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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR DE HISTÓRIA

Artigo elaborado a partir do estudo desenvolvido para a Linha 1: Muitas formas


de ser professor: significados e sentidos da formação e do trabalho docente
expressos por alunos e egressos das licenciaturas do Uni-BH.

Lúcia Maria da Silva1

INTRODUÇÃO

Este artigo propõe e defende a importância da metodologia de


pesquisa para a pesquisa do ensino na formação do professor de história.
Neste sentido é introduzido o estudo interdisciplinar nas universidades
focando as praticas cotidianas nas escolas, na busca de uma construção
coletiva, numa diversidade de abordagens, com perspectivas teóricas, sociais,
econômicas e culturais.

A FORMAÇÃO DO EDUCADOR

A formação de professores de história requer o conhecimento de


outras áreas, como língua portuguesa, matemática, ciências, geografia, artes,
filosofia, economia, didática, sociologia, etc. introduzindo-se dessa forma a
interdisciplinaridade no ensino na tentativa de aprofundar o conhecimento
necessário para o bom exercício na área de história, pois para conhecer a
disciplina de história o discente necessita de anos de estudo, algo que torna
sua formação muito lenta e exige o estudo continuamente.

1
Aluna do 4º período do curso de História do Centro Universitário de
Belo Horizonte (Uni-BH).

1
Sobre esse aspecto, Borges (1993, p. 81 - 82) observou que a
formação universitária de professores de história é demorada e supõem que o
professor conheça muito bem como é produzido essa forma de conhecimento,
pois deste modo "estará ele em condições de evitar um ensino repetitivo e
memorizado em defesa da cultura, pautando ao acesso do conhecimento por
meio, por exemplo, de realização de leituras e participação de congressos". E
trabalhar por este ângulo é trabalhar a história de uma forma, reconhecendo
que nela existe toda uma diversidade de abordagens, fazendo do passado uma
leitura com termos de referências recentes que abrangem o hoje e o agora,
com perspectivas sociais teóricas, ou uma concepção de vida de mundo.
Para muitos autores como: Clarice Nunes e Marta Carvalho, a história
da educação é percebida como um campo de investigação da historia cultural,
pois se decifraria a realidade do passado por meio das representações, pelas
quais os homens expressam a si e ao mundo por meio de olhares e ações
continuas. Este estudo foi realizado sobre o ensino de história na década de
setenta, levou em conta essa nova abordagem historiográfica, que tem
influenciado deste então a história da educação e a formação do professor de
história no que diz respeito à implicação dos instrumentos conceituais.
Sendo assim é introduzido o estágio na academia, como sendo
essencial para a formação do professor que necessita de um forte
embasamento teórico, que propicie um olhar investigativo, crítico e reflexivo
sobre o contexto escolar. Mantendo um contato direto com a realidade da
escola, focando as praticas cotidianas da sala de aula, com diferentes
enfoques na pratica educativa, ampliando os trabalhos interdisciplinares
redigidos com colegas e professores da universidade, incentivando-os e
colocando-os em pratica na escola - num projeto adotivo entre escola,
universidade, família e sociedade.
Neste sentido é lançado um desafio para a didática, já que ocupa um
lugar de destaque na formação de educadores, especialistas e professores
numa perspectiva multidimensional, pois a educação perpassa todos os
setores da sociedade sendo assim, a educação deve assumir um elo entre
escola e sociedade numa visão global-informatizada, capacitando os formados
com vistas as sua vida pessoal e profissional.

2
Nessa parte, deve ser adjetivo de qualquer professor de história
preocupar-se com a formação de um espírito critico e reflexivo, voltando para a
compreensão do processo histórico na busca de um ensino que venha romper
com o ainda "insistente ensino tradicional" na luta por uma escola mais
democrática que venha trabalhar com a realidade do aluno, permitindo assim
trabalhar com a memória e visão critica na esfera local em que vive.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do que foi apresentado, a formação do professor de história


deve conservar a ele a noção de tempo histórico não apenas como tempo
cronológico, linear e progressista, mas principalmente como tempo social
marcado pela pluralidade de ritmos, acontecimentos, anterioridade e
posteridade de fatos, bem como pelas constantes rupturas.
Ao ser inserida a interdisciplinaridade na formação do professor de
história é apontado o caminho para construção de uma escada mais
democrática que conscientize os alunos a excederem a sua cidadania.

Referências:

FAZENDA, Ivani. Metodologia da pesquisa educacional. 7.ed. São Paulo:


Cortez, 2001. 174 p.
GUIMARÃES, Selva Fonseca. Caminho da história ensinada. 6.ed. Campinas:
Papirus, 2001. 169 p.

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