O documento resume as origens do teatro grego, ligadas aos rituais em homenagem ao deus Dionísio. O teatro evoluiu a partir de procissões que contavam mitos, com a introdução de atores e diálogos por Téspis. A tragédia e a comédia gregas surgiram e floresceram, sendo importantes os dramaturgos Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.
O documento resume as origens do teatro grego, ligadas aos rituais em homenagem ao deus Dionísio. O teatro evoluiu a partir de procissões que contavam mitos, com a introdução de atores e diálogos por Téspis. A tragédia e a comédia gregas surgiram e floresceram, sendo importantes os dramaturgos Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.
O documento resume as origens do teatro grego, ligadas aos rituais em homenagem ao deus Dionísio. O teatro evoluiu a partir de procissões que contavam mitos, com a introdução de atores e diálogos por Téspis. A tragédia e a comédia gregas surgiram e floresceram, sendo importantes os dramaturgos Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.
Sua origem est ligada aos mitos gregos arcaicos e religio grega. A mitologia grega formada por numerosos deuses imortais e antropomrficos, isto , que tm a forma e o temperamento humano; Suas origens encontram-se nas aes que prendem os homens aos deuses e os deuses ao homem: elas esto nos rituais de sacrifcio, dana e culto. A palavra mitologia est ligada a um conjunto de narrativas da vida, das aventuras, viagens, afetos e desafetos dos mitos, dos deuses, dos heris.
DIONSIO O deus Dionsio Dioniso, deus, da vegetao e do vinho, era homenageado pelos primitivos habitantes da Grcia, atravs de procisses que procuram relembrar toda a sua vida. Estes cortejos reuniam toda a populao e eram realizados na poca da colheita da uva, como uma forma de agradecimento pela abundncia da vegetao. O homem primitivo acreditava que esta homenagem ao deus garantiria sempre uma colheita abundante.
O deus Dionsio Nestas procisses dionisacas contava-se a histria de Dioniso, de uma forma semelhante s procisses da Semana Santa crist, onde a vida, paixo, morte e ressurreio de Jesus Cristo so relembradas. O que inicialmente era um bando de gente cantando e danando, com o passar do tempo vai se transformando em grandiosas representaes da vida do deus.
O deus Dionsio Estas procisses reunia toda a comunidade em coros cantados( ditirambos), com os participantes vestidos de bodes (Dioniso transformado), ninfas (ou bacantes) e stiros (metade homem/metade animal)
O coro se divide em semi-coros que passam a dialogar entre si. Estes semi-coros passam a ter um lder - o corifeu.
Dioniso visitando um poeta cmico. Relevo em mrmore do sculo I d.C. Observe-se, direita, o cortejo de stiros do Deus. Dioniso, envelhecido, est aparentemente bbado. Abaixo do poeta, em uma plataforma, quatro mscaras.
Tespis- o 1 Ator Porm, mesmo com todas estas inovaes, a histria do deus continuava sendo narrada, sempre na terceira pessoa, com muito respeito e distanciamento. At que em 534 a.C., um corifeu chamado Tspis, resolve encarnar o personagem Dioniso, e transforma a narrao em um discurso proferido na primeira pessoa: _ Eu sou Dioniso .
Dionsio e o Teatro Grego O Teatro Grego foi marcado pelos sagrados festivais em homenagem a Dioniso, o deus do vinho, da vegetao e do crescimento, da procriao e da vida exuberante. Quando os ritos dionisacos se desenvolveram e resultaram na tragdia e na comdia, ele se tornou o deus do teatro. Ele a fonte da sensualidade e da crueldade, da vida procriadora e da destruio letal. Essa dupla natureza do deus, encontrou expresso fundamental na tragdia grega.
O Pblico( platia) A multido reunida no teatro no era meramente espectadora, mas participante, no sentido mais literal. O pblico participava ativamente do ritual teatral, religioso, inseria-se na esfera dos deuses e compartilhava o conhecimento das grandes conexes mitolgicas.
Ler teatro, ou melhor, literatura dramtica, no abarca todo o fenmeno compreendido por essa arte. nele indispensvel que o pblico veja algo, no caso o ator, que define a especificidade do teatro.
