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Suporte Básico de Vida

São as ações tomadas por um


socorrista, que visam garantir a
preservação dos sinais vitais de uma
pessoa, vítima de acidente (trauma)
ou mal clínico
O SOCORRISTA

 Socorrista é a pessoa tecnicamente capacitada e


habilitada para, com segurança, avaliar e
identificar problemas que comprometam a
vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado
socorro pré-hospitalar e o transporte do
paciente sem agravar as possíveis lesões já
existentes.
TRAUMA – O Trauma é definido como um conjunto de
perturbações causadas subitamente por um agente
físico, de etiologia, natureza e extensão muito variadas.
Assim, este não deve ser encarado como uma doença,
uma vez que é proveniente da ação de agentes externos
conhecidos sobre um hospedeiro (homem), exige
atitudes e procedimentos terapêuticos específicos, e,
acima de tudo, pode ser evitável.

EMERGÊNCIAS CLÍNICAS - Estado crítico provocado


por uma ampla variedade de doenças e condições, que
podem ser produzidas por micróbios, falência dos
órgãos ou sistemas ou agentes externos cujas causas
não incluem violência sobre as vítimas.
SINAIS VITAIS

 Sinais vitais são aqueles que


evidenciam o funcionamento e as
alterações da função corporal. Dentre os
inúmeros sinais que são utilizados na
prática diária, destacam-se pela sua
importância e por nós serão abordados:
a pressão arterial, o pulso, a temperatura
e a respiração.
PRESSÃO ARTERIAL

Esta pressão é a força que o sangue exerce na parede das


artérias e dois valores são registrados:
Pressão sistólica – pressão máxima, ocorre quando o
coração contrai e expulsa o sangue para a arvore
arterial;
Pressão diastólica- pressão mínima, ocorre quando o
coração relaxa.Os valores considerados normais para a
pressão arterial em adultos jovens são:

Pressão sistólica – de 110 a 140 mmhg


Pressão diastólica – de 60 a 90 mmhg
Pulso

Pulso é a contração e expansão alternada de uma


artéria, ou seja, é a sensação periférica do batimento
cardíaco.

Os valores considerados normais para a freqüência


cardíaca são:
Adulto de 60 a 100 batimentos;
Criança de 100 a 120 batimentos;
Lactente de 120 a 140 batimentos.
Temperatura

VALORES NORMAIS DA TEMPERATURA

Os locais habituais da medida da temperatura


corpórea são: a axila, a boca e o ânus, sendo que
existem diferenças fisiológicas entre os locais:
Axilar - 35,5 a 37,0 0C
Bucal - 36,0 a 37,4 0C
Retal - 36,0 a 37,5 0C
RESPIRAÇÃO

A respiração é a troca de gases dos pulmões com


o meio exterior, que tem como objetivo a
absorção do oxigênio e eliminação do gás
carbônico.
FREQÜÊNCIA

Adultos – 10 a 20 movimentos por minuto


Criança – 20 a 30 movimentos por minuto
Lactentes – 30 a 40 movimentos por minuto
Temporal

Carotídeo

Braquial

Pontos Aorta torácica e


abdominal

de Radial

Pulso
Ilíaco Femoral

Pedioso
AVALIAÇÃO E ATENDIMENTO

A avaliação é o pilar fundamental para o melhor


tratamento ao doente politraumatizado ou de
emergências clinicas, sendo a base para todas
as decisões de atendimento e transporte. A
primeira meta na avaliação é determinar a
condição atual do doente. Para a realização
desta avaliação o socorrista deverá observar o
consentimento explicito e implícito.
CONSENTIMENTO EXPLÍCITO – ou formal, é aquele
consentimento onde o socorrista após se identificar
para uma vitima adulta com clareza de raciocínio e
consciente, recebe autorização da vitima para a
prestação de socorro.

CONSENTIMENTO IMPLÍCITO – nas situações de


emergências onde as vítimas apresentem inconsciência,
confusas ou gravemente feridas, quando será
impossível obter o consentimento formal, o socorrista
deverá iniciar imediatamente a assistência, a legislação
infere que o paciente daria o consentimento caso
tivesse condições de fazê-lo. Quando as vítimas forem
menores de idade, o consentimento implícito pode ser
adotado, presumindo que se os pais estivessem
presentes dariam o consentimento para a prestação do
socorro.
Prioridades no
atendimento à vítima
Prioridades Principais:
São aquelas que matam se não forem tratadas
imediatamente.
- Parada Cardiorrespiratória (PCR);
- Parada Respiratória;
- Obstrução respiratória;
- Grandes Hemorragias (mais de 01 litro de
sangue perdido interna ou externamente).
- Trauma Crânio Encefálico (TCE);
- Trauma de Tórax;
- Trauma de Abdome;
Prioridades
Secundárias:
São aquelas que geralmente não matam, mas
deixam sequelas irreversíveis.

