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A nossa literatura colonial manteve aqui tão viva quanto lhe era possível
a tradição literária portuguesa. Submissa a esta e repetindo-lhe as
manifestações, embora sem nenhuma excelência e antes inferiormente,
animou-a todavia desde o princípio o nativo sentimento de apego à terra
e afeto às suas cousas. Ainda sem propósito acabaria este sentimento
por determinar manifestações literárias que em estilo diverso do da
metrópole viessem a exprimir um gênio nacional que paulatinamente se
diferençava.
Somente para o fim do século XVIII é que entramos a sentir nos poetas
brasileiros algo que os começa a distinguir. E só nos poetas. Distinção,
porém, ainda muito escassa e limitada e também parcial. Por um ou
outro poema em que se revê a influência americana, há dezenas de
outros em tudo e por tudo portugueses. Os mesmos poetas do princípio
do século XIX, sucessores imediatos dos mineiros e predecessores
próximos dos românticos, são ainda e sobretudo seiscentistas, apenas
levemente atenuados pelo arcadismo. Esta procrastinação do
seiscentismo aqui, como o gongorismo que lhe era consubstancial, e é
acaso congênito à gente ibérica, além do motivo geral da mais lenta
evolução mental das colônias, poderia talvez explicá-lo o ter aqui vivido,
se exibido e influído o mais poderoso engenho português dessa época, o
Padre Antônio Vieira. A sua singular individualidade, exaltando-lhe os
insignes dotes literários, supera a desprezível feição literária do período
e a ampara e defende se não legitima. A corroborar-lhe a má influência,
continuada pelos pregadores seus discípulos, vieram as academias
literárias, focos e escolas do mais desbragado gongorismo. Somente
com os primeiros românticos, entre 1836 e 1846, a poesia brasileira,
retomando a trilha logo apagada da Plêiade Mineira entra já a cantar
com inspiração feita dum consciente espírito nacional. Atuando na
expressão principiava essa inspiração a diferençá-la da portuguesa.
Desde então somente é possível descobrir traços diferenciais nas letras
brasileiras. Não serão já propriamente essenciais ou formais, deixam-se,
porém, perceber nos estímulos de sua inspiração, motivos da sua
composição e principalmente no seu propósito.
Todos
cantam sua
terra
Também vou
cantar a
minha
Nas débeis
cordas da lira
Hei de fazê-
la rainha.
Uma escola literária não morre de todo porque outra a substitui, como
uma religião não desaparece inteiramente porque outra a suplanta.
Também não acontece que um movimento ou manifestação coletiva de
ordem intelectual, uma época literária ou artística, seja sempre
conforme com o seu princípio e conserve inteira a sua fisionomia e
caráter. É, pois, óbvio que aqui, como sucedeu na Europa, ficaram
germes ou antes restos do Romantismo, como neste haviam ficado do
classicismo. Misturados com o "cientificismo" do momento ou influídos
por ele, esses remanescente do Romantismo confundiram-se na
corrente geral daquele originada, produzindo com outros estímulos e
impulsos supervenientes algumas feições diversas na fisionomia literária
desta fase. Nenhuma, porém, tão distinta que force a discriminação.
Seja qual for o nosso parecer sobre o valor da obra literária, isolada ou
em relação com o seu meio e tempo, prevalece a noção do senso
comum que em todo caso ela precisa de virtudes de pensamento e de
expressão com que logre a estima e agrado geral. A que não as tiver é
obra de nascença morta. As qualidades de expressão, porém, não são
apenas atributos de forma sob o aspecto gramatical ou estilístico, senão
virtudes mais singulares e subidas de íntima conexão entre o
pensamento e o seu enunciado. Não é escritor senão o que tem alguma
cousa interessante do domínio das idéias a exprimir e sabe exprimi-la
por escrito, de modo a lhe aumentar o interesse, a torná-lo permanente
e a dar aos leitores o prazer intelectual que a obra literária deve
produzir.
