeiro: ed.
Forense.
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“Se ainda não atingiu a purbedade, que seja fustigado com varas, a critério do
pretor, e que indenize o dano”.
Os interpretes das Leis na idade média, acolheram uma legislação que tinha
como determinação impossibilitar que os adultos não fossem punidos por atos
delituosos que foram praticados quando ainda eram crianças.
A Lei 8069 de 13 de julho de 1990, foi consagrada como uma das mais
modernas legislações menoristas do mundo, conhecido como ECA, ou seja, Estatuto
da Criança e do Adolescente, que este ano atingiu a sua maior idade, uma vez que
completou 18 anos.
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2
A Constituição Federal da República , em seu art. 227, caput, estabelece que:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o
direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
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3
Essas eram as mesmas expressões contidas no 2º Código de Menores ao tentar explicar a situação irregular.
5
Até o momento não existe uma opinião equânime na doutrina no que diz
respeito as possíveis causas que levam o menor a cometer atos infracionais. O que
ocorre são meramente suposições de cunho social no que tange os desvios de
conduta que deságuam no repudio da sociedade.
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VERONESE, Josiane Rose Petry. Os Direitos da Criança e do Adolescente. São Paulo: LTr, 1999, p. 96.
5
PAULA, Paulo Afonso Ganido de. Menores, Direito e Justiças: Apontamento para um Novo Direito das
Crianças e Adolescentes. São Paulo: Ed. Revista dos Tribunais.
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“Verifica-se no texto legal que o Estado não pode ser responsabilizado por
nada, somente aparecendo depois de instalada qualquer hipótese que configure
situação irregular, fazendo-se presente unicamente através de seu poder coercitivo,
que o autoriza a intervir, amena ou drasticamente na vida do menor ou de sua
família 6“.
Podemos afirmar que, para que seja combatida a delinqüência que já existe
em nossa sociedade a segregação na verdade ao contrario do que se pensa não
recupera, e sim, degenera ainda mais esses jovens. De certa forma não reflete
nenhuma eficácia, e sim, desespero, reincidência e revolta. De fato isso não é o que
se espera para os jovens de nossa sociedade.
6
PAULA, Paulo Afonso Ganido de. Menores, Direito e Justiça: Apontamentos para um novo Direito das
Crianças e Adolescentes. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais.
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7
CAVALLIERI, Alyrio. Falhas do Estatuto da Criança e do Adolescente. Rio de Janeiro: Forense, 1997, p. 54-
56.
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e a pessoa maior de dezoito anos vem crescendo muito, com base no argumento de
que a legislação atual é complacente e por conseqüência disso só contribui para que
cresça ainda mais o desvirtuamento social desses menores. O que se busca dizer
com isso é que na verdade não existe menor infrator vítima da pobreza, da falta de
oportunidade de estudo, de trabalho ou do abandono, e sim produtos que se
encontram em constante exposição de carência moral e que se entregam ao crime
por vontade e iniciativa própria, uma vez que se entende que o jovem de hoje já
possui um certo discernimento do que é prejudicial para o seu desenvolvimento e
convívio em sociedade, sendo capaz de saber fazer a distinção entre o que é lícito
ou ilícito de forma plena.
8
AMARAL E SILVA, Antônio Fernando do. Estatuto da Criança e do Adolescente. Comentado. 5. ed. Ver. Emp.
São Paulo: Editora Malheiros, 2002.
10
Comentários ao Estatuto da Criança e do Adolescente. 5ª ed. São Paulo: Malheiros, 2000, p. 72.
10
CURY, Munir (coord.); SILVA, Antônio Fernando do Amaral e (coord.); MENDEZ, Emílio García (coord.).
Estatuto da Criança e do Adolescente Comentado. 3ª ed., 2ª tiragem. São Paulo: Malheiros, 2001, p. 313.
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com o menor infrator está na ausência de estabelecimentos que sirva para contribuir
na correção, recuperação e formação da personalidade desses menores.
“... O juiz fará a aplicação das medidas segundo a sua adaptação ao caso
concreto, atendendo aos motivos e circunstâncias do fato, condições do menor e
antecedentes. A liberdade, assim, do magistrado é a mais ampla possível, de sorte
que se faça uma perfeita individualização do tratamento. O menor que revelar
periculosidade será internado até que mediante parecer técnico do órgão
administrativo competente e o pronunciamento do Ministério Público, seja decretado
pelo juiz a cessação da periculosidade, assim, este é um traço marcante no
tratamento de menores. Toda vez que o juiz verifique a existência da periculosidade,
ele determinará a defesa social, fica com a obrigação de determinar a internação.
