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Centro de Emprego e Formação de Entre Douro e Vouga

Primeiros Socorros

[Primeiros
Socorros]

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Primeiros Socorros

• Objetivos Gerais • Objetivos Específicos

• Identificar os diferentes tipos de • Distinguir os diferentes tipos de


acidentes; socorros;
• Acionar mecanismos de segurança,
• Reconhecer o serviço nacional de alerta e evacuação;
proteção civil; • Agir numa situação de socorro de
emergência;
• Reconhecer a importância da prevenção • Prestar socorro à(s) vítima(s) no local de
de acidentes e de doenças acidente; REALIDADE

profissionais;
DESTREZA

CONHECIMENTOS

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• Conteúdo

Tipos de acidente:
•Comportamento perante o sinistrado;
•Feridas, fracturas, acidentes respiratórios,
acidentes digestivos, acidentes pelos agentes
físicos, envelhecimento ;
•Acidentes inerentes à profissão .
Nesta formação serão
Serviço Nacional de Proteção Civil abordadas algumas das
situações mais comuns do dia-
A profissão confrontada com a doença a-dia, bem como situações de
Revisão de atuação em diferentes casos socorro prioritário, e a atuação
perante as mesmas;

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Serviço Nacional de Proteção Civil


(SNPC)

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• Um Pouco de História (CVP)

A ideia da Cruz Vermelha nasceu em 1859 com Henri Dunat

Formada em 11 de Fevereiro 1865 por Dr. José António Marques,


denominando-se por “Comissão Provisória para Socorros a Feridos
Doentes em tempo de guerra” (Portugal)

1868 - reconhecida oficialmente por: “ Comissão Portuguesa de


Socorros a Feridos e Doentes Militares em Tempo de Guerra”

1887 – Reconhecida oficialmente por “Sociedade Portuguesa da


Cruz Vermelha “ pelo Comité Internacional da Cruz Vermelha.

1919 – Admitida na Liga Internacional das Sociedades da


Cruz Vermelha e Crescente Vermelho

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• Ação da Cruz Vermelha Portuguesa

Agente de Proteção Civil, que em


cooperação com os demais agentes
exerce funções de proteção civil nos
domínios:

•Intervenção;
•Apoio;
•Socorro;
•Assistência Humanitária e Social.

No entanto, funciona com estatuto


próprio.

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•Primeiros Socorros - O que são?

Tratamento inicial e temporário ministrado a


acidentados e/ou vítimas de doença súbita, num
esforço de preservar a vida, diminuir a
incapacidade e minorar o sofrimento.

Não devem ser considerados como uma alternativa


à intervenção dos Serviços de Emergência, mas sim
como a primeira fase vital na prestação de ajuda
rápida e eficaz.

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• Porque não atua a maioria das pessoas numa emergência?

Insegurança

Todos temos
potencial
para salvar
vidas
Tem Desconhece a
esperança de necessidade
que apareça de agir
alguém que prontamente
acuda

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• Conceito importantes
Urgência: Estado em que uma pessoa necessita de
encaminhamento rápido para o hospital. O tempo
gasto entre o momento em que a vitima é encontrada
e o seu encaminhamento deve ser o mais curto
possível.
Emergência: Estado grave, que necessita de
atendimento médico, embora não seja
necessariamente urgente.
Incidente: Facto ou evento desastroso do qual não
resultam pessoas mortas ou feridas, mas pode
oferecer risco futuro;
Sinal: É a informação obtida a partir da observação
da vitima;
Sintoma: É a informação a partir de um relato da
vitima.
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• Papel do Socorrista
Papel primordial;
Papel limitado; É o primeiro ElO
essencial na
Papel temporário; cadeia do
 Papel de improviso; socorrismo.

Situação de Urgência:

Permanecer calmo;
Analisar a situação;
Confiar nas suas capacidades;
Tomar o comando dos cuidados a prestar;
Comunicar a vitima e familiares os cuidados
que vão sendo prestados;
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• Socorrismo – Procedimento geral

• Observar o local do acidente à medida que se


aproxima;
•Cuidar da sua segurança e dos que o rodeiam;
•Conseguir um acesso até a vitima e verifica se
existe algum perigo imediato de vida;
•Fornecer suporte básico de vida á pessoa que
estiverem em risco;
•Dar prioridade de atendimento as vitimas mais
graves;
•Obter assistência diferenciada se for o caso;
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• Responsabilidade do Socorrista
O socorrista deve respeitar os seus
limites.
Não deve prestar cuidados que não
sejam da sua competência.

•Não deve administrar medicação. Contudo


se for medicação que a vitima já costuma
tomar, o socorrista deve auxiliar a toma.
•Não deve obrigar nenhuma vítima
inconsciente ou semiconsciente a engolir
qualquer coisa.
•Nunca deve abandonar a vítima.
•O socorrista tem responsabilidade jurídica.

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• Princípios Gerais do Socorrismo

Os princípios gerais do socorrista são


linhas de orientação que incluem os
gestos de prevenção e as ações a
desenvolver durante o socorro da
vítima.

Corresponde aos cuidados de


emergência iniciais efetuados às
vítimas de doença súbita ou de
acidente, com o objetivo de as
estabilizar, diminuindo assim a
morbilidade e a mortalidade

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• Princípios Gerais do Socorrismo

• Acidentes Rodoviários; de trabalho; Domésticos;


Prevenir/Proteger • Prevenção Primária e Secundária;
• Afastar vitima perigo ou perigo da vitima.

• Observar
Alertar • Interrogar:

• Socorro Essencial (A.C.H.E);


Socorrer • Socorro Secundário;

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• Princípios Gerais do Socorrismo - Prevenir

Tem por objetivo a redução de situações de necessidade de socorro assim


como a minimização das suas consequências.

Prevenção Primária:
•Antes do acidente;
•Diminuir ou anular a possibilidade de ocorrência
de acidente.

Prevenção Secundária:
•Após o acidente;
•Diminuir as consequências ou impedir outros
acidentes

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• Princípios Gerais do Socorrismo - Alertar

Tem por objetivo a deslocação imediata dos


meios de socorro necessários através do
número de emergência médica nacional - 112.

Para que o alerta seja feito de forma eficaz é necessário transmitir o maior
número possível de informações sobre a ocorrência, vítima deve manter a calma
e informar:
•Localização exata do local do sinistro;
•Número de contacto;
•Situação;
•Número de pessoas que precisam de ajuda;
•Atuação.
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• Princípios Gerais do Socorrismo - Socorrer

É uma sequência de ações que permitem estabelecer prioridades relativas


ao socorro a efetuar de modo a assegurar a assistência da vítima.

Situações de Socorro Situações de Socorro


Essencial ou Primário Secundário

A- Alterações cardio-
respiratórias;
C-Choque; Fraturas, queimaduras,
H- Hemorragias; feridas….
E – Envenenamento/
intoxicações
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• Aspetos Jurídicos:
Carta de Quebeque:
•Artigo II:
“Todo o ser humano cuja vida está em perigo tem o direito de ser socorrido. Toda a
pessoa deve prestar os primeiros socorros aquela cuja vida esta em perigo,
pessoalmente ou solicitando socorro, prestando-lhe a ajuda física necessária e
imediata, a não ser que haja risco para ela ou para terceiros ou por um outro motivo
razoável.”

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• Aspetos Jurídicos:
Código Civil:
•Artigo XLVII (47):
“A pessoa que presta socorro a uma outra ou que, com um fim
desinteressado dispõe gratuitamente de bens em proveito de outrem
está exonerado de toda a responsabilidade respeitante ao prejuízo
que daí possa resultar, a menos que esse prejuízo se fique a dever à
sua falta intencional ou a um erro grave. ”

Código Civil:

•Artigo XI (11):
“Ninguém pode ser submetido a primeiros socorros sem o seu
consentimento, seja qual for a sua natureza, quer se trate de exames,
colheitas para analises, tratamentos ou qualquer outra intervenção. ”

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Tipos de acidente

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• SIEM (Sistema Integrado de Emergência Médica)

Conjunto de meios e ações pré-hospitalares e intra-hospitalares, com a


intervenção ativa dos vários componentes de uma comunidade, portanto
pluridisciplinar, programados de modo a possibilitar uma ação rápida,
eficaz, com economia de meios, em situações de doença súbita, acidentes,
catástrofes, nas quais a demora de medidas adequadas de socorro pode
acarretar graves riscos para a vida dos doentes.

Cabe ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), o papel de


organismo coordenador.

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• Fases do SIEM (Sistema Integrado de Emergência Médica)

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• Cadeia de Sobrevivência

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• Alerta dos serviços de socorro público

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• Alerta dos serviços de socorro público


2º passo na estrela da vida para o Socorro;

Em caso de urgência (doença súbita ou acidente) ligar 112 (número europeu de


Socorro).

Ao ligar 112, deve-se estar preparado


para responder a:
O quê?
Onde?
Como?
Quem?

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• Exame do Sinistrado

Avaliação das Condições de


Segurança

Avaliação
Inicial
Avaliar Estado de
consciência do sinistrado

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• Exame do Sinistrado - Avaliação Inicial

Avaliação das Condições de


Segurança
Inclui Precauções Universais

Condições de Segurança para o • Risco Ambiental;


Sinistrado e/ ou Socorrista • Risco Toxicológico;
• Risco Infeccioso.

Aquando um sinistro (doença ou


acidente), o individuo deve: Observar;
Ouvir; Pensar e Decidir; Actuar
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• Medidas de Precaução e Segurança

Conjunto de medidas que devem ser observadas sistematicamente,


independentemente de se saber que determinada vitima tem doença, de
forma a evitar a sua propagação;

UNIVERSAIS!

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• Medidas de Precaução e Segurança

Medidas de Precaução e Segurança:


• A proteção da equipa é fundamental
para que os primeiros socorros sejam
eficazes.

Proteção da equipe:
• Avaliação dos riscos presentes no
local;
•Sinalização do local e proteção dos
intervenientes;
•Desenvolvimento de ações que
aumentem a segurança.

Riscos importantes:
•Os Riscos podem ser: Físicos,
Toxicológicos ou infeciosos.
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• Medidas de Precaução e Segurança


Riscos Infeciosos:
•Os riscos infeciosos passam pela Riscos Físicos:
transmissão infeciosa, que é a grande •Os riscos físicos passam por:
preocupação do socorrista; •Trafego;
•Vírus da Hepatite B; •Desmoronamento;
•HIV. •Choque elétrico;
• A exposição de mucosas considera-se •Fogos de rápida propagação;
um risco inferior ao da exposição •Explosão.
parentérica, sugerindo fortemente que o
risco de infeção pela ventilação boca- Riscos toxicológicos:
a-boca é desprezível.
•O principal veiculo de contágio é • Na maioria das situações o risco para
o sangue. o socorrista é reduzido;
•Exceto: Gases tóxicos, tóxicos
Transmissões mais frequentes: corrosivos; organofosforados.

• Tuberculose, herpes simplex, Gripe.

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• Exame do Sinistrado - Avaliação Inicial

Avaliar Estado de Consciência do Sinistrado

Avaliar após
reunidas Implica:
condições de Estimulo Verbal
segurança Estimulo Táctil

Aproximar-se do
Sinistrado e
perguntar-lhe: Responde, Reage
Está bem? Está Não responde,
me ouvir? não reage. Consciente
Inconsciente
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• Exame do Sinistrado

A – Airway (Permeabilização
da Via Aérea)

B – Breathing (Ventilação)

Exame C - Circulation (Circulação)


Primário D – Disability (Disfunção
Neurológica)

E –Exposure (Exposição)

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• Exame do Sinistrado – Exame Primário

A – Airway (Permeabilização da Via


Aérea)

Pode existir obstrução da via aérea por 2 motivos:


• Relaxamento do palato mole e epiglote (Vitima inconsciente);
• Obstrução por causa de corpos estranhos.

1. Expor Tórax;
2. Se visualizar corpos
estranhos remover, Não
perder tempo na Pesquisa.
3. Efectuar extensão da cabeça
ou subluxação da
mandibula;
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• Exame do Sinistrado – Exame Primário


B – Breathing
(Ventilação)
COMO????

