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ClogP

• O Manual de referência ajuda a compreender


porque é que os cálculos do log P (OW) ou pKOW são
efectuados de determinada maneira, um pouco
diferente mas consistente com a teoria de
solvatação.
• O método simplesmente adiciona valores das
partes estruturais de uma molécula e factores de
correcção, dependentes do modo particular
como as partes estão ligadas entre si.
ClogP
• A secção dos exemplos ClogP contêm
exemplos e cálculos para uma grande variedade
de produtos químicos e foi desenhada para ser
seguida pelo manual de referência.
• Aparece um asterisco * no Manual de
Referência quando um ou mais exemplos estão
disponíveis nos Cálculos de Exemplos para
ilustrar aspectos da computação do ClogP. Os
exemplos também são representados.
ClogP
• COEFICIENTES DE PARTILHA
• Por definição o coeficiente de Partilha é a concentração
de equilíbrio de um soluto num solvente não polar dividido
pela concentração do mesmo soluto num solvente polar.
Nesta e em outras aplicações o solvente polar é a água.
• O logaritmo decimal do coeficiente de partilha designa-se
por log P e é usado com sucesso como um parâmetro
hidrofóbico na chamada metodologia de Hammett. O
solvente não polar ou fase hidrofóbica considerada é o 1-
octanol, designando-se o coeficiente de partilha por
Coeficiente de Partilha Octanol/Água ou KOW , cujo log é o
log KOW .
ClogP
• O log de KOW tem sido com muito sucesso aplicado no
QSAR na áreas de:
• 1-Criação de fármacos e pesticidas
• 2-Farmacocinética
• 3-Anestisiologia
• 4-Transporte ambiental e ligação ao solo
• 5-Toxicologia
• 6-Bioacumulação
• 7-Enrolamento de proteínas
• 8-Reacções enzimáticas em solventes não aquosos
• 9-Complexação convidado-hospedeiro
ClogP
• Em princípio, a medida da concentração do soluto em
equilíbrio entre duas fases não miscíveis, por agitação do
soluto numa ampola de decantação é simples. É
preferido ao processo de determinação por cálculo mas a
sua determinação requer condições especiais que levam
tempo a conseguir.
• Os critérios para uma alta sensibilidade e
reproductibilidade são:
• 1-Medidas superiores a 10 vezes o intervalo de
concentração (com a concentração mais elevada não
mais de 75% da solubilidade ou não mais que 5% da
fase aquosa, qualquer deles é baixo)
• 2-Desvio padrão menor que 0,03 em termos de log.
ClogP
• Isto requer um trabalho ao nível sub-micromolar
de concentração e a aplicação de técnicas de
espectrofotometria UV ou cromatografia gasosa,
o que implica que as curvas padrão têm se ser
efectuadas com o máximo cuidado. O método
de traçadores radioactivos parece ser o que dá
melhores resultados para estes níveis de
concentração, mas as impurezas, assim como
adsorção nas paredes dos recipientes que
contêm os reagentes podem introduzir erros
muito significativos.
ClogP
• As técnicas de HPLC também são usadas e permitem
poupar tempo se a variedade de substâncias a analisar
fôr limitada e os valores de log P entre 0,5-0,4. A maioria
dos procedimentos em HPLC que são usados para
determinar log de KOW não usam octanol, tendo de ser
referenciados em relação a este sistema, por meio de
curvas padrão,que podem ser diferentes, dependendo
dos solutos conterem ou não fragmentos básicos, por
ex: o N piridínico.
• Se os solutos não absorvem significativamente no UV
não há qualquer vantagem no uso do HPLC.
ClogP
• Processos de determinação que empregam
detectores de filtração ou colunas de
solubilidade permitem uma determinação rápida
dos coeficentes de partilha, pois eliminam a
centrifugação e o método de agitação da
ampola de decantação. Cada um destes
métodos tem as suas desvantagens e limita a
sua aceitação, como método aprovado para
estabelecer valores padrão para cálculo de KOW.
ClogP
• No futuro novos métodos mais eficientes serão
desenvolvidos para determinar os coeficientes de
partilha octanol-água mas não se considera concebível
eliminar o cálculo de log de P.Colocando o problema
numa perspectiva adequada, imagine-se um químico
que tenha de sintetizar todos os possíveis trisubstituidos
do ácido benzóico com os métodos disponíveis
actualmente. Quando terminasse teria cinco milhões de
derivados para os quais teria de determinar os
coeficientes de partilha. Inclusivé, só por cálculo, alguém
teria uma ideia da hidrofobicidade do composto antes da
sua síntese.
ClogP
• O Projecto Pomona MedChem tomou em
atenção todos estes argumentos, como
uma razão suficiente para desenvolver um
método de cálculo de log P(OW) a partir da
própria estrutura do composto por um
procedimento aditivo-constitutivo.
• O termo constitutivo é bastante complexo
e o método requer um considerável
esforço para obter resultados confiáveis.
ClogP
• O objectivo da segunda geração do
programa ClogP (cálculo de log P) é
retirar ao utilizador a maioria do fardo dos
cálculos de rotina mas encorajá-lo a
estudar a inter-relação das forças
hidrofóbicas e de solvatação polar que
podem ser cruciais na criação de
químicos bioactivos.
ClogP
• COMO COMPREENDER OS CÁLCULOS de log P
(ClogP).
• O primeiro método para calcular log P(OW), a partir de
uma estrutura, baseou-se num procedimento de
substituição e foi desenvolvido com constantes
substituintes π dos anéis aromáticos. Este método era
limitado porque permitia obter o log P(OW) de uma
estrutura parente de uma para a qual o log P(OW) já era
conhecido.
• Rekker foi o primeiro a publicar um procedimento que
era mais generalisado porque considerava constantes
fragmentares de uma variedade de partes estruturais e o
log P(OW) era a soma de valores apropriados para a
molécula em questão.
ClogP
• O sistema π original era expresso pela
equação:
• px = log PC6H5X - log PC6H6
• Enquanto que para o sistema fragmentado
de Rekker era:

