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Projeto de Tese UFSM

A reconfiguração do audiovisual em tempos de internet:


Representação e significado sobre o conteúdo e a forma das
notícias de divulgação científica em vídeos para dispositivos
digitais móveis como fator de acessibilidade
e consumo de informações

Projeto de Tese submetido ao Programa de Pós-Graduação em


Comunicação da Universidade Federal de Santa Maria
(em fase de readequação)

Doutorando: Orientação: Dra. Ada Cristina M. Silveira


Ulysses do Nascimento Varela Linha: Mídia e Identidades Comtemporêneas
Introdução / Cenário

A ciência e a tecnologia assumiram, nas últimas décadas, um papel


importante na vida da sociedade, do mesmo modo os meios de
comunicação evoluem com o aprimoramento, a expansão e a
utilização de novos meios de divulgação.

Importante acompanhar este processo, principalmente no que se


refere à divulgação da ciência e ao jornalismo científico por
meio da internet/dispositivos móveis.
Introdução / Cenário

Transmissão e acessos a vídeos por meio da internet estão em


processo de desenvolvimento e expansão:

Acesso a conteúdos por meio da banda larga no Brasil.


2012 – 73 milhões de acessos
2014 – 172 milhões de acessos
2016 – 224 milhões de acessos (174 mi por celulares 2, 3 e 4G)

Fonte: Associação Brasileira de Telecomunicação - TeleBrasil


Introdução / Cenário
Segundo IAB Brasil e e-Merketing (indicadores de mercado/audiência)

2016 – Brasil ocupava a 7 posição no maior mercado de vídeos na


internet no mundo – considerado um local forte em estratégias
digitais em geral e vídeos on line.
2015 – 86% com acesso a internet assistem a vídeos.
2020 – Previsão que o acesso e consumo de vídeos pela internet
ultrapasse a TV digital.
2020 – 82% de todo o tráfego seja gerado por vídeos.

Realidade em constante transformação. (interação, diminuição espaço-


tempo, papel do audiovisual, produção/recepção, narrativas
multiplataforma).

Fonte: IAB Brasil e e-Merketing (relatórios anuais de pesquisas de audiência disponíveis na web)
Problema
Fatores como o tempo do usuário, o tamanho da tela, as
plantaformas, velocidade, produção, transmissão, consumo e
mobilidade vão interferir na linguagem (conteúdo e forma) dos
audiovisuais em celulares?

COMO SÃO CONSTRUIDAS AS NARRATIVAS AUDIOVISUAIS POR


INSTITUIÇOES CIENTIFICAS PARA DIVULGAÇÃO CIENTIFICA EM
DISPOSITIVOS MOVEIS PARA ESTABELECER UMA IDENTIDADES
ENTRE DIVULGADORES DE CIENCIA.

Objeto: Vídeos de divulgação científica para DMD.


Hipóteses

Os conteúdos criados para DMD necessitam de um


acompanhamento e reconfiguração às novas realidades de
produção, distribuição, exibição para garantir audiência no futuro.

Os conteúdos e formatos dos audiovisuais para DMD não sofrem


alteração e não sofrerão impacto no processo de audiência e apreensão
da mensagem.
Objetivos

Geral

Descobrir as potencialidades e as fragilidades dos audiovisuais para


DMD em termos de comunicabilidade enquanto meio de divulgação
científica.
Objetivos Especificos
•Compreender o funcionamento dos processos comunicacionais
inerentes audiovisuais em DMD voltados a portabilidade, mobilidade,
interação com o prossumer.

•Levantar as questões ligadas ao processo produtivo de produtos


noticiosos por meio de audiovisuais voltados a DMD.

•Identificar a importância e eficácia da narrativa do conteúdo noticioso


dos audiovisuais voltados para DC, (MCTI/BBC/Ciência hoje)

•Conhecer as características relacionadas a linguagem, conteúdo e


forma dos audiovisuais enquanto fatores de interesse ao espectador.
Justificativa
- Campo da comunicação em transformação e que necessita de
acompanhamento e que, necessariamente, representam transformações
significativas no futuro. (Burch 2005) (Martín-Barbero 2009) (Fernadez, 2006).

- Percepção sobre a relevância das pesquisas sobre as tecnologias da


comunicação na atualidade e a necessidade da prática da divulgação científica
na sociedade.

- Necessidade de estudar a Comunicação Midiática na construção de


dinâmicas sociais, a partir das interações dos sujeitos que produzem notícias
em vídeos para internet. (Lemos, 2004)

- Contribuição para a dinâmica do audiovisual brasileiro, possibilitando uma


melhor compreensão acerca do processo de comunicação nas mídias digitais,
ampliando o conhecimento sobre questões inerentes ao meio.
Estado da Questão

Ciência e Internet - ABJC


Com o advento da internet, foram ampliados os espaços
sistematizados na mídia eletrônica para a divulgação científica, o que
exige profissionais capacitados para atuar na área.

O Jornalismo Científico deve estar comprometido em entender os


processos, os impactos, as causas e as consequências das tomadas
de decisões que afetam o cotidiano.

