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Escola Secundária da Maia

Biologia – 12º ano

Unidade 3 - Imunidade e Controlo de Doenças

IMUNIS – “isento de”, “ao abrigo de”

1
“A resposta imunitária é baseada nos processos
fisiológicos de reconhecimento de uma substância
estranha ou “não própria” produzida por um organismo
invasor, seguida da produção de substâncias químicas e
células capazes de neutralizar e repelirem efectivamente a
invasão.”

Também elimina células envelhecidas ou lesionadas,


anormais ou mutantes como as células cancerosas
funcionando como vigilante.

2
Cada indivíduo é bioquimicamente
único
A individualidade biológica é definida pela presença na
superfície das células de macromoléculas (glicoproteínas)
que são diferentes das macromoléculas das células dos
indivíduos de outra espécie, de outro indivíduo da própria
espécie e, por vezes, mesmo de outras células do mesmo
indivíduo que experimentaram mutações.

Essas moléculas funcionam como marcadores celulares e


são a expressão de genes que existem sob diferentes
formas alélicas.
3
a. resposta não específica ou imunidade inata ou natural
Envolve mecanismos não específicos (sempre iguais), independentemente do
tipo de substância estranha a eliminar. Presente em todos os seres
multicelulares.
a. resposta específica ou imunidade adquirida
Exclusivamente levada a cabo pelo Sistema Imunitário, o qual actua perante um
invasor específico. Presente unicamente nos Vertebrados.
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5
a. resposta não específica ou
imunidade inata
BARREIRAS ANATÓMICAS

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RESPOSTA
INFLAMATÓRIA

7
COAGULAÇÃO

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São moléculas
INTERFERÃO proteicas
produzidas por
alguns tipos de
células em
resposta à
entrada de
vírus

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FAGOCITOSE

Substâncias químicas libertadas pela bactéria são detectadas pelo


Neutrófilo (fagócito) e proteínas do plasma ligam-se à bactéria e
ajudam na identificação feita pelo Neutrófilo e permitem a adesão
da bactéria ao mesmo.
10
SISTEMA COMPLEMENTO

11
SISTEMA COMPLEMENTO

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b. resposta específica ou
imunidade adquirida
Os antigénios,
substâncias estranhas
ao organismo, podem
ser longas moléculas
O primeiro contacto do solúveis- como
indivíduo com um agente estranho ou proteínas ou
antigénio, gera uma cadeia de polissacáridos- e
reacções biológicas conduzindo a estruturas moleculares
uma resposta imunológica que revestem a
específica para esse antigénio. superfície de células-
como bactérias,
fungos ou parasitas.
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Funções
•Reconhecimento

•Reacção

•Acção
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Características
• Diversidade: resposta “feita por medida” para uma enorme
variedade de agentes invasores.

• Memória: o sistema “memoriza” os invasores – um 1º contacto


dá uma resposta primária; posteriormente um novo contacto com
o agente origina uma resposta secundária.

• Tolerância: o sistema reconhece as suas próprias moléculas, ou


seja, distingue entre o que lhe é “próprio” e o que não é.

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Componentes do Sistema Imunitário

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Construa um mapa que relacione os componentes do
sistema imunitário humano

órgãos linfóides
primários secundários ou periféricos
onde se
locais de desenvolvimento
diferenciam e
da resposta imunitária
maturam

timo baço

medula óssea gânglios

amígdalas

tecido linfático
disperso

adenóides

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SANGUE

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• Quais os elementos celulares do sangue que conhece?
• Quais os elementos mais abundantes?
• Quais os elementos que apresentam maiores
dimensões?

Identifique algumas diferenças estruturais entre os leucócitos.


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a
g • Linfócitos – (33% de todos os leucócitos) –são de dois tipos:
r T (do timo) e B (“bone marrow”). Estes últimos dão origem
a aos Plasmócitos que formam proteínas – anticorpos – na
n presença de macromoléculas estranhas – antigénios – que
u existem na superfície dos patogénios invasores.
l
a • Monócitos – (6%)- diferenciam-se em Macrófagos que, como
r os neutrófilos, “engolem” bactérias e partículas estranhas
e por endocitose. Podem migrar para os tecidos em resposta à
s presença de organismos patogénicos aí presentes.