Por motivos óbvios de discrição literária não se quisera este livro ocupar
senão de mortos. Esta norma, porém, era quase impossível segui-la na
última fase da nossa literatura, vivendo ainda, como felizmente vivem,
alguns dos principais representantes dos movimentos literários nela
ocorridos; calar-lhes os nomes seria deixar suspensa a história desses
movimentos. Ainda assim apenas ocasionalmente, por amor de
completar ou esclarecer a exposição, se dirá de vivos.
O Quinhentismo
O Barroco
O Arcadismo
O Romantismo
Por esta razão, sobretudo pela aceitação obtida junto ao público leitor,
justamente por ter moldado o gosto deste público ou correspondido às
suas expectativas, convencionou-se adotar o romance "A Moreninha",
de Joaquim Manuel de Macedo, publicado em 1844, como o primeiro
romance brasileiro.
José de Alencar diversificou tanto sua obra que tornou possível uma
classificação por modalidades: romances urbanos ou de costumes
(retratando a sociedade carioca de sua época - o Rio do II Reinado);
romances históricos (dois, na verdade, voltados para o período colonial
brasileiro - "As minas de prata" e "A guerra dos mascates"); romances
regionais ("O sertanejo" e "O gaúcho" são as duas obras regionais de
Alencar); romances rurais ( como "Til" e "O tronco do ipê"; e romances
indianistas, que trouxeram maior popularidade para o escritor, como "O
Guarani", "Iracema" e "Ubirajara".
Realismo e Naturalismo
Naturalismo
O romance naturalista, por sua vez, foi cultivado no Brasil por Aluísio
Azevedo e Júlio Ribeiro. Aqui, Raul Pompéia também pode ser incluído,
mas seu caso é muito particular, pois seu romance "O Ateneu" ora
apresenta características naturalistas, ora realistas, ora impressionistas.
A narrativa naturalista é marcada pela forte análise social, a partir de
grupos humanos marginalizados, valorizando o coletivo. Os títulos das
obras naturalistas apresentam quase sempre a mesma preocupação: "O
mulato", "O cortiço", "Casa de pensão", "O Ateneu".
O Simbolismo
O Pré-Modernismo
A produção contemporânea
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QUINHENTISMO
BARROCO
ROMANTISMO - (Poesia)
Primeira geração
Terceira geração -
ROMANTISMO (Prosa)
ROMANTISMO (Teatro)
NATURALISMO
PARNASIANISMO
SIMBOLISMO
PRÉ-MODERNISMO
PRODUÇÕES CONTEMPORÂNEAS
- Thiago de Mello (1926) - Narciso cego; Vento geral; Faz escuro mas
eu canto porque a manhã vai chegar (poesia).
Cadeira Ocupante
30 Nélida Piñon (Presidente)
18 Arnaldo Niskier (Secretário-Geral)
24 Sábato Magaldi (Primeiro-
Secretário)
02 Tarcísio Padilha (Segundo-
Secretário)
25 Alberto Venâncio Filho (Tesoureiro)
31 Geraldo França de Lima (Diretor da
Biblioteca)
40 Evaristo de Moraes Filho (Diretor do
Arquivo)
36 João de Scantimburgo (Diretor da
Revista Brasileira)
27 Eduardo Portella (Diretor dos Anais)
Membros efetivos
33 Afrânio Coutinho
17 Antônio Houaiss
08 Antônio Olinto
32 Ariano Suassuna
20 Aurélio de Lyra Tavares
06 Barbosa Lima Sobrinho
01 Bernardo Élis
35 Cândido Mendes de Almeida
09 Carlos Chagas Filho
04 Carlos Nejar
11 Celso Furtado
21 Dias Gomes
15 Padre Fernando Bastos de Ávila
03 Herberto Sales
22 Ivo Pitanguy
37 João Cabral de Melo Neto
34 João Ubaldo Ribeiro
23 Jorge Amado
38 José Sarney
29 Josué Montello
10 Ledo Ivo
12 Dom Lucas Moreira Neves
16 Lygia Fagundes Telles
19 Marcos Almir Madeira
26 Marcos Vinícius Vilaça
14 Miguel Reale
28 Oscar Dias Corrêa
05 Rachel de Queiroz
39 Roberto Marinho
07 Sérgio Corrêa da Costa
13 Sérgio Paulo Rouanet
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