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A VADIA DA VISÃO

Existe sim a diferença


Em mim de pretender
Fazer mais logos de comércio
E a todos eles ver.
Ser distinto talvez
Como voar
Ser pretendido
Olhar
Dono de tudo
Mesmo minha cara
Em logo pôr.
Algo na simetria
De tudo.
Deus.
A FALTA DE CARIDADE

Estava passeando quando num repente


Uma gritaria imunda invade o parque
Um urso autêntico engolira um homem.
Logo ali e de repente o socaram
Até que saindo de dentro desse urso
Um fulano contente e mui alto
Com antas e tudo.
Para moralizar nos avisou
Escutando ao mesmo tempo
Seus punhos
De seus mandamentos sagrados.
Mostra-se assim a razão
De termos a nossa mão
Deus nos proteja no urso
A invasão nos ciganos.
Falta de fé é motivo de esperança
E de amor a caridade.
Altos estão os povinhos
Mas não se provam os vinhos.
O AMOR DE UM FIDALGO

Pionés altissimo
Como de um relógio
De dar horas no espaço
Uma borboleta dele descola
E regressa à sua estrutura.
Apenas a mola é linda
E então a sacola
Está linda.
O MUNDO E O TEMPO

Vejo o recorte do casario


Parece um menu estendido
Do frio
De música no tempo
De estudo do vento
Mas depressa as fábricas me contêm
Serão de verdade.
Esqueço o momento
E ao vento vou navegando.
SER DEUS DE SUA PERSEGUIÇÃO

Vejo sou eu deste jeito


Mas por onde andará o sujeito
Dito isto fujo de mim
E de sua cara que no écran se colava
Pois nem o povo acreditava
Deste modo o evento.
Mas do outro lado
E desta feita namorado
De tanto os óculos ajeitar
Seu chapéu enfiar
Nada vejo mas acerto ou cortejo
Se o seu barrete enfiar
Nesse esqueleto é de se ver.
Deus está na obra
Apenas demore
Outro tempo.
Sim é na verdade.
COMEÇO O DIA

Saio de um convento e experimento


Serei eu ainda assim na rua
E nesse momento esqueço
Do meu ver
Do meu pensar
E começo a suspirar
E
Novo
No convento vou entrar.
COMO O COSMOS ENGATA

Terminar
O terminal de então
Serrar
E verter
Inventar
Inovação.
Conhecer e amar de então.
O saber de o verbo
Amo de o saber.
Delícia.
Deus e o Cosmos.
ALGO NA TUA PÉ

O vaso de vidro na mão


O litro medido
Vertido
E comido
Mas na hora certa ao pousar
O apanho
Ia-me caindo.
O litro deserto.
E assim o faço
Ia-me rindo.
A IDEIA DE UM MONSTRO

Tenho um tubo de chupa-chupa


Deste tamanho
E abrindo o estudo vejo abismado
O tal tubo já encarnado.
Da Lua ao Sol
O já afamado chupa-chupa.
E no topo a grande ideia
O mesmo se derretendo
Se converte
A mosca a mosca servida.
Deus como se converte o Mundo.
Deus fácil de se fazer.
PODE SER MODERNO

Vejo toda esta flor


Tenho todos estes pontinhos para unir
Antes eram os números
Agora sonho.
Sou um sonhador
Poeta moderno que eu sou mais
E detesto essa aura.
Corro
Então escrevo como no começo
Profundo aprofundo e regresso e começo
Em tudo é o ser de tudo.
Desenhos engraçados com dimensão de sonhar
Saio de aqui
Sem esse mundo por mim visto
Gostaria de o ver num espelho
Ou noutro sítio adorado
Ser eu o ser criado.
ALFREDO O MUNDO JÁ ACABOU

Plantaram finalmente uma coisa enorme


No centro chamado inferno
E de todo o Mundo pertence
A batata gigante Inca
E com tanto vulcão já fomega
Aonde antes era tanto o oco
E o perigo de lá batermos
Hoje comemos já tarde
A enérgica batata quente.
Alfredo traz-me outra batata quente.
Sim está quase pronta diz-me o mesmo.
Deus está livre
O honremos pois.
Deus e a batata quente de São João.
VERBO DE SE VER AO MUNDO

Vejo patos chovendo amarelos


No meu chapéu de chuva molhado
Amo de os ver e reconhecer
Pois patos somos assim
Um deles de plástico
Se prendeu no beiral.
Ao desprender sou apanhado
Por essa viajem infinita para o mundo.
Logo aterro noutro lado
Planeta sem ser certo
Pois logo ali perto do contador
A conta me é lembrada
Desses meus antepassados
A minha via de estado.
O PEREGRINO E O PERIGO

Ao redor do meu livro de pedra


Como ela vem da pedreira
Eu soltaria o meu maço
E o mundo apedrejaria.
Mas o mundo já me ouviu
Apenas a pedra partiu.
Nem o quero ver
Mas saber se é censura
Ou coisa de ternura
Pois sempre o livro ouviu.
Lá dentro a noz esperta
Cá fora o maço derrete
Aquele maço enorme
Robot da Liberdade.
O Hudson e montanhas
Que temer amigo
Objectos.
Voadores.
Alto e o vazio de hoje.
Amamos.
O MUNDO E A SUA ESTRADA

O dia de o mar mais chegado


Foi desviado desse deserto de pirâmide
Teria sido a musa encantada
Enfeitada de Neferti
Sua riqueza ou estrada é bonita
O amor de sua riqueza
Ou mesmo a riqueza dada
Ou mesmo adivinhada
Ou sua amiga a estrada
E mais cedo o Sol
Símbolo nacional em todos.
Que nos proporcionou a liberdade.
Sim é de todos a adivinha.
E assim ficaremos felizes.
Ou mesmo de se saber a sua idade.
O mundo está definitivamente feliz.
SONHO DE SE RIR SOZINHO

Queria construir um cavalo de ferro


Focinho no ar
E bolas na direção do mar
De fogo e de nuvens.
Falar com os mais
Apagar esse anel
E outro de redor do mundo.
Amar a sua tradição.
Cantar.
Gostaria de se amar
Mas no mundo é seu igual.
Amar se através do mal
E amar saber de amar.
O mundo é no futuro.
O mundo sozinho de se ver.
Amar e de também o morrer.
O mundo e a esperança também.
Neste poema o ninguém.
Deus é certo.

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