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NOVA FRIBURGO E A
“MATA ATLÂNTICA S/A”
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O Estado do Rio de Janeiro em Perspectiva

Nova Friburgo

Fonte: Atlas Eólico do Estado do


Rio de Janeiro
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NOVA FRIBURGO
OCUPAÇÃO TERRITORIAL

 Áreas de florestas: 61,20%


 Áreas de afloramentos rochosos: 2,32%
 Área de agropecuária: 33,76%
 Áreas urbanas: 2,72%
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NOSSAS ÁREAS VERDES


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NOSSAS ÁREAS VERDES
 46 % da área do Município, ou seja 430 Km², são
Unidades de Conservação (UC).
 Apa Estadual de Macaé de Cima.
 Parque Estadual de Três Picos.
 Apa Municipal do Caledônia.
 Apa Municipal dos Três Picos.
 Estamos transformando todas as Áreas de
Interesse Ambiental (AIA), previstos no Plano
Diretor Participativo (PDP) em UCs, interligando-as
por corredores ecológicos, bichodutos etc.
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HISTÓRIA DO
PLANEJAMENTO URBANO EM NOVA FRIBURGO

 1943 – Código de Obras


População da época – 40.000 habitantes
Abrangência – Somente a área urbana

 1950 a 1970 – Lei de Ocupação ( o primeiro Plano Diretor)


População do período - de 48.000 a 90.000 habitantes
Mais abrangente que anterior.
Não foi submetida a Câmara mais colocada em prática,
aceita e respeitada por profissionais, construtores
e administradores.

 1969: Fundação da Associação de Engenheiros e Arquitetos de


Nova Friburgo (AEANF) que prestou à época, um importante
papel no controle urbano da cidade.
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LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - 1988

Divisão por Bacias Hidrográficas


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HISTÓRIA DO PLANEJAMENTO URBANO DE NOVA FRIBURGO

1988 - Lei de Uso e Ocupação do Solo Urbano e Rural


População da época: 165 mil habitantes
Abrangência – todo o município, que foi dividido nas suas 3
bacias hidrográficas principais, tratadas nesta lei como
Unidades de Planejamento, segundo suas respectivas
vocações.
BACIAS VOCAÇÃO LOCALIZAÇÃO
Rio Bengalas (1ª região) Urbana Ocupa o vale principal

Rio Grande (2ª região) Agrícola Terras altas e planas


Rio Macaé (3ª região) Preservação Relevo em queda e florestas

Nesta lei, os parâmetros e índices urbanístico foram aplicados, com


um maior ou menor rigor, respeitando as características históricas, as
disponibilidades de infra-estrutura, a altitude, as condições físicas do
solo e a natureza, diferencialmente em cada uma das três bacias
hidrográficas.
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História do planejamento urbano de Nova Friburgo


Lei de Uso do Solo – 1988 (continuação)

 1987 - Ainda em anteprojeto de lei, foi disponibilizada, para conhecimento


e manifestação da população, através da publicação em encarte no
jornal de maior de circulação do Município com o título “ UMA
POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO”.

Antes de sua votação foi exaustivamente discutida em consulta


pública realizada durante 20 dias na Câmara Municipal.

 1988 - Após homologada, nova publicação em encarte no jornal local para


conhecimento da população.

A Lei de Uso e Ocupação do Solo, previu a criação do Instituto de


Desenvolvimento Urbano de Nova Friburgo – INDUR, espelhado no
IPUC de Curitiba, mas nunca foi implantado de fato.
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A OCUPAÇÃO URBANA NA DÉCADA DE 1990

 APESAR DE INOVADORA, A LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO,


NÃO FOI IMPLEMENTADA PLENAMENTE DURANTE OS ANOS
1990.

 O INDUR, PREVISTO, NÃO FOI CRIADO E NÃO FOI FEITO O


CONTROLE URBANO.

 SOMOU-SE A ISTO, ENTRE OUTROS ASPECTOS, A CHEGADA DA


GLOBALIZAÇÃO POR AQUI E QUE, EM SEUS PRIMEIROS ANOS,
FOI RESPONSÁVEL PELO FECHAMENTO DE INDÚSTRIAS E A
REDUÇÃO DAS ATIVIDADES DAQUELAS QUE RESISTIRAM.
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O NOVO SÉCULO
 A PARTIR DE 2001, RETOMOU-SE A APLICAÇÃO PLENA DA LEI
DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E A RECOMPOSIÇÃO DA
SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE, E ALÉM DISSO:

