Este documento discute o paradigma dominante da ciência moderna e o emergente paradigma pós-moderno. O paradigma dominante se baseia nos princípios da observação, experiência e determinação de leis gerais, enquanto o paradigma emergente enfatiza que todo conhecimento é local e contextual, visa a compreensão em vez da quantificação, e busca integrar diferentes saberes.
Este documento discute o paradigma dominante da ciência moderna e o emergente paradigma pós-moderno. O paradigma dominante se baseia nos princípios da observação, experiência e determinação de leis gerais, enquanto o paradigma emergente enfatiza que todo conhecimento é local e contextual, visa a compreensão em vez da quantificação, e busca integrar diferentes saberes.
Este documento discute o paradigma dominante da ciência moderna e o emergente paradigma pós-moderno. O paradigma dominante se baseia nos princípios da observação, experiência e determinação de leis gerais, enquanto o paradigma emergente enfatiza que todo conhecimento é local e contextual, visa a compreensão em vez da quantificação, e busca integrar diferentes saberes.
RAÍZES O modelo de racionalidade que preside à ciência moderna constituiu-se a partir da revolução científica do século XVI e foi desenvolvido pelas ciências naturais. É no século XIX que este modelo de racionalidade se estende às ciências sociais emergentes. Emerge um modelo global de racionalidade PRESSUPOSTOS Teoria Heliocêntrica do movimento dos planetas de Copérnico Leis de Kepler sobre as órbitas dos planetas Leis de Galileu sobre a queda dos corpos Síntese da ordem cósmica de Newton Consciência filosófica de Descartes e Bacon PRINCÍPIOS Observação Experiência Pensamento dedutivo Quantificação Divisão e classificação Determinação de relações causais e leis gerais Ordem e estabilidade Mundo-máquina O PARADIGMA E AS CIÊNCIAS SOCIAIS No século XVIII este espírito precursor é ampliado e aprofundado e o fenômeno intelectual que daí resulta, as luzes, vai criar as condições para a emergência das ciências sociais no século XIX A consciência filosófica de Descartes e Bacon veio a condensar-se no Positivismo de Augusto Comte VERTENTES Aplicar ao estudo da Reivindicar para as sociedade todos os ciências sociais um princípios estatuto epistemológicos e epistemológico e metodológico próprio, metodológicos do com base na estudo da natureza especificidade do ser desde o século XVI humano e sua distinção polar à natureza A CRISE DO PARADIGMA Condições Teóricas Condições Sociais A relatividade e a Industrialização da simultaneidade ciência (Einstein) Estratificação da A mecânica quântica comunidade científica Teorema da Desigualdades incompletude científicas e matemática tecnológicas entre os Microfísica, Química países e Biologia CONSEQÜÊNCIAS A ciência fecha as portas a muitos outros Os 5 DES… saberes sobre o Dessubjetivação mundo Desistorização O conhecimento científico é Desisgnificação desencantado e triste Dessimbolização O rigor científico Descontextualização (matemático), ao quantificar, desqualifica A crise é “o retrato de uma família intelectual numerosa e instável, mas também criativa e fascinante, no momento de se despedir, com alguma dor, dos lugares conceituais, teóricos e epistemológicos, ancestrais e íntimos, mas não mais convincentes e securizantes, uma despedida em busca de uma vida melhor a caminho doutras paragens onde o otimismo seja mais fundado e a racionalidade mais plural e onde o conhecimento volte a ser uma aventura encantada”(p.35-6). O PARADIGMA EMERGENTE: 4 TESES
Todo conhecimento científico-natural é
científico-social Todo o conhecimento é local e total Todo o conhecimento é autoconhecimento Todo o conhecimento científico visa constituir-se em senso comum “A ciência do paradigma emergente […] é também assumidamente tradutora, ou seja, incentiva os conceitos e as teorias desenvolvidos localmente a emigrarem para outros lugares cognitivos, de modo a poderem ser utilizados fora do seu contexto de origem”(p.48) “Hoje não se trata tanto de sobreviver como de saber viver. Para isso é necessária uma outra forma de conhecimento, um conhecimento compreensivo e íntimo que não nos separe e Coimbra, 2002 antes nos una pessoalmente ao Referência que estudamos” SANTOS, B. de S. Um discurso sobre as ciências. 13 ed. Porto: Afrontamento, 2002. (p.53-4)