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ESTÉTICA: Vivência através da arte

• Estética em grego aisthetiké = a tudo aquilo que pode


ser percebido pelos sentidos
• Kant (1724-1804) define a estética como o estudo das
condições de percepção pelos sentidos
• Alexander Baumgart (1714-1762); desenvolveu a teoria
do belo e das suas manifestações através da arte
• Com a teoria do belo pretende-se alcançar um tipo
específico de conhecimento: aquele que é captado pelos
sentidos.
• Por esse motivo contrapõe à lógica e a matemática, cujo
conhecimento é fundamentado na razão
• A estética parte da percepção sensorial, da sensação, da
percepção sensível
• Seu principal objeto de investigação é o fenômeno
artístico que se traduz na obra de arte
O que é belo?

• O ser humano pode fazer:

•Juízos de fato: dizer o que as coisas são;


•Juízos de valor: julgar se determinada coisa é boa,
ruim, agradável, bonita, feia, e etc.;
• Entre o juízo de valor podemos distinguir:

•Juízo moral: que envolve um julgamento uma


reflexão;
• Juízo Estético: quando julgamos se algum objeto,
acontecimento, pessoas ou algum outro ser É
BELO.
• De um modo geral podemos dizer que o belo, é algo que
nos agrada, que nos satisfaz os sentidos, que nos
proporciona prazer sensível e espiritual
• No entanto, não há consenso do que é belo
• Gosto não se discute

Interpretações idealistas e empiristas sobre o belo

• Para os filósofos idealistas: Platão (428- 347 aC): a


beleza seria uma forma ideal, neste sentido, o belo é
aplicado a um objeto
• Para os filósofos materialistas-empiristas: Hume (1711-
1776); a beleza não está propriamente nos objetos, não é
algo puramente objetivo, depende do gosto de cada um,
depende de como cada pessoa vê e valoriza o objeto
• O juízo do que é ou não é belo é subjetivo

Interpretação de Kant (1724-1804)


• procurou demonstrar que, ainda que o juízo estético
seja subjetivo, pessoal, há no entanto, aspectos
universais
• Para Kant, belo é o que apraz universalmente sem
conceito, ou seja, que é impossível conceituar, definir
racionalmente o belo
• Quando se julga objetos simplesmente segundo
conceito, toda a representação da beleza é perdida
• quando dizemos que algo é belo, pretendemos que esse
juízo esteja afirmando algo que realmente pertença ao
objeto
• Ou seja, não dizemos: isso é belo para mim, mas sim
isto é belo, esperando que os outros concordem com o
julgamento
• Portanto, esse julgamento, pretende ser voz universal
Interpretação de Hegel (1770-1831)
• Hegel trabalhou a questão da beleza numa perspectiva
histórica
• O entendimento do que é belo, depende do momento
histórico e do desenvolvimento cultural
• A beleza artística não diz respeito apenas à sensação de
prazer que determinada obra possa proporcionar, mas a
capacidade que ela tem de sintetizar um dado conteúdo
cultural de um momento histórico
• Para Hegel, tanto a definição do que é a beleza quanto a
capacidade individual de percebê-la são construções
histórico-sociais

ARTE expressão criativa da sensibilidade

• Ao conjunto de coisas que distinguem por revelar


talento, perícia, habilidade e beleza costumamos associar
o nome de ARTE
Colar de ouro
usado pelo
Faraó
Tutancâmon, em
que 250 peças
que compõem as
asas apresentam
incrustações em
vidro colorido:
exemplo de
habilidade e
beleza

• Em algum momento de nossas vidas já sentimos o


efeito agradável de alguma obra de arte: música, poema,
pintura e etc.
• Para Susanne K. Langer (1895-1985) a arte pode ser
entendida como a prática de criar formas perceptíveis
expressivas do sentimento humano
• Prática de criar: a arte é o produto do fazer
humano. Deve combinar a habilidade desenvolvida
no trabalho (prática) com a imaginação
(criatividade)
• Formas perceptíveis: a arte se concretiza em
formas capazes de serem percebidas por nossa
mente
• Formas podem ser: estáticas (arquitetura,
escultura e pintura) ou dinâmicas
(música,dança)
• Expressão dos sentimentos humanos: a arte é
sempre é a manifestação (expressão) dos
sentimentos humanos
• A palavra perceptível não se refere às forma captadas
somente pelos sentidos exteriores, mas também, pela
IMAGINAÇÃO

