O documento descreve um estudo que examinou os efeitos do aprendizado de uma segunda língua na estrutura cerebral de indivíduos bilíngues e monolíngues. Os resultados mostraram que aprender uma segunda língua após ter proficiência na primeira modifica a estrutura do cérebro, tornando o córtex frontal inferior esquerdo mais espesso e o direito mais fino. Além disso, quanto mais tarde a segunda língua era aprendida, maior era a espessura do córtex nessas regiões.
O documento descreve um estudo que examinou os efeitos do aprendizado de uma segunda língua na estrutura cerebral de indivíduos bilíngues e monolíngues. Os resultados mostraram que aprender uma segunda língua após ter proficiência na primeira modifica a estrutura do cérebro, tornando o córtex frontal inferior esquerdo mais espesso e o direito mais fino. Além disso, quanto mais tarde a segunda língua era aprendida, maior era a espessura do córtex nessas regiões.
O documento descreve um estudo que examinou os efeitos do aprendizado de uma segunda língua na estrutura cerebral de indivíduos bilíngues e monolíngues. Os resultados mostraram que aprender uma segunda língua após ter proficiência na primeira modifica a estrutura do cérebro, tornando o córtex frontal inferior esquerdo mais espesso e o direito mais fino. Além disso, quanto mais tarde a segunda língua era aprendida, maior era a espessura do córtex nessas regiões.
DENISE KLEIN , KELVIN MOKA, JEN-KAI CHEN A, KATE E. WATKINS
BRAIN & LANGUAGE 131 (2014) 2024 UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA Programa de Ps-Graduao em Lingustica Psicolingustica 2014.1 Prof.Cristina Name e Prof. Mercedes Marcilese
Michele Monteiro Pauliane Godoy Raquel Lombardi
INTRODUO Resultados de um variedade de estudos tm sido usados para sugerir que a experincia bilngue confere padres nicos de atividade neurofuncional e estrutura do crebro.
O fator idade de aquisio da segunda lngua (L2) relevante. Desse modo esperado encontrar evidncias de plasticidade cerebral.
Segundo Bialystok (2002, 2009) h provas de implicaes cognitivas especficas associadas com incio de aquisio de duas lnguas tais como controle inibitrio e aumento da reserva cognitiva.
OBJETIVO DO ESTUDO: Examinar os efeitos do aprendizado de segunda lngua (L2) na estrutura cerebral.
PARTICIPANTES: 22 monolngues e 66 bilngues. Dentre os bilngues alguns aprenderam ambas lnguas simultaneamente (0 a 3 anos) outros entre 4 e 7 anos (primeira infncia) e outros entre 8 e 13 anos (final da infncia).
MATERIAIS E MTODOS
Imagem por Ressonncia Magntica (MRI)
Os indivduos:
Destros saudveis; Sem histrico neurolgico; Sem deficincia auditiva; Recrutados na regio de Montreal (ambiente bilngue ingls/francs). Nos monolngues e bilngues a proporo de gnero era quase equivalente; Nos grupos de bilngues simultneos e tardios a proporo era de 2/3 de mulheres e 1/3 de homens. Idades entre 18 e 48 anos, com uma mdia de 26 anos. A base e a proficincia foi avaliada atravs de um questionrio e uma entrevista detalhada. Embora vivessem em uma zona bilngue, um questionrio interno constatou que possuam diferentes graus de proficincia e uso dos idiomas. O questionrio avaliava em uma escala de 1-7 o conforto na L2, no que se refere a habilidades de leitura, fala, escrita e compreenso. Apresentava tambm informaes sobre origens lingusticas familiares e histrico de aquisio.
Os questionrios passaram por uma triagem. queles selecionados determinou-se uma pontuao global de proficincia: N=12 : bilngues simultneos ( idade de aquisio <3 anos) N=25: Aprendeu a L2 na infncia (4-7 anos) N=29: Bilngues tardios (aquisio na segunda infncia, 8-13 anos)
Objetivo:
Desvendar as diferenas entre bilngues que adquiriram a lngua mais cedo e os que adquiriram presumidamente depois de um presumido perodo crtico. Os bilngues simultneos geralmente adquiriram a L2 de um dos pais em contexto de lngua nativa, enquanto os bilngues tardios adquiriram ambas as lnguas sequencialmente em um contexto mais formal, com a existncia de um nmero equivalente de falantes de francs L1 e ingls L1.
PROCEDIMENTO Constituio dos dados
Siemens Sonata 1.5T MRI scanner -As imagens adquiridas atravs de ressonncia magntica foram comparadas no Instituto Neurolgico de Montreal. -Sequncia obtida: The T1W sequence common across all studies was a 3D gradient echo FLASH sequence: 176 contiguous, 1.0 mm thick axial planes; repetition time (TR), 22 ms; echo time (TE), 9.2 ms; flip angle (FA), 30; voxel size, 1 mm3. GERAO DE ESPESSURA CORTICAL As imagens adquiridas na MR foram processadas no CIVET
Gera-se medidas de espessura cerebral para cada sujeito.
