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1.ACADÊMICO DE MEDICINA – UFRR, BOA VISTA, RR, BRASIL; 2.MÉDICO UROLOGISTA - HOSPITAL GERAL DE RORAIMA , BOA VISTA, RR,
BRASIL; 3.ACADÊMICA DE MEDICINA – ESCS, BRASILIA, DF, BRASIL.
INTRODUÇÃO
Pielonefrite Enfisematosa (PE) é uma doença rara e grave, podendo atingir uma mortalidade de 43%¹.
Caracteriza-se por uma infecção aguda necrotizante do rim com presença de gás, sendo a E.coli o agente
etiológico mais frequente 2. Na PE é marcante a associação de fatores como diabetes mellitus (80-90%) e
obstrução do trato urinário (aproximadamente 40%), além de apresentar maior prevalência em mulheres
(5,9:1) com faixa etária de 55 anos 3.
OBJETIVO
Relatar um caso de pielonefrite enfisematosa em paciente jovem e sem comorbidades, com ênfase na
abordagem terapêutica adequada diante da epidemiologia incomum para o caso.
METODOLOGIA
Revisão literária em banco de dados e análise retrospectiva de prontuário, coleta de imagens diagnósticas
e peça cirúrgica.
DESCRIÇÃO DO CASO CLÍNICO
Paciente S.T.S, feminino, 23 anos, indígena, 3 filhos,
etilista e tabagista. Recebida no pronto atendimento em
outubro de 2014, em regular estado geral, com dor
abdominal e massa palpável em flanco direito. O
plantonista solicitou a tomografia de abdômen que
demonstrou aumento dimensional do rim direito,
presença de gás, hemorragia, conteúdo hidroaéreo
perinéfrico, aumento do número de linfonodos
retroperitoniais e derrame pleural à direita associado a
componente fissural. Iniciou-se antibioticoterapia
empírica e posterior adequação com cobertura para
bacilo gram negativo não fermentador identificado em
cultura de urina e antibiograma. Os exames
laboratoriais evidenciaram leucocitose de 17.240
células/uL, anemia normocítica hipocrômica, glicose de
220mg/dL, proteína C reativa de 93 mg/dL, bilirrubina
total e direta de 3,0 mg/dL e 2,8mg/dL,
respectivamente. Após ser diagnosticada com P.E
associada a abscesso renal, a cirurgia urológica propôs
a nefrectomia. No procedimento cirúrgico evidenciou
aderências em goteira parieto-cólica com coleção pio-
sanguinolenta e um rim com aproximadamente dois
quilos devido ao processo inflamatório. No pós-
operatório, a paciente evoluiu com edema de
extremidades, acidose metabólica e sepse, revertida Fig.1. Peça cirúrgica após nefrectomia. Rim com
com cuidados intensivos. A biópsia da peça cirurgica pielonefrite e abscesso intra-parenquimatoso e
não acusou malignidade e a paciente segue em infeccioso, conforme o laudo histopatológico.
acompanhamento ambulatorial sem intercorrências.
CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS