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A SALA DE

AULA  

COMO ESPAÇO
DE CONSTRUÇÃO
DO CONHECIMENTO
A SALA DE AULA COMO ESPAÇO DE
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
 

• Espaço de convivência humana;


• Espaço de relações pedagógica;
• Espaço para pensar;
• Espaço onde estão presente os conflitos, os problemas, os
desafios que caracterizam a relação professor – aluno;
• Espaço de formação profissionalização e de aprendizagem
• Espaço de interação entre professor –aluno – programa.
A sala de aula como espaço de
convivência humana
Precisa configurar-se como um grupo de pessoas trabalhando por
objetivos comuns, e não necessariamente como espaço geográfico
de encontro de pessoas.

Espaço como vivencia que dizer aula como vida, como realidade,
espaço que permite, favorecer e estimula a presença, a discussão, o
estudo, a pesquisa, o debate, o enfrentamento de tudo o que
constitui o ser e a existência, o diálogo, espaço de compartilhar
saberes.

Acontece num movimento de mão dupla: recebe a realidade,


trabalha-a com a ciência e permite um retorno a ele com nova
expectativa para sua transformação, motivadora e interessante,
real desafiadora para alguns professores.
A aula como espaço de
relações pedagógicas
Visa à aprendizagem na área do
conhecimento, visa à aprendizagem na área
de habilidades humanas e profissionais.

Na área de atitudes e valores, visa ao


desenvolvimento da consciência da
cidadania e de seu compromisso com ela.
Sala de aula como espaço
para pensar
Local de crescimento pessoal e interpessoal:
busca de experiência significativa, local de
incentivo à descoberta: o conhecimento como
construção como aventura, local de
desenvolvimento da capacidade de raciocínio:
a busca da habilidades de pensar por si
mesmo, local de desenvolvimento da
compreensão ética: o professor como modelo
de integridade profissional.
Sala de aula , um ambiente

espaço onde estão


presentes os conflitos,
os problemas, os
desafios que
caracteriza a relação
professor – aluno
OUTRAS FUNÇÕES

Espaço de formação, de
profissionalização e de aprendizagem

Espaço de interação entre professor, aluno,


programa, onde acontece o processo educativo
dos educandos e dos educadores.

Espaço de convivência humana e de relações pedagógicas


CONTRIBUIÇÃO DE ALGUNS
EDUCADORES PESQUISADORES

É necessário que a
formação dos
ANTONI ZABALA professores esteja
(2002: 33) estreitamente
relacionada à prática
real da sala de aula.
ANTONI ZABALA (2002: 33)

Para Zabala ao longo da história, a visão que se teve


sobre os processos de ensino-aprendizagem e, como
conseqüência, a expedição do que ocorre na sala de aula
, do mesmo modo que nos outros âmbitos do
conhecimento humano, evoluiu de visões e explicações
simples para a compreensão e aceitação da
extraordinária complexidade do ensino.

A utilização das atuais metodologias de pesquisa


educativa baseada nos paradigmas construtivistas e
sociocríticos, com as respectivas metodologias
estenográficas e de pesquisa ação, possibilitou
descartar modelos explicativos simplificadores de tipo
causa-efeito ligados a referências teóricos positivistas.
Minha concepção pessoal

É que a análise da realidade e especialmente da


realidade educativa, deve ser sistêmica e participativa.
A aceitação desse marco teórico na educação, seja no
âmbito restrito das salas de aula como, de maneira mais
geral, do sistema educativo, comporta a aplicação de
medidas que representam um mudança radical, quando
não um verdadeira revolução, do papel dos professores
e de todos as instâncias internas e externas do sistema
educativo.
Na afirmação de Zabala(33) o conhecimento dos
conteúdos significativos procedimentais mais
significativos no dia a dia o professor provém de uma
mudança fundamental de concepção sobre a função
social o ensino e como conseqüência, de suas finalidades
educativas.

