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A Reforma da PAC

Em Maio de 1992, ocorre uma profunda reforma da Política Agrícola Comum, devido não só
aos elevados custos gerados como também devido à pressão da Organização Mundial do
Comércio (OMC) para que a Comunidade Europeia baixasse os apoios à agricultura no
sentido de liberalizar o mercado agrícola.
Esta reforma visava principalmente:
 o incentivo a uma produção menos intensiva, de forma a reduzir os excedentes;
 Salvaguardar o ambiente;
 Reduzir os custos.
Desta forma com a reforma de 1992, foram criados novos mecanismos de
controlo da produção e reforçadas as dimensões ambientais, estruturais e
florestais. Assim em 1993, é implementada a Nova PAC que tem
como principais objectivos:
•Redução da produção por hectare (set-aside) – retirada forçada de terras
de produção de cereais, em explorações que ultrapassassem as 92
toneladas por ano, através de um sistema de subsídios compensatórios;
•Concessão de reformas antecipadas;
•Apoio à reconversão da produção (nomeadamente à florestação);
•Incentivos financeiros a práticas agrícolas pouco poluentes (por exemplo,
e principalmente, à agricultura biológica);
Para a proteger o ambiente, destacam-se os incentivos:
• Ao pousio temporário;
• Às reformas antecipadas para os agricultores mais velhos;
• À prática da agricultura biológica;
• À silvicultura;
• Ao desenvolvimento da pluriactividade (exercício de outra actividade
renumerada para além da agricultura);
• À orientação para novas produções industriais ou energéticas.

A reforma de 1992 teve maus resultados e em 1999 foram implementadas novas


medidas na perspectiva da Agenda 2000 – documento que apresenta o conjunto
de questões que se colocam à UE, relacionadas com o alargamento e com a
revisão das políticas comuns - mais uma vez, em 1999, foi , levada a cabo
outra reforma dando prioridade à melhoria do ambiente, à segurança alimentar,
ao bem-estar animal e à promoção de uma agricultura sustentável.
Ano 1999
2ª Reforma da PAC
• Aumentar a competitividade da agricultura europeia nos mercados internos
e
externos;
• Melhorar a segurança e qualidade dos produtos alimentares;
• Garantir um nível de vida equitativo para a população agrícola;
• Desenvolver actividades para impedir o êxodo rural;
• Aumentar a preservação do ambiente.

Agenda 2000
 Política mais competitiva nos mercados mundiais;
 Maior acessibilidade para o consumidor;
 Prioridade ao desenvolvimento rural;
 Preocupações ambientais.
A política agrícola valoriza cada vez mais um modelo em que a
agricultura assume quatro funções essenciais:

 A função económica, pelo tradicional papel de produção e contribuição para


o crescimento económico;
 A função de ordenamento do território, pois ocupa grande parte do território;

 A função social, uma vez que constitui a forma de sobrevivência de numerosas


comunidades;
 A função ambiental, pelo seu papel na conservação dos espaços, na protecção
da
biodiversidade e na salvaguarda da paisagem.
Revisão da PAC 2003
Esta nova reforma orientou-se mais para os consumidores e contribuintes, deixando aos
agricultores a liberdade de adaptarem a sua produção às necessidades do mercado,
visando:

• Alteração na forma de apoiar a agricultura;


• Esforço da política de desenvolvimento rural;
• Aumento dos fundos;
• Qualidade dos alimentos;
• Bem-estar dos animais;
• Liberalizar gradualmente a produção agrícola;
• Fixação das populações rurais.

Preocupavam-se agora em aumentar a qualidade dos produtos, e não em


produzir em demasia, sendo que pagavam aos produtores para deixarem de
produzir, de modo a diminuir os excedentes existentes e preservar o ambiente.

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