• Neutrófilos – (57%) – são Fagócitos - têm um tempo de vida


g muito limitado (apenas alguns dias). “Ingerem” bactérias
r estranhas formando vacúolos digestivos no citoplasma que
a se fundem com lisossomas cheios de enzimas hidrolíticas.
n Controlam principalmente a flora bacteriana da boca,
u traqueia e intestino grosso.
l
a • Eosinófilos – (3,5%) – aumentam de número em condições
r alérgicas como a asma e a febre dos fenos.
e
s • Basófilos – (0,5%) – saem do sangue e formam Mastócitos
no tecido conectivo laxo causando dilatação dos capilares
nos locais de inflamação como nas picadas de insectos.
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resposta imunitária específica
Imunidade humoral ou Imunidade celular ou
mediada por anticorpos mediada por células

células B células T
anticorpos
"bone marrow" "thymus"

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Origem dos linfócitos do Sistema Imunitário

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•Linfócitos B – originam-se na medula óssea vermelha, a partir
de linfoblastos, onde adquirem receptores específicos de
antigenes que lhes permite reconhecerem-nos tornando-se assim
imunocompetentes.
•Durante este processo os linfócitos têm também de adquirir a
capacidade de distinguir o que é próprio do que é estranho ao
organismo. Os que apresentarem receptores para “antigenes”
próprios, moléculas que fazem parte desse organismo, são
eliminados para que não se desenvolva uma acção contra o
próprio organismo.
• Respondem aos antigenes proliferando sob a forma de
plasmócitos (que duram poucos dias), cuja “maquinaria” de
síntese proteica produz largas quantidades de anticorpos
específicos para esses antigenes; algumas destas células ficam
retidas nos gânglios linfáticos como “células memória”.
23
•Linfócitos T – originam-se na •Linfócitos T auxiliares
(TH – “helper”) –
medula óssea vermelha a partir de
reconhecem antigénios;
linfoblastos e migram para o timo. segregam mensageiros
Reconhecem antigenes e dividem-se químicos que estimulam a
rapidamente formando um “clone” de capacidade defensiva de
linfócitos activo contra o antigene, outras células como
atacando e matando e desempenhando fagócitos, linfócitos B e T.
outras funções como libertar
mediadores químicos ou moderar ou
suprimir a resposta imunitária.

•Linfócitos T citolíticos (citotóxicos TC-


ou assassinas) – reconhecem e destroem
células que exibem antigénios estranhos
(céls. infectadas ou cancerosas); segregam
substâncias tóxicas que matam as células
anormais por vários processos. 24
Linfócitos T supressores (Ts) –
através de mensageiros químicos,
ajudam a moderar ou suprimir a
resposta imunitária, tornando mais
lenta a divisão celular e limitando a
produção de anticorpos.

Linfócitos T memória (TM) –


vivem num estado inactivo
respondendo prontamente, entrando
em multiplicação se houver nova
invasão pelo mesmo antigénio.
25
Como cada receptor é
específico para um
determinado antigénio,
quando um antigénio
invade o organismo
apenas os linfócitos
portadores de
receptores específicos
para esse antigénio -
tanto células B como
células T- o
reconhecem e são
consequentemente
activados.
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Um antigénio é uma biomolécula ou célula que possui
“ligantes” que se podem ligar especificamente a receptores de
membrana dos linfócitos e também a anticorpos previamente
produzidos.
Ao “ligante” do antigénio chama-se determinante
antigénico (ou epítopo) e o correspondente local de ligação do
receptor do linfócito ou do anticorpo designa-se paratopo.

27
Imunidade humoral – um pouco de história
• Em 1888, os investigadores E. Roux e D.
Yersin observaram que os animais de
laboratório com imunidade para a difteria
continham no seu sangue (“humor”) uma
substância (anticorpo ou imunoglobulina –
protéina globular) capaz de neutralizar a
toxina (antigénio) produzida pela bactéria
que causava a difteria.