• log P = Σ ifi + Σ bjFj


• i=1, N j=1,M
ClogP
• O método desenvolvido por Pomona MedChem
segue a formulação geral de Rekker mas tem
diferenças importantes na técnica usada para
obter as constantes de trabalho. Rekker usa
uma aproximação reducionista, deduzindo as
constantes para o Carbon e Hidrogénio, assim
como para os fragmentos polares, a partir de um
tratamento estatístico de um grande grupo de
dados de log P, os quais contêm numerosos
factores de interacção.
ClogP
• Quer os valores dos fragmentos (f) quer
os dos factores de intersepção (F)
• têm de ser identificados e avaliados
correctamente. Rekker também não
definiu correctamente a noção do que
constitui um fragmento. Em lugar disso,
produziu uma tabela na qual constantes
conhecidas podem ser encontradas.
ClogP
• Rekker trata todos os factores de
correcção como alguma coisa que é
múltipla de um número mágico (+0,28),
mas a selecção dos múltiplos não é feita
claramente nas suas publicações. Embora
o seu método tenha tido alguma aceitação
como manual de cálculo, consideramo-lo
muito defeituoso para servir como base de
um método computacional.
ClogP
• A fim de construir um algoritmo fidedigno e
verificável para calcular os log P utilizados no
desenvolvimento de QSAR foi definido:
• 1-O que constitui um fragmento.
• 2-Estabeleceu-se uma aproximação
construcionista para os avaliar.
• 3- Aceitou-se como axioma que as partes
hidrofóbicas dos soluto são semelhantes a
hidrocarbonetos.
• 4-Definiram-se os valores destes fragmentos de
carbono e hidrogénio como constantes.
ClogP
• 5-Deu-se enfâse a valores cuidadosamente
determinados das moléculas de hidrogénio,
metano e etano porque a partir destas três
moléculas pode-se derivar constantes de
fragmentos de carbono e hidrogénio que serão
livres de interacções obscuras.
• 6-Para todas as estruturas de hidrocarbonetos
mais complexos, cujos valores medidos não são
a soma de valores de fragmentos, teve de se
definir a diferença, em termos de factores de
correcção universalmente aplicáveis.
ClogP
• É necessário maior quantidade de energia para
criar uma cavidade em água do que em octanol.
Qualquer um poderia prever que aumentando o
tamanho do soluto aumentaria o seu log P.
Contudo outros aspectos do soluto podem total
ou parcialmente dominar o efeito produzido pelo
seu tamanho.
• A água é muito mais capaz do que o octanol de
acomodar dipolos localizados, e contém, em
termos molares, mais ligações por ponte de
hidrogénio susceptíveis de formação e grupos
dadores.
ClogP
• Assim são três factores:
• -Tamanho
• -Força dipolar localizada
• -Capacidade de estabelecer ligações ponte de
hidrogénio
• Que determinam predominantemente o sinal e
a grandeza do valor de qualquer fragmento.
ClogP
• HALOGÉNEOS
• Os halogéneos formam um dipolo intenso e localizado
quando ligados a um átomo de carbono alifático. Esta
intensidade é menor quando o I.C. é um benzilo e muito
menor se é um vinilo, estirilo ou aromático.
• O flúor tem um valor de fragmento negativo quando se
liga a um átomo de carbono, porque o efeito dipolar
excede o efeito do tamanho. O tamanho é de grande
importância no Cloro e Bromo, mas este é menos
hidrofóbico que um Hidrogénio num grupo alifático.
Muito deste feito hidrofílico polar pode perder-se
completamente perante o “escudo” criado por outros
halogéneos, ou por interacçõeselectrónicas com grupos
polares do tipo Y.
ClogP
• FRAGMENTOS POLARES –H
• Os fragmentos polares –H (´Y´), na maioria,
formam algum tipo de ligação hidrogénio com o
dador (H) ou aceitador (O) da fase aquosa. Isto
é para interromper a peculiar parede de água
semelhante a gelo que se forma em torno de
uma porção semelhante a hidrocarboneto de
cada molécula de soluto e reduzir o tamanho da
cavidade. Isto reduz o valor de log P.
ClogP
• IÕES
• O octanol pode aceitar maiores solutos
contendo uma carga formal em concentração
suficiente para ser medida. Contudo, deve-se ter
cuidado, porque as espécies medidas são a
mesma, porque a água facilmente suporta a
ionização completa enquanto pares de iões têm
