O documento resume os principais conceitos de poder desenvolvidos por Michel Foucault. Segundo Foucault, o poder é uma relação social que não está centralizado no Estado, mas disperso em micropoderes. Ele também discute como o poder produz saberes que disciplinam os corpos e controlam a população, criando indivíduos dóceis e úteis. Por fim, aborda como a sexualidade passou a ser regulada e normatizada pela ciência a partir do século XVII.
O documento resume os principais conceitos de poder desenvolvidos por Michel Foucault. Segundo Foucault, o poder é uma relação social que não está centralizado no Estado, mas disperso em micropoderes. Ele também discute como o poder produz saberes que disciplinam os corpos e controlam a população, criando indivíduos dóceis e úteis. Por fim, aborda como a sexualidade passou a ser regulada e normatizada pela ciência a partir do século XVII.
O documento resume os principais conceitos de poder desenvolvidos por Michel Foucault. Segundo Foucault, o poder é uma relação social que não está centralizado no Estado, mas disperso em micropoderes. Ele também discute como o poder produz saberes que disciplinam os corpos e controlam a população, criando indivíduos dóceis e úteis. Por fim, aborda como a sexualidade passou a ser regulada e normatizada pela ciência a partir do século XVII.
O conceito de poder Poder uma prtica social, uma relao. No um objeto natural ou uma coisa. Poder no est s no Estado, em encontra-se em formas dspares e fragmentadas Objetivo no analisar o poder central do Estado sobre as margens, pois os micro- poderes podem estar integrados ou no ao poder do Estado No minimiza o poder do Estado, mas contesta a tese de que o Estado o rgo central e nico de poder Destruir ou controlar o Estado no garante a transformao da rede de poderes que impera em nossa sociedade Onde h poder, h resistncia a esse poder Rejeita concepo de poder inspirada no modelo econmico Poder no uma relao unvoca, unilateral Poder no apenas reprime, castiga, mas tambm produtivo e transformador O que interessa ao poder? ...gerir a vida dos homens, control-los em suas aes para que seja possvel e vivel utiliz-los ao mximo, aproveitando suas potencialidades e utilizando um sistema de aperfeioamento gradual e contnuo de suas capacidades. (ler pg XVI) Como age o poder disciplinador? - via organizao dos espaos (distribuio dos indivduos em espaos individualizados, classificatrios e combinatrios) Via controle do tempo (para produzir o mximo de rapidez e o mximo de eficcia); Via vigilncia (que precisa ser vista e esteja em todos os lugares). preciso impregnar quem vigiado de tal modo que este adquira de si mesmo a viso de quem o olha; Via produo de saberes (aquele que controla, produz saberes e os repassa aos mais poderosos) OBJETIVO: tornar o homem til e dcil O poder criou o indivduo: hospcio criou o louco, a sexologia criou o hetero e o homossexual. Todo saber poltico: no possvel separar ideologia e cincia Vivemos sob o domnio dos peritos
Panopticon Jeremy Bentham A bio-poltica e o bio-poder Poder sobre a vida centrado em dois plos: A partir do sculo XVII: corpo como mquina: adestramento, ampliao das suas aptides, extorso de suas foras (disciplinas do corpo) Metade do sculo XVIII: (regulaes da populao), as condies para variar os nascimentos, a durao da vida, a mortalidade, tcnicas para obter a sujeio dos corpos e os controles da populao (abre- se a era do bio-poder) O bio-poder foi indispensvel ao desenvolvimento do capitalismo, que s pode ser garantido custa da insero controlada dos corpos no aparelho de produo e por meio de um ajustamento dos fenmenos de populao aos processos econmicos. Mas o capitalismo exigiu mais do que isso: foi-lhe necessrio o crescimento tanto do seu reforo quanto de sua utilizabilidade e sua docilidade; foram-lhe necessrios mtodos de poder capazes de majorar as foras, as aptides (...) (pg 153) Histria da sexualidade Arte ertica: baseada nos prazeres, corpo instrumento de prazer, prazeres no possuem identidade, alcanado de diversas formas, baseado no cuidado de si
Cincia sexual: regula, normatiza, controla e disciplina o prazer a partir do final do sculo 17. Usa o dispositivo da confisso
Amizade e o cuidado de si Espao de criao de novas formas de vida e comunidade Por uma amizade prazerosa, livre de registros, controles, disciplinas Marcada por afetividades (...) atualmente, a luta contra as formas de sujeio contra a submisso da subjetividade est se tornando cada vez mais importante, a despeito das lutas contra as formas de dominao e explorao no terem desaparecido (Foucault, 1995, p. 278)
Os anormais 1845 1850 a psiquiatria passa a ter o controle, anlise e interveno sobre o que chamamos de os anormais Anomalia e sexualidade passam a andar juntas, via discurso da herana gentica e degenerao e via identificao das chamadas anomalias sexuais 1850 sexualidade passa ser problema da psiquiatria, mas no ocorre censura, represso, mas revelao forada e obrigatria sobre a sexualidade Os anormais A confisso: da penitncia que no provoca revelaes sobre a sexualidade para a penitncia tarifada Ou da revelao opcional para a obrigatria, na qual se obrigado a dizer quais so as faltas e detalhes de como elas foram feitas O padre, santo, que tem a chave do cu, determina as penas A partir do sculo 12/13 confisso obrigatria e anual Conclio de Trento: sacramento Os anormais Confisso, a partir do sculo 16, sofre trplice transformao: A confisso no deve contaminar o padre nem ensinar mais para o confessando; O primeiro pecado aquele feito consigo mesmo, via masturbao e pelo olhar O pensamento tambm vira pecado Nos sculos 16 e 17 vemos crescer no Exrcito, nos colgios, nas oficinas, nas escolas, todo um disciplinamento do corpo, que o disciplinamento do corpo til, para torn-lo til e dcil Crticas perspectiva freudiana Desvalorizao da questo corporal; Negao da hiptese repressiva atravs de um outro conceito de poder Reforo do dispositivo da confisso Psicanlise est mais a servio da cincia sexual do que da arte ertica, o que a impede tambm de compreender e potencializar as formas mais singulares de vida dos sujeitos
DREYFUS, Humbert L e RABINOW, Paul. Michel Foucault trajetria filosfica. RJ: Forense Universitria, 1995 FOUCAULT, Michel. Histria da sexualidade I. A vontade de saber. RJ: Edies Graal, 1998. FOUCAULT, Michel. Os anormais. So Paulo: Martins Fontes, 2010, p. 143 a 171 MACHADO, Roberto. Por uma Genealogia do Poder. In: FOUCAULT, Michel. Microfsica do Poder. RJ: Edies Graal. ORTEGA, Francisco. Amizade e esttica da existncia em Foucault. RJ: Graal, 1999.