VOS (10 seg)


Ver – Observar movimentos torácicos e

Ouvir – Ouvir ruídos de saída de ar pelo


nariz e/ou boca

Sentir – Sentir o ar expirado


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• Exame do Sinistrado – Exame Primário

C - Circulation (Circulação) Na fase em que o sinistrado se


encontra consciente

Fase em que se Pesquisa de pulso Pesquisa de um pulso


verifica a existência de carotídeo, caso o periférico, geralmente
hemorragias externas pulso radial não seja o radial.
graves e hemorragias palpável, ou sinistrado
internas através de inconsciente.
palpação abdominal e
sinais de choque

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• Exame do Sinistrado – Exame Primário


A - Alerta
V – Responde a estímulos
Comparação da Mobilidade,
Força e Sensibilidade (MFS) Avaliar estado verbais
dos membros de um Consciência D - Responde a estímulos
hemicorpo com o outro Dolorosos
hemicorpo S - Sem reposta

Avaliar
actividade D – Disability (Disfunção Neurológica) Avaliar Pupilas
motora

Reactividade à luz: Simetria: Tamanho:


• Simétricas (isocóricas); • Dilatas (midríase);
• Reactivas; • Assimétricas • Contraídas (miose)
• Não reactivas. (anisocóricas)
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• Exame do Sinistrado – Exame Primário


Avaliação Pupilar

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• Exame do Sinistrado – Exame Primário

E –Exposure (Exposição)

Expor o sinistrado apenas o essencial e controlando


a temperatura corporal do indivíduo.

Atenção à privacidade do sinistrado

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• Exame do Sinistrado
Avaliação e Caracterização dos
Sinais Vitais

Exame Recolha de Informação (CHAMU)


Secundário

Observação Geral
/Sistematizada

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• Sinais Vitais

AVALIAÇÃO DE SINAIS VITAIS

Os sinais vitais são um meio rápido e eficiente para se monitorizar as


condições de um paciente ou identificar a presença de problemas:
•Temperatura (T),
•Pulso ou batimentos cardíacos (P ou bpm),
•Respiração (R ou rpm) e
•Pressão ou Tensão Arterial (PA ou TA).

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• Sinais Vitais - TEMPERATURA


Representa o equilíbrio entre a produção de calor por intermédio do metabolismo,
atividade muscular e outros fatores, e as perdas de calor ocorridas por meio dos pulmões,
pele e excreções corporais.

A temperatura corporal pode ser avaliada •pele,


em diversos locais do corpo: •boca,
•recto, •artéria pulmonar,
•vagina, •estômago,
•axilas, •faringe
•virilhas, •membrana do tímpano .
A temperatura é avaliada em graus celsius. A temperatura é medida
utilizando-se de termômetros
Esta técnica foi realizada com os seguintes objetivos: que podem ser de mercúrio,
digital ou químico.
•Medir a temperatura corporal do doente;
•Despistar algum desregulamento térmico;
• Observar os efeitos de determinadas terapêuticas. 41
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• Sinais Vitais - TEMPERATURA

Padrão de temperatura Variação da temperatura corporal


Axilar: 36 C a 37 C Subfebril ou febril: 37 C a 37,5 C
Oral: 36,2 a 37 C Febre: 37,6 a 38, 9 C
Retal: 36,4 a 37,4 C Hipertermia: acima do 39 C
Hipotermia: abaixo dos 36 C

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• Sinais Vitais – PULSO


Envolve a determinação da frequência cardíaca (número de batidas por minuto).
Pode ser influenciado por: exercício, febre-calor; dor aguda, ansiedade, dor intensa não
aliviada, drogas, hemorragia, posições posturais.
A avaliação do pulso é efetuada através da pressão dos dedos sobre o trajeto arterial.
Com esta avaliação podemos definir ritmo, frequência e amplitude do pulso.
Locais possíveis para realizar a avaliação:

•Temporal (lateralmente à arcada supraciliar, junto ao olho);


•Carotídeo (ao nível do pescoço, ao lado da traqueia, sob o angulo maxilar);
•Braquial (ao nível do tendão do bicípite, um pouco acima da prega do cotovelo); Radial (palpar a
face anterior do punho abaixo do polegar);
•Femural (pressionar, com alguma força, na virilha, entre o osso púbico e o osso ilíaco);
• Popliteu (pressionar firmemente por detrás do joelho no cavado popliteu);
•Tibial posterior (atrás do maléolo interno no tornozelo);
•Dorsal pedioso (colocar os dedos sobre o dorso do pé acima da raiz dos dedos. O pulso pedioso
pode ser difícil da palpar e por este motivo parecer ausente); abdominal (mesmo acima do
umbigo).
•Radial
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• Sinais Vitais – PULSO

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• Sinais Vitais - PULSO


O pulso vai ser avaliado e caracterizado em relação a:

Frequência – número de «batimentos» que ocorrem num minuto.

Idade Pulsação em repouso


Recém-nascido 70 – 190
2 anos 80 – 130
12 anos 65 – 105
Adulto 60 – 100
Idoso 60- 100

Amplitude – a forma como se sente o pulso ao palpar a artéria.


Cheio
Fino
 Ritmo – a forma como se processam os intervalos entre as contrações.
Regular ou rítmico
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Irregular ou arrítmico
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• Sinais Vitais – TENSÃO ARTERIAL

A tensão arterial consiste na mediação da pressão com que o sangue circula


nas artérias, e é medida através do esfigmomanómetro.
Os resultados exprimem-se em mmHg (milímetros de mercúrio).

PA Sistólica (máxima): representa o volume de sangue lançado na corrente sanguínea em


cada sístole cardíaca.

PA Diastólica (mínima): representa a resistência que os vasos oferecem ao volume recebido.

Pode sofrer influência da forma e do local de aferição, idade, sexo, ansiedade, medo, dor,
estresse, drogas, hormônios, cotidiano, posição etc.

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• Sinais Vitais – TENSÃO ARTERIAL


Idade Valores (mmHg)
Recém-nascido 80/45
2 anos 90/60
12 anos 120/70
Adulto 130/80
Idoso 140/90

Normotenso - PA = 130 x 85 mmHgNormal Hipotenso - PA = menor 90 x 50


Hipertensão leve(Estágio 1) - PA = 140 Xx 90 a 159 x 99 mmHg
Hipertensão moderada - (Estágio 2)PA = 160 x 100 a 179 x 109 mmHg
Hipertensão grave - (Estágio 3)PA = maior 180 x 110 mmHg

VIDEO
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• Sinais Vitais - RESPIRAÇÃO

RESPIRAÇÃO EXTERNA: movimento de ar entre o ambiente e os pulmões.

RESPIRAÇÃO INTERNA: troca de oxigênio e de dióxido de carbono entre o sangue e


as células do organismo.

VENTILAÇÃO: composto pela inalação ou inspiração e a exalação ou expiração.

Idade Frequência/minuto Contar a frequência respiratória


durante 30’’, multiplicando-se por 2,
Recém-nascido 35 – 50
observar o tipo e as características da
2 anos 25 – 35 respiração.
12 anos 15 – 25
Adulto 14 – 20
Pode-se avaliar a frequência, o ritmo e
Idoso 15- 20 a amplitude.

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• Sinais Vitais – DOR

Segundo a Associação Internacional para o estudo da Dor (1992), a dor é uma


experiência sensorial e emocional desagradável, que ocorre devido a uma lesão
tecidular real ou potencial.

Porém, nem sempre a dor foi considerada uma sinal vital: foi apenas a 19
Junho de 2003 que o Ministério da Saúde aprovou uma norma que instituiu a
dor como o 5º sinal vital.

A avaliação da dor tem os seguintes objetivos:


•Prevenir a dor;
• Medir a intensidade da dor;
•Avaliar repercussões da dor;
•Vigiar medicação para a dor;
•Aliviar a dor;
•Medir satisfação do doente relativamente a terapêuticas

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• Pesquisa de Glicemia (C/ equipamento disponível)

Especialmente importante nas pessoas medicadas com insulina


ou com antidiabéticos orais hipoglicemiantes.

Frequência?
Deve ser estabelecida individualmente de
acordo com as metas a atingir.

Intensificar nas seguintes situações:


• Prevenção de Hipoglicemia ou
hiperglicemia;
• Modificação do estilo de vida;
• Alteração da medicação;
• Presença de uma doença intercorrente;

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• Procedimento para a Monitorização da Glicemia Capilar

Material Procedimento
•Caneta para picada;
1.Lavar as mãos e calçar luvas;
•Lanceta;
•Tira de teste reagente;
2.Expor o dedo;
•Máquina de determinação de 3.Desinfectar com álcool e esperar que seque;
glicemia; 4.Envolver o dedo entre os dedos indicador e
•Algodão; polegar;
•Álcool; 5.Efectuar a punção com a lanceta;
•Luvas de látex; 6.Aguardar a formação de uma gota de sangue
e aproximar a tira de teste;
7.Comprimir o local da punção com o algodão
até à hemostase;
8.Efectuar a leitura da glicemia;
9.Retirar as luvas e lavar as mãos;
10.Arrumar o material;
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• Valores da glicose no sangue

Valor de glicemia
(varia durante o dia)
Aumenta após as
refeições e retoma ao
normal em 2 horas.

Valor de glicemia
(Normalmente)
•80 - 110 mg/dl – Manhã,
após uma noite de jejum;
• 100 - 140 mg/dl – 2 horas
após o consumo de alimentos ou
de líquidos (Pós - prandial);
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• Oximetria

Oximetria de pulso é um sistema, não invasivo, de medição dos valores de


oxigénio periférico (SPO2) e pulso, por via transcutânea, feita através de
sensores de infravermelhos e que se podem colocar na polpa de um dedo ou
no lobo da orelha.

A percentagem considerada normal


é ≥ 95%.

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• Recolha da informação - CHAMU

C – Circunstâncias do Acidente Através da vítima,


H – História anterior de doenças da familiares,
Pessoa testemunhas ou
A – Alergias outros
M – Medicação habitual
U – Ultima refeição
Em caso de intoxicação:
• recolha de embalagens de
Quando há envolvimento policial é medicamentos;
essencial respeitar o local da ocorrência

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• Observação Sistematizada

Exame feito através da avaliação da vítima da cabeça aos pés, na


tentativa de identificar lesões que possam ter escapado, para tal deve-
se observar e palpar se necessário.

Regras de Observação:

• Iniciar o exame a partir da cabeça;

• A vitima não deve ser movimentada mais que o necessário;

• Se durante o exame suspeitar de alguma lesão grave, deve - se


interromper o exame e prestar os cuidados de emergência
adequados.
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• Observação Sistematizada

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• Observação Sistematizada

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• Socorrismo de Urgência

Hemorragias;
Choque;
Reacção anafiláctica;
AVC;
Enfarte Agudo do miocárdio vs Angina
de Peito
Diabetes Mellitus;
Convulsões;
Síncope;
Etílica;
Intoxicações.

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• Sistema Circulatório - Hemorragias

Uma boa oxigenação é essencial para o


normal funcionamento do nosso organismo.

O transporte do oxigénio é feito pelo


sistema circulatório que é composto pelo
sangue, coração, artérias, veias e capilares.

Quando existe uma saída de sangue de uma


forma não controlada, está-se perante uma
hemorragia.

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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à origem

Classificação das hemorragias em relação à origem

As hemorragias classificam-se em relação


ao vaso atingido.

Deste modo, existem:

• Hemorragias arteriais;
• Hemorragias venosas;
• Hemorragias capilares.

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• Hemorragias - Classificação das hemorragias em relação à origem

Hemorragias arteriais
Quando o vaso que sangra é uma artéria.
Caracteriza-se pela saída de sangue vermelho
vivo e às «golfadas», ou seja, num jacto
descontínuo, correspondente à contração do
coração.

Hemorragias venosas
Quando o vaso que sangra é uma veia.
Caracteriza-se por uma saída de sangue
vermelho escuro em jacto contínuo.

Hemorragias capilares
Quando são atingidos os vasos capilares.
Caracteriza-se por uma saída de sangue em
toalha. Normalmente não oferecem perigo. 61
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• Hemorragias

Classificação das hemorragias em relação à localização

As hemorragias, à semelhança da
classificação da origem, vão também ser
classificadas em relação à sua localização,
podendo ser:

• Hemorragias externas;
• Hemorragias internas.

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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização


Hemorragias externas
As hemorragias externas são de fácil localização,
estão relacionadas com feridas e podem ser de
origem arterial, venosa ou capilar, dependendo
do(s) vaso(s) atingido(s).

