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Kant desenvolve os princípios do idealismo
Alemão nas três Críticas que se inserem no
espírito da Época das Luzes.
Faculdades
Faculdade da imaginação
Faculdade do sentir
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ESTÉTICA TRANSCENDENTAL
SENSIBILIDADE
Externa Interna
ESPAÇO TEMPO
Forma A priori Forma A priori
Elemento Elemento
Formal Material
CATEGORIAS INTUIÇÔES
FORMAS A PRIORI FENOMÈNICAS
CATEGORIAS
Experiência Experiência
Unidade
Externa Interna
Faculdade de julgar
subjectiva objectiva
estética teleológica
metafísica
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Porque é que os juízos estéticos
são subjectivos?
• São juízos que se referem aos sentimentos
que temos perante certos objectos, e não
devido às características dos objectos. (Ex.
canto do rouxinol).
• Os juízos estéticos não produzem
conhecimento (Baumgarten colocava-os
como fazendo parte de um conhecimento
inferior) e portanto dizem apenas respeito
à satisfação ou insatisfação na percepção
do objecto. 11
JUÍZOS DE GOSTO
• Para Kant a estética tem uma particular importância.
Porquê?
• Porque a metafísica e a ética ficam incompletas sem
a estética. Só um ser racional pode experimentar a
beleza, e sem esta experiência a sua racionalidade
fica incompleta.
• A experiência estética permite-nos afirmar o nosso
ponto de vista. Somos criadores na medida em
observamos e legislamos sobre a natureza. Contudo
por momentos, ficamos fora deste ponto de vista para
experimentarmos a harmonia das nossas faculdades
e os objectos sobre a qual elas incidem. 12
• O juízo de gosto é um juízo sintético a priori da classe dos
juízos reflexivos: se está dado o especial é preciso
submergir o geral. Este é o tema de fundo da CFJ: os
juízos reflexivos.
• Antinomia do juízo de gosto:
1. Juízo:
sujeito -----objecto Ex. Todos os homens são
Mortais
S cópula P
2. O juízo de gosto entra em conflito consigo mesmo: não pode
ser ao mesmo tempo estético (experiência, subjectividade) e
juízo, pois o juízo reclama a concordância universal. É juízo pois
enuncia algo acerca de um objecto. Mas não se trata de um
determinante ou lógico, como por exemplo, se eu tiver um
conceito de triângulo, isto é um triângulo. (conceito e
objecto singular)
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Como é isto possível?
• 1. Quando algo é belo esse sentimento
expresso em juízo, baseia-se na intuição.
• 2. Ninguém pode ajuizar da beleza de alguma
coisa sem a ter experienciado primeiro. É uma
experiência em primeira mão.
• 3. Sendo assim não posso criar regras ou
quaisquer princípios para o juízo estético. O
PRAZER é a condição da experiência estética.
• 4. Mais, não posso colocar (a priori) um
conceito e depois inferir o que é belo (§ 32,
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CFJ)
Kandinsky, Linha transversal, 1929
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Heartfield – Cruz Suástica
O juízo estético é livre de
conceitos; e o belo não é um
conceito
• 1ª Antinomia: O Juízo de gosto não se baseia
em conceitos.
• Será o juízo estético uma forma de juízo, já que
não se baseia em conceitos?
• Na realidade quando digo que uma coisa me
agrada procuro fundamentar o meu agrado
apontando as características do objecto.
• A procura de fundamentação, de razões
exprime o carácter universal da racionalidade.
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• Os outros porque são racionais devem sentir
exactamente o mesmo agrado que eu.
• 2ª Antinomia: “O juízo de gosto não se baseia em
conceitos; pois de outro modo…
não poderia haver discórdia nesta matéria”.
Bases sintéticas a priori do gosto:
O juízo de gosto fundamenta-se no prazer e não no
conceito. Este prazer funciona como postulado.
O juízo de gosto contém um deve: os outros
devem sentir como eu, caso não aconteça, ou
eu, ou os outros estão errados. Procurando
razões para os nossos juízos, tal significa que
satisfazemos as condições de universalidade e
necessidade: estas são sintéticas a priori.
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Que tipo de racionalidade é inerente à
contemplação?
O sonhador acima do
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Nevoeiro, Friedrich
A resposta está no uso da imaginação.
O que ela faz?
Intuição
conceito
fenoménica
dado
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O conceito de homem está
presente na minha percepção
mas é um conteúdo novo que a
integra.
A imaginação opera em liberdade,
pois ou os conceitos são
indeterminados ou não são
aplicados.
QUE TIPO DE PRAZER ? Não é o
prazer do agradável, nem o prazer
provocado pelo bem. O prazer é
desinteressado, daí a pretensão
da universalidade. Pois supõem
que a reacção dos outros deveria
ser semelhante à nossa. Este
dever é diferente pois no juízo
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moral a finalidade é o importante.
• Podem-se dar dois casos diferentes:
• A) Efectua-se uma síntese imaginativa de um
padrão (marcas constituem um padrão),
estamos perante um conceito indeterminado.
E donde deriva a
satisfação, o prazer,
dos Simpsons???
E a crispação do
Capitão Haddock
perante a voz de
Madame Castafiore? 27
• Deriva da ideia indeterminada de unidade.
Só os seres com imaginação (uma faculdade
racional) são capazes de ouvir a unidade
musical. Através da minha experiência percebo
a organização como objectiva. É esta
experiência da unidade que origina prazer e
que tem a ver com o exercício da razão.
Por sua vez o prazer que sinto em relação à
música é derivado do senso comum dado que
todos são seres racionais e portanto trata-se de
uma experiência comum a todos.
Como é que a experiência da unidade está
ligada ao prazer que sinto? 28
• Quando oiço música.
• A) O fundamento da minha experiência é
gerado pela compatibilidade entre o que oiço e
a faculdade da imaginação que distribui as
intuições fenoménicas e as relaciona com o
entendimento.
• B) Ao experimentar a unidade sinto também
uma harmonia entre as minhas faculdades e o
objecto em que são aplicadas (faculdade de
ânimo/ sentir)
• Conclusão: O sentimento de harmonia entre
mim e o mundo é a origem do prazer e o
fundamento da universalidade. 29