REESTRUTURAÇÃO DO CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL -


CEA;
 FORMOU-SE O CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE
-COMMAM;
 IMPLANTAÇÃO DA COLETA SELETIVA E A DIFUSÃO DO
CONCEITO DE RESÍDUO RECICLÁVEL;
 INSTALAÇÃO DE 60 ECOPONTOS DE COLETA SELETIVA
ESPONTÂNEA;
 CRIADA A AGENDA 21 LOCAL;
 PROPOSTAS NOVAS LEIS, COMO O CÓDIGO AMBIENTAL ;
DISCUÇÃO ,COM AMPLA PARTICIPAÇÃO ,O PLANO DIRETOR
EXIGIDO PELO ESTATUTO DAS CIDADES,
CRIADO O FUNDO MUNICIPALDO MEIO AMBIENTE.
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PLANO DIRETOR
PARTICIPATIVO
(PDP)
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O Plano Diretor Participativo- PDP


 2005 -Início dos trabalhos

 Local – Casa do Plano Diretor, espaço onde se desenvolveu os


trabalhos e ponto de referência disponível a todos os cidadãos,
comunidades, profissionais e empresários.

 Coordenação: Programa PRÓ-CIDADE da estrutura administrativa


da Prefeitura em conjunto com a Secretaria do Meio Ambiente, a
Secretaria de Obras e a Secretaria de Fazenda que representaram
os outros setores do Poder Público Municipal.

 Parcerias: Ministério das Cidades, Secretaria Nacional de


Programas Urbanos e Caixa Econômica Federal.

 Assessoria técnica e jurídica: Instituto Brasileiro de Administração


Municipal (IBAM).
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O Plano Diretor Participativo – PDP
Metodologia

 Uso das diretrizes do Estatuto da Cidade;


 Noventa (90) reuniões regionais em dias e horários
adequados à participação das comunidades;
 Três audiências públicas;
 Vários encontros na Câmara Municipal;
 Seções itinerantes promovidas pela Câmara Municipal;
 Divulgação permanente na mídia, em publicações para
acompanhamento da população em várias fases da
elaboração e também através de outdoors.
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O Plano Diretor Participativo- PDP
Principais destaques
 Ratificação do uso das três (3) bacias hidrográficas
como instrumento de ordenamento, já anteriormente
instituída pela Lei de Uso do Solo de 1988, agora
chamadas de Unidades Territoriais de Planejamento
(UTPs).

 As UTPs foram sub-divididas em:


I - Áreas de Interesse Ambiental;
II – Áreas de Desenvolvimento Rural Sustentável;
III – Áreas de Interesses Logísticos;
IV – Áreas Urbanas.
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UNIDADES TERRITORIAIS
DE PLANEJAMENTO
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DIVISÃO DAS UNIDADES


TERRITORIAIS DE PLANEJAMENTO
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O Plano Diretor Participativo – PDP


Classificação das áreas urbanas quanto a finalidade de
tratamento
 Zonas de Especial Interesse Social (ZEIS)

Regularização fundiária

Produção de moradias para população de menor renda

 Zonas de Especial Interesse Ambiental (ZEIA)



Proteção ambiental de áreas públicas e privadas
 Criação de novas UCs


Criação de áreas verdes urbanas

 Zonas de Especial Interesse Urbanístico Econômico (ZEIUE)



Implantação de atividades econômicas compatíveis com o meio
urbano
 Redução da necessidade de deslocamentos casa/trabalho-escola

e casa/compras, efeito pendulo . por exemplo.


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O Plano Diretor Participativo- PDP
A Classificação das áreas urbanas quanto a finalidade
de tratamento
 Zonas de Especial Interesse de Recuperação
Ambiental (ZEIRA)

Recuperação de áreas públicas e privadas que
estejam degradadas

Recuperação de áreas que ofereçam risco a
população e ao meio ambiente

 Zonas de Especial do Patrimônio do Ambiente Cultural


(ZEIPAC)

Valorização, recuperação, incentivos a preservação
dos sítios de valor histórico, cultural e arquitetônico
de município
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O Plano Diretor Participativo – PDP
A densidade de ocupação segundo a localização na
malha urbana
 Zona de Restrição (ZR)
 Áreas altas, próximas das florestas, onde se encontram os

mananciais da cidade e onde só serão permitidas baixas taxas de


ocupação e exigida a manutenção da permeabilidade do solo.
 Zona de Transição (ZT)
 Áreas situadas entre a malha urbana consolidada e a de

desenvolvimento rural onde é fundamental o controle na expansão,


para evitar a perda de qualidade de vida e ambiental.
 Zona de Expansão Orientada (ZEO)
 Áreas de vazios urbanos, mas com características favoráveis de relevo

e acesso, onde é fundamental garantir a infra-estrutura completa e a


presença de atividades de serviço e atendimento comunitário.
Zona de Re-qualificação Urbana (ZRU)
- Áreas urbanas já consolidadas que serão induzidas a ocupação mais
racional dos imóveis não utilizados ou sub-utilizados, promovendo-se
também a convivência pacífica entre os usos e atividades.
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O Plano Diretor Participativo – PDP
INSTRUMENTOS PREVISTOS
PARA USO QUANDO OPORTUNOS E CONVENIENTES