O controlo das hemorragias pode ser obtido


através da aplicação das seguintes técnicas:
• Compressão manual direta;
• Compressão manual indireta ou à distância;
• Garrote.

O resultado destas técnicas pode ser melhorado,


associando às mesmas os seguintes procedimentos:
• Aplicação de frio
• Elevação do membro.
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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragias Externas
Compressão manual direta

Fazer compressão diretamente sobre a lesão que


sangra, utilizar compressas ou um pano limpo para
auxiliar.

Caso o volume de compressas seja excessivo, retirar


a maioria sem remover aquelas que estão em
contacto direto com a ferida, de forma a evitar que
a mesma volte a sangrar.

Esta técnica, apesar de eficaz, não deve ser


aplicada quando se está perante as seguintes
situações:
• Ferida com objeto empalado;
• Ferida associada a fraturas. 64
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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragias Externas
Compressão manual indireta ou à distância

Aplica-se quando não é possível efetuar a compressão manual direta e consiste em fazer
compressão num ponto entre o coração e a lesão que sangra.

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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragias Externas

Garrote

O garrote, devido às lesões que provoca, é


colocado somente quando todas as outras
técnicas de controlo de hemorragias
falharam ou quando se está perante a
destruição de um membro.

Este deve ser de tecido não elástico e largo.

Quando se recorre ao garrote, deve


registar-se a hora da sua aplicação.

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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragias Externas
Para se obter resultados mais rápidos podem associar-se às técnicas
referidas anteriormente os seguintes procedimentos:

Aplicação de frio Elevação do membro


A aplicação de frio vai fazer com que os
vasos se contraiam reduzindo a hemorragia. Este método consiste em utilizar a força da
gravidade para reduzir a pressão de sangue
No entanto, a sua aplicação requer na zona da lesão.
cuidados.
Por isso deve proceder-se da seguinte forma: Para a sua aplicação verificar se não existem
outras lesões que possam ser agravadas.
– Quando se utilizar gelo, envolvê-lo num
pano limpo ou em compressas e depois
colocá-lo sobre a lesão;
– Fazer aplicações por períodos de tempo
não superiores a 10 minutos.
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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragias Externas - Como Atuar?
Uma ferida dos membros,
com hemorragia
QUE DEVE FAZER
abundante, pode ser
necessário aplicar um
Atenção: antes de qualquer procedimento o socorrista
GARROTE.
deve calçar luvas descartáveis.
• Deitar horizontalmente a vítima. O garrote pode ser de
• Aplicar uma compressa esterilizada sobre a ferida ou, na borracha ou improvisado
sua falta, um pano lavado, exercendo uma pressão firme, com uma tira de pano
conforme o local e a extensão do ferimento. estreita ou uma gravata.

• Se as compressas ficarem saturadas de sangue, colocar


outras por cima, sem nunca retirar as primeiras.
• Fazer durar a compressão até a hemorragia parar (pelo
menos 10 minutos).
• Se a hemorragia parar, aplicar um penso compressivo
sobre a ferida. 68
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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragias Externas - Como Atuar?

Como aplicar um garrote


Aplicar o garrote entre a ferida e o coração, mas o mais perto possível da ferida e sempre
acima do joelho ou do cotovelo, de acordo com a localização da ferida que sangra.
•Aplicar o garrote por cima da roupa ou sobre um pano limpo bem alisado colocado entre a
pele e o garrote.
•Colocar o garrote à volta do membro ferido;
Se o garrote for improvisado com uma tira de pano ou gravata, dar dois nós, entre os quais
se coloca um pau, que poderá ser rodado até a hemorragia estancar.

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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragias Externas - Como Atuar?

• Aplicado o garrote, este terá de ser aliviado de 15 em 15 minutos, durante 30 segundos


a 2 minutos, conforme a intensidade da hemorragia (quanto maior é a hemorragia, menor
é o tempo que o garrote está aliviado).

• Anotar sempre a hora a que o garrote começou a fazer compressão para informar
posteriormente os tripulantes do Serviço de Emergência Médica (pode colocar essa
informação num letreiro ao pescoço do ferido).

Nunca tirar o garrote até chegar


ao hospital; perigo mortal!

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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragias Externas - Como Atuar?

Entretanto:
Tomar medidas contra o estado de choque
antes e durante o transporte para o
Hospital.
• Acalmar a vítima e mantê-la acordada.
•Deitá-la de costas com as pernas
levantadas.
• Mantê-la confortavelmente aquecida.
• Não a deixar comer nem beber.

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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragia Nasal (Epistaxis)

Epistaxis ou Epistaxe é a hemorragia nasal provocada pela rutura


de vasos sanguíneos da mucosa do nariz.

SINAIS E SINTOMAS

• Saída de sangue pelo nariz, por vezes


abundante e persistente.

• Se a hemorragia é grande, o sangue


pode sair também pela boca.

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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –
Hemorragia Nasal (Epistaxis)
O QUE DEVE FAZER
• Sentar a vítima com a cabeça direita no alinhamento do
corpo
(nem para trás, nem para a frente).
• Comprimir com o dedo a narina que sangra, durante 10
minutos.
• Aplicar gelo exteriormente, não diretamente sobre a
pele.
• Se a hemorragia não parar, introduzir um tampão
coagulante na narina que sangra (“Spongostan”, por
exemplo), fazendo ligeira pressão para que a cavidade
nasal fique bem preenchida.

Se a hemorragia persistir mais do que 10 Atenção: antes de qualquer


minutos, transportar a vítima para o procedimento o socorrista deve calçar
Hospital. luvas descartáveis. 73
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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização

Hemorragias Internas
As hemorragias internas são de difícil
reconhecimento, sendo caracterizadas de duas
formas:
• Hemorragias internas visíveis;
• Hemorragias internas não visíveis.
Hemorragias internas visíveis
Diz-se que é uma hemorragia interna visível quando
o sangue sai por um dos orifícios naturais do corpo
(nariz, ouvidos, boca, etc.).

Hemorragias internas não visíveis


São de difícil reconhecimento, sendo a suspeita
efetuada com base nos sinais e sintomas que o
doente apresenta.
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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragias Internas
No caso da hemorragia interna devem ser aplicados, entre outros, os seguintes cuidados:

• Não deixar o doente efetuar qualquer movimento;


• Se o sangue sai pelos ouvidos, neste caso particular, colocar somente uma compressa para
embeber;
• Aplicar frio sobre a zona da lesão;
• Manter o doente quente;
• Avaliar os parâmetros vitais.

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• Hemorragia - Classificação das hemorragias em relação à localização –


Hemorragias Internas
Deve-se suspeitar sempre de hemorragia interna quando não se vê sangue,
mas a vítima apresenta um ou mais dos seguintes sinais e sintomas.
SINAIS E SINTOMAS O QUE DEVE FAZER
• Sede. • Acalmar a vítima e mantê-la acordada.
• Sensação de frio (arrepios) e tremores. • Desapertar-lhe a roupa.
• Pulso progressivamente mais rápido e mais•Manter a vítima confortavelmente aquecida.
fraco. • Colocá-la em Posição Lateral de Segurança

Em casos ainda mais graves:


• Palidez.
•Arrefecimento, sobretudo das extremidades.
• Zumbidos.
• Alteração do estado de consciência.

QUE NÃO DEVE FAZER


• Dar de beber ou de comer. 76
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• Hemorragia – Atuação
Num quadro clínico de hemorragia grave, o doente apresenta sinais e sintomas
de choque hipovolémico.

Assim sendo, devem ser aplicados os seguintes cuidados de emergência:

•Proceder ao controlo da
hemorragia;
• Ter em atenção um possível
episódio de vómito;
• Elevar os membros inferiores;
• Manter o doente confortável e
aquecido;
•Identificar os antecedentes
pessoais e a medicação;
• Avaliar os parâmetros vitais, se
possível;
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• Hemorragia – Atuação

• Ligar 112 e informar:


– Local exato;
– Número de telefone de contacto;
– Descrever o que foi observado e avaliado;
– Descrever os cuidados de emergência aplicados;
– Respeitar as instruções dadas.

• Aguardar pelo socorro, mantendo a vigilância do


doente;

• Se o doente estiver em paragem cardio-respiratória,


iniciar de imediato as manobras de reanimação.

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• Estado de Choque

O estado de choque caracteriza-se por insuficiência circulatória aguda com deficiente


oxigenação dos órgãos vitais.

As causas podem ser muito SINAIS E SINTOMAS


variadas:
• Palidez. Num estado de
•traumatismo externo ou interno, • Olhos mortiços. agravamento:
•Perfuração súbita de órgãos, • Suores frios. • Pulso fraco.
•emoção, • Prostração. • Respiração superficial.
•frio, • Náuseas. • Inconsciência.
•queimadura,
•intervenções cirúrgicas, etc.

Todo o acidentado pode entrar em estado de choque,


progressiva e insidiosamente, nos minutos ou horas que se
seguem ao acidente.
Não tratado, o estado de choque pode conduzir à morte. 79
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• Estado de Choque
O QUE DEVE FAZER

1. Se a vítima est á consciente

• Deitá-la em local fresco e arejado.


• Desapertar as roupas, não esquecendo
gravatas, cintos e soutiens.
• Tentar manter a temperatura normal do corpo.
• Levantar as pernas a 45º.
• Ir conversando para acalmá-la.
• Activar o Serviço de Emergência Médica (112).

2. Se a vítima não est á consciente

• Colocá-la na Posição Lateral de Segurança. O QUE NÃO DEVE FAZER


• Transportá-la para o Hospital.
• Tentar dar de beber à vítima.
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• Estado de Choque

Choque Cardiogênico: Incapacidade do coração


de bombear sangue para o resto do corpo. Possui
as seguintes causas: enfarte agudo do miocárdio,
arritmias, cardiopatias;

Choque Neurogênico: Dilatação dos vasos


sanguíneos em função de uma lesão medular.
Geralmente é provocado por traumatismos que
afetam a coluna cervical;

Choque Séptico: Ocorre devido a incapacidade do


organismo em reagir a uma infeção provocada por
bactérias ou vírus que penetram na corrente
sanguínea liberando grande quantidade de toxinas.

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• Estado de Choque

Choque Hipovolêmico: Diminuição do volume sanguíneo. Possui as


seguintes causas:
•Perdas sanguíneas - hemorragias internas e externas.
•Perdas de plasma - queimaduras e peritonites.
•Perdas de fluídos e eletrólitos - vômitos e diarréias.

Choque Anafilático: Decorrente de severa reação alérgica.


Ocorre as seguintes reações:
•Pele: urticária, edema e cianose dos lábios;
•Sistema respiratório: dificuldade de respirar e edema da
árvore respiratória;
•Sistema circulatório: dilatação dos vasos sanguíneos, queda
da pressão arterial, pulso fino e fraco, palidez.

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• Reação anafilática
• Resposta do sistema imunitário de um indivíduo ao contacto com um agente estranho
(alergénio) ao organismo;
• Dependendo do agente alergénio, a resposta do organismo pode ser:
– Localizada;
– Sistémica (Choque Anafilático);

• Prurido; • Edema Aguda do Pulmão;


• Urticária; • Hipotensão;
• Sudorese; • Pulso arrítmico;
• Alterações do estado consciência; • Dor pré – cordial;
• Olhos vermelhos com ardor e lacrimejo; • Náuseas, vómitos, dor abdominal e
• Aumento de secreções nasais; diarreia.
• Edema da Laringe (dispneia, respiração
ruidosa, tosse, rouquidão);

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• Reação anafilática

Atuação
• Manter atitude Calma e segura;
• Afastar o individuo da causa precipitante;
• Posicionar o individuo de forma confortável e a favorecer a Ventilação;
• Administrar O2;
• Avaliar SV e registar;
• CHAMU;

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• Acidente Vascular Cerebral - AVC

• É uma situação de início brusco ou progressivo e corresponde ao


aparecimento de sintomas neurológicos causados pela interrupção
de circulação sanguínea no cérebro, com o consequente défice de
oxigenação das células cerebrais.

• AVC Isquémico - Oclusão de um vaso sanguíneo provocando um


défice de oxigenação cerebral a jusante da obstrução.

