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Regulação dos Operons da

Arabinose e do Triptofano
1.Conceitos Iniciais de Operon

 Uma analogia simples é capaz


de facilitar a compreensão dos
operons:
 Gene Promotor: Peão de
Obras;
 Gene Operador:
Engenheiro Civil;
 Gene Estrutural: Plano de
Obra;
 Proteína: Estrutura;
 AA: Material de
construção;
2.Por que regular?

 Para uma proteína de tamanho


médio (300 aminoácidos) usa-
se:
 1350 moléculas de ATP;
 1650 átomos de carbono;

 540 átomos de nitrogênio;

 Escherichia coli tem cerca de


4000 genes que codificam
aproximadamente 2000
proteínas;
3.Formas de controle
 São de controle positivo ou
negativo, são definidos pela
resposta do operon na ausência
de proteínas reguladoras:
 Controle Negativo: os
genes são expressos a
não ser que sejam
“desligados” por uma
proteína repressora;
 Controle Positivo: os
genes são expressos
somente quando uma
proteína ativadora está
presente;
4.Operon da Arabinose

 Arabinose =
Tetrahidroxipentanal =
C5H10O5;
 Função da molécula: constitui
parede celular de vegetais
terrestres;
 L-Arabinose e D-Arabinose;
 Operon estudado inicialmente na
E.coli;
 Função do operon:
transformação da arabinose
para a produção de energia;
4.Operon da Arabinose
 1.Contém:
 3 genes estruturais: araA,
araB e araD, conhecidos
coletivamente como
araBAD; além de um
gene convencional araC;
 2 genes operadores:
araO1 e araO2;
 1 sítio indutor: araI,
adjacente ao promotor;
4.Operon da Arabinose
 2.Processo:
 araA produz a arabinose
isomerase: converte a
arabinose em ribulose;
 araB produz a ribuloquinase:

fosforila a ribulose;
 AraD produz a ribulose-5-
fosfato epimerase: converte
ribulose-5-fosfato em
xilulose-5-fosfato, que segue
para a via das pentoses;
 Assim, a arabinose, que tinha
finalidade plástica nos vegetais,
adquire uma finalidade energética
na E.coli;
4.Operon da Arabinose

 3.Regulação:
 Proteína C, que exerce tanto
controle positivo como negativo;
 Substrato muda sua
conformação para que ela tenha
as duas funções;
 A proteína C é capaz de se
autoregular;
 O operon também é sensível a
glicose, graças ao CAP-cAMP;
 Os genes AraI e AraO2, por sua
vez, atuam juntos na regulação
dos gene araBAD;
4.Operon da Arabinose
 3.Regulação:
 Proteína C → Alça
caso a proteína C não
tenha se ligado a
arabinose, ela vai criar
uma alça que impedirá a
ligação da RNA
polimerase ao promotor;
 quando a arabinose está
presente, a proteína C se liga ao
araI;
 se a glicose estiver ausente,
ocorre a formação do complexo
CRP-cAMP, o qual se ligará a
seu sítio de ligação localizado
entre o araO2 e o araI. ;
 Consequência: alça desfeita;
-Alça feita, em decorrência da ausência de arabinose

-Alça desfeita, em decorrência da presença de arabinose


4.Operon da Arabinose

 4.Resumo:
5.Operon do Triptofano
 Triptofano = (S)-2-Amino-3-(1H-
indol-3-yl)-propionic acid =
C11H12N2O2;
 Função da molécula: AA
essencial para o humano, que
participa da constituição da
serotonina;
 Operon estudado inicialmente na
E.coli;
 Função do operon: produção do
AA na ausência dele a partir da
conversão do corismato;
5.Operon do Triptofano
 1.Contém:
 5 genes estruturais: trpA, trpB, trpC,
trpD e trpE;
 1 gene operador: trpO;
 1 gene promotor, que é repressor:
trpP;
 1 gene que contém um atenuador:
conhecido com trpL ou trpA;
 Há ainda um gene trpR que não pertence
ao operon, mas que o influencia;
5.Operon do Triptofano
 2.Processo:
 O gene trpE codifica o componente I
da antranilato sintase, enquanto o
componente II é produzido pelo gene
trpD: essa enzima transforma o
corismato em N-(5'-fosforribosil)-
antranilato;
 O gene trpC codifica a N-(5'-
fosforribosil)-antranilato
isomerase/indol–3–glicerol fostato
sintase, que converte a molécula
anterior em indol-3-glicerol-P;
 O gene trpB codifica a subunidade ß
da triptofano sintase, enquanto o gene
trpA codifica a subunidade a, que
converte o indol-3-glicerol-P em L-
triptofano;
 Assim, o corismato, que é uma molécula
intermediária de muitas outras, transforma-se
em triptofano;
5.Operon do Triptofano
 3.Regulação:
 Principal atuante é a
proteína trpR, que exerce
tanto controle negativo;
 Na abundância de
triptofano, a proteína liga-se
ao trpP;
 Logo, um mutante no trpR
seria insensível ao triptofano,
contudo, isso não foi o
observado;
 Isso deve-se ao atenuador no
gene trpL;
5.Operon do Triptofano
 3.Regulação:
 O gene trpL codifica um peptídeo
que dentre outros AA tem dois
triptofanos;
 Formação de alça em decorrência
da presença ou não de triptofano,
há duas opções, que não ocorrem
simultaneamente:
 Uma de terminação:
pareamento das regiões 3 e
4, RNA polimerase desliga-
se;
 Outra de continuação:
pareamento das regiões 2 e
3, RNA polimerase continua
ligada;

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