 Trauma de Coluna;

 Trauma de Bacia;

 Grandes Queimados (+10% total do corpo);

 Fratura de Fêmur.
Prioridades Terciárias:

São aquelas que não matam, não deixam

sequelas, mas que também necessitam ser

tratadas.

 Ferimentos;

 Fraturas de extremidades;

 Queimaduras Leves (-10%).


AVALIAÇÃO DO PACIENTE

 Avaliação da Cena (anterior ao


atendimento)

 ABC da vida.
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IMPORTANTE

Ao deparar-se com uma emergência, o socorrista


deverá responder a três perguntas:

 1º - O que está acontecendo aqui?

 2º - Até onde isso pode chegar?

 3º - O que vou fazer para resolver isso?


AVALIAÇÃO DA CENA

Após o socorrista ter checado o ocorrido (a avaliação da


cena, permitirá a ele determinar o nível de segurança
no local) e chamado o resgate através do 193,
deverá começar a cuidar da Vítima.

GERENCIAR OS RISCOS

O gerenciamento dos riscos consiste em


deixar o local da cena seguro, eliminando
possíveis riscos para você, a vítima ou
outra pessoa envolvida no socorro.
Avaliação da Cena

Verificar se o local oferece algum


Relato de testemunhas; perigo para o Socorrista e/ou
para a vítima;

Relacionar a
vítima ao
acidente;

Verificarse é necessário apoio de


pessoal e/ou de material. 19
PRECAUÇÕES
 Cuidado com sangue e fluídos corporais;
 Deve-se durante todo o atendimento ser usado luvas,
principalmente em contato com sangue e líquidos,
corpóreos;
 Deve ser usados máscaras e óculos de proteção;
 Deve, quando for necessário ventilação artificial,
usado ambú, máscara ou outro dispositivo de
proteção;
 Após o atendimento lave sua mãos e equipamentos
(pranchas, macas) que tiverem tido contato com a
vítima deverão ser limpos com solução de Hipoclorito
de Sódio com água 1 por 5 por 5 minutos.
SUPORTE BÁSICO DE
VIDA
(SBV)

ABCD da Vida

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1 - Verifique o nível de
consciência da vítima.
 PERGUNTE:

Oi tudo bem?
Você pode me ouvir?
Pode falar?

IMPORTANTE

Se a vítima estiver caída ao


solo, o socorrista deverá
ajoelhar ao seu lado e manter
sempre um ou os dois joelhos
no solo.
2 - Abra vias aéreas
Libere vias aéreas
aplicando a
técnica de
hiperextensão do
pescoço e
protusão
mandibular.
3 - Verifique a respiração
Observe se o peito da vítima sobe e desce,
colocando sua orelha próxima a boca da
vítima. Olhe, sinta e sinta o ar saindo e
entrando por alguns segundos,
para determinar
se há ou não
presença de
respiração.
Caso a Vítima NÃO
Respire, Efetue 01
Respiração boca a boca

RESPIRAÇÃO
DE RESGATE

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4 - Verifique a Circulação
Procure sentir o pulso, verificando na artéria
carótida se for adulto ou criança, em caso
de bebê verifique o pulso na artéria braquial.
Qual o Procedimento
correto para uma
Reanimação
Cárdio-Pulmonar Cerebral
(RCPC)???
O local da massagem
cardíaca externa é
achada colocando a
mão dois dedos
acima do Apêndice
Xifóide ou no meio
da linha dos
mamilos
Esterno

Apêndice xifóide
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Mãos no tórax para
compressões torácicas

30
De acordo com as
idades

31
Compressões
torácicas

32
Posicionamento correto

33
Compressões
torácicas
Comprima 3,5 a 5 cm

34
Se ouverem dois
socorristas, um ventila, o
outro comprime!!!

35
Relação
compressão / ventilação
30x02
30 Compressões Torácicas
02 Insuflações

36
Reavaliação a cada 05
ciclos

37
Checar os sinais
vitais

Caso a vítima não reaja…


38
Novo ciclo se inicia

39
D - Desfibrilação
Neste módulo, não aprofundaremos
em técnicas de utilização
Do DEA (Desfibrilador Externo
Automático)

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E - EXAME FÍSICO DA VÍTIMA

 Exponha o Corpo da Vítima.


