verdadeiras etnografias urbanas Antropologia Urbana no Brasil • A partir do fim dos anos 1960 a cidade e suas diferentes populações passaram a constituir um novo campo de análise para a antropologia brasileira. Antropologia Urbana no Brasil • o estudo das experiências urbanas de populações desfavorecidas • experiência urbana das camadas médias e altas da sociedade brasileira • pesquisas a respeito da migração campo- cidade • Utiliza-se o método etnográfico Cultura e Comportamento Urbanos • O crescente individualismo das populações urbanas e o estudo das organizações familiares em tais populações • Pesquisas a respeito de migrantes, grupos étnicos e populações de baixa renda residentes em favelas, • Estudou-se valores e estilos de vida de diferentes segmentos das camadas médias urbanas Cultura e Comportamento Urbanos • Análise em outras dimensões além das de diferença de renda: antropólogas feministas passaram a estudar a opressão da mulher, • Antropólogos e antropólogas homossexuais passaram a estudar as relações de gênero e as diversas sexualidades, • Antropólogos negros se dedicaram a estudar as relações raciais. Fricção Interétnica • Uma situação de contato interétnico pode ser entendida como uma totalidade sincrética. Esse termo “fricção interétnica” é comumente atribuído à antropologia Brasileira. Fricção Interétnica • No entendimento do senso comum, fricção interétnica seria o “atrito” entre etnias diferentes, culturas diferentes, ocasionando a apropriação de práticas, conflitos e junções ora negativos ora positivos e até mesmo a ocorrência de conflitos identitários, sendo assim traços culturais passam de uma sociedade para outra, como nos “estudos de aculturação”. Fricção Interétnica • Depois 1960, após a observação da interação entre índios e não-índios, isto é, entre índios e a sociedade nacional, etnólogos brasileiros verificaram que as teorias que tentavam explicar o resultado dessa interação, como por exemplo, a teoria da aculturação, não eram mais suficientes. • Isto porque diferentemente de como preconizavam essas teorias, os índios brasileiros não perderam sua identidade étnica e nem foram assimilados pela sociedade nacional. Fricção Interétnica • O modelo de fricção interétnica resultou da insatisfação de Roberto Cardoso de Oliveira com os estudos de aculturação que, na primeira metade do século XX, dominavam a antropologia estadunidense e, por extensão, a academia brasileira. Fricção Interétnica • Nesse contexto, surge a teoria da fricção interétnica como uma crítica à teoria da aculturação e como teoria capaz de explicar tais resultados. • A mudança metodológica revela-se sobretudo na ênfase posta pela situação de contato, a ser percebida como uma “totalidade sincrética”: “duas populações dialeticamente “unificadas” através de interesses inteiramente opostos, ainda que interdependentes, por mais paradoxal que pareça” Apropriação Cultural e a Fricção Interétnica Apropriação cultural e Apocalípticos x Integrados (Umberto Eco, 1965) Apropriação cultural e Apocalípticos x Integrados (Umberto Eco, 1965) • Apocalípticos são aqueles que condenam os meios de comunicação de massa (MDCM) – cultura homogênea (que desconsidera diferenças culturais e padroniza o público) – desestímulo à sensibilidade – o estímulo publicitário (criando, junto ao público, novas necessidades de consumo) – a sua definição como simples lazer e entretenimento, desestimulando o público a pensar, tornando-o passivo e conformista – os mdcm seriam usados para fins de controle e manutenção da sociedade capitalista. Apropriação cultural e Apocalípticos x Integrados (Umberto Eco, 1965) • Integrados são a favor dos MDCM – defendem os mdcm a única fonte de informação possível a uma parcela da população que sempre esteve distante das informações – as informações veiculadas por eles podem contribuir para a própria formação intelectual do público – a padronização de gosto gerada por eles funcionar como um elemento unificador das sensibilidades dos diferentes grupos – os mdcm não seriam característicos apenas da sociedade capitalista, mas de toda sociedade democrática. Apropriação cultural e Apocalípticos x Integrados (Umberto Eco, 1965) • Eco acredita que não se pode pensar a sociedade moderna sem os mdcm • sua preocupação é descobrir que tipo de ação cultural deve ser estimulado para que os mdcm realmente veiculem valores culturais num determinado contexto históricos • Pois não é pelo fato de veicular produtos culturais que a cultura de massa deva ser considerada naturalmente boa, como querem os "integrados" Apropriação cultural e Apocalípticos x Integrados (Umberto Eco, 1965) • Eco critica as duas concepções. Os "apocalípticos" estariam equivocados por considerarem a cultura de massa ruim simplesmente por seu caráter industrial. • Os "integrados", por sua vez, estariam errados por esquecerem que normalmente a cultura de massa é produzida por grupos de poder econômico com fins lucrativos, o que significa a tentativa de manutenção dos interesses desses grupos através dos próprios mdcm. Indígena e quilombolas • Política indigenista é o conjunto de iniciativas adotadas pelo Estado em relação às populações indígenas e seu território. • O Indigenista Especializado atua na formulação das políticas nacionais de indigenismo para a proteção dos direitos dos povos indígenas garantidos pela constituição. Indígena e quilombolas • Os regimes de propriedade dos quilombos, as diversas “terras de preto” e as comunidades cafuzas possuem diferenças marcantes em relação aos povos indígenas, porém ainda fazem parte da ampla categoria de formas de propriedade comum. Indígena e quilombolas • O reconhecimento de direitos específicos às comunidades quilombolas é algo relativamente recente no Brasil. Enquanto os direitos dos índios às suas terras são reconhecidos desde a época colonial e pelas sucessivas Constituições Brasileiras desde a de 1934, o direito dos remanescentes de quilombos foi reconhecido pela primeira vez no ano de 1988 quando da promulgação da atual Constituição no artigo 68.