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Práticas e Modelos de

Auto-Avaliação das
Bibliotecas Escolares

O Modelo de Auto-Avaliação
no contexto da Escola/Agrupamento

Luísa Dinis
14-11-2009
“A sociedade que investe na Biblioteca Escolar,
investe no seu próprio futuro.”

Declaração IASL sobre Bibliotecas Escolares


Fundamentando

Após o investimento financeiro feito na criação e


equipamento das Bibliotecas Escolares em todos os
níveis de ensino, é necessário continuar esse
investimento através da consolidação de um
conceito central:

A Biblioteca Escolar constitui um contributo


essencial para o sucesso educativo, sendo um
recurso fundamental para o ensino e para a
aprendizagem.
Fundamentando
 Váriosestudos (Ross Todd, Ken Haycock, Keith
Curry Lance, …) mostram ser possível estabelecer
uma relação entre a qualidade do trabalho da e
com a BE e os resultados escolares dos alunos,
através de uma avaliação sistemática, focada nas
áreas específicas de intervenção da mesma e
baseada em evidências que demonstrem o que se
faz com o que se tem e o que se alcançou.

A auto-avaliação permite direccionar a acção da BE


para os interesses e necessidades de professores
e alunos, evitando excessos e sobrecarga de
actividades que, por não produzirem impacto nas
aprendizagens, são consideradas supérfluas.
Factores decisivos para o sucesso da missão
da BE

• Os níveis de colaboração entre o Professor


Bibliotecário (PB) e os restantes docentes, no
desenvolvimento de actividades conjuntas,
orientadas para a integração dos recursos da BE
nas práticas educativas com vista a aumentar o
sucesso dos alunos
• A acessibilidade e a qualidade dos serviços
prestados
• A adequação da colecção e dos recursos
tecnológicos
Objectivos Gerais da Auto-Avaliação

• Objectivar a forma como se está a concretizar o


trabalho das Bibliotecas Escolares
• O seu contributo para as aprendizagens, para o sucesso
educativo e para a promoção das aprendizagens ao longo
da vida

• Dar a conhecer a cada escola:


• O impacto que as actividades realizadas pela e com a BE vão
tendo no processo de ensino e aprendizagem
• O grau de eficiência dos serviços prestados
• O grau de satisfação dos utilizadores da BE
Objectivos Gerais da Auto-Avaliação

 Determinar até que ponto a missão e os objectivos


estabelecidos para a BE estão ou não a ser
alcançados.

 Identificarpráticas de sucesso que devem


continuar e pontos fracos que é necessário
melhorar

 Fornecer elementos para o processo de auto-


avaliação da própria escola
Objectivos Essenciais do Modelo

 Desenvolver uma abordagem essencialmente


qualitativa, orientada para uma análise dos
processos e dos resultados

 Identificaras necessidades e os pontos fracos


com vista a melhorá-los, numa perspectiva
formativa.
Domínios a Avaliar

 A – Apoio ao Desenvolvimento Curricular


 A.1 – Articulação curricular da BE com as estruturas
pedagógicas e os docentes
 A.2 – Desenvolvimento da Literacia da Informação

 B – Leitura e Literacias

 C – Projectos, Parcerias e Actividades Livres e de


Abertura à Comunidade

 D – Gestão da Biblioteca Escolar


Descrição do modelo
Metodologia
 Definiçãodo perfil da BE
 Selecção do domínio a avaliar
◦ O modelo é aplicado ao longo de 4 anos sendo, em
cada um deles, seleccionado um domínio a analisar
aprofundadamente. Os restantes domínios são
abordados mais resumidamente.
 Recolha de evidências
 Identificação do perfil de desempenho (por
confronto com os perfis apresentados no
modelo)
 Elaboração do relatório final com a identificação
das acções para a melhoria
Recolha de Evidências

 As informações recolhidas devem ser de diferentes


tipos e relevantes em função do indicador
 Deve ser feita de forma sistemática e não apenas
num determinado momento
 Tipos de fontes a utilizar:
 Documentos que regulam a actividade da escola (PEE, PCT,
RI) ou da BE (PAA, Regimento)
 Registos diversos (actas, relatos de actividades,…)
 Materiais produzidos
 Estatísticas
 Trabalhos dos alunos
 Instrumentos específicos (registos de observação,
questionários, entrevistas, …)
Intervenientes
 Professor Bibliotecário
◦ Líder do processo, por inerência de funções
 Director
◦ Líder coadjuvante no âmbito da posição que ocupa na
Escola
 Conselho Pedagógico
◦ Responsável pela implementação das acções para a
melhoria
 Professores, Alunos, Encarregados de Educação
◦ Surgem como participantes no processo, individualmente
ou inseridos nas estruturas organizativas
Papel do Professor Bibliotecário

