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Projeto de Peças sujeitas à Carregamento Cíclico – Cargas de

Fadiga

Principais Tipos de Ciclos:


Abordagem Tensão (S) – Número de Ciclos (N)

• Resistência do Metal à Fadiga - obtida experimentalmente; os


resultados dos testes de fadiga são dispostos num gráfico S-N .

Principais Tipos de Ensaios: Axial, Flexão Rotativa, Torção Reversa.


Sf ’ – resistência à fadiga num determinado número de ciclos

Sut – resistência máxima de tração

Se’ – limite de fadiga do material (vida infinita) obtido no ensaio

para aços tem-se vida infinita após 106 ciclos.


Na ausência de dados experimentais para uma determinada
liga, pode-se usar os seguintes dados:
Os dados do slide anterior foram obtidos em ensaios de flexão-
rotativa.

Além disso, sendo:

Sm’ - resistência do material para N = 103 , temos:

Para carregamento em flexão: Sm’ = 0,9Sut

Para carregamento axial: Sm’ = 0,75Sut


Sendo:
Sf – resistência à fadiga corrigida
Se – limite de fadiga corrigido

Temos:
Sf = kakbkckdkekfSf ’

Se = kakbkckdkekfSe’

ka – fator condição da superfície


kb – fator tamanho
kc – fator tipo de carregamento
kd – fator temperatura de trabalho
ke – fator confiabilidade
kf – fator para efeitos diversos

Nota: nunca misture fatores dados em livros diferentes.


• Tensões Atuantes no Carregamento Cíclico

smin – tensão mínima aplicada


smax – tensão máxima aplicada
sa – componente alternada da tensão aplicada
sm – componente média da tensão aplicada
Ds – variação da tensão
R – razão de tensão A – razão de amplitude ou
linha de carga
Se houver um ponto de concentração de tensões (entalhes,
furos, etc.), usamos um fator de concentração de tensões de
fadiga kf para corrigir as tensões:

saf = kf sa smf = kf sm

Surpreendentemente, alguns materiais apresentam kf menor


que o fator de concentração de tensões para carregamento
estático kt. Assim, o fator kf é calculado por:

kf = 1 + q(kt – 1)

onde q é o fator de sensibilidade ao entalhe.


• Projeto de peças para resistência à Fadiga

Há quatro categorias básicas de situações de projeto para fadiga.


Estas categorias podem ser tratadas separadamente, apesar das
categorias I, II, e III serem casos particulares da categoria IV que é
o caso geral.

Tensões alternadas tensões alternadas e


médias

Tensões uniaxiais I II

Tensões multiaxiais III IV

Nota: Nós vamos seguir aqui a metodologia de explicação usada pelo livro do Norton.
Critérios de Falha por Fadiga

Dados experimentais para aços:

Parábola de Gerber
média dos dados

s a / Sf

Reta de Goodman
limite mínimo

sm / Sut
Dados experimentais para ligas de alumínio:

Parábola de Gerber
média dos dados

s a / Sf

Reta de Goodman
limite mínimo

sm / Sut
A partir dos dados experimentais, pelo menos 4 critérios de falha
por fadiga para materiais dúcteis foram propostos:
• Critério de Gerber (1874) – parábola
• Critério de Goodman Modificado (1890) – linha reta
• Critério de Soderberger (1930) – linha reta
• Critério da ASME – elipse
Existe a condição que as tensão alternada ou a tensão média
igualem a tensão de escoamento do material, e neste caso
haverá falha já no primeiro ciclo de carga. A linha que liga
delimita esta condição é chamada de linha de Langer.

Os critérios de Gerber, Goodman, e ASME interceptam a linha


de Langer e, portanto, devem ser usados em conjunto com ela.

O critério de Soderberger é o mais conservador de todos (está


bem abaixo dos dados experimentais), mas tem a vantagem de
não precisar se preocupar com o escoamento no primeiro ciclo.

Segundo Shigley deve-se usar os critérios de Gerber ou ASME.

Entretanto, Norton afirma que Goodman é um critério mais


seguro e o mais usado.
Projeto para Fadiga usando o Critério de Goodman

sa

Sy
Reta de
Langer

Se
Reta de
Goodman

região de
segurança
sm
Sy Sut
Vamos agora analisar a situação de carregamento onde a tensão
média e a tensão alternada variam proporcionalmente.

(situação mais simples)


Caso 1. A linha de carga intercepta a linha de Goodman.

sa

Sy
as
A = ____
sm

Se
R
Sa Z
sa
O sm
sm Sm
Sy Sut
A falha acontece quando as tensões aplicadas sa e sm atingem os
valores das resistências Sa e Sm.

A partir das equação da curva chega-se a equação do fator de


segurança.

Linha de Goodman:

O fator de segurança n é definido como:

n = S/s
Então a equação fica:
Caso 1. A linha de carga intercepta a linha de Langer.

sa

Sy

Se
s a
A = ____
R sm
Sa
sa Z
O sm
sm Sm
Sy Sut
A falha acontece quando as tensões aplicadas sa e sm atingem os
valores das resistências Sa e Sm.

A partir das equação da curva chega-se a equação do fator de


segurança.

Linha de Langer:

O fator de segurança n é definido como:

n = S/s
Então a equação fica:
Para saber qual fator de segurança usar, precisamos saber qual a
linha de carga crítica.
sa

Sy

Se S CT
a
ACT = ____
SmCT
SaCT
R

O sm
SmCT Sy Sut
S CT CT
a
ACT = ____
SmCT
CT CT

Se A > ACT – risco de fadiga

Se A < ACT – risco de escoamento no primeiro ciclo


Tensões Multiaxiais

Em elementos de máquinas é comum carregamentos


combinados que produzem tensões biaxiais ou triaxiais
variáveis no tempo em um mesmo ponto crítico.

Um exemplo é um eixo em rotação que normalmente está


sujeito a um momento fletor estático e um torque. Pelo fato do
eixo estar girando, o momento estático gera tensões normais
alternadas, e o torque cria tensões de cisalhamento.

Há muitas combinações possíveis de carregamento. O torque


pode ser constante ou variado. Se for variado, pode ser
sincronizado ou não sincronizado, e em fase ou defasado, em
relação ao momento fletor.
Tensão Multiaxial Simples

Os casos mais estudados são os de esforços sincronizados,


periódicos e em fase, que causam tensões combinadas cujas
direções principais não se alteram com o tempo.

O caso do eixo com torque constante se encaixa nesta


categoria, porque a componente alternada da tensão principal
depende só da flexão e, portanto, atua numa direção
constante.

Neste caso, as tensões aplicadas devem ser combinadas através


do critério de Von Mises
Exemplo 6-6 do Norton

Determine o coeficiente de segurança para a haste tubular.

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