Em outras palavras provem do ideal de homem e de


mulher que pretendemos formar e que resulta, por sua
vez, do tipo de sociedade a que aspiramos.
CONSEQUÊNCIA EM SALA
DE AULA

As conseqüências metodológicas na sala de


aula são enormes, porque os conteúdos
procedimentais são apreendidos
essencialmente realizando-se nas ações que
compõem o procedimento, exercitando-se em
situações significativas, mas em um processo
bastante complexo.
Por exemplo: aprende a dançar dançando,
aprende-se ensinar ensinando. Nossa herança
pedagógica consiste me modelos de caráter
expositivo.
ENSINAR PROCEDIMENTOD EXIGE
UM TIPO DE SALA DE AULA

Uma organização de grupo que permitam o


exercício; no entanto, dado que as
diferenças existente ente os diferentes
ritmos de aprendizagem podem ser
muitos significativos entre uns e outros,
é necessário empregar estratégias
didáticas que permitam o apoio e a ajuda
contingente de alguém mais experiente,
seja professor, ou seja, outro aluno.
CONTRIBUIÇÃO DE ALGUNS
EDUCADORES PESQUISADORES

O saber fazer em sala de aula, ou seja, os


conteúdos procedimentais, têm sido um dos
principais focos de estudo deste autor,
também tem sido um defensor da idéia de
que a forma mais apropriada de responder
às necessidades de integração do saber
ANTONI passa por uma abordagem do currículo com
ZABALA um enfoque globalizado.

Para ele ensinar implica dominar,


habilidades, técnicas e estratégias de
ensino, Istoé o domínio de procedimentos.
PRÁTICA EM SALA DE AULA
Deve responder a um ensino dirigido à
formação integral das pessoas, e, por
conseguinte, de todo tipo de conteúdos de
aprendizagem, implica uma forma de
ensinar que possibilite a necessária atenção
aos diferentes ritmos e estilos da
aprendizagem,
Isto só é possível quando existe uma
verdadeira participação dos alunos e uma
organização social da sala de aula que
favoreça a ajuda personalizada.
QUESTIONAMENTO
É necessário um pouco de exposição em grande grupo
com trabalhos em grupos flexíveis e momentos de
trabalhos individuais. Somos sabedores que os
professores deveriam estar preparados em sua
formação para a prática citada acima. Porque é tão
difícil integrar a teoria aprendida nos cursos de
formação com a prática desenvolvida na dia a dia.

É preciso ser um professor que vive em uma cultura de


formação permanente, facilitando assim, a reflexão
sobre a prática associada a apoio especializados na sala
de aula e à colaboração entre iguais.
ENSINAR NESSA CONCEÇÃO É

Ensinar implica dominar habilidades, técnicas


e estratégias de ensino, isto é, o domínio de
procedimentos.

É preciso ser um professor que vive em uma


cultura de formação permanente, facilitando
assim, a reflexão sobre a prática associada a
apoio especializados na sala de aula e à
colaboração entre iguais.
FORMAÇÃO EM SERVIÇO
A formação dos professores deve ser exercida
prioritamente na escola, na prática e pela prática na
sala de aula.

A maioria dos professores somente conhece e aplica


um modelo de ensino, aquele baseado na mera
transmissão oral.

Nossa herança pedagógica consiste em modelos de


caráter expositivo, e os meios existente, a
estrutura das escolas, das sala de aula, a disposição
dos alunos e, em particular, os livros de textos
correspondem a essa tradição.
MUDANÇA
Uma mudança desse modelo não é
possível apenas com base em um
conhecimento teórico que o questione.
Requer a existência de modelos
fundamentados, espaço e tempo para a
reflexão e a análise da prática, mas,
sobretudo, apoios e incentivos aos
professores proporcionais aos desafios
que têm de enfrentar
CONTRIBUIÇÃO DE ALGUNS
EDUCADORES PESQUISADORES
Para que esse processo ocorra, é
necessário o desenvolvimento de
projetos educativos e curriculares que
permitam a tomada de decisões
compartilhadas e a existência de
espaços e tempo para a reflexão, tudo
ANTONI ZABALA isso apoiado com meios materiais e
pessoais, além de ajudas externas de
(2002: 33) assessoramento e formação.

