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Agrupamento de Escolas

Nadir Afonso
Bibliotecas Escolares

Modelo de Auto-Avaliação da
Biblioteca Escolar
Contexto de Agrupamento
Novembro 2009
A Biblioteca Actual

A biblioteca deverá tornar-se um núcleo da vida da


escola, atraente, acolhedor e estimulante, onde os
alunos, entre outros aspectos (Veiga, 1996:8) :

“ se sintam num ambiente que lhes pertence e se habituem


a considerar o livro e a informação como necessidades do
dia-a-dia e como inesgotáveis fontes de prazer e de
desenvolvimento pessoal;

possam descobrir e alimentar o prazer de ler e de se


informarem recorrendo a fontes documentais disponíveis
nos mais variados tipos de suportes;”

Filomena Freitas - Nov 2009


O que é que uma Biblioteca Escolar
pode fazer?
Segundo Johnson (2005)

 Um bom modelo de biblioteca escolar, não só pode ajudar a


melhorar os resultados dos testes padronizados, mas pode estar no
centro dos esforços da escola para desenvolver uma abordagem
construtivista de ensino e aprendizagem.

 Ao fornecer os recursos, documentos impressos e electrónicos,


pela equipa docente aos professores em sala de aula, e pelo
desenvolvimento de uma avaliação autêntica, a biblioteca escolar
torna-se perita e um parceiro eficaz de recursos aos projectos de
apoio curricular.

 Desenvolver a Literacia da informação, a capacidade de localizar,


avaliar e utilizar informações, a fim de resolver problemas, é a
missão da biblioteca escolar.”

Filomena Freitas - Nov 2009


Que missão para a
Biblioteca Escolar?

 Ser um espaço capaz de responder às necessidades formativas, culturais e


de lazer de apoio ao desenvolvimento das actividades de
ensino/aprendizagem.

 Realizar trabalho colaborativo entre a Biblioteca Escolar e sala de aula.

 Desenvolver as competências de leitura e de informação contribuindo para o


desenvolvimento da autonomia dos alunos, desenvolvimento do pensamento
crítico e para o exercício da cidadania.

 Mudar os conceitos tradicionais de leitura e uso da informação.

 Promover as diferentes literacias.

 Potenciar o desenvolvimento das TIC na biblioteca e apoiar a sua


implementação e manutenção.

Filomena Freitas - Nov 2009


Factores que a condicionam a Biblioteca
Escolar

 Atitude e reconhecimento do órgão directivo;


 a cultura da escola;
 estilos implicados no processo de ensino/
aprendizagem;
 o currículo e a forma como está organizado;
 os valores;
 modelos de biblioteca;
 as práticas de transmissão/apropriação do
conhecimento.

Filomena Freitas - Nov 2009


Que fazer?
Atendendo a este contexto é necessário avaliar as Bibliotecas
Escolares seguindo um Modelo de Auto-Avaliação.

O Modelo adaptado pela RBE, tem por base os estudos realizados


nos últimos anos e o Modelo criado no Reino Unido.

A sua filosofia determina que a existência de um bom programa de


acção na BE melhora o nível de aprendizagem dos alunos.

Filomena Freitas - Nov 2009


A Avaliação das Bibliotecas Escolares
serve para:

 perceber as estratégias construídas pelas BE e para


responder às orientações do Currículo Nacional do Ensino
Básico;

 identificar níveis de integração das BE de acordo com os


princípios e critérios do Programa da Rede de Bibliotecas
Escolares, tais como espaço, colecção, etc..;

 averiguar a acessibilidade de recursos diversificados e


serviços de apoio-bibliotecário adequados às necessidades
da comunidade educativa e no cumprimento dos objectivos
da educação;
Filomena Freitas - Nov 2009
Avaliação das Bibliotecas Escolares
serve para:

 verificar a adequação dos recursos disponíveis em qualidade e


quantidade, ao desenvolvimento do currículo e promoção da
autonomia dos alunos;

 identificar boas - práticas na actuação da BE;

 identificar agentes de boas - práticas a nível da gestão


organizacional da dinamização pedagógica e da sua acção
integrada na escola.

