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FISIOLOGIA DO

EXERCÍCIO

Prof.Ms.Drdo. Charles Lopes


IASP
Conteúdo programático
de Fisiologia do Exercício
Aula 1: Apresentação da disciplina e formas de avaliação, tipos
de células musculares.

Aula 2: Junção Neuromuscular

Aula 3: Teoria do filamento deslizante (contração muscular)

Aula 4: Teoria do filamento deslizante (contração muscular)

Aula 5: Aula pratica de contração muscular

Aula 6: 1ª Avaliação teórica do semestre


Conteúdo programático
de Fisiologia do Exercício
Aula 7: Tipos de fibras musculares

Aula 8: Tipos de ações musculares

Aula 9: Fuso Muscular e Órgão Tendinoso de Golgi

Aula 10: Aula pratica de tipo de fibras e órgãos


proprioceptores

Aula 11: Discussão da aula pratica


Conteúdo programático
de Fisiologia do Exercício
Aula 12 :Sistema Cardiorespiratório (Pedro)

Aula 13 :Aula pratica de sistema cardiorespiratório (Pedro)

Aula 14: Discussão da pratica e início de ATP e PCr

Aula 15: 2ª Avaliação teórica do semestre.

Aula 16: Sistema de fornecimento de energia ATP e PCr


Conteúdo programático
de Fisiologia do Exercício
Aula 17: Aula pratica de PCr (alta
intensidade)
Aula 18: Introdução a glicólise anaeróbia.
Aula 19: 3ª Avaliação teórica do
semestre.
Critérios de Avaliação

3 Avaliações teóricas (0 a 10)


Prova 1 : Individual
Prova 2: Dupla
Prova 3: Grupo (Debate)
Referências Bibliográficas
(Básicas)
McARDLE, W.D., KATCH, F.I., KATCH, V.L. Fisiologia do Exercício: energia,
nutrição e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2003. 

POWERS, S. K., HOWLEY, E. T. Fisiologia do exercício: teoria e aplicação ao


condicionamento e ao desempenho. São Paulo: Manole, 3a. edição, 2000.

GARRETT, W.E., KIRKENDALL.D.T. A ciência do exercício e dos esportes. Porto


Alegre, Editora ARTMED, 2003.

MAUGHAN, R., GLEESON, M., GREENHAFF, P., L. Bioquímica do Exercício e do


Treinamento. São Paulo. Editora Manole, 2000.

ROBERGS,R.A.; ROBERTS, O.S. Princípios Fundamentais da Fisiologia do


Exercício.São Paulo.S.P .Phorte Editora, 2002. 
Referências Bibliográficas
(Complementares)
IDE, B.N.; Lopes. R.L. Fundamentos do treinamento de
força, potência e hipertrofia nos esportes- São
Paulo:Phorte,2008.

LOPES, R.L. Análise das capacidades de resistência, força e


velocidade na periodização de modalidades
intermitentes. (Dissertação de Mestrado). Unicamp, 2005.

GUERRINI, A.G. Emagrecimento: exercício e nutrição/


Londrina. Midiograf,2007.
 
Tipos de células
musculares
Tipos de células
musculares
Músculo Músculo Músculo Liso
Esquelético Cardíaco

Células alongadas Células Células em


Ramificadas formato de feixe
Múltiplos núcleos Um único núcleo Um único núcleo
periféricos central central
Estrias visíveis Estrias visíveis Sem estrias
visíveis
Controle voluntário Controle Controle
involuntário Involuntário
Camadas de tecido conjuntivo que
revestem o músculo
Fascículo: pequenos feixes de fibras
musculares que compõem o
músculo todo

