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mediação

e mediadores:
“quem vigia os vigilantes?”
no capítulo anterior:

• Ecossistemas de mídias emergentes


• Relação entre agentes participativos
c) entre sujeitos
d) entre sujeitos e mídias digitais
e) produção entre mídias..
no capítulo anterior:

• Comunicação interpessoal
b) estimular a audiência a construir reputação em
comunidades virtuais
c) criar conexões com outros interagentes,
d) criar conteúdo em um meio colaborativo.
no capítulo de hoje: mediadores
• “o crescimento da rede produz um cenário de excesso de
informação que se afigura como um limite às nossas
capacidades humanas de percorrê-lo e explorá-lo. O
limite do excesso de informação se materializa como
tempo disponível para cada indivíduo acessar e processar
a informação que deseja” (VAZ, pág. 53)
• Conceito clássico de mediador, vindo dos meios de
comunicação de massa: gatekeeper
• Bruns (2003) aponta um “aprimoramento” deste
conceito: o gatewatcher. No campo jornalístico, o
gatewatcher combina as funções de um repórter com as
de um bibliotecário informacional.
atuação do gatewatcher
• Gatewatcher, segundo Bruns, além de entrevistar e
checar fontes, analisar dados, produzir conteúdos,
também é o responsável por organizar informação,
inclusive a desenvolvida pela audiência em sistemas
digitais.
• Exemplo: Uol erra na cobertura do acidente da TAM
http://tinyurl.com/5lu6q9
• Como o gatewatcher pode se comportar nesse exemplo?
atuação de gatewatcher

Eu Repórter
http://oglobo.globo.com/participe
Vc Repórter
http://noticias.terra.com.br/vcreporter
FotoRepórter
www.estadao.com.br/fotoreporter
Minha Notícia
http://minhanoticia.ig.com.br
por uma cartografia da informação
• “O mediador na internet aparenta-se a um corretor que
aproxima os singulares em sua singularidade. (...)O
mediador será aquele que não apenas facilita as
expressões individuais, mas também permite a cada um
encontrar seu público” (VAZ, pág. 53)
• Cartógrafo da informação: conceito elaborado por Rocha
(2006, 2007), apontando que este deve ser “capaz de
trabalhar em conjunto com a audiência, no sentido de
produzir, enquadrar e tornar pública uma estratégia de
comunicação não mais atrelada aos processos massivos”.
• No campo jornalístico, além de ocupar-se das funções
atribuídas ao gatewatcher, deve inter-relacionar-se com
demais agentes participativos que compõem
determinadas comunidades em ambientes digitais.
por uma cartografia da informação
• “A partir do momento em que os leitores se tornam os seus
próprios contadores de histórias, o papel de gatekeeper
passa, em grande parte, do jornalista para eles. (...) Mas os
jornalistas adicionaram a função de cartógrafo ao seu papel
e, na biblioteca universal que é a Internet, também se
tornarão autenticadores e desenhadores para aqueles que
seguem os mapas que eles desenham” (HALL, 2001 apud
Aroso, 2005).
• “(...)a internet cresce exponencialmente e com ela cresce o
número de pessoas que dela participam, a massa de
informações disponíveis e a multiplicidade de conexões
entre os diversos pontos ou nós que a compõem. (...).
Contudo, cresce também a dificuldade de saber onde eles
estão e quais caminhos nos levam mais rapidamente a
eles(...)”(VAZ, pág. 52)
por uma cartografia da informação
• Os processos de mediação e de constituição de
mediadores (gatewatchers ou cartógrafos da informação)
em ambientes digitais configuram-se em um modelo de
espaço público midiático diferenciado.
• Consideramos este espaço público como o elemento
simbólico “no qual se opõem e se respondem os
discursos, na sua maioria contraditórios, dos agentes
políticos, sociais, religiosos, culturais e intelectuais que
constituem uma sociedade” (WOLTON, 2004).
• “(...)a internet pode ser imaginada como uma praça
pública ruidosa e movimentada, marcada pela
simultaneidade entre a presença de maravilhas e a
distância cognitiva de cada um com aquelas que deseja
acessar” (VAZ, pág. 53)
jornalismo colaborativo
• atua em estratégias denominadas bottom-up news ou
social networks
• Bowman e Willis (2003) definem bottom-up news como
um “fenômeno emergente, onde quase não se observa
uma definição editorial engessada ou sobrecarga de
trabalho jornalístico formal ditando decisões para um
grupo”
• “As ações do mediador apropriadas a este meio
incluiriam a criação de facilidades e espaços para que os
indivíduos possam se expressar e se reunir. Incluiriam
ainda a capacidade de conter múltiplas informações e
distribuí-las rapidamente segundo cada indivíduo”
(VAZ, pág. 56)
Oh My News International
http://english.ohmynews.com
Overmundo
http://www.overmundo.com.br
por uma cartografia da informação
• Questão levantada: como se estabelecem os processos
de mediação em ambientes digitais colaborativos ?
• Novamente recorrendo a Bowman e Willis (2003),
podemos analisar:
c) reputação em comunidades virtuais
d) conexões entre interagentes
e) informar/ser informado em meio colaborativo.
referências bibliográficas
• BOWMAN, Shayne e WILLIS, Chris. We Media - How
audiences are shaping the future of news and information.
http://www.wemedia.org. Publicado on-line, no formato PDF, em
Julho/2003.
• BRUNS, Axel. "Gatewatching,  not  gatekeeping:  collaborative 
online  news".  Media  International  Australia,  n.  107,  pp.  31­44, 
2003.  Disponível  em: 
http://eprints.qut.edu.au/archive/00000189/01/Bruns_Gatewatchi
ng.PDF
referências bibliográficas
• ROCHA, Jorge. O papel dos jornalistas nos processos
interacionais do Participatory Journalism. Artigo apresentado no
XXIX Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação
(Intercom), Brasília, Setembro 2006. Disponível em CD-Rom.
• WOLTON, Dominique. Pensar a comunicação. Brasília: Editora
UnB, 2004.

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