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Universidade dos Açores – Departamento de

Ciências Agrárias
Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas
(Preparatórios)
Fitoquímica e Farmacognosia I

Vitaminas

Docente: Professora Doutora Maria Adelaide Lobo


Discentes: Emanuel Martins, João Costa e Joana Neves

Angra do Heroísmo, 16 de Dezembro de 2008


Vitaminas
• Sumário
– Antivitaminas.
– Classificação:
• Timina;
• Riboflavina;
• Pirodixina;
• Meso-Inositol;
• Biotina;
• Ácido Fólico;
• Cianocobalamina
• Ácido Pangâmico
• Nicotinamida
• Ácido Pantoténico
• Ácido Lipóico
Antivitaminas

• Como o próprio nome indica, são substâncias capazes de interferir nos processos particulares
das vitaminas, independentemente da origem. A grande maioria provém da indústria de síntese
química, embora se conheça um escasso número de substâncias naturais com estas propriedades.

• No início, consideravam-se as antivitaminas substâncias que interferiam na biossíntese das


próprias vitaminas, como por exemplo as sulfamidas que ocupavam o lugar do ácido p-
aminobenzóico na síntese do ácido fólico, não se podendo formar o factor considerado
indispensável ao crescimento das bactérias.
• Verificou-se, também, que diversos compostos com estruturas análogas às das
vitaminas ou de alguns dos seus grupos químicos, podendo interferir numa série
de reacções normais para que estas são solicitadas, ocupando os seus lugares e
impedindo, desse modo os respectivos processos metabólicos.
Outro exemplo de antivitaminas é o dicumarol, capaz de ocupar o lugar da
vitamina K e inibir o aparecimento da protrombina.

• Citam-se outros casos de reacções bioquímicas de natureza enzimática. Várias


vitaminas do grupo B desempenham o papel de cofermentos e por isso estão
sujeitas a que diversos compostos possam ocupar os seus lugares nas reacções
enzimáticas. Com efeito, conhecem-se numerosos compostos de síntese com estas
propriedades.
• Posteriormente, alargou-se o conceito de antivitamina para todas as substâncias
que interferem nos seus processos característicos, impedindo a sua actividade.

• Assim, a avidina, proteína da clara do ovo, pode ser considerada antivitamina da


biotina, uma vez que reage com esta resultando uma combinação irreversível não
absorvida no intestino.

• Do mesmo modo que se considera a tiaminase, um fermento particular de alguns


peixes, que cinde a vitamina B1 em dois novos compostos inactivos.

Conhecem-se inúmeras antivitaminas produzidas pela síntese química.


As antivitaminas utilizam-se essencialmente para originar estados de avitaminose.
Também procura-se utilizá-las como agentes quimioterápicos, no impedimento de
reacções enzimáticas relacionadas com fenómenos biológicos.
Tiamina

Designou-se inicialmente por vitamina e depois por vitamina B1 e aneurina, para melhor
precisar a especificidade da substância extractiva de natureza amínica contida na casca do
arroz, que possui uma propriedade de restabelecer a saúde dos padecentes de uma
enfermidade do sistema nervoso conhecida como beribéri.

Este mal é comum nos povos asiáticos, alimentados exclusivamente com arroz polido,
reduzido ao albúmen, e manifesta-se: umas vezes por perturbações motoras, atrofias
musculares dolorosas, paralisias progressivas, emagrecimento e crises cardíacas; outras por
edema dos membros inferiores que se estende até às faces, eventualmente até aos pulmões e
ocasionando dispneia, ainda convulsões, paralisias e por fim a morte.

Este quadro patológico resulta da degenerescência do sistema nervoso; por isso a substância
contida no arroz, capaz de restabelecer a saúde, foi designada por aneurina e factor
antinevrítico.
Composição Química: A Tiamina contém um anel pirimidina metilado em 2 e
aminado em 6 e um outro tiazol, metilado em 4 e com cadeia etanólica em 5; os
dois ciclos ligam-se por um metileno entre o C do primeiro ciclo e o N do
segundo ciclo.