 Consiste em um exame
completo da vítima, da cabeça
aos pés, comparando um lado
com outro do corpo, procurando
por ferimentos, fraturas,
deformidades, sangramentos ou
qualquer sinal anormal.
EXAME FÍSICO

Exame rápido da cabeça aos pés,


a fim de verificar os problemas
mais graves que a vítima possa ter.

A imobilização da
cabeça deverá ser
feita o tempo todo
manualmente.
Palpe delicadamente o crânio para verificar
depressões, sangramento, nódulos macios, duros
ou moles, e assim por diante.
Observe os olhos para ver se as pupilas
estão reativas ou apresentam danos.
OBSERVAÇÕES CAUSA PROVÁVEL

Inconsciência, choque,
Dilatada PCR, hemorragia,

Contraída Abuso de drogas

Anisocoria AVC, TCE

Normais
Verifique a presença de sangue ou de
líquido claro (líquido cefalorraquidiano)
no nariz e
nos ouvidos.
Verifique laceração ou obstruções na boca,
observe simetria facial e alinhamento dos
dentes.
Palpe delicadamente o pescoço para
verificar qualquer anormalidade na traquéia
e nas vértebras cervicais.
Após o exame da
região do pescoço,
sendo mais de um
socorrista, deverá ser
colocado o colar
cervical.
Aplique compressão na caixa torácica para
descobrir quaisquer danos. Ao mesmo tempo,
inspecione visualmente o tórax para verificar se
há deformidades,
ferimentos e
expansão uniforme.
Verifique visualmente o abdome; em seguida,
palpe cada quadrante para ver se há sensibilidade
e deformidade ou áreas enrijecidas.
Coloque as mãos nos dois lados dos quadris
e comprima para dentro e para baixo, verificando
se há sensibilidade, crepitação ou rangido.
Verifique se há dor ou deformidades na
parte superior da perna (fêmur), palpe os
joelhos para ver se há deformidade ou dor na
patela (rótula).
Sinta a parte inferior da perna; palpe a tíbia,
os tornozelos e os pés, verifique pulso distal e
perfusão capilar. Se a vítima estiver consciente,
verifique resposta motora e sensibilidade.
Palpe a clavícula e pergunte se há dor, palpe
toda extensão dos braços e verifique pulso distal e
perfusão capilar. Se a vítima estiver consciente,
verifique resposta motora e sensibilidade.
Exame da coluna
 Verifique possíveis
deformidades e
hematomas na coluna
quando for fazer o
rolamento para transportar
a vítima na prancha longa.
Monitores os sinais vitais

 Respiração;
 Pulso;
 Pressão Arterial;
 Temperatura.
É um quadro em que
algum objeto ou alimento,
causa obstrução ou
dificulta a passagem do
ar para dentro dos pulmões
da vítima.
Pode Ser Parcial ou Total.
OBSTRUÇÃO
RESPIRATÓRIA
OBSTRUÇÃO
RESPIRATÓRIA
Vítima consciente engasgada:
Pergunte para a vítima:
“Você pode falar?”
OBSTRUÇÃO
RESPIRATÓRIA
Se não puder falar, coloque-se
atrás da vítima e posicione as
mãos para as Manobras de
Heimlich.
OBSTRUÇÃO
RESPIRATÓRIA

Efetue Repetidas
Compressões no Abdome da
Vítima, até a desobstrução,
ou até a chegada de socorro
adequado, ou até a vítima
ficar inconsciente.
BEBÊ ENGASGADO
Verifique nível de Consciência.

Provoque um estimulo na sola do pezinho do bebê


Abra as Vias aéreas e
verifique a Respiração.
Se não respira, efetue uma
insuflação boca a boca e nariz.
Vire o bebê de bruços e efetue 05
pancadas entre as escápulas do bebê
Vire o bebê de
barriga para cima,
visualize a linha dos
mamilos e coloque
dois dedos no
Esterno, abaixo desta
linha e efetue 05
compressões.
Após as manobras, tente
visualizar e retirar o objeto
estranho.
Se não respira e persiste
a obstrução, repita os
passos anteriores, até a
desobstrução, ou
chegada de socorro
adequado.

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