A TRAGDIA GREGA
A tragdia grega parte da concepo grega do equilbrio, harmonia e simetria e defende que cada pessoa tem um mtron, uma medida ideal. Quando algum ultrapassava seu mtron, seja acima ou abaixo dele, estaria tentando se equiparar aos deuses e receberia por parte deles a "cegueira da razo. A TRAGDIA GREGA Como ensinou Aristteles, a tragdia era vista pelos gregos como educativa. Tinha a funo de ensinar as pessoas a buscar a sua medida ideal, no pendendo para nenhum dos extremos de sua prpria personalidade. A TRAGDIA GREGA Para ele, a funo principal da tragdia era a catarse, descrita por ele como o processo de reconhecer a si mesmo como num espelho e ao mesmo tempo se afastar do reflexo, como que "observando a sua vida" de fora. Tal processo permitiria que as pessoas lidassem com problemas no resolvidos e refletissem no seu dia-a- dia, exteriorizando suas emoes e internalizando pensamentos racionais.
A TRAGDIA GREGA A catarse ocorreria quando o heri passasse da felicidade para a infelicidade por "errar o alvo", saindo da sua medida ideal. Os componentes dramticos da tragdia arcaica eram um prlogo que explicava a histria prvia, o cntico de entrada do coro, o relato dos mensageiros na trgica virada do destino e o lamento das vtimas.
Os Concursos Os preparativos dos concursos dramticos, onde as tragdias concorriam, eram responsabilidade do arconte(oficial do Estado), que decidia tanto as questes artsticas quanto organizacionais. As tragdias inscritas no concurso eram submetidas a ele, que selecionava trs tetralogias , das quais apenas uma sairia como vencedora.
Os Concursos Finalmente, o arconte indicava a cada poeta um corega, algum cidado ateniense rico que pudesse financiar um espetculo, cobrindo no apenas os custos de ensaiar e vestir o coro, mas tambm os horrios do diretor do coro (corus didascalus)e os custos com a manuteno de todos os envolvidos. O prmio concedido era uma coroa de louros e uma quantia em dinheiro nada desprezvel (como compensao pelos gastos anteriores), e a imortalidade nos arquivos do Estado.
Os Concursos Os concursos dramticos do sculo V a.C. exigiam novas obras a cada festival. As Grandes Dionisacas, em maro, eram a princpio reservadas exclusivamente para a tragdia, enquanto os escritores de comdias competiam nas Lenias, em janeiro. Porm, na poca de Aristfanes, os dois tipos de peas eram qualificveis para ambos os festivais.
Os Concursos Ao entrar no auditrio, cada espectador recebia um pequeno ingresso de metal (symbolon), com o nmero do assento gravado. Era totalmente gratito. Nas fileiras mais baixas, logo na frente, lugares de honra (proedria) esperavam o sacerdote de Dioniso, as autoridades e convidados especiais. Ali tambm ficavam os juzes, os coregas e os autores. Uma seo separada era reservada aos homens jovens (efebos), e as mulheres sentavam-se nas fileiras mais acima.
A Acstica X Mscaras O menor sussurro era levado aos assentos mais distantes, graas a magnfica acstica do teatro ao ar livre da Antigidade A mscara geralmente feita de linho revestido de estuque, prensada em moldes de terracota amplificava o poder da voz, conferindo tanto ao rosto como s palavras um efeito distanciador.
Os Cenrios As exigncias cenogrficas de squilo(poeta fundador da tragdia grega)ainda eram bastante modestas:estruturas simples e rsticas de madeira, decorados com panos coloridos, serviam de montanhas, casas, palcios, acampamentos ou muros de cidade. Essas construes de madeira, que tambm abrigavam um camarim para os atores, so a origem do termo skene (cabana ou barraca), que passou por esta forma primitiva, pelo teatro helenstico e romano, at o conceito atual de cena. Os Figurinos/ Adereos Foi squilo quem introduziu as mscaras de planos largos e solenes. O traje do ator trgico consistia geralmente no quton, tnica jnica ou drica, usada no Grcia antiga e um manto, e do caracterstico cothurnus, uma bota alta com cadaro e sola grossa.