a mesma condição em octanol, excepto em
concentrações muito baixas. Valores
consistentes podem ser obtidos se as condições
padrão estão ligadas a: 0,1M pequenos iões
(Na+ e Cl-) e extrapolado para diluição infinita.
ClogP
• Medido deste modo um ião carboxilato é
aproximadamente 4,1 unidades log menor do
que o ácido indissociado. Nenhum valor simples
pode ser dado a uma carga positiva numa
amina protonada ou amónio quaternário, porque
a carga está deslocalizada ao longo da cadeia
hidrocarbonada e o efeito está dependente do
comprimento da cadeia.
• Deve-se ter em atenção que, exceptuando os
zwiteriões, os valores calculados de ClogP
dizem respeito apenas a solutos neutros.
ClogP
• INSATURAÇÕES
• As duplas ligações têm um efeito ligeiramente
negativo no log P. Este efeito pode resultar da
polaridade dos electrões ou devido ao
encurtamento da ligação que reduz o tamanho
da cavidade. De qualquer modo, desaparece se
as ligações duplas são conjugadas. As ligações
triplas são decididamente electrofílicas e
requerem um elevado factor de correcção
negativo.
ClogP
• FACTORES DE CORRECÇÃO
• 1 FACTORES ESTRUTURAIS
• 1.1 LIGAÇÕES
• Para efectuar correctamente os seus cálculos, o ClogP
necessita de saber o número e os tipos de certas ligações
no soluto. Há alguma razão para acreditar, para as
ligações em questão, que factores para além do tamanho
da ligação, afectam o tamanho da cavidade do solvente
necessário para conter a porção hidrofóbica da molécula
do soluto.
O efeito de todas as ligações dentro de qualquer
fragmento está contemplado pelo valor do fragmento. Por
exemplo: É conveniente permitir, para o efeito das
ligações ao núcleo aromatico incluí-lo num tipo especial
de I.C. aromático “Aromático carbono” enquanto que as
ligações aromáticos não devem sofrer atenção especial.
ClogP
• 1.2 LIGAÇÕES EM CADEIA
• As ligações em cadeia não são ligações em anel
entre I.C.s acrescidas de qualquer ligação de
valência aos fragmentos.
• 1.3 LIGAÇÕES EM ANEL
• São ligações que se estabelecem em anéis não
aromáticos entre I.C.s adicionadas de qualquer
ligação de valência a fragmentos.
• 1.4 LIGAÇÕES DE RAMIFICAÇÃO
• As ligações de ramificação saiem de fragmentos
ramificados (um fragmento actualmente limitado a
ésteres fosfóricos) e contado para o último I.C.
que procede qualquer fragmento polar.
ClogP
• Deve ser feita uma contagem separada de cada uma
destas ligações e aplicada uma correcção negativa.
Para apenas ligações de ramificação esta correcção é
aplicada às ligações depois da primeira em cada cadeia.
Por exemplo, não há correcção bruta para o etano mas
há uma para o propano. Isto sugere que a correcção
tem de se tomar em atenção para as flexões da cadeia,
o que não é possível no metano e no etano.
• O 1,2-dietilbenzeno só tem duas ligações de correcção,
porque cada cadeia é tomada em linha de conta
separadamente. Também compatível com a hipótese
das ligações flexíveis é o facto da correcção ser maior
do que resulta de anéis com ligações alifáticas.
ClogP
• Como se viu acima, uma dupla ligação isolada
está ligada a um factor de correcção negativo (-
0,09). Este factor torna-se ligeiramente positivo
se as duplas ligações conjugadas fazem parte
de um anel como o benzeno. O valor do
carbono alifático é + 0,20 e o do carbono
aromático é + 0,13 incluindo todos os efeitos
de ligação associados ao anel aromático.
ClogP
• 2. RAMIFICAÇÃO EM CARBONOS ISOLADOS
• 2.1 RAMIFICAÇÃO DE CADEIA
• É bem conhecido que os isoalcanos são mais
solúveis na água do que os n-isómeros. Claro que
esta ramificaçção não produz um aumento
correspondente na fase de octanol no processo
de partilha, porque a correcção requerida no
ClogP tem sinal negativo.
• Em ClogP, o conceito de ramificação foi
expandido, e actualmente substitui o uso de a
correcção “ring cluster”. Carbonos fndidos em
anéis não aromáticos são considerados como
ramificações e produzem o mesmo factor de
correcção de cadeias. São designados por
ramificações “cluster”.
ClogP
• 2.2 GRUPO RAMIFICADO