Tiamina

Síntese: Na Indústria química sintetiza-se a tiamina a partir de vários processos: por


exemplo pela condensação do 4-metil-5-hidroxietiltiazol com o bromidrato do 2-metil-6-
amino-pirimidil-5-bromo-metileno.
Propriedades Químicas: Com os ácidos forma sais cristalinos, sendo o mais importante
o éster pirofosfórico, reconhecido como o coenzima da piruvodescarboxilase da levedura
e de todos os tecidos.
Os hidróxidos alcalinos a quente decompõem a tiamina.
Os reagentes gerais dos alcalóides precipitam-na das suas soluções aquosas.
Propriedades Físicas: A tiamina é uma substância cristalina, solúvel na água e no álcool
e insolúvel nas gorduras e nos seus solventes, de odor particular que em parte comunica à
levedura, estável a frio mas alterando-se pelo calor, com espectro de absorção
característico com dois máximos em 235 e 267 nm.

Aplicações Terapêuticas: A tiamina utiliza-se nas doenças do sistema nervoso, em


primeiro lugar no tratamento do beribéri como foi acima referido, depois em diversas
dores nevrálgicas e reumáticas e na ciática.

Ainda é utilizada em certas perturbações cardiovasculares (insuficiência cardíaca e


degenerescência do miocárdio).
Na diabetes estimula as ilhotas de Langerhans, aumenta a tolerância da glucose e no coma
diabético é um adjuvante da insulina.
• Elimina-se pelos rins, na forma de tiamina, sendo a quantidade variável na dependência
do estado de avitaminose. Esta determinação tem sido objecto de estudo com o fim de
avaliar o grau de avitaminose, pela diminuição da quantidade de tiamina excretada.

• Uma parte elimina-se também com as fezes, mas esta não possui valor analítico, não
costumando dosear-se, por vir acrescida de uma fracção variável produzida pelas
bactérias intestinais.

• A dose normal para o Homem é entre 0,5 mg e 3 mg. A hipervitaminose não parece ser
tóxica.

• Administra-se por via oral e em injecções hipodérmicas e intramusculares.


Riboflavina
A riboflavina, também conhecida como vitamina B2, relaciona-se pela sua
estrutura com as flavinas. A riboflavina foi identificada no leite, clara dos ovos,
fígados, levedura de cerveja, etc.
A carência de vitamina B2 manifesta-se na paragem do crescimento, uma
posterior perda de peso, seguida da morte. Uma dermatite particular já se
manifestou em avitaminose B2 e nos olhos o aparecimento de cataratas.
Constituição Química: A Riboflavina contém o núcleo fundamental, tricíclico,
da isoaloxazina, com um ciclo benzénico A, um outro aloxânico e entre eles o B,
formado por intermédio de dois átomos de azoto.

Riboflavina,

A vitamina B2 resulta da combinação da dimetil-6,7-flavina com o ribitol, o álcool


correspondente à D-Ribose, isto é, a 6,7-dimetil-9- (1’-D-ribitil)-isoaloxazina.
Síntese: A riboflavina sintetiza-se a partir da condensação de ortodiaminas
substituídas com o aloxano ou tetraoxipirimidina.
Propriedades Físicas: A Riboflavina aparece sob a forma de cristais amarelo-
vermelhados de sabor amargo, pouco solúveis na água, álcool, ácido acético,
piridina, nos álcalis, e insolúveis nos solventes orgânicos usuais (éter, Benzeno,
clorofórmio, etc.). É dialisável.

• A avitaminose B2 pouco se verificou no Homem, porém manifesta-se por


perturbações no crescimento das crianças e, nos adultos, por contracções
musculares dolorosas e fadiga; também aparecem lesões na pele, mucosas e
nos olhos, que podem originar conjuntivites, irites e hemeralopia.

• Não há praticamente hipervitaminose, pois a riboflavina não é tóxica.


As quantidades médias necessárias, quotidianamente, para o Homem são de 2 a
3 mg, que lhe são fornecidas numa dieta equilibrada
Na terapêutica administra-se sob a forma de injecções sub-cutâneas e também
sob a forma de comprimidos.
Piridoxina
Também conhecida por vitamina B6 e por adermina. Não se conhece a avitaminose
Humana, mas pelos sintomas revelados em outros animais admite-se que possa
provocar afecções cutâneas, neuro-musculares, anemias, etc.

• A piridoxina é um derivado de substituição da piridina, a 2-metil-3-hidroxi-4,5-


di-hidroximetil-piridina.

