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A ESCRITA DO PROFESSOR COMO

INSTRUMENTO DE REFLEXÃO
DA PRÁTICA DOCENTE
Ana Paula Sfair Sarmento de Carvalho
Keila Michelle Silva Monteiro
Marta Regina Silva Ferreira
Introdução

• O professor que trabalha com formação de


professores é leitor de textos que docentes
escrevem sobre suas práticas pedagógicas na
escola. Como formadoras, reunimo-nos com
uma equipe para estudar, formular e vivenciar
pautas com conteúdos que busquem
estratégias de ensino-aprendizagem
satisfatórias.
Objetivo

• Identificar e enfatizar a importância dos


escritos dos professores como instrumento de
mediação professor/formador, no sentido de
criar mais um feedback entre o que acontece
na sala de aula e o que se produz nas
formações para a melhoria das aprendizagens
dos alunos, professores e formadores.
• Chervel (1998) “O estudo das finalidades não pode
de modo algum subtrair o ensino real. Ele deve ser
encaminhado com base em dois planos,
simultaneamente, e convocar uma dupla
documentação – aquela dos objetivos prescritos e
aquela da realidade pedagógica.”
Descrição metodológica
Na formação continuada, propõe-se, como uma das
estratégias didáticas, que o professor escreva e socialize um
relato de experiência a partir de conteúdos que contribuam
para a reflexão de sua prática. Surgem questionamentos e
contribuições entre os pares e o formador para se
compreender a realidade da sala de aula, a didática do
professor, bem como a aprendizagem dos alunos.

As pautas prescritas buscam se aproximar da realidade


pedagógica, pois temos acesso a salas de aula e avaliações dos
alunos dentre nossa função formativa, e são constituídas de
condições didáticas consideradas adequadas à alfabetização
tendo como elemento principal um campo semântico a ser
desenvolvido por uma sequência didática.
Os escritos docentes
Conteúdos observados nos escritos
• Descrição da didática;
• Avanço da aprendizagem;
• Interdisciplinaridade;
• Ludicidade;
• Atividade prática;
• Conhecimento contextualizado com o cotidiano das
crianças;
• Formação continuada como instrumento de reflexão
da prática;
• Intertextualidade;
• Oralidade.
Lacunas a superar...

• Dos relatos coletados observamos que poucos


apresentam argumentos pautados em alguma
teoria, descrição detalhada das etapas
propostas bem como autocrítica sobre as
atividades propostas em sala. Nenhum
mostrou as falas dos alunos.
Resultados ou prováveis conclusões

• Inferimos que professores que refletiram sua


prática por escrito e/ou dialogaram com seus
pares e teorias, (re)pensaram didáticas e a
organização do trabalho pedagógico; o
retorno dessa ação foi um planejamento mais
denso e coerente, visto que esses docentes
realmente realizavam o que haviam planejado,
obtendo melhores resultados em sua escola.
• Freire (1996) “Não há docência sem discência,
as duas se explicam e seus sujeitos apesar das
diferenças que os conotam, não se reduzem à
condição de objeto, um do outro. Quem
ensina aprende ao ensinar e quem aprende
ensina ao aprender”.
Referências

• GOMES-SANTOS, Sandoval Nonato. A escrita


nas formas do trabalho docente. Educação e
Pesquisa, São Paulo, v.36, n.2, p. 445-457,
maio/ago. 2010. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ep/v36n2/a02v36n
2.pdf>. Acesso em: 2 out. 2017.

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