• O Grito (1893), Edvard


Munch foi um especialista
em retratar emoções. Para
ele o importante não era
pintar pessoas mas sim os
sentimentos que elas
expressavam
Monet (1840-1926) arte do impressionismo, pintava momentos da vida
Abrir arquivo músicas
• Ao criarmos uma obra, podemos nos preocupar, de
modo mais ou menos intenso, com a produção de objetos
úteis ou de objetos belos
• Quando a a intenção de produzir obra útil é dominante,
temos as realizações técnicas
• Quando a intenção de produzir obra bela é dominante,
temos as chamadas bela-artes, ou simplesmente arte
• Isso quer dizer que as artes enfatizam o belo, enquanto
as técnicas enfatizam a utilidade, a aplicação pratica
• E a união das duas, é possível???
•Pense nessa
cadeira.
Onde termina
o “técnico”?
Onde
começa a
“arte”?

Multidão-
Irmãos
Campana
ARTE como fenômeno social

• A arte é um fenômeno social. Isso significa que é


praticamente impossível situar uma obra de arte sem
estabelecer um vínculo ele ela e determinada sociedade
• A arte é um fenômeno social porque:
• O artista é um ser social: como ser social, o
artista reflete na obra sua maneira de perceber o
mundo em que vive;
• A obra de arte é percebida socialmente pelo
público: por mais íntima e subjetiva que seja a
experiência do artista deixada em sua obra, esta
será , sempre percebida de alguma maneira pelas
pessoas
• Neste contexto, a obra de arte será, então, um elemento
de comunicação
Uma arte que seja por definição sem eco,
incompreensível para os outros – uma arte que
tenha o caráter de monólogo – só seria possível
num asilo de loucos (....) A necessidade de
repercussão, tanto do ponto de vista da forma,
quanto do conteúdo, é a característica
inseparável, o traço essencial de toda obra de
arte autêntica em todos os tempos.

György Lukács (1885-1971) Budapeste - Hungria


• O vínculo entre arte e sociedade é estabelecido por três
elementos essenciais:

• A obra de arte
• O autor
• O público
• No que diz respeito ao artista as relações de sua arte
com a sociedade podem ser:
• paz e harmonia
• fuga e ilusão
• protestos e revoltas
• Quanto a sociedade, representada em especial pelo
Estado, seu relacionamento com a arte pode ser:
• ajuda e incentivo
• censura
ARTE como fenômeno universal

• A arte promove o rompimento com o tempo imediato e o


encontro do homem com a eternidade
• Pela criação estética, a obra tende a se universalizar, a
permanecer viva através dos tempos

ARTE e educação
• A importância da arte na educação se faz pela referência
estabelecida entre o belo = bom, sendo o bom algo
baseado no ideal ético
• Platão: “o que é bom é belo e o que é belo é bom”
• senso comum entender: quando um indivíduo age mal,
costuma-se dizer: “que feio!”
• Por outro lado se ele age corretamente, de maneira
ética, dizemos: “ ele teve uma atitude bonita”
ARTE e cultura de massa

• A indústria cultural é um fenômeno contemporâneo que


sintetiza a arte como negócio
• A arte e os bens culturais são submetidos aos
interesses do mercado, e dessa forma não passam de
negócios como qualquer outro produto
• O cinema, por exemplo é uma grande vitrine de produtos
(automóveis, roupas, refrigerantes, e etc.)
• A indústria do lazer e divertimento investe em
determinados produtos culturais que agradam às massas
de forma imediata. Perde-se a qualidade
• A arte
como
vitrine para
produtos
comerciais
• A arte vira show para as massas: perde-se as
referencias culturais em prol do show
• A cultura de
massa, ao
contrário,
homogeneíza as
manifestações
artísticas ao
oferecer à
exaustão um
determinado
fenômeno de
venda e vincular
sempre o mesmo,
o que desestimula
o espírito
inovador e
empobrece o
cenário cultural
Lampião e Maria Bonita (1909-1963)O resgate das tradições

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