• Aparece simultaneamente em duas formas: de aldeído e de amina, todas


com propriedades vitamínicas.

Propriedades Físicas: substância cristalina,


incolor, muito solúvel na água, pouco no álcool,
éter e acetona, termostável, mas destruível pela luz.
Aplicações Terapêuticas: A Piridoxina é utilizada em certas distrofias neuro-
musculares, perturbações na marcha, nevrites, para acalmar estados nervosos,
nas insónias, vómitos da gravidez, em anemias explicadas por irregularidades
na síntese da hemoglobina e, ainda, em alergias cutâneas.
Administra-se a piridoxina em comprimentos e em soluções injectáveis.

A quantidade necessária para um ser Humano se manter num estado


saudável calcula-se em 1 a 8 mg por dia. Uma parte desta vitamina é
fornecida pelos alimentos e outra resulta da síntese realizada pela flora
intestinal.

Contra-Indicações: A toxicidade da piridoxina é fraca (200 mg não se


considera prejudicial).
Meso-Inositol
• O meso-inositol, ou mioinositol é o único isómero
do ciclo-hexano-hexol (inositol) que é encontrado
em abundância na natureza e que se revelou
biologicamente activo.

Inositol Meso-Inositol
Meso-Inositol ou Mio-Inositol
• Características:
– Substância cristalina
de sabor açucarado,
solúvel na água e
insolúvel no álcool.

Triticum spp
• Fontes Naturais:
– Lecitina de soja, frutas
cítricas (excepto o
limão), fígado,
levedura de cerveja,
trigo, passas, repolho.

Brassica oleracea
Meso-Inositol
Funções/Consequêcias Biológicas :

Actua como factor lipoproteíco, isto é, susceptível


de promover a formação de corpos gordos e de
colesterol no fígado e vasos;

A sua carência determina o aparecimento de


alopecia nos ratos e atrasos no seu crescimento
(sintomas resultantes da carência dos
constituintes vitamínicos do grupo B);

Não é tóxico.
Meso-Inositol
Aplicações Farmacêuticas:

Desconhece-se a actividade
terapêutica e a posologia deste factor
dada a avitaminose humana ainda não se
ter manifestado.
Biotina ou Vitamina B8
• Características:
– É uma coenzima de estrutura química
conhecida: dois núcleos fundidos de
imidazol e tiofeno com uma cadeia lateral
de ácido valérico.
– O constituinte natural é a D-biotina
– A D-biotina (produzida pela industria) é biotina
uma substância cristalina, solúvel em água
quente, bases diluídas e insolúveis em
solventes orgânicos.
– não é uma vitamina verdadeira, mas
funciona com as vitaminas do complexo B,
também sendo hidrossolúvel.

• Fontes Naturais:
– Nozes, frutas, carne vermelha, arroz ,
fígado, gema de ovo porém parte é Juglans regia L
sintetizada por saprófitas no intestino.
Biotina
Funções/Consequências Biológicas:
Funciona no metabolismo das proteínas e dos hidratos
de carbono, actuando também directamente na
formação da pele.
Tem como principal função neutralizar o colesterol
(directamente ligado à obesidade).
No homem a sua avitaminose pode provocar
furunculose, seborréia do couro cabeludo e eczema.
Biotina
Aplicações Farmacêuticas:

Administra-se em caso de dermatites e


seborreia por via parental, em doses de 20
mg por dia.
Ácido Fólico ou Vitamina B9
• Características:
– Preparado pela industria,
obtendem-se um precipitado
cristalino, amarelo alaranjado
e insolúvel em solventes
orgânicos.

• Fontes Naturais:
– Fígado, vegetais (ex:
espargo), trigo e outros frutos
(ex: laranja).

