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- Ministério da Saúde. Notificação de maus-tratos contra crianças e adolescentes pelos profissionais de saúde: um passo a mais na
cidadania em saúde.2002.
- United Nations Secretary. World Report on Violence against Children. 2008.
O Problema
• A grande maioria dos casos de VS é praticada
por parentes, pessoas próximas e conhecidas;
Difícil denúncia Impunidade dos agressores
Enfermeiro Psicólogo
Assistente
Social Advogado
-Flores R Z,Caminha R M. Violência sexual contra crianças e adolescentes: Algumas sugestões para facilitar o diagnóstico correto. 1994.
- Baptista RS, França ISX et.al .Caracterização do abuso sexual em crianças e adolescentes notificado em um Programa Sentinela.2008
- Ministério da Saúde. Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes: norma técnica. 2005.
O Problema
Despreparo dos
Prejuízos da VS Reação negativa profissionais
contra criança
+ da família
+
assistentes
Atendimento fragmentado,
desorganizado e pouco resolutivo
- Flores R Z,Caminha R M. Violência sexual contra crianças e adolescentes: Algumas sugestões para facilitar o diagnóstico correto. 1994.
- Baptista RS, França ISX et.al .Caracterização do abuso sexual em crianças e adolescentes notificado em um Programa Sentinela.2008
- Ministério da Saúde. Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes: norma técnica. 2005.
Objetivos
• Avaliar o perfil clínico-epidemiológico da
população pediátrica vítima de violência
sexual e os fatores envolvidos na agressão; e
elaborar proposta de atendimento destes
pacientes na emergência pediátrica do
Hospital Regional da Asa Sul (HRAS).
Materiais e Métodos
• Delineamentos do estudo
– Período de realização do estudo: agosto a setembro de
2010;
– Período em análise: janeiro de 2007 a agosto de 2010;
– Estudo observacional retrospectivo das crianças vítimas
de violência sexual atendidas no Programa Violeta do
HRAS;
– Dados clínico-epidemiológicos contidos nos prontuários e
fichas de avaliação do Programa Violeta, não havendo
interferência no manejo dos pacientes, nem quanto à
necessidade de exames;
– Protocolo pré-estabelecido .
Materiais e Métodos
• Critérios de inclusão
– Paciente vítima de violência sexual que esteve ou está
em acompanhamento pela equipe do Programa Violeta
do HRAS;
– Paciente com idade inferior a 12 anos;
• Critério de exclusão
– Pacientes que não preencherem os critérios de inclusão;
Materiais e Métodos
• Aspectos Éticos
– Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em
Seres Humanos da Fundação de Ensino e Pesquisa
de Ciências da Saúde do Distrito Federal
(aprovação nº 227/2010), tendo como base a
Resolução 196/96 CNS/MS; sendo dispensado o
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
Materiais e Métodos
Definições adotadas quanto ao tipo de violência sexual
- Estupro :penetração vaginal – Manipulação Genital:
com uso de violência ou carícias; toques;
grave ameaça; masturbação;
– Atentado violento ao – Exploração sexual:
pudor: obrigação por atividades sexuais da
alguém a praticar atos criança com fim comercial
libidinosos, sem penetração lucrativo;
vaginal, utilizando violência – Sugestões sexuais:
ou grave ameaça; apresentação de textos ou
– Relação sexual: sexo oral; imagens com conteúdos
coito anal e genital; sexualizados; simulações
– Exibicionismo: exposição de verbais; comentários
órgãos genitais à criança; sexualmente provocantes;
Materiais e Métodos
• Definições adotadas quanto ao tipo de
agressor :
Pai Padrasto Mãe Vizinho/Amigos
agressão:
Casa da Família Casa do Pai Casa da Mãe
20
Distribuição percentual quanto à confirmação de Violência Sexual das 245 crianças de 0 a 12 anos
acolhidas pelo Programa Violeta com suspeita de Violência Sexual no período de janeiro de 2007 a
30 de agosto de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS.
Distribuição por ano das 245 crianças de 0 a 12 anos acolhidas pelo Programa Violeta com suspeita
de Violência Sexual no período de janeiro de 2007 a 30 de agosto de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS
Distribuição quanto a procedência das 225 crianças de 0 a 12 anos vítimas de violência sexual
acompanhados pelo Programa Violeta no período de janeiro de 2007 a 30 de agosto de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS.
Distribuição das 156 crianças de 0 a12 anos vítimas de violência sexual acompanhadas pelo
Programa Violeta procedentes das cidades satélites do Distrito Federal no período de janeiro de
2007 a 30 de agosto de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS.
Distribuição das 32 crianças de 0 a 12 anos vítimas de violências sexuais acompanhadas pelo
Programa Violeta procedentes do entorno do Distrito Federal no período de janeiro de 2007 a 30
de agosto de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS.
Distribuição por sexo das 225 crianças de 0 a 12 anos vítimas de violência sexual acompanhados
pelo Programa Violeta no período de janeiro de 2007 a 30 de agosto de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS.
Média de idade de 6,5 anos
Distribuição por faixa etária das 225 crianças de 0 a 12 anos vítimas de violência sexual
acompanhados pelo Programa Violeta no período de janeiro de 2007 a 30 de agosto de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS.