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• Acidente Vascular Cerebral - AVC

• AVC Hemorrágico - Produzido pelo rompimento de um vaso sanguíneo


cerebral, do qual resultam duas situações em simultâneo:

– O sangue não passa porque o vaso sanguíneo não está integro;

– O sangue derramado provoca uma irritação local inflamatória com


consequente sofrimento das células nervosas e edema.

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• Acidente Vascular Cerebral - AVC

Sinais e Sintomas

Desvio da comissura
labial Dificuldade em falar ou
articular palavras

Cefaleias intensas e Incontinência


súbitas

Perda da força ou Comportamento


movimento repetitivo
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• Acidente Vascular Cerebral – AVC - Atuação

 Atitude calma e segura;

 Acalmar a vitima colocando-a em PLS;

 Exame da Vitima – Identificar correctamente as queixas do individuo

 Ligar 112 e transmitir toda a informação

 Não dar nada de beber ou comer;

 Se inconsciente, verificar a existência de respiração espontânea

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• EAM Vs Angina de Peito

• Enfarte Agudo do Miocárdio - Enfarte agudo do Miocárdio existe morte de


células do miocárdio.

• Angina de Peito - Redução do aporte de oxigénio ás células do miocárdio a


jusante de uma obstrução. Sempre que aumentem as necessidades de oxigénio
por parte das células cardíacas inicia-se um quadro de dor pois existe um
impedimento a irrigação sanguínea. Normalmente este aumento da necessidade
surge associado a um esforço físico ou a uma emoção.

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• EAM Vs Angina de Peito

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• EAM Vs Angina de Peito – Atuação

• Não deixar o doente realizar qualquer esforço;


• Doente numa posição confortável;
• Identificar se é o 1º episódio, antecedentes clínicos e medicação habitual;
• Ligar 112.

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• Diabetes Mellitus

Doença causada pela falta ou pela


ineficácia de insulina.

•Hormona fabricada no pâncreas;


•Função: Fazer com que a glicose que
circula no sangue (glicemia) entre nas
células.

↑glicemia - Produção de insulina e a


glicose entra nas células para ser utilizada
como combustível – Glicemia normaliza;

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• Glicose

•Açúcar;
•Fonte de energia do nosso corpo;
• Queimamos glicose quando nos mexemos;

Glicose que circula no sangue provem da transformação dos


alimentos que comemos (Glicemia capilar).

Massa, arroz, pão, cereais integrais, legumes outros produtos


hortícolas – Açucares de absorção lenta

Doces, açúcar caseiro, bolos, chocolates, farinha refinada,


refrigerantes, etc. – Açucares de absorção rápida
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• Diabetes mellitus tipo 1

Diabetes mellitus tipo 1


(Diabetes mellitus insulinodependentes)

Causa Características do
Individuo

Destruição das células do


•Indivíduos magros;
pâncreas que produzem
•Mais comum na raça branca;
insulina;

↓ da secreção de insulina
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• Diabetes mellitus tipo 2

Diabetes mellitus tipo 2


(Diabetes mellitus não - insulinodependentes)

Causa Características do
Individuo

Pâncreas produz, mas o •Idade superior a 40 anos;


organismo resiste à sua •Obesos;
acção;

↓, ↑, ou normal da
secreção de insulina
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• Diabetes Mellitus

Hiperglicemia Hipoglicemia

Aumento da quantidade de Diminuição acentuada da


açúcar no sangue em
relação à quantidade de quantidade de açúcar no
insulina sangue motivada pela falta
da sua ingestão ou pelo
excesso de insulina

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• Diabetes Mellitus - Atuação

Hiperglicemia Hipoglicemia

• Avaliação da glicemia • Avaliação da glicemia Capilar


Capilar. • Administrar 10 a 15 gr de
hidratos de carbono de acção
rápida (açúcar diluído em água)
• Administração de insulina
consoante prescrição • Após refeição ou exercício físico
médica. redobrar as gramas de açúcar.

• Reavaliar Glicemia Capilar 3 a 5


• Reavaliar Glicemia minutos após a administração.
Capilar.

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• Diabetes Mellitus

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• Tratamento

As complicações crónicas, ao Melhor tratamento é a


contrario das agudas, não têm um PREVENÇÃO, através de um
tratamento imediato. excelente controle metabólico.

Medicação
Antidiabéticos ; Insulina;
Outros medicamentos

Educação
e Motivação

Alimentação Actividade Física

99
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• Convulsões – Considerações Gerais

As crises convulsivas normalmente são de curta duração (2 a 3 minutos) e,


devido ao fato de serem em alguns casos violentas, podem provocar ferimentos
na vítima já que esta pode embater descontroladamente em objetos existentes
em seu redor.

A convulsão deve-se a uma alteração neurológica que pode ter várias


causas. As mais frequentes estão associadas a epilepsia ou a febre, no
caso das crianças.

100
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• Convulsões – Epilética

Os sinais e sintomas que podem ajudar a identificar uma convulsão podem ser organizados em
três fases:

 Antes da convulsão a vítima pode ficar parada, como ausente, começando a ranger os
dentes. Muitas vítimas referem sentir um cheiro ou ver luzes coloridas. Normalmente a vítima
grita e cai subitamente, começando a cerrar com força os dentes e mexendo-se
descontroladamente.

Neste caso, a vítima poderá ficar cianosada devido ao facto de ocorrerem períodos curtos
em que ocorre a suspensão da respiração e poderá salivar abundantemente, o que pode ser
identificado pelo “espumar pela boca”.

A crise termina e a vítima apresenta-se inconsciente recuperando lentamente a consciência.


Normalmente apresenta-se confusa e agitada e não se lembra do que aconteceu. É normal
ocorrer mordedura da língua, mas na generalidade sem gravidade.

101
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• Convulsões – Epilética
Primeiros Socorros

Fase de pré-crise:

- Deitar a vítima;
- Afastar os objetos em redor da vítima.

102
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• Convulsões – Epilética
Primeiros Socorros

Durante a crise convulsiva:


- Manter a calma;
- Não segurar na vítima nem tentar prender os seus movimentos;
- Não colocar nada na boca da vítima;
- Proteger a cabeça da vítima e afastar possíveis objetos a fim de evitar o contacto;
- Esperar que a crise passe.

103
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• Convulsões – Epilética
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Após a crise convulsiva:


- Colocar a vítima em PLS;
- Ligar 112
- Aguardar pelo socorro.

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• Convulsões – Febril

Geralmente, as convulsões febris acontecem quando a temperatura sobe muito


rapidamente;

Entre os 3 meses e os 3 anos de idade, 3% a 5% das crianças podem ter convulsões


acompanhadas de quadros febris;

Acima dessa idade as convulsões febris são raras;

Normalmente são de curta duração;

Durante a crise convulsiva, a vítima perde a consciência, tem movimentos anormais, pode
ficar rígida, revirar os olhos ou espumar pela boca.

105
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• Convulsões – Febril

Primeiros Socorros:

 Manter a vítima deitada de lado;


 Manter ambiente calmo;
 Não restringir os movimentos;
 Não dar de beber;
 Não colocar objetos na boca;
 Chamar o médico, dirigir-se ao serviço de urgência ou contactar o seu médico
assistente.

Nunca colocar uma vítima em convulsão na banheira

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• Convulsões – Febril

Se aumento da temperatura do corpo for moderado:


Manter a pessoa num ambiente temperado e com pouca roupa;
Dar líquidos em abundância para prevenir a desidratação.

Se a temperatura chegar aos 39ºC:


Passar uma esponja humedecida em água tépida pelo corpo da vítima;
Caso a febre não desça, dar um banho de água tépida com temperatura da água
inferior 1 a 2ºC à temperatura do corpo da criança;
Deve ser um banho de 10 minutos;
Avaliar periodicamente a febre.

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• Convulsões – Febril

NOTA:

Para tratar a febre recomendam-se os antipiréticos, como por exemplo o


paracetamol ou o ibuprofeno, que reduzem a febre;

O objectivo do antipirético é aliviar o desconforto causado pela febre, e deve ser


usado apenas quando existir febre, devendo no entanto ser sempre respeitado as
doses recomendadas para o peso e o intervalo mínimo entre cada administração
de medicamento e medida a temperatura antes de cada toma do fármaco – Com
prescrição médica;

A diminuição da febre ocorre após administração do antipirético, podendo a febre


reaparecer no intervalo das administrações o que não significa ineficácia da
medicação.
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• Síncope - Considerações Gerais


Síncope ou desmaio é a perda súbita e transitória (breve) Normalmente, o
da consciência e consequentemente da postura, devido a desmaio dura 2 a 3
isquémia cerebral transitória generalizada (redução na minutos.
irrigação de sangue para o cérebro).

Existe sempre recuperação espontânea da consciência na


síncope.
A síncope (ou lipotimia), pode ter várias origens, bem como
indicar vários quadros clínicos.

Mais frequentes No entanto, pode


também indicar situações
•a descida súbita da pressão arterial (hipotensão), que dá de maior gravidade, ou
origem a uma má perfusão cerebral; seja, quando a perda de
•a descida acentuada do açúcar no sangue; conhecimento esteja
associada a dor torácica;
•excesso de esforço ou atividade; medo e ansiedade; convulsão; problemas
•postura ereta durante demasiado tempo. cardíacos.
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• Síncope – Primeiros Socorros


SINAIS E SINTOMAS

• Palidez.
• Suores frios.
• Enjoo.
•Tonturas
• Falta de força.
• Pulso fraco.

PRIMEIROS SOCORROS

1. Se nos apercebermos de que uma pessoa está prestes a


desmaiar :

• Sentá-la.
• Colocar-lhe a cabeça entre as pernas.
• Molhar-lhe a testa com água fria.
• Dar-lhe de beber chá ou café açucarados.
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• Síncope - Primeiros Socorros Neste caso, ela pode ter as


vias respiratórias bloqueadas
2. Se a pessoa já estiver desmaiada : por saliva, vómito, sangue ou
• Deitá-la com a cabeça de lado e as pernas aparelhos ortodônticos.
elevadas.
• Desapertar-lhe as roupas. Para resolver o problema,
• Mantê-la confortavelmente aquecida, mas, sempre abra a sua boca, puxe com
que possível, em local arejado. firmeza, mas delicadamente,
• Logo que recupere os sentidos, dar-lhe uma a sua mandíbula para a
bebida açucarada. frente e incline sua cabeça
• Consultar posteriormente o médico. para trás. Isto afasta a língua
do fundo da garganta e
Deveremos verificar de imediato as suas funções liberta a passagem de ar.
vitais de forma a evitar sufocação com o próprio
vómito. Deve-se posteriormente, elevar as pernas a Depois, coloque-a com a
45 graus, bem como humedecer a testa e os lábios. cabeça para o lado,
facilitando a saída dos
É fundamental manter um diálogo constante com a líquidos ou vómitos que ainda
criança, acalmando-a. estejam na sua boca.
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Primeiros Socorros

• Atitudes e primeiros cuidados face a situações especificas –


Etílica
Abuso do consumo Dispor de qualquer jovem em
Crise Etílica
de álcool qualquer momento

Substância considerada uma droga legal

O álcool ao contrário da ideia que A juventude é associada


transparece na sociedade, é um depressor “normalmente” ao consumo de
do sistema nervoso central, e não um álcool pela sua irreverência e
excitante como é entendido por muitos. pelo seu desejo de vida e de
diversão, que é também
associado ao seu desejo de
afronta e quebra das regras
sociais (contestação).

112
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Primeiros Socorros

• Atitudes e primeiros cuidados face a situações especificas –


Etílica

Os sintomas de um consumo exagerado de álcool são:


•fraqueza, •sonolência,
•descoordenação motora, •hipotermia,
•discurso incoerente e arrastado, •cianose,
•desorientação espácio-temporal, •inconsciência, com possível paragem
• vómito, cardio-respiratória

A ingestão de álcool pode trazer sensações


prazerosas.
Como o excesso pode provocar sérios problemas
para o individuo no seu meio familiar e social.
Ingestão crônica causa cirrose e distúrbios psicóticos
"DELIRIUM TREMENS“

113
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Primeiros Socorros

• Atitudes e primeiros cuidados face a situações especificas –


Etílica
Numa crise alcoólica devemos: NÃO FAÇA:
• NÃO DISCUTA
COM O DOENTE,
• Desapertar as roupas; • NÃO SEJA
ASPERO OU
•Deitar de lado, para que possa vomitar, sem asfixiar. AUTORITARIO.
• NAO SEGURE O
•Falar constantemente com ela, apoiando-a; DOENTE, SALVO
PARA IMPEDI-LO
•Aquecer a vítima com cobertor ou casaco (o álcool provoca uma DE FERIR-SE OU A
rápida e perigosa desidratação); OUTREM.