I. A outorga onerosa;
II. A transferência do direito de construir;
III. As operações urbanas consorciadas;
IV. O consórcio imobiliário;
V. O direito a preempção;
VI. O direito de superfície;
VII. Os estudos de impacto de vizinhança e ambiental
VIII. O Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e
Territorial COMDUT, para apoiar a implementação do
Plano Diretor.
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O Plano Diretor Participativo – PDP
LEIS E PLANOS
COMPLEMENTARES PREVISTOS

 Plano Municipal de Saneamento Ambiental


 Plano Municipal de Habitação de Interesse
Social
 Plano Municipal de Mobilidade e Acessibilidade
 Revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo
 Revisão do Código de Obras
 Lei de Parcelamento do Solo
 Código Municipal Ambiental
 Atualização do Código Municipal de Posturas
O Plano Diretor Participativo- PDP 23
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS COMUNS
AS LEIS COMPLEMENTARES PROPOSTAS
 Linguagem de fácil entendimento a cidadãos, profissionais e
investidores;
 Definições (glossários) de todas as figuras e termos usuais;
 Artigos descrevendo as penalidades e imputando-as aos infratores
ou a quem agir de má fé;
 Artigos e anexos orientando quanto a documentação necessária, a
forma de apresentação dos projetos e demais informações para a
abertura de processos;
 Quadros elucidativos e simulação de situações típicas;
 Em todas as leis , a presença de referências ao trato correto ao
meio ambiente.
 Criação do recurso da consulta prévia, antes do investimento.
As leis complementares do PDP 24
Revisão da Lei de Uso e Ocupação do Solo

Aspectos Gerais propostos:


 O enquadramento de todas as atividades econômicas ou
de serviços segundo o seu porte e o impacto que podem
causar à vizinhança e ao meio ambiente;

 Revisão dos parâmetros urbanísticos reguladores da


ocupação, propondo o acréscimo de outros, como:
- a taxa de permeabilidade
- o potencial construtivo
- o coeficiente de aproveitamento do terreno

 O incentivo a criação de empreendimentos que criem


centros de bairros e o estímulo a revitalização dos já
existentes.

 O uso das ferramentas disponíveis no PDP


As leis complementares ao DPD 25
Lei de Parcelamento do Solo Urbano
Aspectos gerais propostos
 O estabelecimento das modalidades de parcelamentos;
 A classificação segundo a sua área e os impactos que causarão;
 A classificação funcional das vias;
 Cria a obrigatoriedade de reservar áreas para comercio e serviços,
alem das já estipuladas por Lei, para evitar deslocamentos;

 Contem diversas medidas para inibir o uso de recursos escusos


por aqueles de má fé e sem escrúpulos, como:
- Estender o parcelamento para áreas vizinhas sem nova aprovação,
- O re-parcelamento em áreas menores sobrecarregando a infra-
estrutura aprovada e implantada,
- O uso inadequado de Frações Ideais.

 Cria requisitos mínimos para as áreas destinadas a equipamentos


comunitários como , declividade, acesso, salubridade etc;
 Obriga o fechamento, com cercas e identificação de todas as áreas
destinadas a uso comunitário,à preservação etc;
 Trata da regularização fundiária.
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Leis complementares ao DPD
CÓDIGO DE POSTURAS ( aspectos de ordem ambiental )

O TRATO COM AS PROPRIEDADES

 Há na proposta do novo Código de Posturas , um capítulo específico sobre


o “uso ambiental correto das propriedades urbanas e rurais” como forma
de orientar o proprietário ou responsável quanto:
 Ao corte e poda de árvores.
 A movimentação de terra.
 A aragem e dragagem.