Citrus sinensis
Ácido Fólico
Funções/Consequências Biológicas:
A vitamina B9 é essencial para a divisão das células
do corpo e é requerida para a utilização da glicose e
de aminoácidos.
A sua avitaminose pode causar fraqueza, letargia,
fadiga extrema, insónias, irritabilidade e debilidade
mental. Pode ainda causa espinha bífida.
É tóxica em grandes doses e pode causar graves
problemas neurológicos. Não pode ser tomado por
pessoas com anemia por deficiência de vitamina B12
Ácido Fólico
Aplicações Farmacêuticas:

Actua como analgésico, ajuda a


combater infecções infantis e pode ainda
estar na origem da prevenção da espinha
bífida.
A dose terapêutica diária é de 10mg,
administrada por via oral ou
intramuscular.
Cianocobalamina ou vitamina
B12
• Características:
– Na sua estrutura existe um
grupo cianato ligado ao
átomo cobalto , obtendo
assim maior estabilidade e
a propriedade de cristalizar;
– Substância cristalina, de cor
vermelho-escuro,
higroscópica, solúvel em
água e termoestável.

• Fontes Naturais:
– Fígado, tecidos musculares cianocobalamina
de mamíferos e peixes,
gema de ovo, leite
Cianocobalamina
Funções/Consequências Biológicas:
É a única vitamina que já contém sais
minerais essenciais sendo essencial para a
saúde do metabolismo dos tecidos nervosos
Participa também na formação dos ácidos
nucleicos dos eritoblastos e das células
jovens da medula óssea.
A sua avitaminose está na origem da anemia
perniciosa e pode provocar também
deterioração mental.
Cianocobalamina
Aplicações Farmacêuticas:

No tratamento anemias várias (apesar de ser


mais eficaz o seu emprego em caso de anemia
perniciosa);
Em caso de lesões nervosas medulares;
Recomenda-se também a crianças de pequeno
porte, emagrecidas, atrasadas (como factor de
crescimento).
A administração do fármaco dá-se por via oral
ou parenteral no caso de soluções aquosas.
Vitaminas – Ácido Pangâmico
• O ácido pangâmico é também designado por vitamina B15.

• É hidrosolúvel e antioxidante protegendo as células do fígado (hepatócitos).

Funções/Consequêcias Biológicas:

• O ácido pangâmico é vital para a descontaminação do fígado, limpando-o de toxinas e


protege-o da cirrose, uma vez que é um agente transmetilador nas sínteses celulares;

• Além do mais contribui para um aumento do potencial de oxigenação dos tecidos e baixa os
níveis séricos de colesterol;

• O ácido pangâmico possui a propriedade de neutralizar as toxinas que o próprio organismo


elimina;
Vitaminas – Ácido Pangâmico
Deficiência:
• A sua deficiência provoca desordem glandular e nervosa, doenças de coração e
diminuição de oxigenação aos tecidos.

• As doses terapêuticas são na ordem de alguns miligramas.

• As necessidades fisiológicas para o Homem são da mesma ordem de grandeza.

• Não é tóxico.
Vitaminas – Ácido Pangâmico

Aplicações Farmaceuticas:
 Alivia os sintomas de angina e asma;

 Tem propriedades de anti-ressaca e simultaneamente neutraliza o


desejo por bebidas alcoólicas.
Ácido Pangâmico
Nicotinamida
• A Nicotinamida pode ser designada por niacinamida , vitamina
antipelagrosa ou PP (Factor Preventivo da Pelagra), por ser capaz de
promover a cura da pelagra.

• O ácido nicotínico converte-se no fígado na sua amida, a nicotinamida,


sendo esta menos tóxica e melhor tolerada pelo organismo.

• Assim considera-se o ácido como a forma de acumulação de reserva – a


provitamina – PP.
Nicotinamida
Características:

• O ácido nicotínico ou niacina (ácido piridina – b – carboxílico) é um corpo


cristalino termostável, solúvel na água e álcool.

• É precipitável pelos sais de cobre, prata, ouro e pelo ácido pícrico,


solubilizando-se nos álcalis.
Nicotinamida
• Preparação do Ácido nicotínico:

- É preparado por oxidação da nicotina:

• Nas células vivas aparece sob a forma de nucleótidos que desempenham um papel
importante, como cofermentos nos fenómenos de oxido-redução.
Nicotinamida
Conhecem-se a cozimase, a difosfo-piridina-nucleótido, NAD, codesidrogenase
II,coenzima II, cofermento de Warburg, o trifosofato-piridina-nucleótido, TPN ou
PNAD que se podem esquematizar assim:
Nicotinamida
• Formam-se pela união da
nicotinamina, pelo seu átomo de
azoto à D-ribose, a qual foi
esterificada pelo adenosina-difosfato.
Estas coenzimas, unidos aos
suportes proteicos nos
respectivos fermentos
desempenham um papel de
transportadores de
hidrogénio de um suporte
para o outro.
Nicotinamida