Filomena Freitas - Nov 2009


O Papel do Professor-bibliotecário

ProfessorBibliotecário
Professor Bibliotecário
De acordo com esta missão, cabe
agora ao professor-bibliotecário
enfrentar o desafio e ajustar o seu LiderançaInformada
Liderança Informada
papel pedagógico e de liderança à
comunidade onde está inserido.
Liderançaassertiva
Liderança assertiva Liderançacolaborativa
Liderança colaborativa

Para Ross Todd (2002:8), este papel


assume sete dimensões: LiderançaEstratégica
Liderança Estratégica Liderançacriativa
Liderança criativa

LiderançaFlexível
Liderança Flexível Liderançasustentável
Liderança sustentável

Filomena Freitas - Nov 2009


O Papel do Professor-bibliotecário

Os professores-bibliotecários são
gestores do conhecimento

na capacidade O seu centro


para ensinar as de acção na capacidade de
literacias aos criar colaboração e
alunos
centra-se: parcerias com os
professores

na capacidade
de escolha do
domínio a
avaliar

Filomena Freitas - Nov 2009


Modelo de Auto Avaliação

Avalia quatro domínios:

 A . Apoio ao Desenvolvimento curricular

 B. Leitura e Literacia

 C. Projectos, parcerias e Actividades Livres e


de Abertura à comunidade

 D. Gestão da Biblioteca Escolar

Filomena Freitas - Nov 2009


Modelo de Auto Avaliação

Cada Domínio/Subdomínio apresenta:

 Indicadores
Permitem a aplicação de elementos de medição que irão possibilitar uma
apreciação sobre a qualidade da BE
 Factores críticos de sucesso
Pretendem ser exemplos de situações, ocorrências e acções que
operacionalizam o respectivo indicador ..
 Recolha de evidências
Possíveis instrumentos para recolha de factores que irão suportar
a avaliação.
 Acções para a melhoria
Sugestões de acções a implementar intentando melhorar o
desempenho da BE em campos específicos.

Filomena Freitas - Nov 2009


Modelo de Auto Avaliação

Recursos Humanos envolvidos:


 Coordenador da BE
 Equipa da BE
 Professores - colaboradores
 Professores da escola
 Coordenadores de departamento
 Alunos da escola
 Conselho Pedagógico
 Director – líder coadjuvante

Filomena Freitas - Nov 2009


Modelo de Auto Avaliação

Modelo de auto-
avaliação

Ambiente Ambiente
interno externo
Seleccionar o domínio a
ser objecto de aplicação
dos instrumentos

Cada etapa é um ciclo que


termina ao fim de quatro anos,
com a visão holística da BE.

- Identificação de um problema ou de um desafio;


- Recolha de evidências;
- Interpretação da informação recolhida;
- Realização das mudanças necessárias;
- Recolha de novas evidências acerca do impacto
dessas mudanças.
Filomena Freitas - Nov 2009
Modelo de Auto Avaliação
Como recolhemos as evidências?

 PEE
 Regulamento Interno
 Plano Anual de Actividades
 Actas
 Relatórios de actividades
 Estatísticas
 Questionários
 Entrevistas
 Trabalhos realizados pelos alunos
 Materiais produzidos pela BE

Filomena Freitas - Nov 2009


Modelo de Auto Avaliação
Perfis de Desempenho

Nível 4
A BE é bastante forte neste domínio. O trabalho desenvolvido
é de grande qualidade e com um impacto bastante positivo.
Nível 3
A BE é desenvolve um trabalho de qualidade neste domínio
mas ainda é possível melhorar alguns aspectos.
Nível 2
A BE começou a desenvolver trabalho neste domínio, sendo
necessário melhorar o desempenho para que o seu impacto
seja mais efectivo.
Nível 1
A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste domínio, o
seu impacto é bastante reduzido sendo necessário intervir com
urgência.

Filomena Freitas - Nov 2009


Modelo de Auto Avaliação

Divulgação dos resultados

Elaboração de um relatório de auto - avaliação da BE.

Divulgação do relatório no Conselho Pedagógico.

Inclusão do relatório de auto-avaliação da BE no relatório de


Avaliação da Escola.

Filomena Freitas - Nov 2009


Modelo de Auto Avaliação

Resultados esperados
 Uma estratégia colaborativa que regule o uso de recursos de informação
existentes da biblioteca, facilitando experiências de aprendizagem, a literacia da
informação.

 A BE como um espaço de conhecimento potenciada pelo acesso aos recursos da


informação em colaboração com a sala de aula.

 A utilização dos recursos da BE por parte dos professores, para se tornarem


exemplo para os alunos.

 Promover acções, no âmbito da formação do utilizador e da literacia da


informação, é essencial para as bibliotecas escolares, uma vez que o ambiente é
rico em informação e tem que ser potenciado.

 A biblioteca aberta durante o horário lectivo permitirá aos alunos despertar-lhe a


curiosidade por saber mais, promover a leitura por prazer, descobrir novos mundos,
através da leitura em tempo livre.

Filomena Freitas - Nov 2009


Modelo de Auto Avaliação
Resultados esperados
 O professor-bibliotecário, com formação contribui para o equilíbrio das funções
desempenhadas, constituindo uma mais valia para a consecução dos objectivos das
bibliotecas e da sua acção pedagógica.

 Formação aos técnicos auxiliares, a tempo inteiro. Frequentar acções de formação


nesta temática contribui para uma boa organização da biblioteca.

 A cooperação com a Biblioteca Municipal, torna-se proveitosa na medida em que pode


apoiar a construção do catálogo em rede.

 Um bom espaço de biblioteca, pois a articulação com a escola depende de um bom


espaço.

 Avaliar a colecção correctamente, pois o desenvolvimento exacto da colecção conduz


a um maior e melhor apoio aos seus utilizadores.

 Uma boa avaliação, a gestão da organização das bibliotecas escolares implica uma
avaliação do seu desempenho, pois só assim se garantirá um serviço de qualidade.

Filomena Freitas - Nov 2009


Modelo de Auto Avaliação

Conclusão

O desafio da biblioteca está em gerir as relações que ela é capaz de


estimular.

A biblioteca é um espaço de construção mútua do conhecimento.

É necessário haver um trabalho colaborativo entre professores e


professores-bibliotecários.

É desta interacção que surge o verdadeiro saber.

Avaliar, é a chave importante para assegurar que o programa e os


meios da biblioteca se tornem fundamentais no processo ensino-
aprendizagem.

Filomena Freitas - Nov 2009


Bibliografia

Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares. Modelo de Auto-Avaliação


Johnson, Doug (2005) “Getting the Most from Your School Library Media
Program”,Principal.Jan/Feb 2005 <http://www.doug-johnson.com/dougwri/getting-
the-most-from-your-school-library-media-program-1.html> [16/11/2009]

McNicol, Sarah (2004) Incorporating library provision in school self-evaluation.


Educational Review, 56 (3), 287-296. (Disponível na plataforma)

Scott, Elspeth (2002) “How good is your school library resource centre? An
introduction to performance measurement”. 68th IFLA Council and General
Conference August. <http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/028-097e.pdf>
[16/11/2009 ]

Todd, Ross (2002). “School librarian as teachers: learning outcomes and


evidence-based practice”. 68th IFLA Council and General Conference August.
<http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/084-119e.pdf> [16/11/2009].
VEIGA, Isabel, et al. (1996). Lançar a Rede de Bibliotecas Escolares: relatório
síntese. Lisboa: Ministério de Educação.

Filomena Freitas - Nov 2009

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