Epimísio: cobre o músculo todo

Perimísio: reveste cada fascículo

Endomísio: reveste cada fibra


muscular, separando e isolando as
fibras musculares umas das outras.
Estrutura interna da célula muscular
esquelética
Núcleo: estrutura que contém o material genético da célula
Sarcolema: membrana plasmática que reveste a célula muscular
Citoplasma ou Sarcoplasma: é a parte fluída da fibra
Túbulos T: permite que o impulso nervoso seja transmitido para
as fibras e permite transporte de glicose, O2 e íons através da
fibra
Retículo Sarcoplasmático: túbulos que se interconectam
ao redor de cada miofibrila
Estrutura interna da célula muscular
esquelética
Cisterna Terminal: regiões do
retículo sarcoplasmático,
servem como reservatório de
Ca2+

Tríade: constituído de um túbulo


T e 2 sisternas terminais

Mitocôndria: organela
responsável pela síntese de ATP

Miofibrilas: elementos contráteis


do músculo esquelético
Miofibrilas

Filamento Fino: Actina


Filamento Grosso: Miosina
Proteínas do Sarcômero
Roteiro de Estudos
(Anatomia do Músculo)
1- Quais são os três tipos de células musculares em
nosso organismo ?
2- Quais são as três camadas de tecido conjuntivo
que revestem os músculos ?
3- O que são os miofilamentos e quais são os tipos
que existem em cada fibra muscular ?
Junção Neuromuscular
Roteiro de Estudos
(Junção Neuromuscular)
1- O que é um potencial de ação e qual é o seu papel na
contração do músculo ?
2- Qual é a função do Ca2+ na junção neuromuscular ?
3- Qual é o papel da acetilcolinesterase ?
4- Explique como o Ca2+ é liberado da Cisterna Terminal.
Contração Muscular
Roteiro de Estudos
(Teoria do Filamento Deslizante)
1- Que parte da miosina se liga a actina?
2- O que significa a miosina ter atividade ATPásica ?
3- Qual o papel do Ca2+ na contração muscular ?
4- O que acontecerá se faltar ATP no músculo ?
5- Quais são as proteínas que formam o filamento fino ?
6- Após sua liberação o Ca2+ é ligado a qual proteína ?
7- Existe gasto de ATP no evento da contração muscular ? Em
quais momentos isso acontece ?
8- Qual o destino do Ca2+ após a contração muscular ?
9- Explique a sequência de eventos para que ocorra a contração
muscular até o momento do relaxamento.
ASPECTOS NEURAIS

Tamanho do neurônio
motor
Freqüência de
recrutamento
Velocidade de
condução de Estímulos
Nervosos
Freqüência de
condução de Estímulos
Nervosos
ASPECTOS MUSCULARES
Aspectos Estruturais
Número de capilares
Número de mitocôndrias
Conteúdo de mioglobina
Área em corte transvesal
Aspectos Energéticos
Conteúdo de Glicogênio
Conteúdo de Fosfocreatina
Conteúdo de Ácidos graxos
Aspectos Enzimáticos
Atividade das enzimas
glicolíticas
Atividade das enzimas
oxidativas
Atividade da ATPase da
NEURAIS MUSCULARES

NEUROMUSCULARES

ASPECTOS FUNCIONAIS

PRODUÇÃO DE FORÇA
VELOCIDADE DE CONTRAÇÃO
RESISTÊNCIA À FADIGA
CARÁTER METABÓLICO
FORMAS DE DELINEAMENTO

CONTEÚDO DE MIOGLOBINA

POUCA Mb - MUITA Mb -
BRANCA VERMELHA
FORMAS DE DELINEAMENTO
ATIVIDADE ATPásica

I; IC; IIC; IIAC; IIA; IIAB;


IIB Staron (2000); Bottinelli
(2000)
ISOFORMAS DE MOSINA DE CADEIA PESADA (MHC)

MHCI, MHCIIA, MHCIIX

I; IIA; IIB (IIX)


Staron (2000); Bottinelli
(2000)
200 kDa
20kDa
EXPRESSÃO GÊNICA (SÉCULO 21...)