•Dar líquidos mornos (chás);


•Se adormecer não deixá-la sozinha até acordar;
• Em caso de inconsciência, verificar de imediato as funções vitais
(pulso e respiração) e ligar 112.
114
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Primeiros Socorros

• Intoxicações – Considerações gerais


Os tóxicos conseguem entrar no organismo de diversas formas, até mesmo
através de um simples contacto com a pele, as substâncias que conseguem
atravessar a barreira da pele e provocar um quadro de intoxicação são
reduzidas, sendo por isso que penetram no organismo, de preferência, por
via digestiva, via respiratória (via inalatória) ou por via sanguínea.

As intoxicações nas crianças podem A mais frequente é a intoxicação


essencialmente ter duas origens: acidental e normalmente por uso ou
•acidental, acondicionamento incorreto dos
•Voluntária ou profissional produtos.

115
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Primeiros Socorros

• Intoxicações – Considerações gerais

As crianças são um potencial grupo de risco para intoxicação uma vez


que ingerem quase tudo pelo que os produtos tóxicos devem ser
colocados fora do alcance das crianças como medida preventiva.

Qualquer substância pode ser tóxica, dependendo a sua


toxicidade exclusivamente da dose e forma de usá-la.

116
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Primeiros Socorros

• Intoxicações – Vias de entrada

Via digestiva: ingestão de qualquer tipo de substância tóxica,


química ou natural

Vias respiratórias: aspiração de vapores ou gases emanados de


substâncias tóxicas

Via cutânea: contato direto com substâncias químicas ou tóxicas ou


com plantas da mesma estirpe

Via ocular: por contato com substâncias tóxicas.

117
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Dificuldades Respiratórias

118
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Primeiros Socorros

Etiologia:
• Dispneia  Asma;
 Agravamento da bronquite
Movimento laborioso da entrada e saída do ar crónica;
dos pulmões, com desconforto e esforço  Edema pulmonar;
crescente, falta de ar, associado a insuficiência  EAM;
 DPOC;
de oxigénio no sangue circulante, sensações de
 Intoxicações.
desconforto e ansiedade.

 Também designada por falta de ar, dificuldade


respiratória.
 Pode ter várias etiologias.
 A sua gravidade advém da etiologia e da
capacidade do organismo em reagir à mesma.
 A queixa de “falta de ar” pode variar de pessoa
para pessoa uma vez que esse sintoma depende
da capacidade neurológica em identificar esse
sintoma. 119
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Primeiros Socorros

• Dispneia

Atuação perante o foco dispneia:

 Verificar as características da respiração;

 Observar a cor da pele e das mucosas da vítima;

 Observar o comportamento e reactividade da vítima.

No sentido de despistar precocemente complicações respiratórias

120
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Primeiros Socorros

• Dispneia

Primeiros Socorros - atuação


 Manter um ambiente calmo em redor da vítima;
 Acalmar a vítima;
 Manter a vítima sentada sem que este faça qualquer esforço;
 Ajudar a vítima a respirar: inspirar pelo nariz e expirar pela boca;
 Identificar patologias anteriores e a farmacologia da vítima;
 Ligar 112;
 Aguardar pelo socorro.

121
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Primeiros Socorros

• Asma

A asma afeta perto de 150 milhões de pessoas em todo o mundo. Em Portugal,


estima-se que mais de 600 mil pessoas sofram de asma.

•A asma pode afetar qualquer pessoa, mas tem maior prevalência na população
infantil e juvenil.
•Tem uma maior incidência nos rapazes do que nas raparigas.
•O portador poderá ter uma vida normal após treino apropriado e tratamento
adequado.
•Está relacionada em grande parte com uma predisposição genética (hereditária)
e com o ambiente.
• Envolve uma resposta alérgica.

122
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Primeiros Socorros

• Asma

A asma é uma doença inflamatória crónica dos brônquios.


Resulta do estreitamento dos brônquios, que pode ocorrer em várias circunstâncias. Ficando
mais estreitos, o ar sai e entra nos pulmões com mais dificuldade.

Este estreitamento é provocado pela contração dos músculos que existem à volta dos
brônquios, pelo aumento da parede dos brônquios, ficando assim o interior dos brônquios
mais estreito e pela maior quantidade de secreções que os brônquios produzem

Trata-se pois de uma doença que se deve principalmente a 3 fatores:


 Contração dos músculos da parede brônquica;
 Inflamação da parede brônquica;
 Aumento das secreções brônquicas particularmente na criança mais pequena.

Estes 3 factores estão ligados a um aumento da


reactividade brônquica e levam à dificuldade de
passagem do ar, quer da sua entrada quer da
sua saída. 123
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Primeiros Socorros

• Asma
Sinais/Sintomas:
A intensidade das crises pode ser muito diferente de dia para dia.
• Tosse (seca ou com secreções).
• Pieira (devido à acumulação de secreções).
• Dificuldade em respirar.
• Sensação de aperto no tórax.
• Cianose nos lábios (indicador de escassez de O2).

O que provoca as crises de asma:

As crises de asma pode ser provocada por desencadeastes. Estes podem ser
alergénios, exercício físico, o riso, o frio, certos alimentos ou os seus aditivos,
fármacos, tabaco. 124
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• Asma

 Ácaros  colchões, cadeirões, almofadas, etc.


 Pólen  polinização das plantas faz-se na Primavera
 Alimentos  corantes e conservantes
 Medicamentos  penicilina e aspirina
 Exercício Físico

125
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• Asma - Tratamento – Consultar o médico

Testes para monitorizar a asma

Prescrição de broncodilatadores

Encaminhamento para fisioterapeuta – ensino de controlo da respiração


em crise de asma

Questionar vítima ou familiar da causa da asma e se possui a medicação

Fazer a medicação

Levar vítima para serviço de Urgência


126
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Primeiros Socorros

• Asma – Crise Asmática


Prevenção:
1. Dormir de preferência em quarto sem humidade, com luz solar e bem arejado;
2. Evitar alcatifas, brinquedos ou objectos que acumulem pó;
3. Não levantar o pó  utilizar pano humedecido e aspirador;
4. Evitar contacto com animais domésticos;
5. Evitar mudanças bruscas da temperatura do corpo.
6. Informar os familiares e amigos mais próximos da doença;
7. Estimular para a prática de actividade física (devidamente acompanhado e exceto se
em crise de asma)  natação;
8. Evitar viagens em crise de asma;
9. Ter sempre com a vítima a medicação prescrita;
10. Evitar fumar.

A asma não tem cura mas controla-se com a medicação


127
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Primeiros Socorros

• Asfixia – Considerações gerais

Interferência com a entrada do ar nos pulmões,


cessação da respiração e sufocação.

Sinais e Sintomas:
 Tosse ou tentativa de tossir;
 Aflição/Agitação;
 Movimentos respiratórios ineficazes;
 Ruídos respiratórios;
 Doente “agarrado” à garganta;
 Dispneia.

128
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• Asfixia – Considerações gerais


Obstrução

Patológica Anatómica

Parcial

Total
129
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• Asfixia – Considerações gerais

Anatómica – Queda da língua

Língua volumosa Traqueia curta e mole Vias aéreas pequenas

Patológica – Edema dos tecidos

Reacção anafilática Epiglotite Laringite

Mecânica – Objetos principalmente crianças

Pão Piones Legos

Colheres Moedas Etc


130
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Primeiros Socorros

• Asfixia – Considerações gerais


Primeiros Socorros

 Abrir a boca à vítima e tentar remover o corpo estranho com os dedos em


forma de pinça  cuidado para não entalar mais o objeto.

 Se não resultar

DESOBSTRUÇÃO
VIA AÉREA

131
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Primeiros Socorros

• Asfixia – Desobstrução da Via aérea

A obstrução da via aérea por corpo estranho é


uma causa rara, mas potencialmente tratável de
morte acidental.

 A maior parte das situações de obstrução da


via aérea ocorre durante a ingestão de
alimentos e são muitas vezes presenciadas.
 Neste caso há oportunidade de intervenção
com a vítima consciente.
 O corpo estranho pode provocar obstrução da
via aérea ligeira ou grave, que se podem
distinguir pelas manifestações clínicas.

132
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Primeiros Socorros

• Desobstrução da via aérea - Adulto

ADULTO

 Se a vítima tem sinais de obstrução ligeira da via aérea

Incentiva-la a continuar a
tossir, tentando acalma-la

133
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Primeiros Socorros

• Desobstrução da via aérea - Adulto

 Se a vítima tem sinais de obstrução grave da via aérea:

Aplicar até cinco palmadas nas


costas entre as omoplatas (inter-
escapulares).

134
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Primeiros Socorros

• Desobstrução da via aérea - Adulto


 Se a vítima tem sinais de obstrução grave da via aérea:

 Colocar-se ao lado da vítima;


 Apoiar as mãos no tórax da vítima, inclinando-a para a frente;
 Aplicar até cinco palmadas, com a palma da mão;
 Confirmar se alguma das palmadas aliviou a obstrução da via aérea.

135
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Primeiros Socorros

• Desobstrução da via aérea - Adulto

 Se a vítima tem sinais de obstrução grave da via aérea (não resultaram as


pancadas inter-escapulares):

Aplicar até cinco compressões


abdominais – Manobra de
Heimlish.

136
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Primeiros Socorros

• Desobstrução da via aérea - Adulto

 Se a vítima tem sinais de obstrução grave


da via aérea (não resultaram as pancadas
inter-escapulares):

 Colocar-se por detrás da vítima, envolvendo-a


com os braços ao nível da região superior do
abdómen;
 Inclinar a vítima para a frente;
 Colocar o punho fechado entre o umbigo e o
apêndice xifóide;
 Fixar o punho com a outra mão e fazer uma
forte compressão de baixo para cima e da
frente para trás.
137
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• Desobstrução da via aérea - Adulto

138
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Primeiros Socorros

• Desobstrução da via aérea - Lactente

ATÉ 5X

LACTENTE

ATÉ 5X

Pesquisa corpo estranho

SIM Desobstrução ? NÃO

139
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Suporte básico de vida

140
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Primeiros Socorros

• SBV
Conjunto de procedimentos e atitudes padronizadas com o objetivo de :
 Reconhecer as situações em que há perigo de vida;
 Saber como e quando pedir ajuda;
 Saber iniciar de imediato, sem recurso a qualquer equipamento manobras que
contribuam para preservar a circulação e oxigenação até à chegada de ajuda
diferenciada.
 A doença isquémica cardíaca é a principal causa de PCR súbita.
 Por cada minuto que passa sem SBV as probabilidades de sobrevivência
decrescem à ordem de 7-10 %.
 As compressões são particularmente importantes se a desfibrilhação não está
disponível nos primeiros 4-5 minutos após o colapso.
 Estima-se que cerca de 15% dos indivíduos que recuperam circulação
espontânea após reanimação ficam com lesões cerebrais graves.
141
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Primeiros Socorros

• SBV

A CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA

142
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• SBV

1. Reconhecimento precoce da situação de emergência e pedido de ajuda


especializada – prevenir paragem cardíaca.
2. Rápido início de SBV – ganhar tempo.
3. Desfibrilhação precoce – recuperar ritmo cardíaco eficaz.
4. Suporte avançado de vida precoce e cuidados pós reanimação eficazes –
preservar a função cardíaca e cerebral, recuperando para a vida.

143
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• SBV - Etapas

Avaliação inicial
Manutenção da Via Aérea – A
Ventilação com Ar Expirado – B
Compressões Torácicas - C

144
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• SBV

1. SEGURANÇA

VERIFICAR AS CONDIÇÕES DE SEGURANÇA


DA VÍTIMA E DO REANIMADOR
145
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RISCOS PARA O REANIMADOR

 Cumprir a regra fundamental:

O reanimador não se deve expor a riscos imponderados nem o doente a riscos


maiores do que os que já corre.

