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ANTROPOLOGIA URBANA

de 1920 e 1930 empreendia


verdadeiras etnografias urbanas
Antropologia Urbana no Brasil
• A partir do fim dos anos 1960 a cidade e suas
diferentes populações passaram a constituir
um novo campo de análise para a
antropologia brasileira.
Antropologia Urbana no Brasil
• o estudo das experiências urbanas de
populações desfavorecidas
• experiência urbana das camadas médias e
altas da sociedade brasileira
• pesquisas a respeito da migração campo-
cidade
• Utiliza-se o método etnográfico
Cultura e Comportamento Urbanos
• O crescente individualismo das populações
urbanas e o estudo das organizações
familiares em tais populações
• Pesquisas a respeito de migrantes, grupos
étnicos e populações de baixa renda
residentes em favelas,
• Estudou-se valores e estilos de vida de
diferentes segmentos das camadas médias
urbanas
Cultura e Comportamento Urbanos
• Análise em outras dimensões além das de
diferença de renda: antropólogas feministas
passaram a estudar a opressão da mulher,
• Antropólogos e antropólogas homossexuais
passaram a estudar as relações de gênero e as
diversas sexualidades,
• Antropólogos negros se dedicaram a estudar
as relações raciais.
Fricção Interétnica
• Uma situação de contato interétnico pode ser
entendida como uma totalidade sincrética.
Esse termo “fricção interétnica” é comumente
atribuído à antropologia Brasileira.
Fricção Interétnica
• No entendimento do senso comum, fricção
interétnica seria o “atrito” entre etnias
diferentes, culturas diferentes, ocasionando a
apropriação de práticas, conflitos e junções
ora negativos ora positivos e até mesmo a
ocorrência de conflitos identitários, sendo
assim traços culturais passam de uma
sociedade para outra, como nos “estudos de
aculturação”.
Fricção Interétnica
• Depois 1960, após a observação da interação
entre índios e não-índios, isto é, entre índios e a
sociedade nacional, etnólogos brasileiros
verificaram que as teorias que tentavam explicar
o resultado dessa interação, como por exemplo, a
teoria da aculturação, não eram mais suficientes.
• Isto porque diferentemente de como
preconizavam essas teorias, os índios brasileiros
não perderam sua identidade étnica e
nem foram assimilados pela sociedade nacional.
Fricção Interétnica
• O modelo de fricção interétnica resultou da
insatisfação de Roberto Cardoso de Oliveira
com os estudos de aculturação que, na
primeira metade do século XX, dominavam a
antropologia estadunidense e, por extensão, a
academia brasileira.
Fricção Interétnica
• Nesse contexto, surge a teoria da fricção
interétnica como uma crítica à teoria da
aculturação e como teoria capaz de explicar tais
resultados.
• A mudança metodológica revela-se sobretudo na
ênfase posta pela situação de contato, a ser
percebida como uma “totalidade sincrética”:
“duas populações dialeticamente “unificadas”
através de interesses inteiramente opostos, ainda
que interdependentes, por mais paradoxal que
pareça”
Apropriação Cultural e
a Fricção Interétnica
Apropriação cultural e
Apocalípticos x Integrados (Umberto Eco, 1965)
Apropriação cultural e
Apocalípticos x Integrados (Umberto Eco, 1965)
• Apocalípticos são aqueles que condenam os
meios de comunicação de massa (MDCM)
– cultura homogênea (que desconsidera diferenças
culturais e padroniza o público)
– desestímulo à sensibilidade
– o estímulo publicitário (criando, junto ao público,
novas necessidades de consumo)
– a sua definição como simples lazer e entretenimento,
desestimulando o público a pensar, tornando-o
passivo e conformista
– os mdcm seriam usados para fins de controle e
manutenção da sociedade capitalista.
Apropriação cultural e
Apocalípticos x Integrados (Umberto Eco, 1965)
• Integrados são a favor dos MDCM
– defendem os mdcm a única fonte de informação
possível a uma parcela da população que sempre
esteve distante das informações
– as informações veiculadas por eles podem contribuir
para a própria formação intelectual do público
– a padronização de gosto gerada por eles funcionar
como um elemento unificador das sensibilidades dos
diferentes grupos
– os mdcm não seriam característicos apenas da
sociedade capitalista, mas de toda sociedade
democrática.
Apropriação cultural e
Apocalípticos x Integrados (Umberto Eco, 1965)
• Eco acredita que não se pode pensar a sociedade
moderna sem os mdcm
• sua preocupação é descobrir que tipo de ação
cultural deve ser estimulado para que os mdcm
realmente veiculem valores culturais num
determinado contexto históricos
• Pois não é pelo fato de veicular produtos culturais
que a cultura de massa deva ser considerada
naturalmente boa, como querem os "integrados"
Apropriação cultural e
Apocalípticos x Integrados (Umberto Eco, 1965)
• Eco critica as duas concepções. Os "apocalípticos"
estariam equivocados por considerarem a cultura
de massa ruim simplesmente por seu caráter
industrial.
• Os "integrados", por sua vez, estariam errados
por esquecerem que normalmente a cultura de
massa é produzida por grupos de poder
econômico com fins lucrativos, o que significa a
tentativa de manutenção dos interesses desses
grupos através dos próprios mdcm.
Indígena e quilombolas
• Política indigenista é o conjunto de iniciativas
adotadas pelo Estado em relação às
populações indígenas e seu território.
• O Indigenista Especializado atua na
formulação das políticas nacionais de
indigenismo para a proteção dos direitos dos
povos indígenas garantidos pela constituição.
Indígena e quilombolas
• Os regimes de propriedade dos quilombos, as
diversas “terras de preto” e as comunidades
cafuzas possuem diferenças marcantes em
relação aos povos indígenas, porém ainda
fazem parte da ampla categoria de formas de
propriedade comum.
Indígena e quilombolas
• O reconhecimento de direitos específicos
às comunidades quilombolas é algo
relativamente recente no Brasil. Enquanto os
direitos dos índios às suas terras são
reconhecidos desde a época colonial e pelas
sucessivas Constituições Brasileiras desde a de
1934, o direito dos remanescentes de
quilombos foi reconhecido pela primeira vez
no ano de 1988 quando da promulgação da
atual Constituição no artigo 68.

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