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Dor

Welma R. Fuso Assis – Médica Anestesiologista


IV CURSO DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA
Definição

É uma “Experiência sensorial e


emocional desagradável, associada
a dano presente ou potencial,
descrita em termos de tal dano.”

IASP
Tipo de Dor
Dor Aguda Dor Crônica
Dor nociceptiva...

 Estimulação direta de nociceptores


íntegros
 Transmissão através de nervos normais

 Pontada, dolorida, latejante

– somática
 fácil de descrever, localizar
– visceral
 difícil de descrever, localizar
...Dor nociceptiva

 Lesão tecidual
 Manejo

– opióides
– adjuvantes
Dor neuropática...

 Definição
 Causas
– Compressão,
isquemia, agressão,
metabólica,transecçã
o, infiltração,
 Tipos variados
– periférica,
deaferentação,
síndrome dolorosa
complexa regional
...Dor neuropática
 Dor pode se estender além da lesão
observada
 Descrita como queimação, formigamento,
pontada,
choque
 Manejo

– opióides
– adjuvantes
– co-analgésicos
Avaliação global

 Qualidade de vida
– Queixa físicas
 dispnéia
 constipação
 astenia, etc

– Queixas psíquicas
 depressão
 ansiedade
 falta de laser, etc
“É preciso medir o que é
mensurável e tornar mensurável
aquilo que não o é”
é

Galileo Galilei (1564 – 1642)


Intensidade da Dor

 Medida subjetiva
 Valor comparativo
Mensuração da dor

 Importância de quantificar a dor:


– Determinar tratamento adequado
– Avaliar sucesso
AVALIAÇÃO do tratamento
INADEQUADA = SUBTRATAMENTO
– Diagnóstico e evolução
– Reabilitação
Instrumentos para avaliação da dor

 Unidimensionais

– VAS
 escala analógica visual
– ENV
 escala numérica verbal
– Adjetival
 Multidimensionais

– McGill e seus derivados


Instrumentos unidimensionais

 Intensidade da dor
– limitada
– excelente parâmetro de evolução
 Validados em várias situações de dor
aguda e crônica
 Limitações
– extremos de idade
– menos instruídos
Artifícios usados

 Analogia com copos


– mais cheios/maior dor
 Analogia com peso/balança
– “pesar” a dor
– gramas, quilogramas
 Analogia com percentagem
– intensidade da dor
– melhora
Escala adjetiva
 Fácil
 Descritores*
– leve
– desconfortável
– incômoda
– horrível
– insuportável
 Padronizados
Escala multidimensional
 Dimensões psicológicas da dor
– descriminativa-sensorial
 vias de condução – córtex
– afetiva-motivacional
 “desconforto” da dor
 sistema límbico e reticular

– cognitiva-avaliativa
 neocórtex ou estruturas superiores
 Interação
ESCALA VISUAL ANALÓGICA
Avaliação da Dor
 Intensidade

 Duração

 Características físicas

 Ritmo

 Fatores desencadeantes e atenuantes


FÍSICA

DOR TOTAL SOCIAL


ESPIRITUAL

EMOCIONAL
Dor total
Princípios gerais...

 Avaliação

 Manejo

– farmacológico
– não-farmacológico
...Princípios gerais
 Educação

– paciente
– família
– cuidadores
 Avaliação do histórico do
paciente
 Planejar cuidados

 Cuidado interdisciplinar

– consulta ao especialista
ESQUEMA ANALGÉSICO PARA DOR ONCOLÓGICA
OMS

Psicomotricista

Ass.Social
Amigos
Psicologia
Enfermagem Família
Nutrição
Religião
TO
Fisioterapia
QUARTO
DEGRAU?
VIA APROPRIADA
A Via oral é a de escolha, sempre
que possível
Princípios do Controle da Dor
OMS – 1986

Pela boca
Pelo relógio
Pelo indivíduo
Pela escada
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

INTRAMUSCULAR
ORAL

SUBCUTÂNEA
ENDOVENOSA

ESPINHAL
TRANSMUCOSA

TRANSDÉRMICA
RETAL
SUBLINGUAL
VIA SUBCUTÂNEA
VIA TRANSDÉRMICA
Analgésicos não opióides
Usados para tratamento da Dor leve ou como
adjuvantes durante a escada analgésica