Os projetos de trabalhos são formas de


intervenção que permitem superar a
fragmentação do saber e, ao mesmo
tempo, dotar de maior significado as
aprendizagens.
A importância de se relacionar os conteúdos de uma disciplina
com outras disciplinas para poder entende-la melhor, de modo
que os alunos compreendam que não se deve aprender.

Para que esse processo ocorra, é necessário o


desenvolvimento de projetos educativos e curriculares
que permitam a tomada de decisões compartilhadas e a
existência de espaços e tempo para a reflexão, tudo
isso apoiado com meios materiais e pessoais, além de
ajudas externas de assessoramento e formação.

Os projetos de trabalhos são formas de intervenção


que permitem superar a fragmentação do saber e, ao
mesmo tempo, dotar de maior significado as
aprendizagens.
EXEMPLO
Administrar o cotidiano Como construir sentido para
na sala de aula tornou-se nossa vida e aceita-lá em sua
um grande problema complexidade e precariedade.
para professores e Invaginemos, para terminar,
alunos. uma situação tão comum hoje
na escola de duas atitudes
Indisciplinas, dispersão, frente a ela. Um professor
inconveniências, prepara a aula, mas só consegue
confusões, dificuldades trabalhar metade da matéria,
pois a outra parte do tempo foi
de todo tipo perturbam gasta tentando obter a atenção
a realização de dos alunos, resolvendo
propostas ou de tarefas problemas relacionais,
pedagógicas organizando coisas.
A SALA DE AULA COMO ESPAÇO DE
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

Em seu artigo escrito para a revista


Pátio intitulado o diálogo como
mediador da aprendizagem e da
construção do sujeito na sala de aula.

Hernández É preciso resgatar a importância do


(2002) diálogo, da reflexão sobre a palavra e o
conhecimento compartilhado; como uma
historia que se constrói para encarar
de maneira crítica a finalidade do
aprender na escola e o papel dos
sujeitos pedagógicos nessa aventura.
A SALA DE AULA COMO ESPAÇO DE
CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO

defende a idéia de se trabalhar com projeto em


sala de aula motivando os alunos a interagir com
a realidade que se apresenta, nessa
perspectivas educativa dos projetos de
trabalho para Hernández aprender está
Hernández relacionado com a elaboração de uma conversa
cultural, na qual se tenta, sobretudo, aprender
(2002) a dar sentido, na medida em que se pretende
conecta-se com as perguntas que deram origem
aos problemas que abordamos e com as
perguntas que os sujeitos fazem sobre si
mesmos e sobre o mundo, para poder , no final,
transpor outras situações.
SOBRE O CONHECIMENTO
Manter essa posição leva a assumir que o conhecimento
não está na mente, mas está situado e necessita de um
contexto (referencias, intercâmbios, relações) que
possibilite a busca de sentido.

Significa também assumir que, em face das posições que


exigem estabilidade e certezas, o sujeito que aprende
não é regido pelas regularidades, e o conhecimento (como
operação de dar sentido à informação e às experiências e
para se apropriar delas) não é estável, nem está fixado
nas disciplinas, no currículo ou nos livros de texto, porém
é socialmente construído e distribuído por múltiplos
lugares, referencias e vivencias.
O DIÁLOGO
O diálogo é de responsabilidade de todos para
aprender mudança de rumo que significa passar
da centralidade na aprendizagem individual à
colaboração ente os que aprendem e também entre
os professore na construção do conhecimento.

Por este enfoque, aprender implica, sobretudo, a


colaboração entre os alunos em atividades que
supõem investigação crítica, análise, interpretação
e reorganização do conhecimento e do processo
reflexivo que o acompanha. Tudo isso relacionado
com áreas que tenham sentido na vida dos alunos.
O DIÁLOGO NÃO PODE SE
CONFUNDIR COM DEBATE

sua diferença é que enquanto o diálogo


no debate há consiste em
confronto, alguém construir com os
acaba tendo razão demais e chega a
diante do outro que um ponto em que
não tem, não se está sozinho
O DIÁLOGO

RESPONSABILIDADE DE TODOS PARA APRENDER

PARA QUE HAJA A MUDANÇA

CENTRALIDADE + COLABORAÇÃO

CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
A aprendizagem do diálogo, não é
uma tarefa simples

Favorece a aprendizagem a partir do diálogo é algo que não ocorre


de maneira espontânea, pois requer seguir uma trajetória.
Implica, por exemplo, por parte do professor, ter uma escuta
atenta sobre o processo do grupo que serve de apoio a uma
situação de aprendizagem.
Supõe, além disso, a habilidade de saber comunicar e interpretar
as relações do grupo e, na medida em que essa concepção sobre a
aprendizagem requer o diálogo entre iguais (e com outros),
proporciona aos alunos a oportunidade de exercer maior controle
e responsabilidade sobre sua aprendizagem, ao invés de atribui-la,
como é habitual, ao professor.
PERSPECTIVA DE APRENIZAGEM
BASEADA NO DIÁLOGO

Tem como um de seus Nesta concepção


fundamentos a idéias de aprender é considerado
que os alunos são como uma situação
professores e os complexa, que se move em
professores, aprendizes. múltiplas direções e que
Conseqüentemente, faz envolve a todos sem
destinação, na quanto dos
com que as hierarquias têm voz e visibilidade,
sejam quebradas e os possibilita a aprendizagem
limites tornem-se menos através de intercâmbio.
evidentes.  
FINALIZANDO

A sala de aula como espaço pedagógico


capaz de levar alunos e professores a
desenvolver saberes, onde todos sejam
reponsáveis e co-autores na transformação
e intervenção na realidade sócio-político da
sociedade
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
HERNÁNDEZ, F. Para um diálogo crítico com el construtivismo, psicológico,
revista Argentina de educacion, n. 24. p. 49-68. 1996
 
HERNÁNDEZ, F. os projetos de trabalho: um mapa para navegantes em mares
de incertezas. Projeto – revista de educação, n. 4, p.2-7, 2000
HERNÁNDEZ, F. transgressão e mudança na educação: os projetos de trabalho.
Porto Alegreç Artmed. 1998
PERRENOUD, P.MACEDO,l. MACHADO, N. As competências para ensinar no
século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto
Alegre: Artmed.2002
 
ZABALA, Antoni. É necessário que a formação dos professores esteja
estreitamente relacionados à prática de sala de aula. Pátio revista
pedagógica N 22 Jul-Ago 2002
•O percurso a ser realizado...
•Disponibilidade, desejo de ousar, de fazer
diferente
Hu m b e r t o
M a t u r a n a
“Educar é configurar um espaço de
convivência desejável para o outro,
de forma que eu e o outro possamos
fluir no conviver de uma certa
maneira particular...
... Nesse espaço, ambos,
educador e aprendiz vão se
transformando de maneira
congruente. Espaço no qual
se faz e se reflete sobre o
fazer”
Não castiguemos
nossas crianças e
por serem, ao
corrigir suas ações.
Não desvalorizemos
nossas crianças em
função daquilo que
não sabem;
valorizemos seu
saber...
... Guiemos nossas
crianças na direção
de um fazer (saber)
que tenha relação
com seu mundo
cotidiano.
Convidemos nossas
crianças a olhar o
que fazem e,
sobretudo, não as
levemos a competir.
o n s t r u i r
Com o c
Es p a ç o s
i z a g e m :
r e nd
de Ap
•Perturbando, estabelecendo
congruência;
•Proporcionar aos alunos espaços
de viver onde se faça reflexão sobre
o fazer;
“A educação deve contribuir não somente
para a tomada de consciência da nossa
Terra-Pátria, mas também permitir que
esta consciência se traduza em vontade de
realizar a cidadania terrena”

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