Basicamente, a MR processada atravs de mltiplos procedimentos sequencias para fornecer uma medida da espessura cortical ao longo de todo crebro atravs de mais de 80.000 pontos.
A ANLISE Anlises foram feitas de acordo com o modelo linear geral
(a) contraste na espessura cortical de grupos de bilngues comparado com cada um dos grupos bilngues e com um grupo de monolngues. (b) uma srie de anlises de regresso na espessura cortical dentro do grupo de 66 indivduos bilngues, tendo em vista a idade de aquisio de segunda lngua (AOA), a proficincia e anos de experincia na lngua como o principal fator de cada regresso. A interao entre Idade Cronolgica e AoA so covariveis na anlise, pois a IC afeta significativamente a espessura cronolgica.
Os limiares estatsticos para anlise de espessura cortical foram ajustados para mltiplas comparaes utilizando a tcnica de FDR.
RESULTADOS Diferenas entre monolngues e os diferentes grupos de bilngues. Duas regies mostraram diferenas na espessura cortical em relao experincia de lngua dos grupos:
-IFG= Giro frontal inferior
As partes anteriores do giro frontal inferior esquerdo foram significativamente mais espessas tanto em bilngues que aprenderam a L2 sequencialmente no incio da infncia quanto no final desse perodo.
No hemisfrio direito, o crtex foi significativamente reduzido em espessura na parte direita anterior do giro frontal inferior em bilngues que aprenderam a L2 sequencialmente no final da infncia em relao aos monolngues e nesse mesmo grupo em relao aos bilngues simultneos:
Em bilngues que aprenderam a L2 sequencialmente no final da infncia em relao queles que aprenderam uma L2 no incio da infncia e nesse grupo em relao aos monolngues:
Relao entre a estrutura cerebral e a idade de aquisio de L2 em participantes bilngues So levados em conta a idade cronolgica, a proficincia na lngua e os anos de exposio L2.
A idade de aquisio e a espessura cortical foram correlacionados positivamente no giro frontal inferior esquerdo nos sujeitos bilngues. quanto mais tarde uma L2 era adquirida depois que um indivduo ganhasse proficincia em uma L1, mais espesso crtex.
Uma correlao negativa significativa com a idade de aquisio tambm foi vista no giro frontal inferior direito nos sujeitos bilngues. quanto mais tarde eles aprendiam uma L2, mais fino o crtex frontal direito.
Outra regio que mostrou uma correlao significativa com a idade de aquisio de L2 foi o lobo parietal superior esquerdo, no qual a espessura cortical aumentou quanto mais tarde a L2 era adquirida:
Em sntese:
Os resultados mostram que a aprendizagem de uma L2 depois de ganhar proficincia na primeira lngua modifica a estrutura do crebro de uma forma dependente da idade enquanto que a aquisio simultnea de duas lnguas no tem nenhum efeito adicional sobre o desenvolvimento do crebro.
DISCUSSO Aprender L2 depois de j ter adquirido proficincia na L1 modifica a estrutura cerebral. O crtex frontal inferior esquerdo torna-se mais espesso enquanto o direto mais fino.
Os resultados encontrados nesse estudo so consistentes com resultados anteriores sobre a lateralidade nos estudos com bilngues. Bilngues que adquirem ambas lnguas at 6 anos de idade mostram envolvimento dos dois hemisfrios cerebrais. Os que adquirem depois dessa idade mostram uma dominncia do hemisfrio esquerdo. E quanto menos proficiente na L2, mais lateralizada para esquerda a dominncia. Esse estudo aponta que em nvel estrutural que indica h diferenas entre o aprendizado de L2 simultaneamente e sequencialmente.
O aprendizado simultneo e o bilinguismo na primeira infncia so condies associadas a melhor proficincia e mostram menores efeitos na estrutura do crebro.
A idade de aquisio de L2 crucial no estabelecimento na estrutura de aprendizado de linguagem.
Estudos futuros poderiam investigar como idade de aquisio e espessura do crtex cerebral se relacionam com a proficincia em L2. REFERNCIAS Bialystok, E. (2009). Bilingualism: The good, the bad, and the indifferent.Bilingualism: Language and Cognition, 12(1), 311. Bialystok, E. (2002). Cognitive processes of L2 users. In V. Cook (Ed.), Portraits of the L2 user (pp. 147165). Clevedon, UK: Multilingual Matters. Klein et al. (2014). Age of language learning shapes brain structure: A cortical thickness study of bilingual and monolingual individuals. Brain & Language, 131, 2024.
O processo de aquisição da linguagem de crianças surdas com implante coclear em dois diferentes contextos: aplicação do método Extensão Média do Enunciado (EME) e apresentação de estudos dos estágios de aquisição com dados em Língua de Sinais