 Assegurar-se que não correrá


- Avaliar sempre as condições de nenhum risco:
segurança antes de abordar a • Ambiental (choque elétrico,
vítima. derrocadas, explosão, tráfego);
- Respeitar as regras de segurança e • Intoxicação (exposição a gazes,
utilizar as medidas universais de fumos ou tóxicos);
proteção. • Infeciosos (tuberculose, hepatite,
HIV).
146
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RISCOS PARA O REANIMADOR

 Acidente de viação
• Posicionar o carro de forma a que este o proteja como um escudo, isto é, antes do
acidente no sentido no qual este ocorreu;
• Sinalizar o local com triângulo de sinalização à distância adequada;
• Ligar as luzes de presença ou emergência;
• Usar roupa clara que possa mais facilmente ser visível e colete de sinalização.

147
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RISCOS PARA O REANIMADOR

Presença de produtos químicos, matéria perigosa e vapores

•Evitar o contacto com essas substâncias sem luvas e não inalar vapores libertados
pelas mesmas;
• Identificar o produto bem como a sua forma de apresentação (pó, liquido, gasoso)
e contactar o CIAV para informação especializada, e respectivos antídotos;
• Arejar o local onde se encontra a vítima ou retirar a vítima do local.

148
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RISCOS PARA O REANIMADOR

 Realizar ventilação boca-a-boca

• A transmissão de qualquer um dos vírus (VHB, VHC e HIV), mesmo no caso de


contato com saliva, é altamente improvável, a não ser, no caso da saliva estar
contaminada com sangue;
•Existem alguns casos de transmissão de infeções (tuberculose, meningite
meningocócica, herpes) cuja frequência é baixa;
•É recomendável a utilização de métodos de interposição sobretudo nos casos em que
a vítima tem sangue na saliva;
•Um lenço é uma proteção ineficaz e que pode mesmo aumentar o risco de infeção.

149
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MEDIDAS UNIVERSAIS DE PROTECÇÃO

 Máscara

 Luvas

 Óculos

 Bata

 Máscaras de reanimação, com filtro e


válvula unidirecional

 Insuflador manual
150
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2. AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSCIÊNCIA

Está Bem?

Sente-se bem?

 Aproxime-se da vítima e avalie o seu


estado de consciência

 Abane os ombros da vítima e pergunte-


lhe: “Está bem ? Sente-se bem?”

151
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Primeiros Socorros

a) Se responde… b) Se não responde…

 Não a mexer da posição em que


está; AJUDEM-
ME
 Perguntar se tem queixas;
 Verificar se há sinais externos de
feridas;
 Se necessário ir pedir ajuda;
 Reavaliar periodicamente.

Gritar por colega sem abandonar a vítima.

152
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3. PERMEABILIZAÇÃO DA VIA AÉREA

 Permeabilize a via aérea com a


extensão da cabeça e elevação do
queixo.

153
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3. PERMEABILIZAÇÃO DA VIA
AÉREA

 Permeabilize a via aérea com a extensão da


cabeça e elevação do queixo.

154
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4. VERIFICAR SINAIS CIRCULATÓRIOS

 Ver movimentos respiratórios


 Ouvir sons respiratórios
 Sentir ar expirado
 Pesquisar pulso

10 SEGUNDOS

155
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a) Se respira…

 Posição Lateral de Segurança (PLS)

 Ir pedir ajuda.
 Vigiar regularmente.
156
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a) Se respira…

 Posição Lateral de Segurança (PLS)


 Permeabilização da via aérea em vítimas inconscientes que ventilam;

 Evita a aspiração de conteúdo gástrico;

 Não aplicável em vítimas de trauma.

157
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b) pulso e não ventila…

 112
 10 / minuto
 Reavaliar - VOSP

 Insufle durante 1 segundo até ver


expansão torácica;

 Deixe o ar sair.

158
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c) Não tem pulso e não ventila…

Ligar 112

 Abandonar a vítima se estiver sozinho.


 Certificar-se que outra pessoa o faz.

159
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c) Não tem pulso e não ventila…

Compressões torácicas

 Ajoelhe-se ao lado da vítima,


exponha o tórax e coloque uma das
mãos no centro do tórax da vítima;

 Coloque a outra mão sobre a


primeira.
 Entrelace os dedos das suas mãos e
garanta que a compressão não é
aplicada sobre as costelas, abdómen
ou apêndice xifóide. 160
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c) Não tem pulso e não ventila…

Compressões torácicas

 5 cm de depressão no tórax

 Ritmo: pelo menos 100 comp/min 5 cm


 Compressão e descompressão devem ter
igual duração

161
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c) Não tem pulso e não ventila…

30 2
162
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c) Não tem pulso e não ventila…

Não parar até: 30:2

 Chegada de SAV;
 Exaustão;
 Movimento da vítima –
REAVALIAR.

163
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• SBV - Etapas

EM RESUMO…

164
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EM RESUMO…
165
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FERIDAS

166
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• Lesões da Pele
As lesões da pele podem-se dividir essencialmente em dois grupos:
lesões fechadas e lesões abertas.

Lesões Fechadas Lesões Abertas

Lesões internas em que a pele se Surgem quando a integridade da


mantém intacta e normalmente estão pele foi atingida.
associadas a uma hemorragia interna. Pode originar infeções e perda de
sangue que normalmente está
associada.

Hematoma ; Equimose Escoriação


Laceração
Avulsão
Amputação
Feridas penetrantes ou perfurantes
167
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• Lesões da Pele – Lesões Abertas


Existem diversos tipos de lesão abertas, dependendo do tipo de
mecanismo que as originou.

Escoriação Laceração
• Lesão superficial da pele com uma • Lesão da pele originada normalmente
pequena hemorragia e dolorosa; por objetos afiados, podendo apresentar
uma forma regular ou irregular.
• Não apresenta gravidade;
• Pode, no entanto, ser profunda e atingir
• Normalmente causada por abrasão;
vasos sanguíneos de grande calibre.

168
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• Lesões da Pele – Lesões Abertas


Existem diversos tipos de lesão abertas, dependendo do tipo de
mecanismo que as originou.

Avulsão Amputação

• Surge quando existe perda completa ou • A amputação é a separação total de


incompleta de tecidos; um membro;
•Este tipo de lesão é grave estando
• Envolvem normalmente os tecidos moles,
associada a hemorragias e fraturas;
podendo, no entanto, ser profundas e
•A atuação deve ser rápida e eficaz.
atingir vasos sanguíneos de grande calibre.

169
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• Lesões da Pele – Lesões Abertas


Existem diversos tipos de lesão abertas, dependendo do tipo de
mecanismo que as originou.

Feridas penetrantes ou perfurantes

• A este tipo de lesões, estão associadas


outras, como hemorragias internas e lesões
de órgãos internos.

170
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• Lesões da Pele - Colocação de um penso

A colocação de um penso tem as condições ideais numa sala de


tratamentos de um hospital ou de um centro de saúde.

No entanto, numa situação


de emergência, isso não
invalida que sejam
respeitadas as técnicas
necessárias à sua correta
execução.

171
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• Lesões da Pele - Colocação de um penso

Para uma correta colocação de um penso é necessário seguir um procedimento, que assenta
nos seguintes pontos:

I. Avaliação da ferida;
Avaliação Proteção Promoção Prevenir
II. Proteção da ferida; da ferida da ferida da ferida infeção
III. Promover a ferida limpa;
IV. Prevenir a infeção.

172
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• Lesões da Pele - Colocação de um penso


Importância da avaliação da ferida:
Avaliação da • A avaliação da ferida serve para
ferida
determinar a forma de atuar, sendo
determinadas as prioridades.

Avaliação da ferida:
• As feridas podem ser avaliadas em:
feridas superficiais e feridas profundas;
Feridas Superficiais:
• São assim denominadas quando:
envolvem a epiderme; não atingem
totalmente a derme; persistem folículos
pilosos e glândulas sudoríparas;
Feridas profundas:
•São assim denominadas quando:
estendem-se à derme e tecido subcutâneo
e podem envolver tendões, músculos e
ossos.
173
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• Lesões da Pele - Colocação de um penso


Importância da proteção da ferida:
Proteção da
ferida • A proteção da ferida passa pelo
conforto do doente, com consequente
diminuição da dor.

Proteção da ferida:
• A escolha dos materiais que se
utilizam na realização de um penso não
deve ter como finalidade o tratamento.
• A utilização de soluções desinfetantes
nas feridas deve ser limitada.
• Deverá ter em conta que as soluções
desinfetantes podem resultar num novo
traumatismo para a ferida.
•Não sendo o tratamento o objetivo da
intervenção pré-hospitalar, o produto
de eleição a utilizar é o soro
fisiológico.
174
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• Lesões da Pele - Colocação de um penso


Importância da promoção da ferida
Promoção da
ferida
limpa:
• A promoção da ferida limpa passa pela
esterilidade dos materiais utilizados pelo
socorrista.

Promoção da ferida limpa:


• A promoção da limpeza da ferida é da
inteira responsabilidade do socorrista;
•Os movimentos de limpeza de uma ferida
deverão ser dirigidos do centro para a
periferia impedindo o arrastamento de
detritos dos tecidos circundantes para a
ferida. Ou seja, a limpeza da ferida deverá
ser feita da zona mais limpa para a mais
conspurcada.
•A utilização do soro fisiológico nesta
limpeza é indispensável.
175
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• Lesões da Pele - Colocação de um penso

Prevenir Importância da prevenção da infeção:


infeção
• É fundamental para a normal
regeneração dos tecidos lesados.

Prevenir a infeção:
•Para a prevenção da infeção convém
serem utilizados materiais que:
• Sejam descartáveis;
•Estejam esterilizados;
•Respeitem o prazo de validade;
•Sempre que possível utilizar
embalagens individuais;
•Registar no frasco de soro
fisiológico a data da sua
abertura.

176
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• Lesões da Pele - Colocação de um penso – como fazer?


•Lavar as mãos e calçar luvas descartáveis.

•Proteger provisoriamente a ferida com uma


compressa esterilizada.

•Limpar a pele à volta da ferida com água e


sabão.

•Lavar, do centro para os bordos da ferida, com


água e sabão, solução de clorhexidina, por ex.
Hibiscrub, ou similar, utilizando compressas.

•Secar a ferida com uma compressa através de


pequenos toques, para não destruir qualquer
coágulo de sangue.

•Desinfetar com antisséptico, por ex. Betadine em


solução dérmica.
177
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Primeiros Socorros

• Lesões da Pele - Colocação de um penso – como fazer?


Depois de limpa:

Se a ferida for superficial e de Se a ferida for mais extensa ou


pequenas dimensões, deixá-la profunda, com tecidos esmagados
preferencialmente ao ar, ou então ou infetados, ou se contiver corpos
aplicar uma compressa esterilizada. estranhos, deverá proteger apenas
com uma compressa esterilizada e
encaminhar para tratamento por
profissionais de saúde.

É uma situação grave que necessita


transporte urgente para o Hospital
principalmente se houver
hemorragia.
178
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Primeiros Socorros

• Lesões da Pele - Colocação de um penso – o que NÃO


fazer?
• Tocar nas feridas sangrantes sem luvas.
• Utilizar o material (luvas, compressas, etc.) em mais de
uma pessoa.
• Soprar, tossir ou espirrar para cima da ferida.
• Utilizar mercurocromo ou tintura de metiolato (deve
utilizar Betadine dérmico).
• Fazer compressão directa em locais onde haja suspeita
de fracturas ou de corpos estranhos encravados, ou junto
das articulações.
• Tentar tratar uma ferida mais grave, extensa ou
profunda, com tecidos esmagados ou infectados, ou que
contenha corpos estranhos.

179
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Primeiros Socorros

• Lesões da Pele

• PICADAS
- Abelha
- Vespa
- Peixe-aranha

• MORDEDURAS
- Cão
- Mordedura Humana
- Carraça

180
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Primeiros Socorros

• Outro tipo de lesões - Lesão do ouvido externo (orelha)

Este tipo de lesão normalmente não


apresenta gravidade.
No entanto, se o impacto foi
violento pode estar associado um
traumatismos craniano.
Proceder como se de um ferimento
normal se tratasse.