Distribuição percentual por tipos de violência sexual praticadas contra as 225 crianças de 0 a
12 anos acompanhadas pelo Programa Violeta no período de janeiro de 2007 a 30 de agosto
de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS.
Distribuição percentual dos tipos de agressores que praticaram violência sexual contra as 225
crianças de 0 a 12 anos acompanhadas pelo Programa Violeta no período de janeiro de 2007
a 30 de agosto de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS.
•
Distribuição percentual quanto aos locais onde foi praticada a violência sexual das 225
crianças de 0 a 12 anos acompanhadas pelo Programa Violeta no período de janeiro de 2007
a 30 de agosto de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS.
Distribuição percentual quanto ao tempo decorrido entre a agressão sexual e a procura de
assistência especializada dos 225 casos das crianças de 0 a 12 anos acompanhadas pelo
Programa Violeta no período de janeiro de 2007 a 30 de agosto de 2010.
FONTE: Fichas de avaliação dos perfis do agressor e vítima atendidos no HRAS.
Proposta de Protocolo de Atendimento
FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DA CRIANÇA VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL NO HOSPITAL
REGIONAL DA ASA SUL
Abertura do prontuário
único
Preenchimento da folha de
acolhimento das crianças vítimas
de VS
FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DA CRIANÇA VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL NO HOSPITAL
REGIONAL DA ASA SUL
Preenchimento da folha de
acolhimento das crianças vítimas
de VS
Notificação
Profilaxia
Profilaxia contra DST Profilaxia contra tétano: Profilaxia contra Hepatite Profilaxia Contra HIV se <
não viral se tempo de Avaliar presença de lesões de B (ver restante 72 horas após agressão
agressão < 10 dias (ver risco e carteira de vacinação fluxograma).Maior (ver restante
restante fluxograma) (Ler protocolo de eficácia nas primeiras 24 fluxograma)*
atendimento) a 48 horas após agressão
FLUXOGRAMA DE ATENDIMENTO DA CRIANÇA VÍTIMA DE VIOLÊNCIA SEXUAL NO HOSPITAL
REGIONAL DA ASA SUL
OBS: Não utilizar metronidazol neste momento se esquema TARV conter ritonavir
Ritonavir (rtv): 350 a 400 mg/ m2 a cada 12 horas-dose máxima de 1200mg/dia. Apresentação: Cápsulas de
100mg e frascos de 80mg/ml
PROFILAXIA HEPATITE B
Criança com imunização completa não necessita de reforço ou imunoglobulina.Pessoas não imunizadas
fazer as 3 doses da vacina e imunoglobulina.Pessoas com esquema vacinal incompleto devem completar o
esquema e fazer imunoglobulina.Caso agressor tenha usado preservativo ou tenha imunização completa
para Hepatite B, não indica profilaxia a vítima.
VACINA:Crianças até 11 anos fazer 0,5ml IM, maiores que isso fazer 1 ml / IM.Aplicação deverá ser no
músculo deltóide.Orientar segunda e terceira doses após 30 e 180 dias da primeira dose.
IMUNOGLOBULINA HIPERIMUNE PARA HEPATITE B:0,06 ml/kg IM. Aplicar no glúteo.Caso dose
ultrapasse 5 ml fazer em grupos musculares diferentes, inclusive do da vacina.Utilizar de preferência nas
PROFILAXIA
primeiras 24-48 TÉTANO
h da agressão, no máximo 14 dias após.
Avaliar lesões e atualização vacinal. Olhar rotina de criança vítima de violência sexual no item
profilaxia do tétano.
PROFLILAXIA DST NÃO VIRAIS
Crianças com menos de 45 Kg: Azitromicina 20mg/Kg dose única (Dose máxima 1 g) ou Eritromicina
50mg/Kg/dia de 6/6 horas por 10 dias + Ceftriaxona 250mg IM dose única + Metronidazol 15mg/Kg VO 8/8
horas por 7 dias (dose máxima 2 g) + Penicilina Benzatina 50000UI/Kg IM dose única(Dose máxima de
2400000UI)
Crianças com mais de 45 Kg:Azitromicina 1 g VO dose única + Tiafenicol 2,5g VO dose única + Metronidazol 2
g VO dose única + Penicilina Benzatina 2400000 IM dose única
OBS:Pessoas alérgicas a penicilina deverão fazer uso de Eritromicina 500mg 6/6 horas por 10 dias.
Não usar metronidazol neste momento, se no esquema antiretroviral tiver ritonavir.
Exames a serem solicitados no Pronto Socorro- Primeiro
Atendimento
Hemograma Completo
Transaminases
Sorologia Hepatite B
Sorologia Hepatite C
Sorologia HIV 1 e 2
VDRL
Análise do conteúdo vaginal
Sensibilidade dos
Práticas
profissionais de
humanizadas
saúde
“Ouvi e li coisas impossíveis de ocorrer, mas ali existiam. Vi outras
que não queria, mas estavam ali do meu lado todo tempo... Tive
que viver as histórias e entrar na vida dos personagens reais do
Programa Violeta para saber e entender um pouco do que é a
violência sexual e seus desastres. Foram sentimentos intensos e
desconfortáveis. Neguei. Senti muita raiva. Senti-me impotente
diversas vezes. Mas imobilizada eu não poderia ficar... É por isto
que mostro hoje esta realidade e com esta obra posso dizer que
hoje sou uma pessoa bem melhor.”