A proteção das áreas em aclive ou declive em relação ao logradouro de acesso.
 O respeito aos cursos d’água.
 Ao encaminhamento correto e seguro dos resíduos, rejeitos e descartes.
Assim a propriedade será considerada como a célula ambiental
do município

CONTROLE DE VEÍCULOS NAS VIAS URBANAS

 Capítulos referindo-se ao controle de máquinas e equipamentos usados


em terraplenagem, dragagem etc., quando em trânsito e ao controle na
emissão de gases provenientes de veículos, ambos sob a responsabilidade
da AUTRAN ( Autarquia Municipal de Trânsito – municipal ).
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Leis complementares ao DPD


REFORMA DO CÓDIGO DE OBRAS
 Além das abordagens comuns deste tipo de diploma, o novo Código
de Obras está incorporando:
 O incentivo ao planejamento antes da execução da obra e a partir
de projetos;
 O uso da Engenharia Pública, criada por Lei Municipal;
 A construção racional;
 O uso de materiais certificados em especial as madeiras;
 O uso de materiais reciclados;
 O incentivo ao uso do aquecimento solar;
 O aproveitamento da ventilação e da iluminação natural;
 O encaminhamento correto dos rejeitos e sobras de obras.

Está prevista a criação de uma cartilha- guia de boas ações do


ato de construir, além de campanhas e outras formas de
divulgação do tema.
Leis complementares ao PDP 28
CÓDIGO MUNICIPAL AMBIENTAL
 Tem o propósito de regular os direitos e obrigações das
pessoas físicas e jurídicas no trato com o meio ambiente,
tanto nas áreas urbanas quanto fora delas;
 Conduz ao órgão municipal responsável pelo controle
ambiental, a tarefa de conceder o Licenciamento Ambiental
de todas as atividades previstas no convênio firmado com o
INEA;
 Ressalta em seus artigos, a participação comunitária através
dos Conselhos Municipais, da Agenda 21, entidades de
classe etc;
 Estabelece incentivos fiscais para investimentos em
recuperação e manutenção ambiental;
 Cria o Programa Municipal de Gestão de Resíduos Sólidos;
 Cria o sistemas de controle permanente da poluição sonora,
do ar e de defensivos agrícolas;
 Cria o Plano Municipal de Arborização Urbana;
 Cria o Plano Municipal de Educação Ambiental.
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Rodoviária de Integração
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A PROPOSTA DE UM NOVO SISTEMA VIÁRIO

AÇÕES PARA MELHORIA DE QUALIDADE DE VIDA, DA REDUÇÃO


DOS GASES DE EFEITO ESTUFA E DE ATIVAÇÃO ECONÔMICA:

• ESTRADA DO CONTORNO: PASSANDO A LESTE DAS ÁREAS


URBANAS;
• AV. BRASIL: VIA EXPRESSA LIGANDO CONSELHEIRO PAULINO AO
CENTRO;
• OLARIA/RJ-116 : LIGAÇÃO DIRETA SEM PASSAR PELO CENTRO;
• OS CAMINHOS DE NOVA FRIBURGO : 180 Km DE TURISMO
• O VEÍCULO LEVE SOBRE TRILHOS: VLT, LIGANDO A CIDADE DE
NORTE A SUL.
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Caminhos de Nova Friburgo
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RESÍDUOS SÓLIDOS

ATERRO CONTROLADO DE
NOVA FRIBURGO
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RESÍDUOS SÓLIDOS
 Coleta de lixo

Está entregue a Empresa Brasileira de Meio
Ambiente S/A (EBMA) em caráter de concessão
sobre o controle da Secretaria do Meio Ambiente.
 A EBMA opera um aterro controlado e iniciará a
disposição dos resíduos em área contígua a este em
um aterro sanitário já licenciado.
 O resíduo de saúde é tratado pelo processo de
autoclavação conforme resolução CONAMA.

Reflorestamento

Autoclave
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RESÍDUOS SÓLIDOS
 O biogás gerado no aterro, composto por
metano e dióxido de carbono entre outros,
é drenado e queimado para a mitigação
do efeito estufa.
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RESÍDUOS SÓLIDOS
 COLETA SELETIVA

Implantada de fato há 8 anos está em pleno
andamento e crescendo a cada dia.
 Em 2002 a média mensal era de 8 t/mês

 Atualmente estamos na ordem de 18t/mês

 Todo o resíduo proveniente da coleta seletiva segue

para a cooperativa dos catadores que funciona dentro


da EBMA
Cooperativa dos
catadores - esteira

Ecoponto
Obrigado pela atenção!

Arquiteto
Roberto de Gouvêa Vianna
Secretário de
Preservação Ambiental

E- mail:
preservacaoambiental@pmnf.rj.gov.br

Tel./fax: 0-XX-22-2525-9207

Monumento Geológico
Cão Sentado

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