ISOFORMAS DE MHC
(1990)

VELOCIDADE DE CONTRAÇÃO E CAPACIDADE


OXIDATIVA (1970)

COLORAÇÃO DAS FIBRAS


(1900) Spangenburg, 2003
FIBRAS TIPO I
Aspectos Neurais
Tamanho do neurônio motor Pequeno

Freqüência de recrutamento Baixa


Aspectos Estruturais
Densidade capilar Alta
Densidade mitocondrial Alta
Conteúdo de mioglobina Alto
Aspectos Energéticos
Conteúdo de glicogênio Baixo
Conteúdo de fosfocreatina Baixo
Conteúdo de triglicérides Alto
Aspectos Enzimáticos
Atividade de fosfofrutocinase Baixa
Atividade da ATPase da miosina Baixa
Atividade de succinato desidrogenase Alta
Fibras Tipo I
Aspectos Funcionais

Produção de força
Baixa
Velocidade de
contração
Lenta
Resistência à fadiga

Alta
Caráter metabólico
Oxidativo
TIPO IIX
Aspectos Neurais
Tamanho do neurônio motor Grande
Freqüência de recrutamento Alta
Aspectos Estruturais
Densidade capilar Baixa
Densidade mitocondrial Baixa
Conteúdo de mioglobina Baixo
Aspectos Energéticos
Conteúdo de glicogênio Alto
Conteúdo de fosfocreatina Alto
Conteúdo de triglicérides Baixo
Aspectos Enzimáticos
Atividade de fosfofrutocinase Alta
Atividade da ATPase da miosina Alta
Atividade de succinato desidrogenase Baixa
Fibras Tipo IIX
Aspectos Funcionais

Produção de força
Alta
Velocidade de
contração
Alta
Resistência à fadiga

Baixa
Caráter metabólico
Glicolítico
TIPO IIA
Aspectos Neurais
Tamanho do neurônio motor Grande
Freqüência de recrutamento Alta
Aspectos Estruturais
Densidade capilar Média
Densidade mitocondrial Alta
Conteúdo de mioglobina Médio
Aspectos Energéticos
Conteúdo de glicogênio Alto
Conteúdo de fosfocreatina Alto
Conteúdo de triglicérides Baixo
Aspectos Enzimáticos
Atividade de fosfofrutocinase Alta
Atividade da ATPase da miosina Alta
Atividade de succinato desidrogenase Alta
Fibras Tipo IIA
Aspectos Funcionais

Produção de força
Alta
Velocidade de
contração
Alta
Resistência à fadiga
Média
Caráter metabólico
Oxidativo/Glicolítico
Bottinelli (2000)
INTERCONVERSÃO ENTRE AS FIBRAS???

? I IIA IIX ?
Qual o gráfico dos
•Sedentários?
•Atletas de força?

Justifique
INTERCONVERSÃO ENTRE AS ISOFORMAS DE MHC

TREINAMENTO

I IIA IIX

DESTREINAMENTO

Staron, 2001
ROTEIRO DE ESTUDOS

1. O que são as isoformas de miosina de cadeia


pesada?
2. Classifique as fibras musculares quanto ao caráter
metabólico, resistência à fadiga e produção de força.
3. Que tipo de adaptações o treinamento e o
destreinamento pode induzir nas fibras musculares?
Roteiro de Estudos
(tipos de fibras)
1- Quais os tipos de fibras encontrados em seres
humanos ?
2- Que tipo de fibra muscular é mais resistente a fadiga ?
3- Qual tipo de fibra gera mais força e potência ?
4- Qual tipo de fibra possui ambas características
(resistência e força) ?
5- Qual a diferença entre ação muscular concêntrica e
excêntrica ?
TIPOS DE AÇÃO MUSCULAR

 Ação Muscular Concêntrica

 Ação Muscular Excêntrica

 Ação Muscular Isométrica

 Ação Muscular Isocinética


Hanson, J and Huxley, HE. Structural basis of the cross-
striations in muscle. Nature 172: 530-532, 1953.

