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Apresentação sobre

GNL
(Gás Natural Liquefeito)
Responsáveis

Raffael Adriano
Roberto Bomfim
Themisvaldo Bispo
Orlando Sanches
George Lima
Histórico do GNL – Mundo
O processo de liquefação do gás natural é datado do século XIX quando o
químico e físico britânico Michael Faraday realizou experimentos de
liquefação de diversos tipos de gases, incluindo o gás natural, e a
construção, pelo engenheiro alemão Karl Von Linde, do primeiro
compressor de refrigeração prático em Munique no ano de 1873. A primeira
planta de liquefação de gás natural foi construída na Virgínia Ocidental em
1912, com início de operação em 1917. Já a primeira planta de escala
comercial de liquefação foi construída em Cleveland, Ohio, em 1941, com
o gás natural estocado em tanques a pressão atmosférica.
Histórico do GNL – Mundo
A liquefação do gás natural tornou possível, dessa forma, seu transporte a
grandes distâncias. Em janeiro de 1959, o primeiro navio-tanque de GNL, o
Methane Pioneer, transportou uma carga do Lago Charles, Louisiana, para
a Ilha Canvey, no Reino Unido, dando início à atividade de transporte
comercial de GNL através de grandes distâncias. Em 1964, o British Gas
Council começou a importar GNL da Argélia, tornando o Reino Unido o
primeiro importador de GNL e a Argélia o primeiro país exportador, além
do maior ofertante mundial de gás natural na forma liquefeita. Após o
sucesso na operacionalização deste novo conceito no Reino Unido, plantas
marítimas de liquefação e terminais de importação passaram, então, a serem
construídas tanto na região do Atlântico, quanto na região do Pacífico.
Inicialmente, as companhias de gás norte-americanas demonstraram
interesse no GNL construindo quatro terminais marítimos na década de 70.
Histórico do GNL – Brasil
No Brasil, a comercialização de GNL é ainda nascente. Além do Projeto
Gemini, implementado no ano de 2005, encontram-se atualmente em
operação, pela PETROBRAS, dois terminais de regaseificação, Pacem - CE
e Rio de Janeiro-RJ ,como um primeiro passo para o desenvolvimento deste
mercado. Dado o ineditismo de tais iniciativas, faz-se necessária a revisão e
o aperfeiçoamento do arcabouço regulatório vigente no País.
Histórico do GNL – Brasil
A Petrobras vem estudando várias possibilidades
de implantação de terminais, conforme indicado abaixo:
O que é GNL?

Gás natural liquefeito ou GNL (em inglês referido pela sigla LNG,
de liquified natural gas) é basicamente gás natural que, após
purificado, é condensando ao estado líquido por meio da redução da
sua temperatura a -163 graus Celsius.
Como Funciona?

A liquefação consiste em processos termodinâmicos que promovem a


mudança de estado dos gases para o estado líquido. Devido às
características de alguns gases, o Metano entre eles, a mudança para o
estado líquido não ocorre com a elevação da pressão, sendo necessário a
adoção de resfriamento. Para tais gases, chamados criogênicos, a
temperatura acima da qual não existe uma mudança distinta das fases
líquido e vapor, a temperatura crítica, se encontra abaixo da temperatura
ambiente. A liquefação do gás natural permite estocá-lo e transportá-lo sob
forma condensada em condições técnico-econômicas viáveis. Como pesa
menos de 500 kg/m3, não necessita de uma estrutura mais forte do que se
fosse para água. Se o gás fosse comprimido, a estrutura necessitaria de mais
aço.
Como Funciona?

O isolamento dos reservatórios, por muito eficaz que seja, por si só não
pode manter a temperatura baixa. O GNL é armazenado como produto
criogênico, ou seja, em estado líquido à temperatura de evaporação. No
caso da água em ebulição (100ºC) a temperatura mantém-se constante
durante a mudança de fase de líquida para gasosa mesmo que se continue a
fornecer calor. Isto acontece devido à evaporação. De forma análoga, o
GNL mantém-se praticamente a temperatura constante (-162ºC) se for
mantido a uma mesma pressão e desde que o vapor (GN na fase gasosa)
seja libertado do reservatório. Se isso não se verificar, a pressão e
temperatura no interior do reservatório aumentarão. No entanto, mesmo a
cerca de 7 bar, a temperatura do GNL não será superior a cerca de - 128 ºC.
Características do GNL