• Participam em diversas reacções, reversíveis, na degradação dos glúcidos,


na fermentação alcoólica, na transformação do ácido láctico em pirúvico;
do ácido málico em oxalacético; do b – hidroxibutírico em acetilacético.
Nicotinamida
• O acido nicotínico, após sua conversão no fígado, à
Nicotinamida, é um componente de 2 coenzimas: o
dinucleotídeo de adenina nicotinamida (NAD) e fosfato de
dinucleotídeo de adenina e nicotinamida (NADP), necessário
para o metabolismo lipídico, a respiração tissular e a
glicogenólise.

• A vitamina B3 é absorvida com facilidade no tracto gastro-


intestinal, excepto em síndromes de má absorção, sendo
metabolizada no fígado.

• As bactérias intestinais transformam o triptofano da dieta em


ácido nicotínico e nicotinamida.
A sua meia-vida é de 45 minutos e é eliminada por via renal
(quase totalmente como metabólitos).
Nicotinamida
Aplicações Farmaceuticas:

• A nicotinamida administra-se em comprimidos e cápsulas pela via oral.

• A administrações por via parental, sob a forma de soluções injectáveis não é utilizada com muita
frequência.

• Quando se suspeita de um estado de avitaminose, podem usar-se doses diárias elevadas de 0,250
a 1g.

• Nas crianças de 0,0005 a 0,200g.

• A titulo preventivo utilizam-se doses menores de 0,050 a 0,100g.

• Nicotinamida é indicação na insuficiência de vitamina B3 resultante de nutrição inadequada ou


de má absorção intestinal.
Nicotinamida

REAÇÕES ADVERSAS:

• Raramente produz toxicidade em pessoas com


função renal normal. São de rara incidência:
erupção cutânea ou prurido, sibilância (reações
anafiláticas).
Nicotinamida
CONTRA-INDICAÇÕES:

A Relação risco/benefício deverá ser avaliada


na presença de hemorragia, diabetes miellitus,
glaucoma, gota, doença hepática e úlcera
péptica.
Ácido Pantoténico
• O ácido pantoténico também é conhecido por Vitamina B5.

• É uma vitamina que auxilia a controlar a capacidade de resposta do corpo ao


stress, no metabolismo de proteínas, de gorduras e de açucares.

• É um dos componentes do complexo B, reconhecido na fracção denominada


Bios, sendo necessário ao desenvolvimento das leveduras em meios
sintéticos.

• Em tempos foi designado por antidermatósio dos frangos, por curar a


respectiva avitaminose.
Ácido Pantoténico
O ácido pantoténico corresponde a,g-dihidroxi-b, b,-dimetil-butiril-b-alanina
[amida do ácido pantóico (a,g-dihidroxi-b, b-dimetilbutirico] e da b-
alanina *(b-amino-propanóico), preparado por síntese química pela
industria de produtos farmaceuticos.

CH3

*CH2OH-C-CHOH-CO-NH-CH2-COOH
CH3
Ácido Pantoténico
• O ácido pantoténico toma parte na constituição da molécula da coenzima
A, sendo um composto constituído por um nucleótido, 3 moléculas de
ácido fosfórico,adenina,ribose,ácido pantoténico e em ligação peptidica, a
b-mercapto-etilamida, uma coacetilase de distribuição universal, que
catalisa as reacções de acetilação biológica.

Esta coenzima completa


certas holoenzimas que
intervêm em acetilações
biológicas.
Ácido Pantoténico

Características:

• É um óleo amarelo pálido, termostável em meio neutro, decompondo-se


pelos ácidos e bases, solúvel na água e em alguns solventes orgânicos.