Huxley, AF et al. Muscle structure and theories of


contraction. Prog Biophys Chem 7: 255-318, 1957.
Relação entre:
Torque produzido pelo músculo e Torque de uma resistência
imposta FRY (2002)
Torque músculo = Torque da Torque músculo ≠ Torque da
resistência externa resistência externa

ISOMÉTRICAS / ESTÁTICAS DINÂMICAS


FRY (2002)
Torque do músculo > Torque da resistência externa

FRY (2002)
ENCURTAMENTO / CONCÊNTRICAS
Torque do músculo < Torque da resistência externa

FRY (2002)
ALONGAMENTO / EXCÊNTRICAS
Zona H

AÇÃO CONCÊNTRICA

ENCURTAMENTO
AÇÃO EXCÊNTRICA
ALONGAMENTO

Zona H
Zona H

AÇÃO ISOMÉTRICA
CON EXC CON/EXC ISO
1. Potencial de lesão à célula.
2. Processos inflamatórios.
3. Dor muscular de início tardia (DMIT).
4. Manutenção do tônus muscular.
5. Hipertrofia muscular.
6. Ganhos de força.
7. Recrutamento de unidades motoras (EMG).
8. Atividades enzimáticas (CK, LDH, SDH, etc).
9. Respostas hormonais (cortisol, testosterona, GH, etc).
10. Concentrações de lactato sanguíneo.
Força isométrica após alongamento ativo Abbott (1952)
Maior do que a obtida puramente sem o
alongamento.
O fenômeno foi chamado
AUMENTO DE FORÇA APÓS O
ALONGAMENTO
Komi (1973)
Força muscular excêntrica (Fexc)

Força muscular isométrica (Fiso)

Força muscular concêntrica (Fcon)

Fexc > Fiso > Fcon


Não uniformidade e instabilidade do comprimento do
sarcômero (JULIAN, 1979; MORGAN, 1990; MORGAN,
1994; MORGAN, 2000).

Aumento na proporção de ligações de pontes cruzadas


(AMEMIYA , 1988).
Engajamento de elementos passivos
(NOBLE, 1992; HERZOG, 2002; HERZOG, 2003).

PROTEÍNAS DO SARCÔMERO NÃO INCLUSAS NO


MODELO DE HUXLEY
CON

EXC ISO

Rassier (2005)
AÇÃO AÇÃO AÇÃO
EXCÊNTRICA ISOMÉTRICA CONCÊNTRICA
AÇÃO CONCÊNTRICA RELAXAMENTO
COMO OCORRE A INTERAÇÃO ENTRE AS MOLÉCULAS???
3º estágio: A hidrólise do ATP e a conseqüente saída seqüencial de
Pi e ADP do sítio de ligação, causa o deslizamento do filamento fino
ATPase
ATP + H2O ADP + Pi + H+ + Energia

AÇÃO CONCÊNTRICA

4º estágio: A ligação de uma nova molécula de ATP à miosina resulta


na sua desconexão do filamento de actina.

RELAXAMENTO
Continuidade na propagação do potencial de ação

Ca++ ainda interage com troponina

Junção actomiosina ativa

Filamento de actina tracionado para alongamento do sarcômero.

AÇÃO EXCÊNTRICA
Banda I Banda A Banda I

α -Actinina
Proteína M
Titina
FORÇA MÁXIMA
1RM EXCÊNTRICO
1RM CON
LEG PRESS SUPINO
195 46
150 40
300 116
300 78
Continuidade na propagação do potencial de ação

liberação de Ca++

Sem relaxamento
Ciclos de múltiplas pontes cruzadas
Sem encurtamento nem alongamento
CONTRAÇÃO RELAXAMENTO TRANSPORTE DE Ca++
CONCÊNTRICAS + RELAXAMENTO
1 ATP por ponte cruzada para contrair + 1 ATP para desconectar a
junção + 1 ATP transportar cada Ca++ de volta ao SR.

ISOMÉTRICAS
1 ATP por ponte cruzada para desconectar a junção.

EXCÊNTRICAS
ATP (?).

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