Características relevantes do GNL


 incolor
 temperatura do líquido à pressão atmosférica é entre (-165) °C e (-155) °C,
dependendo da composição
 pressão operacional da planta entre poucos mbar até 75 bar
 densidade relativa entre 0,43 a 0,48, conforme a composição
 calor de vaporização latente de 120 Kcal/kg
 elevada taxa de expansão. A vaporização de 1 m3 de GNL produz entre 560
e 600 Nm3 de gás.
Benefícios do GNL
Os numerosos benefícios do GNL estão a conduzir a uma cada vez maior
valorização do seu potencial como combustível para o transporte em
veículos . Estes benefícios incluem:

 Elevada densidade de energia. Como é um líquido, uma maior quantidade


de GNL pode ser armazenada num espaço menor.
 Entrega e disponibilidade. O GNL é muitas vezes transportado em
caminhões reboque que carregam mais de 40 mil litros, em pequenos
caminhões cisterna e reboques, vagões ferroviários, e navios
metaneiros para GNL com capacidades que atingem os 114 milhões de
litros. Os caminhões reboque de GNL são muitas vezes utilizados para
reabastecer postos GNL, tal como se entrega o gasóleo ou a gasolina.
Desvantagens
 Os altos custos de investimentos tanto em plantas de
liquefação quanto no transporte e regaseificação.
Perspectivas na Bahia

A utilização do porto de Aratu para importação


de GNL, a construção do Cacimbas–Catu e a expansão da
malha de gasodutos da região Nordeste têm o potencial
de garantir maior estabilidade no abastecimento
de gás natural no Estado, criando, assim, estímulo
ao desenvolvimento de projetos que utilizem o gás
como insumo. A entrada em operação do campo
de Manati também contribui de forma significativa
para garantir a oferta de gás no Estado.
Localizado na Bacia de Camamu, a exploração do
campo de Manati deve gerar R$ 50 milhões por ano
em royalties, que ficarão, em sua maior parte, nos
municípios da região.
Perspectivas na Bahia

A importância da garantia de suprimento de gás natural fica evidente na


análise do Produto Interno Bruto (PIB) do balanço energético do Estado da
Bahia. (BAHIA, 2008). Em 2008, o PIB do Estado foi de R$ 88 bilhões,
com o setor industrial respondendo por quase a metade deste total. Dentre os
segmentos da indústria, destacam-se metalurgia e química, com uma
participação de 56,7% do PIB industrial do estado. No Balanço Energético
do Estado (BAHIA, 2008), o setor industrial é responsável por 34,5% de
participação, equivalente a 3.335 103 TEP, seguido pelo setor de transportes
(25,8%) e pelo consumo residencial, com 25,8% e 22% do total,
respectivamente. O gás natural tem, ao longo dos anos, substituído o óleo
combustível na matriz energética baiana, em especial no setor industrial,
com a utilização na petroquímica, cerâmica e metalurgia, passando de uma
participação de 6,4% em 1990, para 12,8% do consumo energético do
estado em2008.
Conclusão
Não existe dúvida quanto à importância do GNL como suprimento energético.
Sua viabilização,através de importação por terminais de GNL, será um dos
pilares para o crescimento e desenvolvimento do país, consoante com a
necessidade de redução de CO2 e de tecnologias limpas. Em especial o
Nordeste, que necessita de energia para crescer e prosperar e, assim, melhorar
a condição social e econômica de sua população. As decisões estratégicas para
o abastecimento de gás natural liquefeito são de relevante importância para
toda a região e devem estar pautadas em uma política energética que objetive
o equilíbrio econômico, a segurança na oferta e o interesse público. A Bahia
tem a perspectiva de ter esse crescimento econômico energéticos com custos
competitivos. A necessidade de adoção de alternativas complementares de
suprimento de gás, aproveitando as vantagens competitivas do Porto de Aratu
para importação de GNL e, em paralelo, viabilizando o investimento em infra-
estrutura de transporte. Pelo lado da demanda, a dimensão da economia
interna baiana e a capacidade de suprir adicionalmente os demais Estados do
Nordeste justificam as inversões.

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