181
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Primeiros Socorros

• Outro tipo de lesões - Lesão do ouvido interno


Este tipo de lesão pode ser causado por
diferenças de pressão, explosões ou
mesmo por um traumatismo craniano.
•Acalmar o doente;
A sua avaliação em termos de
• Suspeitar de traumatismo craniano;
gravidade é possível apenas no
• Aplicar uma compressa somente para
hospital.
embeber o sangue que sai do ouvido;
• Deitar (se possível) o doente com o ouvido
lesionado para baixo;
• Não tentar impedir a saída de sangue;
• Ativar os meios de socorro.

182
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QUEIMADURAS

183
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Primeiros Socorros

• Queimaduras
Lesões da pele resultantes do contacto com o calor, agentes químicos ou
radiações. Podem, em alguns casos, ser profundas, atingindo músculos
ou mesmo estruturas ósseas.

A gravidade da queimadura depende de As queimaduras classificam-se em


vários fatores: relação a:
• Da zona atingida pela queimadura. • Extensão – dimensão da área
atingida (quanto maior for a área
• Da extensão da pele queimada.
atingida maior será a gravidade);
• Da profundidade da queimadura.
• Profundidade – grau de destruição
dos tecidos.

184
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• Queimaduras – Classificação
•Avaliação da queimadura em relação à profundidade

Efetuada em graus.

1º Grau 2º Grau 3º Grau


•Destruição da pele e de outros
•É atingida a primeira tecidos subjacentes;
•Sem gravidade;
(epiderme) e segunda
•Apenas foi atingida a (derme) camada da pele; •Cor castanha ou preta (tipo
primeira camada da pele; carvão);
•É dolorosa e apresenta
•Pele apresenta-se vermelha, flitenas; •Na maioria dos casos, não refere
sensível e dolorosa; dor devido ao facto de existir
destruição dos terminais nervosos.

185
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• Queimaduras – Classificação

Os perigos de uma queimadura são a infeção


e a dor.

Atuação é condicionada a este dois fatores!

186
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• Queimaduras - Causas

Queimadura Queimadura
por ação do por ação do
calor frio

Queimadura Queimadura
por corrente por produto
elétrica tóxico

Queimadura
solar

187
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ACIDENTES POR CORRENTE ELÉTRICA

188
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• Acidentes por corrente elétrica

Eletrocussão ou choque elétrico é uma situação provocada pela passagem de


corrente elétrica através do corpo.

Choque elétrico, geralmente causado por


altas descargas, é sempre grave, podendo
causar distúrbios na circulação sanguínea e,
em casos extremos, levar à paragem
cárdiorespiratória.
Na pele, podem aparecer duas pequenas
áreas de queimaduras (geralmente de 3º
grau) - a de entrada e de saída da corrente
elétrica.

189
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• Acidentes por corrente elétrica


•Nos acidentes de eletrocussão devemos de imediato desligar o quadro elétrico da casa e
depois devemos afastar a vítima do fio ou do aparelho elétrico.
•Não se deve tocar nunca na criança, senão poderemos ser nós também eletrocutados.

•Num choque elétrico leve, não haverá muitos


problemas, a não ser uma pequena dor e/ou
queimadura no ponto de entrada da corrente
no corpo da criança.
• Em caso de choque grave, verifique de
imediato (após se ter certificado que é seguro
tocar na criança) se as funções vitais da criança
se mantêm ativas. O pior choque é aquele que se origina
quando uma corrente elétrica entra pela
•Caso isso não suceda ligue de imediato ao mão da pessoa e sai pela outra. Nesse
112 e inicie as manobras de reanimação caso, atravessando o tórax, a corrente
cardio- respiratória. tem grande hipóteses de afetar o
coração e a respiração.
190
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Primeiros Socorros

• Acidentes por corrente elétrica

Primeiras Passos:

•Desligue o aparelho da tomada ou a chave


geral.
•Se tiver que usar as mãos para remover
uma pessoa, envolva-as em jornal, um saco
de papel.
•Empurre a vítima para longe da fonte de
eletricidade com um objeto seco, não-
condutor de corrente, como um cabo de
vassoura, tábua, corda seca, cadeira de
madeira ou bastão de borracha.

191
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Primeiros Socorros

• Acidentes por corrente elétrica


O que fazer
•Se houver paragem cárdio-respiratória,
aplicar a ressuscitação.
•Cobrir as queimaduras com uma gaze ou
com um pano bem limpo.
•Se a pessoa estiver consciente, deite-a de
costas, com as pernas elevadas. Se estiver
inconsciente, deite-a de lado (PLS)
•Se necessário, cobrir a pessoa com um
cobertor e mantenha-a calma.
•Procure ajuda médica imediata.

As manifestações relativas ao choque elétrico dependendo


das condições e intensidade da corrente, podem ser desde
uma ligeira contração superficial até uma violenta contração
muscular que pode provocar a morte.
Até chegar de fato a morte existem estágios e outras
consequências. 192
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• Acidentes por corrente elétrica


As hipóteses de salvamento da vítima de choque elétrico diminuem
com o passar de alguns minutos, pesquisas realizadas apresentam
as hipóteses de salvamento em função do número de minutos
decorridos do choque aparentemente mortal.

Tempo após o Chances de


choque p/ iniciar reanimação da
respiração artificial vítima
1 minuto 95 %
2 minutos 90 %
3 minutos 75 %
4 minutos 50 %
5 minutos 25 %
6 minutos 1%
8 minutos 0,5 % 193
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FRATURAS

194
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FRATURA

Define-se quando existe


toda e qualquer alteração
da continuidade de um
osso.

195
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• Fraturas - Classificação

Existe exposição dos


Fraturas abertas topos ósseos,
(expostas) podendo facilmente
infetar.
Fraturas
Pele encontra-se
intacta, não se
Fraturas fechadas visualizando os topos
ósseos.

196
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Primeiros Socorros

• Fraturas – Sinais e Sintomas

Existem diversos sinais e sintomas que podem levar-nos a suspeitar da


existência de uma fratura.
Sempre que exista um deles, deve proceder-se como se esta existisse.

197
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• Fraturas – Sinais e Sintomas


•Dor localizada na zona do foco de fratura, normalmente
intensa e aliviando após a imobilização;
• Perda da mobilidade. Pode, em alguns casos, existir
alteração da sensibilidade;
• Existe normalmente deformação, podendo, em alguns
tipos de fraturas, não estar todavia presente;
• Edema (inchaço) normalmente presente, aumentando de
volume conforme o tempo vai passando.
• Exposição dos topos ósseos, no caso da fratura exposta,
não deixa dúvidas em relação à existência da mesma;
• Alteração da coloração do membro. Surge no caso de
existir compromisso da circulação sanguínea. Palpar o pulso
na extremidade;
198
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• Fraturas – Cuidados a ter no manuseamento de


fraturas
•Não efetuar qualquer pressão sobre o
foco de fratura;
• Imobilizar a fratura, mantendo o
alinhamento do membro, não forçando no
caso da fratura ser ao nível do ombro,
cotovelo, mão, joelho e pés;
•Tentar fazer redução da fratura, isto
• No caso de fraturas abertas, lavar a é, tentar encaixar as extremidades
zona com recurso a soro fisiológico antes do osso partido.
de imobilizar; • Provocar apertos ou compressões que
dificultem a circulação do sangue.
• Não efetuar movimentos desnecessários.
• Procurar, numa fratura exposta,
meter para dentro as partes dos ossos
que estejam visíveis.
199
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• Fraturas – Imobilizações
Em caso de suspeita de fratura Para imobilizar a fratura proceder da seguinte
imobilizar sempre forma:
• Expor o membro. Retirar o calçado e roupa;
• Se existirem feridas, limpá-las e desinfetá-las
antes de imobilizar;
• Se a fratura for num osso longo, alinhar o
membro;
• Imobilizar a fratura, utilizando
preferencialmente talas de madeira, devendo
estas estar obrigatoriamente almofadadas;
• No caso da fratura ocorrer numa zona articular,
não forçar o alinhamento. Se necessário,
imobilizá-lo na posição em que este se encontra.
200
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Primeiros Socorros

• Fraturas – Imobilizações
•As fraturas têm de ser tratadas no Hospital.
•As talas devem ser sempre previamente
almofadadas e bastante sólidas.
•Quando improvisadas, podem ser feitas com
barras de metal ou varas de madeira.
• Se se utilizarem talas insufláveis, estas devem
ser desinsufladas de 15 em 15 minutos para
aliviar a pressão que pode dificultar a
circulação do sangue.

201
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ACIDENTES DIGESTIVOS

202
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Primeiros Socorros

• Sistema Digestivo

O sistema digestivo ou gastrointestinal


inclui o tubo digestivo (que é constituído
por:
• boca,
•faringe, esófago,
•estômago,
•intestino delgado,
•intestino grosso e recto),
•órgãos glandulares (glândulas salivares,
glândulas estomacais, fígado e
pâncreas)

Estes segregam substâncias que lançam


no interior desse tubo.

203
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• Sistema Digestivo

A função deste aparelho é transferir as


moléculas orgânicas, água e sais minerais que
constituem a alimentação para o meio interno
do organismo, de modo a que os átomos e
moléculas que os constituem possam ser
distribuídos pelas células através do sistema
circulatório.

O tubo digestivo de um adulto mede


aproximadamente 8/9 metros de comprimentos
desde a boca até ao ânus, e o seu interior está
em contacto com o exterior através desses dois
orifícios, o que quer dizer que, em sentido
estrito, o conteúdo do tubo digestivo é exterior
ao corpo humano.

204
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• Sistema Digestivo

Ao contrário do que geralmente se imagina, a


eliminação de produtos desnecessários
(excreção) não é uma função principal do
aparelho digestivo.

O maior responsável pela eliminação dos


resíduos é, no corpo humano, o aparelho renal,
enquanto que as fezes são, maioritariamente,
constituídas por materiais não digeridos e por
bactérias que residem no tubo digestivo, isto é,
por materiais que nunca penetram, de facto,
no corpo humano.

205
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• Indigestão
Termo comum para designar um problema conhecido em termos médicos
como Dispepsia.

Caracteriza- se por:

•Dor ou um mal-estar na parte


alta do abdómen ou no peito que
muitas vezes é descrita como ter
Gases;

•Sensação de estar cheio ou


como uma dor corrosiva ou
urgente (ardor).

“Indigestão é uma criação de Deus para impor uma certa moralidade ao estômago”.
Vitor Hugo (escritor e poeta francês, 1802 – 1885)
206
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• Indigestão – Causas
Na maioria dos casos, a indigestão está
relacionada ao estilo de vida ou aos hábitos
alimentares inadequados.

- Excesso de comida, alimentação inadequada;


- Alimentos ricos em gordura (chocolate...);
- Algumas frutas (cereja);
- Alimentos ricos em especiarias;
- Ingestão de estimulantes como a cafeína; A “tacofagia” também está
- Álcool; entre as principais causas
- Tabaco; de indigestão. Este
- Consumo excessivo de certos medicamentos (anti- fenômeno refere-se às
inflamatórios, antibióticos, pílulas anticoncepcionais); pessoas que comem muito
rápido, sem ter tempo de
mastigar os alimentos.

207
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• Indigestão – Causas

•úlceras do estômago;
•úlceras duodenais;
•Inflamação do estômago
(gastrite) ;
•Cancro gástrico.

A ansiedade pode provocar dispepsia (possivelmente porque uma pessoa ansiosa


tende a suspirar ou a inspirar e engolir ar, o que pode provocar distensão gástrica
ou intestinal, bem como flatulência).

A ansiedade também pode aumentar a perceção de sensações desagradáveis


por parte da pessoa, ao ponto de o mais pequeno incómodo se tornar muito
stressante.
208
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Primeiros Socorros

• Indigestão – Sintomas
A pessoa que tem indigestão sofre Nos casos mais graves, a indigestão
de uma dor mal definida, em pode ser manifestada por:
horários indefinidos.
- Vômitos (e náuseas) incessantes;
Este desconforto pode durar por - Febre;
um dia e pode se dissipar após um - Face pálida e fraqueza geral do corpo;
repouso na posição supina. - Perda de peso súbita;
-Fezes pretas;
A presença de uma grande -Flatulência;
quantidade de gás no estômago - Dor de cabeça.
também está entre os primeiros
sinais de indigestão.

209
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• Indigestão – Complicações
A indigestão dura entre um a dois dias, e raramente
tem complicações. Em alguns casos, a indigestão
pode se transformar em constipação, e se não for
tratada rapidamente pode se agravar para uma
intoxicação alimentar.