Contudo, ao administrar as medidas sócio-educativas, o Juiz da Infância e da
Juventude não se aterá apenas às circunstâncias e a gravidade do delito, mas
sobretudo, às condições pessoais do adolescente, sua personalidade, suas
referências familiares e sociais, bem como a sua capacidade de cumpri-la11”.
Capítulo ІІ
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PAULA, Paulo Afonso Ganido de. Menores, Direito e Justiças: Apontamentos para um novo Direito das
crianças e adolescentes. São Paulo. Ed. Revista dos Tribunais.
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І – advertência;
ІV – liberdade assistida;
2.1 Da Advertência
Esta medida pode ser uma das mais tradicionais do Direito do Menor, porque
constava no primeiro Código de Menores de 1979, no artigo 14 , І, com a
nomenclatura de “Medidas de Assistência e Proteção”.
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ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Artigo 115, da Lei 8069 de 13 de julho de 1990.
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ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Artigo 114, da Lei 8069 de 13 de julho de 1990.
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O tema possui como primeira impressão, é que se fala respeito de algo que
não é juridicamente admissível, ou seja, no caso de se tratar de incapaz que pratica
um ato que cause dano patrimonial, ele não poderá ser responsabilizado civilmente,
conforme descrição estabelecida pelo Código Civil de 2002, em seus artigos 3°, І e
4°, І.
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ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Artigo 116 da Lei 8069 de 13 de julho de 1990.
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“Os pais, pelos filhos menores que estiverem sob sua autoridade e em sua
companhia18”.
A medida tem por objetivo mostrar aos jovens as conseqüências do ato ilícito
que cometeu, fazendo com que a finalidade para a qual ela foi criada seja
alcançada, ou seja, ela visa sempre a ressocialização.
Por fim, devemos dizer que muitas vezes por conta da condição econômica
do infrator isso acaba resultando em impedimento para que o mesmo constitua um
patrono, inviabilizando a aplicação da medida, neste caso, a mesma deverá ser
substituída por outra que seja adequada e que atenda ao mesmo propósito, que é a
sua aplicação na Justiça da Infância e da Juventude, realizados sempre com muita
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Código Civil. Artigo 932, caput. Ed. Saraiva. Ano 2002.
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Por conta do seu caráter dúbio, essa medida é bastante aplicada nos casos
dos adolescentes infratores, ou seja, da mesma forma que serve para trabalhos
comunitários, também desperta nesses jovens o prazer de estar ajudando de forma
humanitária as pessoas envolvidas. Dessa forma a ressocialização passa a ser
apenas uma maneira de realizar o trabalho, deixando de ser apenas uma finalidade
primária. Essa medida quando aplicada aos menores infratores de classe média,
alcança excelentes resultados, já que os coloca diante de uma realidade nua e crua,
da qual nunca haviam participado.
Essa medida faz com que esses jovens repensem sobre seus atos de
infração, diminuindo assim a sua provável reincidência. Nestes casos a
ressocialização é visível e ocorre com grande freqüência. Já que isolar esses jovens
da sociedade raramente recupera e o trabalho realizado para a sociedade é
favorável edificante para ambos.
A prestação de serviços comunitários não pode exceder a um período de seis
meses, funcionando de forma conjunta com as entidades de assistência, hospitais,
escolas e outros estabelecimentos, como também atendem a programas
comunitários e governamentais, como dispõe o artigo 117 do ECA.
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ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Artigo 117 da Lei 8069 de 13 de julho de 1990.
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ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069, de 13 de Julho de 1990. Seção V. Da Liberdade
Assistida. Artigo 118, § 2°.
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ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069, de 13 de Julho de 1990. Seção VI. Do Regime de
Semiliberdade. Artigo 120, caput.
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pode ser aplicado desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto,
possibilitando a atividades externas, independentes da autorização judicial.
O que se pode dizer de fato é que a aplicação dessa medida é difícil. Não
existem locais adequados para que seja feita a sua execução, que acabam sendo
realizados em estabelecimentos destinados à internação. A execução das medidas
22
LIBERATI, Wilson Donizete. Comentários ao Estatuto da Criança e do Adolescente. 5. ed. São Paulo: Editora
Malheiros, 2000.
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2.6 Da Internação
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ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Artigo 121, caput e § 1°e seg. da Lei 8069 de 13 de julho de 1990.