• Se fôr um grupo H-polar ramificado de um I.C., o aumento


da solubilidade na água, comparado com a de um n-
isómero, é muito maior do que a da ramificação da cadeia.
Por esta razão o alcool isopropílico origina uma correcção
de grupo semelhante ao das ramificações e nenhuma
ramificação é considerada. O alcool butílico terceário, por
seu lado, tem uma de cada tipo.
• Se o fragmento tem mais do que duas valências externas
pode ser considerado como um ponto de ramificação.
Contudo, em todos os casos, com excepção para os
fragmentos ramificados, indicados acima (t-aminas e
ésteres fosfóricos), o efeito total negativo de ramificação
está incluido no próprio fragmento. Só nos fragmentos
ramificados é que o efeito está dependente do tamanho da
cadeia.
ClogP
• 3 FACTORES DE INTERACÇÃO
• 3.1 PROXIMIDADE ALIFÁTICA
• 3.1.1 HALOGÉNEO VERSUS HALOGÉNEO
• A correcção positiva ao log P para esta interacção pensa-se
que resulta da barreira dipolar e está limitado a halogéneos
geminais ou adjacentes (vicinais) I.C.s.
• A interacção geminal designa-se por “X-C-X” e as
correcções a efectuar dependem do número de halogéneos
adicionados: um halogéneo corresponde a + 0,60, dois
halogéneos + 0,5, três halogéneos, o dipolo resultante está,
na mioria dos casos, comletamente bloqueado, requerendo
cada halogéneo uma correcção de +0,40. Para o
tetracloreto de carbono, para os quatro halogéneos
geminais a correcção será como se mostra no exemplo:
Tetracloreto de carbono.
ClogP
• Para a correcção dos halogéneos vicinais, X-C-C-X, a
ligação entre os átomos de C não pode ser dupla. A
correcção é determinada subtraindo um dos halogéneos
e multiplicando pelo factor 0,28.
• Como se viu na secção “Valores intrínsecos”, o sinal
negativo dos fragmentos “Y” pensa-se que resulta da sua
“Structure breaking”, a sua capacidade de reduzir a
cavidade na fase aquosa.
• Os fragmentos “Y” parecem eliminar a necessidade de
cavidade para dois ou mais I.C.s a que estão ligados.
• Logicamente se dois fragmentos “Y” estão localizados no
mesmo ou em I.C.s adjacentes, a redução da cavidade é
considerada duas vezes.
• Assim um factor de correcção positivo tem de ser
introduzido quando a separação topológica é menor do
que três I.C.s.
ClogP
• O algoritmo ClogP é uma melhoria do conceito
original de Rekker. O algoritmo ClogP não diz
respeito a iões.
• Se um dos fragmentos “Y” numa interacção Y-
C-Y contiver uma metade OH (NH2OH, COOH,
ou o próprio OH) uma maior proporção de
carácter hidrofílico do par se perde. O
coeficiente pelo qual a soma do fragmento é
multiplicada aumentando de 0,32 para 0,42.
ClogP
• Se ambos, o fragmento “Y” e o Carbono do Y-C-