O momento apresenta-se particular para se estudar essa relação


entre temas que estão diretamente ligados à sociedade: o jornalismo
científico, a divulgação científica e as mídias digitas.
Fundamentação Teórica

Base teórica - Autores


Para compreender a comunicação na contemporaneidade, o
Jornalismo Científico por meio da mídias digitais móveis e a relação
entre a produção audiovisual de C,T&I buscaremos abordar autores
como Wilson Bueno, Warren Burkett, Manuel Castells, Henri Jenkins,
Lilian Zamboni, Wilson Dizard,, Marshall Mcluhan, André Lemos entre
outros.
Metodologia

- Metodo hipotético dedutivo

(Poper, K.): se o conhecimento é insuficiente para explicar um


fenômeno, surge o problema; para expressar as dificuldades do
problema são formuladas hipóteses; das hipóteses deduzem-se
consequências a serem testadas ou falseadas (tornar falsas as
consequências deduzidas das hipóteses); enquanto o método
dedutivo procura confirmar a hipótese, o hipotético-dedutivo
procura evidências empíricas para derrubá-las.
Metodologia

Do ponto de vista de sua natureza:


· Pesquisa aplicada: objetiva gerar conhecimentos para aplicações
práticas dirigidos à solução de problemas específicos.

Do ponto de vista da forma de abordagem ao problema:


· Pesquisa qualitativa: considera que existe uma relação entre o
mundo e o sujeito que não pode ser traduzida em números; a
pesquisa é descritiva, o pesquisador tende a analisar seus dados
indutivamente.

Do ponto de vista dos objetivos:


· Pesquisa exploratória: objetiva proporcionar maior familiaridade
com um problema; envolve levantamento bibliográfico, entrevistas
com pessoas que tiveram experiências práticas com o problema
pesquisado e análise de exemplos; assume em geral a forma de
pesquisas bibliográficas e estudos de caso.
Metodologia

Como recorte metodológico, decidimos fazer as análises sobre a


produção audiovisual voltada para divulgação científica publicada na
internet (DMC) em instituições com MCT&I, BBC e Ciência Hoje On-
line (2020).

Apresentam características particulares quanto a investimentos,


número de profissionais, tempo de atuação e resultados obtidos, o
que para nós representa realidades próximas quanto aos objetivos
pretendidos.
Metodologia

1ª Fase: Atualização bibliográfica e pesquisa e leitura de artigos e


pesquisas já realizadas referentes ao tema abordado e pertinente ao
objeto da pesquisa, o audiovisual pela Internet, a divulgação científica,
as tecnologias digitais, as plataformas e dispositivos móveis.

Compreender como o tema vem sendo tratado e se comportará nos


próximos anos, além de registrar a importância e abrangência do
mesmo a partir do material a ser analisado.
Metodologia

2ª Fase: Estudar a literatura pertinente pesquisada na fase anterior,


direcionando os estudos para a construção do referencial teórico que
comporá a tese.

Listaremos os sites especializados que possibilitarão a análise, tendo


como parâmetro a eficiência, abrangência e disponibilidade de uso
sob a perspectiva de quem produz e quem consome os vídeos.
Metodologia

3ª Fase: Triagem dos sites/portais selecionados como corpus da


pesquisa, seleção e analises dos vídeos publicados apontando para a
confirmação ou negação de nossas hipóteses.

4ª Fase: Análise sobre os sites e conteúdos serão testadas por meio


do contato direto com as equipes de produção dos vídeos para a
compreensão do processo de produção/disponibilização e a definição
das características atuais e ideias para os vídeos noticiosos sobre
ciência

Finalização: será realizado um estudo sobre o impacto das


tecnologias na produção e disponibilização deste material e
fechamento da Tese.
Metodologia
- Análise de conteúdo (áudiovisual)

Passo 3:

a) pré-análise: organização e sistematização das ideias, em que


ocorrem a escolha do material a ser analisado, a retomada das
hipóteses e dos objetivos iniciais da pesquisa em relação ao material
coletado e a elaboração de indicadores que orientarão a
interpretação final.

b) a exploração do material: codificados dos dados brutos do


material para se alcançar compreensão do conteúdo conforme
parâmetros a serem definidos. (classificação e enumeração de
características em função de regras e critérios previamente
formulados);

c) tratamento dos resultados obtidos e interpretação: significação


Referências

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BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979. 229 p.

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BOAS, Sergio Vilas (organizador), Formação e informação científica: jornalismo para iniciados e leigos. São Paulo: Summus, 2005.

BUENO, Wilson da Costa - Jornalismo Científico no Brasil: Aspectos Teóricos e Práticos. São Paulo, Departamento de Jornalismo e Editoração da
ECA-USP (série pesquisa), 1988.

BURKETT, Warren. Jornalismo Científico: como escrever sobre ciência, medicina e alta tecnologia para os meios de comunicação. 1a. ed. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 1990.

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DIZARD, Wilson P. A nova mídia: a comunicação de massa na era da informação. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 2000.

DUBOIS, Phillipe. “Por uma estética da imagem do vídeo”. In: DUBOIS, Phillipe. Cinema, vídeo, Godard. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.

GARCÍA CANCLINI, Néstor. Leitores, espectadores e internautas. São Paulo: Iluminuras, 2008
Referências

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LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro. Nova Fronteira, 1989

MINAYO, M. C. de S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 7. ed. São Paulo: Hucitec, 2000. 269 p.

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NEGROPONTE, Nicholas. A Vida Digital. São Paulo: Companhia das Letras, 1995

PRIMO, Alex. Interação mediada por computador: comunicação, cibercultura, cognição. Porto alegre: Sulina, 2007.

MARTIN, Marcel. A linguagem cinematográfica. São Paulo: Brasiliense, 2007.

SANTOS, Rudi. “Técnicas Narrativas”. In: SANTOS, Rudi. Manual de Vídeo. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1993
Análise das notícias

“Não é o mais forte que sobrevive,


nem o mais inteligente, mas o que
melhor se adapta às mudanças”.

Charles Darwin

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