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Diante desse fato é que surge uma outra discussão sobre a redução da
maioridade penal. A redução da maioridade penal é defendida porque as
estatísticas de marginalidade vem crescendo de forma assustadora. Entretanto na
contramão dessa discussão surge a opinião dos que entendem a justiça dos
menores, aplicada de forma adequada, visando à responsabilidade penal como
forma de solucionar o problema com os menores infratores.
O prazo máximo para essa medida é de 45 dias, e pode ainda ser reduzido
diante das necessidades do caso. Não há nenhuma definição legal específica que
determina quem pode requerer a internação. Entretanto não teria a autoridade
policial o interesse de pedir a internação, uma vez que o procedimento é de entregar
o adolescente aos pais ou responsáveis, ou encaminhá-lo diretamente ao Ministério
Público, onde a internação é requerida ordinariamente.
A noção de culpabilidade não tem a sua aplicação por ela embasada, uma
vez que a culpabilidade é própria do crime. A princípio, é de se ressaltar que uma
vez que não esta em pauta o interesse da parte lesada, mas sim buscar a proteção
desse infrator, nesse caso não há em se falar em no que tange os atos infracionais a
aplicação do instituto da representação criminal.
A culpabilidade penal não esta sendo tratada aqui, já que sua estrutura,
compreende a imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e a inexigibilidade
de conduta diversa, da mesma forma não se podem levar em consideração os
aspectos como insanidade mental para que seja afastada a possibilidade de se
aplicar à medida sócio-educativa.
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ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei 8069, de 13 de
Julho de 1990. Seção I. Disposições Gerais. Artigo 112, § 3°.
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25
Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988. Capítulo VII. Da Família, da Criança, do
Adolescente e do Idoso. Artigo 228.
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Havendo outras iniciativas mais benéficas, tais atribuições não serão motivo
de impedimento. No momento em que o Juiz ou o membro do Conselho Tutelar
aplicar a medida, o parâmetro traçado deve ler em consideração o fortalecimento do
vínculo familiar e comunitário. Dessa forma a medida a ser aplicada deve, no que for
mais benéfico, manter, por exemplo, a criança ou adolescente junto a sua família26.
26
VALTER, Keniji Ishida, Estatuto da Criança e do Adolescente. Doutrina e Jurisprudência. 9ª ed. p. 151. São
Paulo. Editora Atlas. Ano 2008.
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Como pode ser observada, tal medida só podem ser aplicadas nos casos
mais graves. Deve-se levar em consideração, como já foi mencionado, a simples
ameaça e a violência considerada leve contra a pessoa não encontram abrigo no
inciso І. Já no inciso ІІ, deve-se observar que não basta que se cometa infrações
várias vezes. Não se pode tirar do inciso ІІІ a lição de que ao se descumprir uma
medida observada como branda, realizada por ato de pouca gravidade, ao final,
termine na internação.
A sociedade não pode continuar a disposição dos delitos cada vez mais
graves e violentos de adolescentes extremamente frios. Porém, a medida de
internação não é uma forma cruel de punir os infratores que se encontram em pleno
desenvolvimento psicológico e social.
Na verdade a medida pode ser considerada leve, uma vez que possui prazo
máximo de três anos, podendo sofrer progressão ou até mesmo ser revogada a
qualquer tempo, desde que os relatórios apresentados pelo centro de internação
tenham parecer favorável para que ocorra a reinserção do menor na sociedade e na
família.
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ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Artigo 121, caput, da Lei 8069 de 13 de julho de 1990.
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Código Civil, 2007. 13ª edição. Artigo 5° da Legislação.
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“O fato de o menor infrator ter atingido a imputabilidade penal no curso da representação não impede que a ele
se apliquem as normas contidas no ECA (artigo 2°, parágrafo único e 104, parágrafo único), pois o que importa é
que na data do fato o jovem era inimputável”. (Apelação Cível n° 70003138815, 7ª Câmara Cível do TJRS,
Bento Gonçalves, Rel. Des. José Carlos Teixeira Giorgis. J. 06.03.2002).
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maior idade, mas sim aos 21 anos de idade. Como pode ser observado no parágrafo
único do artigo 2° da Lei 8069/90 do Estatuto da Criança e do Adolescente30.
Art. 2º Considera-se criança, para os efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos
de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.
Para que uma medida seja aplicada é necessário que se faça uma verificação
para saber qual a mais adequada, entretanto pode o julgador levar em consideração
o estudo social, o qual pode ser determinado de ofício ou através de requerimento
das partes.