•A incontinência anal é também uma das possíveis


complicações da indigestão.
•Se o vômito apresentar-se como “borra de café”, ou
se as fezes se tornarem enegrecidas, será necessário
consultar um médico com urgência.

Em qualquer caso, se o desconforto causado pela


indigestão não desaparecer dentro de 48 horas,
aconselha-se procurar um médico.
210
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Primeiros Socorros

• Indigestão – Tratamento

No caso de crise aguda, desaperte a


roupa para evitar qualquer tipo de
compressão e deite-se.
Coloque um saco de água quente na
zona do estômago.

No caso de indigestão, o médico prescreve um IBP ou inibidores da bomba


de prótons (omeprazol, pantoprazol,...) ou anti-histamínico (cimetidina,...).

Uma combinação de IBP com antibióticos também pode ser prescrita se a


indigestão for acompanhada por uma infeção do estômago ou do sistema
digestivo.

211
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• Indigestão – Tratamento

Várias plantas medicinais podem superar uma indigestão.

Funcho (erva-doce tem Alecrim (o alecrim) atua


uma ação particular como um curativo
contra a indigestão). natural favorecendo a
Durante o tratamento, cicatrização quando
geralmente usamos uma usada com papel
decocção de suas raízes, antisséptico. Esta planta
uma infusão de suas folhas é usada como um chá
ou o pó de suas sementes. para ajudar na
Além de sua incomparável digestão).
ação digestiva, o Funcho
alivia o inchaço e a
flatulência.
212
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• Obstipação

A obstipação, também chamada de prisão de ventre ou constipação intestinal,


é caracterizada pela dificuldade constante ou eventual da evacuação das
fezes, que se tornam ressecadas. Esta, não deve ser considerada como uma
doença, mas como um sintoma ou efeito de alimentação deficiente, stress e
outros problemas que fazem com que o organismo responda retendo as fezes
por um período maior do que o normal.

Cerca de 80% das pessoas sofrerão de


obstipação nalgum momento das suas vidas,
sendo normais breves períodos de «prisão
de ventre».

213
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• Obstipação

“Funcionamento regular dos intestinos" é variável de pessoa para pessoa.


Cada um possui o seu próprio ritmo natural e específico.

O normal funcionamento poderá ir de 3


vezes ao dia, até 3 vezes por semana,
dependendo do tipo de pessoa, dos seus
hábitos alimentares, do sedentarismo, etc.

A obstipação está portanto como é óbvio dependente muitas vezes dos


estilos de vida e alimentação.

214
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• Obstipação - Causas

Poderão existir várias causas, possivelmente simultâneas, responsáveis pela


obstipação, incluindo a ingestão inadequada de líquidos e fibras, um estilo de vida
sedentário e alterações ambientais.
A obstipação poderá ser agravada pela gravidez, viagens ou alterações na dieta.
Nalgumas pessoas poderá ser o resultado de, repetidamente, ignorarem a vontade
para defecar.

Outras causas mais graves incluem apertos ou lesões expansivas no intestino grosso,
pelo que se a obstipação persistir será aconselhável consultar um Coloproctologista.
Mais raramente, a obstipação poderá ser um sintoma de esclerodermia, lúpus, ou ser
consequência de doenças dos sistemas nervosos ou endócrino, como as doenças da
tiróide, a esclerose múltipla, doença de Parkinson, AVC e lesões da medula
215
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• Obstipação – Causas
As causas podem estar associadas a •Alimentação desequilibrada;
variadas situações, tais como: •Alimentação pobre em fibras e baseada
em lanches, massas e enlatados;
•Retenção das fezes por medo de utilizar •Refeições fora dos horários normais de
a casa de banho; pequeno-almoço, almoço e jantar;
•Resistência ao ensino da casa de banho; •Hábito de beber pouco líquido durante o
•Uma dilaceração dolorosa do ânus dia;
(fissura anal); • Sedentarismo ou falta de exercício.
•Defeitos de nascimento como anomalias
da espinal medula ou do ânus; doença de
Hirschsprung;
•Baixas concentrações da hormona
tiroideia;
•Pouca alimentação;
•Paralisia cerebral;
•Doença psiquiátrica na criança ou na
família; 216
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• Obstipação - Sintomas

Os sintomas são: Em crianças a


obstipação pode vir
•Edema da barriga e acompanhada de
desconforto; outros sintomas, como
•Cólicas; o escape fecal e
•Fezes duras; encoprese, ou seja, o
•Irritabilidade; ato de sujar as
•Dor. roupas íntimas
•Enjoo e náuseas; involuntariamente.
•Eventual aparecimento de
sangue não misturado com as
fezes

217
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Primeiros Socorros

• Obstipação

Situações em que deve consultar o


médico
•Obstipação causada por medicamentos
•Quando a obstipação não cede com o uso
de laxantes
•Quando há presença de hemorragias,
cólicas abdominais e vómitos
•Quando há presença de sangue misturado
nas fezes
•Quando a obstipação permanece por mais
de 2 semanas

218
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Primeiros Socorros

• Obstipação - Tratamento
O tratamento deve iniciar-se com
medidas não farmacológicas, como por
exemplo, aumentar a ingestão de fibras
(farelo, frutas, vegetais verdes, cereais,
etc) e de líquidos; praticar exercício
físico.

Um das medidas mais importantes a


adotar é a criação de um hábito de
defecação, ou seja, adotar horários
diários para a evacuação,
preferencialmente após uma refeição.

Se estas medidas não forem suficientes


deverá recorrer-se à terapêutica com
laxantes.
219
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• Obstipação - Tratamento

Terapêutica farmacológica

A terapêutica com laxantes deve ser


sempre uma medida temporária
(duração inferior a 2 semanas), só
devendo ser opção nos casos em que
se verifica falência das medidas não
farmacológicas.

220
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Primeiros Socorros

PREVENÇÃO DE CONTAMINAÇÃO

221
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• Prevenção de contaminação – Microbiana, Viral e Parasitária

A prevenção da contaminação viral,


bacteriana, ou parasitária, é conseguida
através das normas de higiene que são
ensinadas desde crianças, embora nem sempre
isso seja um garantia do não contágio.

No entanto devemos sempre ter em atenção a


qualidade dos alimentos, os prazos de validade
dos mesmos, o isolamento em recipientes
apropriados do lixo doméstico, a lavagem das
mãos antes e após qualquer ida à casa de banho,
a toma de uma banho diário, a limpeza semanal
do espaço habitacional, a circulação de ar dentro
da casa.

222
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• Prevenção de contaminação – Microbiana, Viral e Parasitária


Contaminação microbiana e parasitária

•Lavar bem os alimentos


•Evitar o contacto com as crianças se estiver constipado
•Lavar bem as mãos
•Manter as unhas cortadas
•Colocar luvas para mexer nos bebés
•Isolar rapidamente as fraldas
•Lavar todos os espaços com detergentes anti-bacteriano.

223
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• Prevenção de contaminação – Microbiana, Viral e Parasitária

Contaminação Viral
O ar que respira
Assim:
O ar que respiramos está cheio de vírus - Evite os ambientes fechados como os centros
e bactérias, que caso entrem pelas vias comerciais, transportes públicos e outros lugares
respiratórias podem causar infeções. E as pouco arejados.
crianças, devido a terem um sistema - Evite que o bebé esteja em contacto com
imunitário mais imaturo, têm mais pessoas doentes.
possibilidades de serem contagiadas. Por - Pelo menos uma vez por dia areje a casa, em
isso, convém seguir algumas regras para especial o lugar onde o bebé dorme ou passa
evitar o contágio. mais tempo.
- Antes de tocar no bebé ou nos seus acessórios
(chupeta, tetinas, biberões, etc.) lave bem as
mãos.
- Evite que outras pessoas beijem o seu filho.

224
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Primeiros Socorros

MALA DE PRIMEIROS SOCORROS

225
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Primeiros Socorros

•PRIMEIROS SOCORROS
A mala de primeiros socorros deve estar presente em qualquer habitação,
seja própria ou comercial, para poder rapidamente prestar alguns
cuidados de saúde. Algumas marcas de veículos automóveis incluem já a
mala de primeiros socorros no seu equipamento de série.

226
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Primeiros Socorros

•PRIMEIROS SOCORROS

Proposta de material básico


•Termómetro digital (1).
• Luvas de látex descartáveis (2 pares). • Paracetamol 500 mg (1 caixa).
• Compressas esterilizadas (5 pacotes). • 4 pacotes de açúcar ou solução de glicose.
• Ligaduras (3 unidades). • Esfigmomanometro (aparelho para
• Adesivos (1 rolo). avaliação de tensão arterial) (1)
• Pensos rápidos (1 caixa). • Gase vaselinada (5 pacotes).
• Solução de iodopovidona dérmica • Tesoura (1).
(Betadine) (unidades individuais). • Pinça pequena (1).
• Soro fisiológico (1 frasco pequeno ou • “Spongostan” (esponjas de coagulação).
unidades individuais). • Película aderente

Nota: É importante rever frequentemente o kit, bem como todo o material


existente no armário, verificando os prazos de validade e material em
falta.
227
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Primeiros Socorros

•PRIMEIROS SOCORROS

Produtos de desinfecção e limpeza

• Clorhexidina 4%.
• Lixívia comercial – hipoclorito de sódio a 5-10% (atenção à validade).
• Toalhetes descartáveis para as mãos.
• Balde com tampa e pedal.
• Aventais descartáveis.
• Sacos de plástico apropriados para produtos eventualmente contaminados se possível
de parede dupla.

228
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•PRIMEIROS SOCORROS
LIMPEZA E DESINFEÇÃO DE MATERIAIS

Uma vez terminado qualquer tratamento de feridas sangrantes há que proceder à


eliminação e/ou desinfecção do material utilizado e à limpeza das superfícies ou locais
eventualmente conspurcados com sangue.

1. ELIMI NAÇÃO E/OU DESINFEC ÇÃO DO MATERIAL UTILI ZADO

Nota: Quem proceder a estas operações deve manter sempre as mãos protegidas
com luvas de borracha (luvas de ménage, por exemplo).

Para a eliminação e/ou desinfeção do material utilizado no tratamento de feridas


sangrantes devem ser seguidas as seguintes orientações:
• O material descartável utilizado no tratamento das feridas (luvas, avental, “Spongostan”,
compressas, ligaduras, adesivos, etc.) deve ser removido para o saco de plástico
de parede dupla que se atará firmemente.
• O restante material (pinças, tesouras, etc.), logo depois de utilizado deve ser lavado
com água e sabão e depois mergulhado em lixívia comercial durante 30 minutos. 229
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•PRIMEIROS SOCORROS

2. LIMPEZA DE SUPERFÍCIES E LOCAIS CONSPURCADOS COM SANGUE

À semelhança do material, todas as superfícies e locais conspurcados com sangue


devem ser cuidadosamente limpos e desinfetados.

• Utilizar sempre luvas de borracha descartáveis.


• Favorecer a absorção do sangue com material irrecuperável (toalhetes de papel
absorvente, por exemplo).
• Deitar por cima dos locais contaminados lixívia pura (se possível a 10%) e deixar actuar
durante 10 minutos.
• Remover tudo para saco de plástico adequado e fechá-lo com segurança.
• Por último, lavar toda a superfície contaminada com água.

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ENVELHECIMENTO

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•Envelhecimento
 Qualquer indivíduo com
idade igual ou superior a
O ser humano não envelhece de uma 65 anos.
vez só, mas sim de uma maneira
gradual, sem que dê por isso. È um Conceito que é

processo universal e está inserido independente do sexo e
dentro do ciclo de vida biológico: do estado
Nascimento, crescimento e morte. de saúde

As fases do ciclo de vida dos indivíduos


coincide com uma cronologia de idades
biológicas e absolutas

A maneira como se envelhece, é


diferente de homem para homem e
mesmo diferente nas diversas
populações humanas .
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•Envelhecimento

Ao contrário da doença , o
envelhecimento é um fenómeno
normal devido ás modificações
fisiológicas que sofremos ao
longo da vida.

Dar além destas modificações


fisiológicas que pode ser considerado
um processo individual, o
envelhecimento é influenciado também
por processos externos, tais como :
clima, agressões físicas e fisiológicas, as
radiações, estados nutricionais,
educação, etc...

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