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Capítulo 7

Leis de Parede
1. Introdução
• Os escoamentos turbulentos são afetados pela condição física de não
deslizamento sobre paredes.

• Os efeitos viscosos amortecem as componentes tangenciais de


velocidade, enquanto os efeitos cinéticos do escoamento nas
vizinhanças amortecem as flutuações normais à parede,

• Em direção ao núcleo turbulento, os altos gradientes de velocidade


geram energia cinética turbulenta.

• A natureza das instabilidades parietais é muito refinada (instabilidades


de altas freqüências ou altos números de onda) o que torna a integração
das equações muito cara na região parietal.

• Em conseqüência, modelos acurados para esta região de escoamentos é


de extrema importância para a precisão do resto dos resultados.
• A maioria dos modelos de turbulência são deduzidos para escoamentos
afastados das paredes - núcleos turbulentos.

• Considerações são necessárias afim de tornar estes modelos utilizáveis


para escoamentos limitados por paredes.

• Experimentos têm permitido evidenciar que a região parietal de um


escoamento turbulento pode ser subdividida em três regiões, segundo a
direção normal do mesmo:

• Sub-camada viscosa: onde os efeitos da viscosidade e a difusão


moleculares são predominantes e o escoamento é praticamente laminar -
também conhecida como região linear;

• Região tampão: também conhecida como região logarítmica - se localiza


entre a subcamada viscosa e o núcleo turbulento - nesta região os efeitos
moleculares e turbulentos são similares

• Núcleo Turbulento: nesta região o escoamento é plenamente turbulento


Escoamento turbulento nas proximidades de uma parede.
• Existe duas formas para se modelar a região viscosa (sub-camada
viscosa+região tampão):

• Na primeira delas esta região não é resolvida e sim modelada


através de fórmulas empíricas chamadas de “leis de parede”
utilizadas para ligar a região viscosa com o núcleo turbulento

• Na segunda possibilidade a região viscosa é modelada com


modificações nos modelos de turbulência e com refinamento
adequado da malha junto à parede, incluindo-se a sub-camada
viscosa

• Assim, “leis de parede” é uma ferramenta muito popular para


escoamentos a altos números de Reynolds por permitir economizar tempo
computacional, são ferramentas robustas e relativamente precisas

• É uma ferramenta popular para escoamentos industriais


• No entanto, as leis de parede não são recomendadas para escoamentos a
baixos números de Reynolds, escoamentos com presença de regiões de
recirculação e com descolamento/recolamento de camada limite

• Nestes casos, recomenda-se modelos adaptados a escoamentos para


baixos Reynolds, integráveis até a parede

• Assim, leis de parede, são relações empíricas que servem para ligar
as grandezas calculadas nas células vizinhas a parede e as
correspondentes grandezas na parede;

• Estas leis compreendem “leis de parede” para velocidade,


temperatura e concentração, assim como fórmulas para as grandezas
turbulentas junto às paredes.
Leis de Parede Standard

up 1 Up: é a velocidade paralela à parede, no


u   ln y   5 primeiro ponto afastado da parede na
u  normal

u   w  Velocidade cizalhante; w é a tensão cizalhante na


parede;  = 0.41 é a constante de Von Karman

 u y
y  Coordenada adimensional; a barra indica variável
 dimensional

u  c1 4 k Para condições de equilíbrio: produção igual à


dissipação
• Unindo-se as expressões

 up 1
u   ln y   5 u  c1 4 k
u 

• Chega-se a equação abaixo


up
 w   u   c  k
2 14


ln 9.8 y  
• Que relaciona a velocidade horizontal na primeira malha e a tensão
cizalhante na parede

• O volume de controle próximo a parede tem uma face que coincide


com a parede. A tensão cizalhante deve ser conhecida para a equação
do momento paralela à parede. Esta avaliação é feita com a equação
acima.
• A produção pode ser aproximada por
u p  u p 
14
u c k c3 4 k 3 2
Pk   w      
y  y  P y y y
• Estas condições do contorno são aplicáveis apenas quando o primeiro
ponto adjacente à parede estiver dentro da região logarítmica, ou seja,
y+>30
• Elas também não são aplicáveis para regiões de descolamento e de
recolamento. No entanto, na prática este fato é ignorado e se aplica mesmo
nestas regiões, na ausência de melhor modelos. No entanto se estas zonas
forem muito extensas, os erros podem ser relevantes.

• Outro problema ocorre quando se utiliza malhas muito finas. Neste caso
o primeiro ponto fica aquem desta cota e os resultados certamente se
deterioram
• Para escoamentos a altos Reynolds, a zona logarítmica é larga e fica
mais fácil de se localizar o primeiro nó dentro dela.

• Para escoamentos a baixos Reynolds, a zona logarítmica é mais esbelta e


se torna uma tarefa delicada garantir esta condição. Neste caso utiliza-se a
seguinte relação:


y   max y  ,11.067 
Onde o valor 11,067
corresponde à interseção
da zonza logarítmica com a
zona linear
Funções de Parede para Temperatura

• Relações empíricas são utilizadas para ligar temperaturas nas


vizinhanças de paredes com o fluxo de calor - mostraremos as relações
de Kader


   Pr y  e     2.12 ln 1  y     Pr   e  1 
  
 
2
  Pr   3.85 Pr 13
 1.3  2.12 ln  Pr 

 
4
 c p u Tw  T 

0.01 Pr y

  
 
1  5 Pr y qw
Resultados Ilustrativos

Placa plana
Degrau

3.8H 40H

inflow

outflow

x
q

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