C-Y estão num anel, a perda de hidrofilidade não
é tão elevada como se todos estivessem numa
cadeia (coeficiente 0,26 versus 0,20). Se um “Y” é
substituinte num anel enquanto que o outro está
num anel os coeficientes de correcção são uma m
´deia de 0,23. Se um dos Carbonos tem dois
fragmentos “Y”, a correcção geminal é aplicada
primeiro. Para a correcção (Y-C-C,Y´Y´´), ambos
os pares são calculados e feita a média. Se
ambos os I.C.s têm fragmentos “Y” geminais,
então a correcção vicinal não se aplica, (ver a
penicilina nos exemplos).
ClogP
• 3.1.2 HALOGÉNEO VERSUS H-POLAR (X vs Y)
• Para avaliar o factor de correcção de X-C-Y, todos os
halogéneos podem ser tratados do mesmo modo. Contudo
há três níveis de sensibilidade para os fragmentos tipo “Y”.
No ClogP a classe mais sensível é a “Y-3” restringida ao
tipo estrutural -SO2R. A classe “Y-2” apresenta os tipos
:-CONH-R, -O-R, -S-R e NH-R; a classe “Y-1” é de todos
os fragmentos polares-H.
• O factor de correcção para o primeiro alfa halogéneo (ex:
X-C-Y) é o mesmo para todos os três tipos Y (+0,9). Para
os fragmentos “Y-3” este factor de correcção duplica
quando há dois alfa halogéneos. (X{2}-C-Y3) e triplica
quando há três (X{3}-C-Y3). Para fragmentos “Y-2”, o
segundo e terceiro alfa halogéneo necessita menor
correcção e para “Y-1”, praticamente nenhuma correcção.
No caso de halogenção múltipla, as correcções X-C-X e
X-C-Y são aditivas.
ClogP
• O algoritmo ClogP não separa os tipos “Y” para
fazer correcções X-C-CY mas necessita corrigir
o Flúor dos outros halogéneos.
• 4 LIGAÇÕES Π
• 4.1 TIPO DE VALÊNCIA DO FRAGMENTO
• Todos os fragmentos (X ou Y) estão relacionados com
os valores mais negativos quando ligados a I.C.s
alifáticos (“A”). Isto pode ser considerado com a “base”
ou “nível intrínseco”. Se o valor do fragmento quando
ligado a um vinilo I.C.não foi medido, pode ser
determinado pela média da base e da ligação aromática.
ClogP
• Semelhantemente o valor do fragmento estirilo
ligado pode ser determinado com 2/3 do valor
da base e do valor aromático. O ClogP só faz
estes cálculos quando os valores de medida não
se encontram na base de dados.
• 4.2 EXTENSÃO DA AROMATICIDADE
• A extensão de um sistema de anéis aromáticos
fundidos (naftaleno) ou directamente
substituidos (bifenilo) aparentam aumentar o log
P, especialmente se o heteroátomo está
próximo da junção.
ClogP
• Se o anel de carbonos fundidos estão ligados apenas a
átomos de carbono aromáticos, a deslocalizaçã oelectrónica é
mínima e a correcção é de + 0,10 para cada I.C.. Se os I.C.s
também estão ligados a fragmentos polares, tal como noa
quinolina e 2-fenilpirimidina, o factor de correcção é superior,
+0,31.

