Professional Documents
Culture Documents
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
Álcool Fermentação
Neutro
Álcool
Hidratado Produção
Direta Destilaria
Álcool
Anidro
Álcool
Hidratado
Matéria-Prima
O álcool etílico ou etanol pode ser obtido a partir de vegetais ricos em
açúcar, como a cana-de-açúcar, a beterraba e as frutas do amido,
extrato da mandioca, do arroz e do milho, e da celulose extraída da
matéria principalmente dos eucaliptos.
A maior parte do álcool produzido é obtida através da cana-de-açúcar.
A mandioca também é utilizada em menor escala.
1 hectare de cana-de-açúcar produz 3.350 litros de álcool
1 hectare de mandioca produz 2.550 litros de álcool
1 hectare eucalipto possui em média 20 tonelada, que produz 2.100
litros
Preparação do solo para o plantio utilizando todas as técnicas e
verificação do pH, etc. Assim a cana-de-açúcar passa pelas fases de
crescimento e maturação.
O período da safra ocorre de Abril a Dezembro, no frio e seca, a
quantidade de açúcar, aumenta muito.Caso não ocorra, a própria
planta consome o açúcar que produziu, diminuindo a quantidade de
álcool obtida. Após o corte é transportada a usina, lavada, tirando a
sujeira mais grossa, é picada e, finalmente moída.
MOAGEM
O objetivo desta etapa é aumentar a capacidade
das moendas através da diminuição do tamanho
da cana através dos picadores, e rompimento da
estrutura da cana através dos desfibradores,
facilitando a extração do caldo e moagem.
CALDO
Para remover as impurezas grossas, o caldo é inicialmente
peneirado, e em seguida tratado com agentes químicos, para
coagular parte da matéria coloidal (ceras, graxas, proteínas,
gomas, pectinas, corantes), precipitar certas impurezas
(silicatos, sulfatos, ácidos orgânicos, Ca, Mg, K, Na) e
modificar o pH.
Existem cinco métodos utilizados no processo de clarificação do
caldo de cana. Eles são os seguintes:
1. Caleação ou calagem.
2. Sulfitação do caldo contra alguns microrganismos e
prevenção do amarelamento do açúcar.
3. Fosfatação (uso de ácido fosfórico (P2O5)
4. Carbonatação (uso de anidrido carbônico (CO2)
5. Uso de óxido de magnésio.
Após essa fase de tratamento o caldo pode ser resfriado até
aproximadamente 30°C e seguir diretamente para o preparo
para fermentação, mas como o maior objetivo das usinas e a
produção de açúcar, o método de produção escolhido para este
trabalho é o do reaproveitamento do melaço extraído na
centrifugação.
FERMENTAÇÃO
A fermentação é contínua e agitada, consistindo de 4
estágios em série. Com três dornas no primeiro
estágio, duas dornas no segundo, uma dorna no
terceiro e no quarto. Com exceção do primeiro, o
restante tem agitador mecânico.
Ocorre a transformação dos açúcares em etanol.
Utiliza-se uma levedura especial para fermentação
alcoólica.
No processo há desprendimento de gás carbônico e
calor.
São necessárias dornas bem fechadas para recuperar
o álcool arrastado pelo gás carbônico e o uso de
trocadores de calor para manter a temperatura ideal.
A fermentação é regulada para 28 a 3OºC.
Esse caldo contém cerca de 9,5% de álcool.
O tempo de fermentação é de 6 a 8 horas.
E a mistura recebe o nome de vinho fermentado.
A levedura é recuperada do processo por
centrifugação, em separadores que separam o
fermento do vinho.
O vinho irá para os aparelhos de destilação onde
o álcool é separado, concentrado e purificado.
O fermento, com uma concentração de
aproximadamente 60%, é enviado às cubas de
tratamento.
O fermento a 60% é diluído a 25% com adição de
água. Regula-se o pH em torno de 2,8 a 3,0
adicionando-se ácido sulfúrico que também tem
efeito desfloculante e bacteriostático.
O tratamento é contínuo e tem um tempo de
retenção de aproximadamente uma hora.
O fermento tratado volta ao primeiro estágio
para começar um novo ciclo fermentativo.
DESTILAÇÃO
O vinho com teor de 9,5% de álcool onde é enviado aos
aparelhos de destilação.
O álcool está presente no vinho e outros componentes
que são separados por destilação. O álcool neutro é o
produto de maior produção.
O álcool neutro é destinado à indústria de perfumaria,
bebidas e farmacêuticas.