 Liderança do processo em articulação com o órgão


de gestão
 Demonstração da utilidade do processo junto da
comunidade educativa:
◦ Revelar o impacto do trabalho da BE no desempenho dos
alunos

 Priorização do domínio a avaliar, devidamente


fundamentada nas dinâmicas do Agrupamento e
nas prioridades por ele definidas
 Selecção, recolha e tratamento das evidências,
transformando-as em conhecimento
Papel do Professor Bibliotecário

 Elaboração do relatório final e apresentação de


acções para a melhoria, exequíveis e adaptadas à
realidade do Agrupamento
 Cooperação, planeamento e articulação de
estratégias e actividades com os docentes no
desenvolvimento e implementação de programas
de literacia (de leitura e de informação), tendo por
base os resultados obtidos
 Intervenção activa no percurso formativo e
curricular dos alunos
Perfis de Desempenho

Nível Descrição
A BE é bastante forte neste domínio. O trabalho
4 (Excelente) desenvolvido é de grande qualidade e com um impacto
bastante positivo.
A BE desenvolve um trabalho de qualidade neste domínio
3 (Bom) mas ainda é possível melhorar alguns aspectos

A BE começou a desenvolver trabalho neste domínio,


2 sendo necessário melhorar o desempenho para que o seu
(Satisfatório) impacto seja mais efectivo

A BE desenvolve pouco ou nenhum trabalho neste


1 (Fraco) domínio, o seu impacto é bastante reduzido, sendo
necessário intervir com urgência.
Concretizando
 O processo visa avaliar o impacto da acção da BE no
desempenho dos alunos e, como tal, não depende da acção
isolada da BE, estando envolvidos outros actores como o
Órgão de Gestão, as Estruturas Pedagógicas e os Professores
de sala de aula, i.e. envolve e implica toda a
Escola/Agrupamento.

 As acções para a melhoria devem constituir um compromisso


da Escola, já que um melhor desempenho da BE irá beneficiar
o trabalho de todos: professores e alunos e permitir alcançar as
metas definidas pelas estruturas pedagógicas do Agrupamento.

 Os propósitos da auto-avaliação é fomentar a reflexão


construtiva e contribuir para a procura da melhoria, através da
identificação de estratégias que permitam atingir o nível
seguinte.
Concretizando

 A avaliação não é um fim, mas um processo que deverá


originar mudanças concretas na prática educativa e no
programa (Plano de Acção e Plano de Actividades) da BE.

 Deve contribuir para a elaboração do novo plano de


desenvolvimento que orientará o estabelecimento de
objectivos e prioridades de acordo com uma perspectiva
realista face à BE e ao contexto em que se insere.
Resumindo

O processo de auto-avaliação deve:


◦ Ser parte integrante do programa da BE e da Escola,
permitindo identificar necessidades, priorizar acções que
melhorem a eficiência da Biblioteca nas aprendizagens dos
alunos
◦ Ser entendido como parte integral do processo de
avaliação de toda a escola, sendo os seus resultados nela
incluídos
◦ Ser participado por todos os intervenientes garantindo a
sua conclusão eficaz e a sua integração em todos os
projectos curriculares (escola/turma/grupo)
Bibliografia

 Johnson, Doug (2005) “Getting the Most from Your School


Library Media Program”, Principal. Jan/Feb 2005
<http://www.doug-johnson.com/dougwri/getting-the-most-from-your-school-library-
media-program-1.html> [14/10/2009]

 McNicol, Sarah (2004) Incorporating library provision in


school self-evaluation. Educational Review, 56 (3), 287-296.

 Scott, Elspeth (2002) “How good is your school library


resource centre? An introduction to performance
measurement”. 68th IFLA Council and General Conference
August. <http://www.ifla.org/IV/ifla68/papers/028-097e.pdf> [14/10/2009]

 Texto da sessão

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