• 4.3 INTERACÇÃO DO FRAGMENTO σ /Rho


• Quando dois ou mais fragmentos X e ou Y, estão ligados a
um sistema de anéis aromáticos, os factores de correcção
podem ser calculados mediante um método usado por
Hammett de modo a calcular os efeitos electrónicos notro
equilíbrio, tal como a ionização de ácidos. Isto requer a
meedida da força electrónica (sigma, σ ) e “susceptibilidade”
(rho). Para lidar com efeitos electrónicos na constante de
equilíbrio, só uns poucos de fragmentos parecem actuar
bidirectionalmente requerendo os valores de σ e de rho.
ClogP
• O algoritmo ClogP apresenta um novo procedimento para
fragmentos fundidos.
• Os fragmentos fundidos em anéis (fused in) aromáticos (ex:
-N=, >C=O) podem ser determinados por ambas as
constantes σ e rho e tratados em conjunto com fragmentos
(on ring) em vez de terem um tratamento separado.
Fragmentos em diferentes anéis num sistema de anéis
aromáticos interagem uns com os outros mas o efeito é
atenuado. Se dois anéis no sistema estão fundidos, como
no 5-acetil-1-naftilamaina, o efeito intrínseco é só metade
do produto σ .rho, o mesmo acontecendo no sistema
bifenilo como o 4-(m-clorofenil)anilina. Pode-se encontrar
anéis de sistemas aromáticos contendo vários fragmentos
com valores de σ e rho conhecidos e a correcção potencial
para todos os produtos cruzados da razão σ /rho poderá
ser muito grande.
ClogP
• Como estes efeitos múltiplos não são aditivos alguns
procedimentos têm de ser indicados. O usado pelo ClogP
tem os seguintes passos:
• a) O produto potencial total da relação σ /rho para cada
interacção é calculado e colocado por ordem decrescente,
depois de considerar se o par de fragmentos se encontra
no mesmo ou em diferentes anéis.
• b) Excepto para o σ do N de um anel da piridina, cada uso
de σ ou rho causa uma “idade”. A primeira interacção no
topo da lista, entra como um potencial total porque a
“corrente da idade” dos seus componentes σ e rho é
“zero”. Cada uso reduz os valores efectivos de σ e rho a
metade do seu valor inicial e por isso quando se encontram
na “idade 1” o incremento para a correcção será ¼ tanto
como uma interacção “fresh”. O mecanismo desta
computação será melhor compreendido olhando a saída de
algumas estruturas complexas duas das quais serão
indicadas nos exemplos.
ClogP
• 4.4 ESPECIAL ORTO
• Se os pares de substituintes aromáticos apresentarem valores de σ e
rho, terão os mesmos factores de correcção, tendo em conta a sua
posição relativa no anel. É importante ter em atenção que se o par de
fragmentos está em posição adjacente requer uma correcção
adicional.

• 4.4.1 “Crowding”
• O “crowding” de certo tipo de fragmentos pode
efectivamente baixar os valores dos aromáticos ligados.
Isto é aparente no caso de fragmentos ligados ao anel
aromático por meio de um heteroátomo que possui um par
de electrões, como o grupo –NHCOCH3. Uma explicação
razoável desta observação é que o par de electrões
disponível não permanece no plano do anel, tornando a
ligação do fragmento semelhante a um alifático (A) mais
propriamente que um aromático (a). A grandeza da
correcção parece depender de ambos os efeitos, estéreo e
electrónicos.
ClogP
• Se esta explicação é válida deve-se esperar que
a correcção varie continuamente até um máximo
característico de cada fragmento. É
surpreendente, no entanto, verificar que uma
base de dados bastante alargada usada para
avaliar o efeito negativo “orto” parece resultar de
múltiplos da constante de Rekker.

• 4.4.2. LIGAÇÕES HIDROGÉNIO INTRAMOLECULARES


• As ligações por ponte de hidrogénio intramoleculares
ocorrem entre dois substituintes em posição orto, um
que é o dador e outro que é o recptor, como no o-
nitrofenol
ClogP
• Uma ligação por ponte de hidrogénio intramolecular
reduz a facilidade de acomodação de um soluto na
água.e por isso o log P do o-nitrofenol é duas vezes
mais elevado do que o do m-e p-isómeros em heptano e
tetracloreto de carbono.
• Deve-se ter em atenção contudo, que a fase de octanol
possui capacidade de H-dador e H-receptor, não só
porque é um alcool mas também porque está saturado
de água (2M). Nestas condições a ligação por ponte de
hidrogénio do o-nitrofenol penaliza a solvatação em
octanol um pouco mais do que a solvatação na água e o
seu log P é 0,09 unidades mais baixo do que os
isómeros m- e p-.
ClogP
• EXEMPLOS RESOLVIDOS
• 1-BROMETO DE ETILO

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