• O sistema constituído pelas células B é


efectivo, nomeadamente, contra bactérias,
toxinas produzidas por bactérias, vírus
e moléculas solúveis.
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1. Como se processa a
selecção clonal?
2. Porque se afirma que
os linfócitos B
resultantes da mitose
formam um clone
celular?
3. Identifique a função
dos plasmócitos.
4. Qual a importância
das células de
memória?
5. Quais a fases da
imunidade humoral?

29
Anticorpo ou Imunoglobulina
Constituição geral de um anticorpo

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A parte constante da cadeia polipeptídica determina o tipo ou classe do
anticorpo (há 5 classes fundamentais de imunoglobulinas – IgM, IgG,
IgA, IgD e IgE); a parte variável determina a forma e as propriedades do
centro de ligação constituindo a “chave e fechadura” específica para os
diferentes antigenes.

Complexo antigénio-
anticorpo ou
complexo imune

Os tubarões e peixes ósseos têm células B e IgM mas não têm as


outras classes de imunoglobinas.
A IgM é a imunoglobina mais antiga donde derivaram os outros
tipos existentes nos anfíbios, aves, répteis e mamíferos.
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Classes de Imunoglobulinas

Classe Representação Ocorrência Funções Classe Representação Ocorrência Funções

32
33
Mecanismos de actuação de
anticorpos
Aglutinação
Neutralização directa de vírus e toxinas
bacterianas
Precipitação
Intensificação directa da fagocitose
Activação do sistema complemento

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35
• RESOLVER OS
EXERCÍCIOS DAS
PÁGINAS 178, 179 E
180 DO MANUAL
ADOPTADO

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Imunidade mediada por células

37
Linfócitos T
Os linfócitos T são
activos contra
parasitas
multicelulares,
fungos, células
cancerosas, tecidos
enxertados e
órgãos
transplantados.

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•Linfócitos T – originam-se na •Linfócitos T auxiliares
(TH – “helper”) –
medula óssea vermelha a partir de reconhecem antigénios;
linfoblastos e migram para o timo. segregam mensageiros
Reconhecem antigenes e dividem-se químicos que estimulam a
rapidamente formando um “clone” de capacidade defensiva de
linfócitos activo contra o antigene, outras células como
fagócitos, linfócitos B e T.
atacando e matando e desempenhando
outras funções como libertar
mediadores químicos ou moderar ou
suprimir a resposta imunitária.

•Linfócitos T citolíticos (citotóxicos TC-


ou assassinas) – reconhecem e destroem
células que exibem antigénios estranhos
(céls. infectadas ou cancerosas); segregam
substâncias tóxicas que matam as células
anormais por vários processos. 39
Linfócitos T supressores (Ts) –
através de mensageiros químicos,
ajudam a moderar ou suprimir a
resposta imunitária, tornando mais
lenta a divisão celular e limitando a
produção de anticorpos.

Linfócitos T memória (TM) –


vivem num estado inactivo
respondendo prontamente, entrando
em multiplicação se houver nova
invasão pelo mesmo antigénio.
40
Os mecanismos de defesa
humoral e de defesa
mediada por células não
são independentes e
interagem de diferentes
modos.

Descreva a situação
apresentada.

41
Descreva a situação
apresentada e compare
com a anterior.

42
Resumindo
e
concluindo

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Resolver os
exercícios das
páginas 184, 185,
186 e 187.

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45
Imunidade activa /passiva

Activa – o
organismo fabrica
os “seus”
anticorpos –
permanente ou duradoura

Passiva – o
organismo recebe
anticorpos
produzidos por
“outros” - temporária 46
Disfunções do sistema imunitário
Alergias – hipersensibilidade imunitária;
associadas às IgE

Doenças auto-imunes – o normal


funcionamento da “tolerância” é interrompido
e, então, o sistema imunitário ataca as suas
próprias células. Ex.: artrite; lúpus.

Imunodeficiência –há indivíduos que


nascem sem certos componentes do sistema
imunitário,ou perdem-nos. Alguns, poucos,
nascem com deficiência imunitária completa.
Outros ainda, adquirem a imunodeficiência
pelo ataque de um vírus – HIV.

47
The end

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49

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