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b) Conceder remissão;
c) Representar ou
Porém antes de optar por tomar qualquer das medidas acima descrita, deverá
o Ministério Público ouvir o adolescente, seus pais ou seu responsável, já que esse
é um direito do adolescente que se encontra estabelecido no artigo 108, inciso V, do
Estatuto da Criança e do Adolescente.
devemos guardar tal nomenclatura tão somente a peça que inicia a ação penal
privada. Na verdade se materializa com o boletim de ocorrência, pois, refere-se à
comunicação da ocorrência.
adolescente na fase pré-processual, não significa que possa aplicar a medida sócio-
educativa, já que se trata de função exclusiva do magistrado32.
Capítulo ІІІ
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Apelação Cível n° 70005488622, 7ª Câmara Cível do TJRS, Santa Cruz do Sul, Rel. Des. José Carlos Teixeira
Giorgis. J. 12.03.2003, maioria dos votos.
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Apelação Cível n° 70003329976, 8ª Câmara Cível do TJRS, Canoas, Rel. Des. Rui Portanova. Redator p/
Acórdão Des. José Ataídes Siqueira Trindade. J. 28.02.2002.
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Os Conselhos de Direitos:
Os Conselhos Tutelares:
Para que cada criança e adolescente seja atingida de fato pelos direitos , a
norma determina a criação de conselhos tutelares, que são órgãos que retiram dos
juizados da infância e da juventude às funções de assistentes sociais que envolvem
esses jovens. O Conselho Tutelar busca soluções para os casos que envolvem
34
ECA. Estatuto da Criança e do Adolescente. Artigo 88, ІІ, da Lei 8069 de 13 julho de 1990.
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violação dos direitos das crianças e dos adolescentes, encaminhando estes casos
para o Ministério Público, desenvolvendo trabalhos dentro da comunidade e junto
com as famílias.
colocação desse jovem em uma família substituta, o que não será resultado de
privação da liberdade.
5. Dos Recursos
Um outro ponto que merece destaque é que o prazo para todos os recursos é
de dez dias, nesse prazo não entra o agravo de instrumento e os embargos de
declaração.
Conclusão
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Recurso de Apelação N° 1.0000.00.223.585.-1/00, Câmara Cível do TJMG, Sete Lagoas, Rel. Des. Hyparco
Immes. J. 16.05.2002, decisão unânime.
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vida em sociedade é muito mais difícil, pois ele volta muito pior, cometendo cada vez
mais atos de violência e totalmente anti-social.
A sociedade observa o jovem infrator de forma evidente, em virtude disso,
critica suas ações inconseqüentes. Não podemos negar que grande parte desses
jovens são de fato aprendizes de marginais perigosos, com a indiscutível tendência
voltada para o crime, porém uma parte considerável deles, sofrem com o descaso,
abandono social que tem o seu início na família, que por muitas vezes é constituída
por pais inconseqüentes, irresponsáveis, que fazem uso de drogas e álcool, estão
desempregados, incapazes de oferecer o mínimo de condições básicas para a
criação e educação de seus filhos.
As famílias brasileiras não encontram nenhum tipo de apoio básico das
políticas sociais que envolvem a saúde, educação, segurança, e em conseqüência
disso as crianças e os adolescentes acabam tendo que se deparar com essa dura
realidade desde de pequenos, sentindo-se desprotegidos e sofrendo com essa
desigualdade. Esses jovens são totalmente desprovidos de sonhos, já que estão
acostumados a conviver com “nada”, passando a viver nas ruas com todo tipo de de
situação e acabando por se envolver com pessoas mais velhas que acaba iniciando
essas crianças e adolescente no mundo do crime.
BIBLIOGRAFIA
GOMIDE, Paula Inez Cunha. Menor Infrator: A Caminho de um Novo Tempo. PR.
2. ed. Juruá, 1998.
MEIRA, Silvio A. A Lei das XII Tábuas – Fonte do Direito Público e Privado. ed. 3.
Rio de Janeiro: ed. Forense.
PASCUIM, Luiz Eduardo. Menor Idade Penal. PR. Ed. Juruá, 2007
PAULA, Paulo Afonso Ganido de. Menores, Direito e Justiças: Apontamento para
um Novo Direito das Crianças e Adolescentes. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais.
PRATES, Flavio Cruz Marina. Adolescente Infrator. PR. 1°ed. Ed. Juruá, 2001.
RODRIGUES, Silvio. Direito Civil – Parte Geral. v. I. 34ª ed. São Paulo: Saraiva,
2007.