Componentes do mosto
Mosto Componentes Melaço Misto Caldo
Na destilação do vinho resulta um subproduto
importante, a vinhaça. A vinhaça, rica em água,
matéria orgânica, nitrogênio, potássio e fósforo, são
utilizados na lavoura para irrigação da cana, na
chamada fertirrigação.
TIPOS DE ÁLCOOL
Álcool anidro: Denominação do álcool com um
teor alcoólico superior a 99,3° INPM, em geral
utilizado para misturar à gasolina (BAROUD,
2006).
Álcool Hidratado: Denominação do álcool com
graduação alcoólica em torno de 93,2° INPM, em
geral utilizado como combustível automotivo.
Álcool Potável: Álcool etílico que pode ser
adicionado a produtos alimentares.INPM
(Instituto Nacional de Pesos e Medidas):
Percentual de álcool (em peso) de uma mistura
hidro alcoólica à temperatura padrão de 20°C.
MEDIDAS DE CONTROLE, ANTECIPE OS RISCOS .
Numa usina de álcool, os processos são dinâmicos e devem
estar monitorados, principalmente para impedir a entrada de
novos riscos, por exemplo, em razão de ampliações, novas
tecnologias e novas construções. Também é fundamental que
seja feito o gerenciamento da mudança, seja de equipamentos,
materiais e insumos, seja de métodos de trabalho, dentre outros
que podem ir alterando o tipo de risco ocupacional, causando
acidentes e doenças. É preciso que o processo de trabalho seja
visto sob a ótica da prevenção de acidentes, para antecipar os
riscos. É importante estar preparado para os riscos gerados por
essas mudanças. Levantar os riscos previamente e desenvolver
formas de neutralizá-los é uma ação proativa que vai gerar
redução de acidentes e gastos. Agindo preventivamente, há
como preparar e melhorar o local de trabalho, informar e
capacitar os trabalhadores sobre os riscos presentes no
processo de produção de álcool.
VOCÊ SABE QUAIS SÃO AS
PRINCIPAIS CAUSAS DE
ACIDENTES E DOENÇAS EM UMA
USINA DE ÁLCOOL?
INCÊNDIO
Para evitar que isso aconteça,é importante que se
faça uma inspeção periódica nas áreas, que se classifique
e sinalize essas áreas, mantendo um controle sobre
fontes de ignição (chamas, faíscas, fagulhas,eletricidade
estática, dentre outros). Defina os tipos de proteção (à
prova de explosão, intrinsecamente seguro, segurança
aumentada,dentre outros) para os equipamentos que
podem entrar nessas áreas e mantenha uma proteção
ativa de combate a incêndio que possua rede de hidrantes
e extintores portáteis e carretas, além de uma Brigada de
Incêndio.
DICAS PARA CONSULTAR
As Normas Regulamentadoras 23 (NR-23) e 10 (NR 10) do Ministério do
Trabalho e Emprego
trazem outras orientações importantes sobre proteção contra
incêndios e áreas classificadas, respectivamente.
EXPLOSÃO
Uma usina de álcool precisa de vapor para o processo e a
geração de energia. Para este fim, são instaladas caldeiras
aquatubulares que queimam bagaço de cana e produzem vapor. O
risco de explosão existe por causa de vários fatores, dentre eles falta
de água, corrosão, incrustação, superaquecimento, defeitos de
soldagem. Para evitar que isso aconteça, é necessário um conjunto
de medidas, que começa por um projeto de caldeira baseado em
normas, uma fabricação que possua rastreabilidade e ensaios não
destrutivos, um operador de caldeiras atuante com conhecimento,
habilidade e experiência, uma manutenção preditiva e preventiva
eficaz, além de inspeções de segurança regulares feitas por
profissional habilitado.
Outros Riscos.
- Quedas de níveis diferentes. O que fazer?
Elaborar um Procedimento para Trabalho em Altura que inclua a
Permissão de Trabalho em Altura com uso de cinto pará-quedista,
talabarte e trava-quedas e treinamento teórico e prático, dentre outras
medidas de controle.
- Acidentes em espaço confinado. O que fazer?
Elaborar um Procedimento para Trabalho em Espaços
Confinados que inclua a Permissão para Entrada e Trabalho (PET)
com recursos e capacitação dos trabalhadores, dentre outras
medidas de controle.
- Adoção de posturas incorretas. O que fazer?
Um Programa de Ergonomia que tenha ações preventivas para
que o trabalhador não adquira lombalgias, dentre outras medidas de
controle.