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Artigo 492.

Garantias

1 - O trabalhador não pode ser obrigado a pagar quotas para associação


sindical em que não esteja inscrito.

Artigo 504.º
Crédito de horas dos delegados sindicais

Cada delegado sindical dispõe, para o exercício das suas funções, de um


crédito de cinco horas por mês ou, tratando-se de delegado que faça
parte da comissão intersindical, de um crédito de oito horas por mês.

Direitos

Artigo 254.º
Subsídio de Natal

1 - O trabalhador tem direito a subsídio de Natal de valor igual a um mês


de retribuição, que deve ser pago até 15 de Dezembro de cada ano.
2 - O valor do subsídio de Natal é proporcional ao tempo de serviço
prestado no ano civil, nas seguintes situações:
a) No ano de admissão do trabalhador;
b) No ano da cessação do contrato de trabalho;
c) Em caso de suspensão do contrato de trabalho, salvo se por facto
respeitante ao empregador.

Artigo 259.º
Feriados
1 - O trabalhador tem direito à retribuição correspondente aos feriados,
sem que o empregador os possa compensar com trabalho suplementar.

In Código de Trabalho.

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Comentários:

Deste normativo legal pode intuir-se que o trabalhador tem o direito de


se associar em organizações sindicais, orientado pelo grande princípio
geral da liberdade de associação e participação. Do número 1 do artigo
492 do C.T., pode intuir-se que o trabalhador pode associar-se ao
sindicato que julga que melhor defenda os seus interesses e garante e
fica obrigado a contribuir apenas para aquele em que se associar e por
exclusão de partes, desobrigado a colaborar com qualquer outro desde
que não seja da sua vontade.

Não pode, por motivo algum, ser constrangido a deixar pertencer a


determinada organização sindical que anteriormente aderiu. Por ser
sindicalizado também não pode ser discriminado nem de qualquer outro
modo prejudicado, seja no meio laboral seja na sua vida social.

Quer o trabalhador quer a sua família não podem ser perseguidos por
causa da sua ideologia sindical.

A lei (Artigo 504.º, Crédito de horas dos delegados sindicais) consagra


também determinado tempo por mês aos eleitos aos dirigentes sindicais
para o livre exercício da actividade sindical. Assim, esse tempo é
considerado para todos os efeitos como tempo de trabalho efectivo, com
o direito a que lhes seja contado o tempo para todos os efeitos, tal qual
estivesse ao serviço.

Se o representante tiver sido eleito a nível nacional terá um número de


horas superior ao de representante a nível regional.

Esse tempo é destinado a levar a efeito acções que contribuam, de


qualquer forma, para o benefício do trabalhador/associado,
designadamente sugerir quer junto da entidade empregadora quer junto
dos funcionários, formas de melhorar as condições de trabalho, prestar-
lhes esclarecimentos acerca dos seus direitos e dos seus deveres,
proporcionar-lhe condições para melhorar a sua formação profissional ou

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outra. Esse tempo poderá ser também utilizado para organizar e levar a
efeito acções de protesto.

O preceito legal constante do 254.º do C.T. fala do subsídio de natal.


O subsídio de natal consiste na atribuição ao trabalhador, de um salário
base suplementar, o qual deve ser pago até ao dia quinze do mês de
Dezembro.
Terá algumas variações consoante o trabalhador tenha um ou mais anos
de serviço, termine o seu veículo laboral ou tenha tido interrompido a
sua relação laboral por sua iniciativa.

O trabalhador tem também direito a receber remuneração pelos dias


feriados (art.º 259 do C.T.) que efectivamente não trabalha e ainda que
lhe sejam contados para efeitos de antiguidade, promoção, aposentação
e ainda outros que a lei possa prever. Não tem a obrigação de retribui a
entidade empregadora do tempo correspondente aos feriados.

Caso, por razões imprescindíveis e seja do seu acordo, não usufrua


deste direito e por isso tenha que trabalhar, tem direito a ser
remunerado de dentro do que a lei prevê para o serviço extraordinário.

Todas estas garantias e direitos são todos fruto das mudanças


efectuadas nas leis laborais pós 25 de Abril de 1974.São hoje normativos
legais que todos aceitam como vulgares,

Direi que não será de somenos dizer que quanto mais forem a regalias
dos trabalhadores maior será o preço do resultado final do seu trabalho,
isto é, do produto que todos compramos, visto que é uma despesa que,
consequentemente, se reflecte no resultado final.

Coimbra, 15 de Outubro de 2008.

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