 Dipirona: Intervalos de 4 a 6h, em doses de


500mg até 1,0g
 Paracetamol:Tem ação central, intervalos de 6
a 8 h; doses entre 500 e 750 mg. Cuidado
com hepatotoxicidade. Limite de 4,0 g/dia.
Não ultrapassar 6,0 g/dia.
 AINH: Efeito teto, não ultrapassar dose max.
Preferência para inibidores seletivos da Cox
2 menos efeitos gastrointestinais protetor
gástrico
CLASSIFICAÇÃO DOS
OPIÓIDES EXÓGENOS
Quanto a potência:
Fracos:
Codeína e tramadol

Potentes:
Morfina, metadona, oxicodona,
fentanil, sufentanil, buprenorfina,
pentazocina e nalbufina.
HISTÓRICO

 5000 A.C Sumérios. “Planta da Alegria”.


 Mitologia Grega.
 1° séc.Era Cristã, Roma.Celso usa ópio para
alívio da dor.
 Roma Antiga.Galeno alerta para o abuso.
 Imperador Antonino – 1° caso de dependência.
 XIX(1806) – Descoberta da morfina
MITOS SOBRE A MORFINA
 CAUSA MORTE PREMATURA
 PERDA DO EFEITO SE USADA
PRECOCEMENTE
 DEPENDÊNCIA

 DEIXA O PACIENTE ALIENADO


Meperidina

 Grande potencial
para dependência

 Metabólito
neurotóxico

Google imagens.Acesso em
 Não usar: dor 2/12/07:ivancarlo.blogspot.

crônica com
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS

Tolerância, dependência e adição


Tolerância: redução da resposta de uma
droga após repetidas administrações, necessitando o
aumento da dose para obter o mesmo efeito.
Abstinência: Sind. de abstinência após a
diminuição da dose ou descontinuação.
Bocejo, lacrimejamento, tremores, agitação, febre,
insônia, taquicardia e outros sinais do SNS.
Adição: dependência física. Ação agonista
opióide.Desejo compulsivo e necessidade fisiológica da
droga.
Prevalência da adição varia de 0 a
50% na dor crônica benigna e 0 a
7.7% nos pacientes com câncer.

European J Pain 2007


ADJUVANTES

São medicamentos de grupos


farmacológicos variados que associados
aos analgésicos têm ação potenciadora
no controle de determinados tipos de
dor.
Drogas Adjuvantes
 Antidepressivos
 Neurolépticos
 Anticonvulsivantes
 Anestésicos locais
 Antiarrítmicos
 Bifosfonatos
 Outros (cetamina, clonidina,
baclofeno etc)
Analgesia Espinhal
 Somente uma pequena proporção
dos pacientes são candidatos ao
tratamento espinhal.
Sebastiano Mercadante
1999,2001
Analgesia Preemptiva
Administração preemptiva de
drogas anti-nociceptivas para
maior eficácia analgésica pós-
operatória do que essa
administração, no pós-
operatório, com a mesma dose.

Regional Anesthesia Pain Medicine, 2002


Cateter peridural
Bomba PCA
Soluções analgésicas
 Anestésicos locais
 Opióides

 Anestésicos + opióides
 Alfa-agonista

 Cetamina(“ subanestésicas”)
TECHNICAL COMPLICATIONS
(Nitescu,1995)
Hematoma 0,6%
Skin breakdown at 2 - 50%
injection site
headache +/- 10%
Mechanical complications 10 - 44%
Meningites 1-25%
Catheter or system 3-12%
occlusion
Pain on injection 3-36%
Terapias complementares

 Psicomotricidade

 Terapia Ocupacional
 Fisioterapia

 Acupuntura
Acupuntura
Dor Complexa

 Aguda?

 Crônica?

 Breakthrough pain?
Google imagens:
www.mundosimio.com
/imagens/duvida(1).jpg
Controle de Dor-Benefícios.

Deambulação
precoce
Melhor fisiologia
respiratória

Redução custos/alta
precoce Acesso Google imagens em
2/12/07:www.tre-ms.gov.br
Bombas infusoras
Drª Welma R. Fuso
Professora Auxiliar Medicina UFT FIM

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