Dramaturgos Gregos (Os Tragedigrafos)
a squilo que a tragdia grega antiga deve a perfeio artstica e formal, que permaneceria como um padro para todo o futuro. Escreveu ao todo noventa tragdias; destas, setenta e nove ttulos chegaram at ns, mas dentre eles conservaram-se apenas sete peas. Toda a sua obra anterior a 472 a.C., quando Os Persas foi encenada pela primeira vez, est perdida. Dramaturgos Gregos (Os Tragedigrafos Sfocles - (496 a 406 a.C aproximadamente) Principal Texto: dipo Rei. Sfocles escreveu verdadeiras composies poticas democracia, pregando abertamente que somente ela poderia aproximar os homens dos deuses. Dos cento e vinte trs dramas que escreveu, apenas sete tragdias e os restos de uma stira chegaram at ns.
Dramaturgos Gregos (Os Tragedigrafos Eurpedes- (484 a 406 a.C aproximadamente) Principal Texto: As Troianas. Eurpedes dizia que o corao feminino era um abismo que podia ser preenchido com o poder do amor ou o poder do dio. visto por muitos como o primeiro psiclogo, pois se dedicava ao estudo das emoes na alma humana, principalmente nas mulheres. Aristteles o chamou de o "maior dos trgicos", porque suas obras conduziam a uma reflexo - catarse - que os demais trgicos no conseguiam. Comdia Grega A comdia grega, ao contrrio da tragdia, no tem um ponto culminante, mas dois. O primeiro se deve a Aristfanes, e acompanha o cume da tragdia nas ltimas dcadas dos grandes trgicos Sfocles e Eurpedes; O segundo pico da comdia grega ocorreu no perodo helenstico com Menandro, que novamente deu a ela importncia histrica. Comdia Grega A origem da comdia, de acordo com a Potica de Aristteles, reside nas cerimnias flicas e canes que, eram ainda comuns em muitas cidades. A palavra comdia derivada dos komos, orgias noturnas nas quais os cavalheiros da sociedade tica se despojavam de toda a sua dignidade por alguns dias, em nome de Dioniso, e saciavam toda a sua sede de bebida, dana e amor.
Comdia Grega O grande festival dos komasts era celebrado em janeiro (mais tarde a poca do concurso de comdias) nas Lenias, um tipo ruidoso de carnaval. As mscaras da Comdia Antiga vo desde as Grotescas cabeas de animais at os retratos caricaturais. Comdia Grega Com a morte de Aristfanes, a era de ouro da comdia poltica antiga chegou ao fim. Os prprios historiadores da literatura na Antiguidade j haviam percebido quo grande era o declive entre as comdias de Aristfanes e as de seus sucessores, e traaram uma ntida linha divisria, atribuindo tudo o que veio depois de Aristfanes, at o reinado de Alexandre, o Grande, a uma nova categoria - a Comdia Mdia (mese).
Comdia Grega A comdia agora se retirava das alturas da stira poltica para o menos arriscado campo da vida cotidiana. Em vez de deuses, generais, filsofos e de chefes de governo, ela satirizava pequenos funcionrios gabolas, cidados bem de vida, peixeiros, cortess famosas e alcoviteiros. A Comdia Mdia no apresentou nenhuma inovao, no que diz respeito a tcnicas cnicas e cenografia.
Comdia Grega No final do sculo IV a.C. ergueu-se de novo um mestre: Menandro. Ele assinala um segundo pice, da comdia da Antiguidade: a nea (nova comdia), cuja fora reside na caracterizao, na motivao das mudanas internas, na avaliao cuidadosa do bem e do mal, do certo e do errado. Comdia Grega A personagem, conforme ele diz em sua comdia A Arbitragem, o fator essencial no desenvolvimento humano e, portanto tambm no curso da ao. O coro, que j na Comdia Mdia havia sido posto de lado, desapareceu completamente nas obras de Menandro. Menandro foi o nico dos grandes dramaturgos da Antigidade que viveu para ver o teatro de Dioniso terminado.