• O constituinte natural é o dextrogiro, também a única forma que se revela


activa ao crescimento de microorganismos (leveduras,fermentos lácticos e
certas bactérias), de animais superioires e de plantas superiores.
Ácido Pantoténico
Fontes Naturais:

• A vitamina B5 é encontrada no fígado, cogumelos cozidos, milho, abacate


e carne de galinha, ovos, leite, vegetais, legumes e cereais de grão. Os
vegetarianos, apesar de não ingerirem alimentos de origem animal, têm
suas necessidades supridas em caso de praticarem dieta balanceada.
Ácido Pantoténico
A sua carência acarreta:

– Atrasos no crescimento;

– Acromotricomia;

– Lesões visíveis na pele;

– Lesões nas supra-renais;

– Lesões ao nível do sistema nervoso;

– Insónias;

– Fraqueza de unhas e cabelo;

– Má produção de anticorpos.
Ácido Pantoténico

Aplicações Farmacêuticas:

• O ácido pantoténico utiliza-se de um modo geral nas afecções da pele e


mucosas, na terâpeutica protectora do fígado (hepatites,icterícia).

• Usa-se compostos D-Pantotenato de cálcio, DL-pantotenato de cálcio que são muito


solúveis na água.

• Também há o Pantenol que é facilmente oxidável no organismo, sob a forma de


comprimidos e de soluções injectáveis em doses que podem elevar-se a 50 e 500 mg/dia,
uma vez que as suas toxicidades revelam-se muito pequenas.

• Externamente usa-se a pomada a 5%.


Ácido Pantoténico

Estrutura do ácido pantoténico


Ácido Lipólico
• O Ácido Lipóico é um anti-oxidante de última geração, indicado na
prevenção do envelhecimento intrínseco e do fotoenvelhecimento, sendo o
mais eficaz e o mais potente na inibição dos radicais livres.

• Os radicais livres são moléculas muito instáveis e altamente reactivos com


muitas estruturas do organismo.
Quando a sua quantidade excede a capacidade de neutralização do nosso
organismo (stress oxidativo), acumulam-se e reagem indefinidamente
com outras estruturas, afectando a permeabilidade selectiva das células e
causando alterações degenerativas principalmente ao nível do DNA
e proteínas.

• Estudos recentes comprovam que o Ácido Lipóico permite melhorar a


condição física, combater os radicais livres, protege o material genético,
retarda o envelhecimento e auxilia a proteger o organismo de problemas
cardíacos, cancro, diabetes bem como muitas outras doenças.
Ácido Lipólico
• O nosso organismo produz alguma quantidade de ácido lipóico,
mas normalmente não é suficiente, pelo que a sua presença no
organismo depende da ingestão de alimentos ou de suplementos
alimentares para se obter a quantidade necessária para uma vida
saudável.

• Para além do seu elevado poder anti-oxidante, o Ácido Lipóico


torna-se particularmente importante porque tem capacidade de
regenerar a Vitamina C e a Vitamina E (igualmente anti-oxidantes),
aumentando a capacidade do organismo em combater os radicais
livres.
Ácido Lipólico

• O Ácido Lipóico é ainda responsável por estimular a biossíntese de uma


enzima do nosso organismo que exerce também uma marcada acção
neutralizadora dos radicais livres, a Glutatião Peroxidase.

• Esta enzima neutraliza um dos radicais livres mais agressivo para a pele, o
radical Peróxido, transformando-o em água. Pensa-se que o Ácido Lipóico
tem também um papel importante no metabolismo do organismo, mais
particularmente na produção de energia.
Ácido Lipólico
• É uma mistura de ácido α -
lipóico ou 6,8-ditioctanóico
e do ácido β -lipóico,
reconhecido como o seu
sulfónico.

• Este ácido intervém nas


reacções enzimáticas de
oxidação dos ácidos
cetónicos.

• Actua como coenzima, em


associação com a timina
em descarboxilações
oxidantes.
Ácido Lipóico
Aplicações Farmacêuticas:

• O ácido lipóico é indicado em várias doenças no


fígado.

• É um factor indispensável para certos


microrganismos.
Bibliografia
• COSTA, Aloísio F. Farmacognosia - 3 Vol. -
Fundação Calouste Gulbenkian - Lisboa –
Portugal
• A. Proença da Cunha (Coord), 2005,
“Farmacognosia e Fitoquímica”, Fundação
Calouste Gulbenkian, Lisboa,
• http://www.palavrademedico.kit.net/tema05.ht
• http://www.medicinescomplete.com/mc/martin
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Citrus_x_sinens
is
Bibliografia
• http://www.dombosco.com.br/curso/estu
• http://pt.wikipedia.org/wiki/Nogueira
• http://gmein.uib.es/moleculas/carbohidra

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