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ÉTICA GERAL E PROFISSIONAL

Aula 8

Clara Brum
Ética da Advocacia

O art. 27, EOAB – conceito de incompatibilidade e impedimento;


O art. 28, EOAB – rol dos incompatíveis;
O art. 29, EOAB – regra especial para a Advocacia Pública;
O art. 30, II e II, EOAB – os impedidos;
O art. 30, parágrafo único, EOAB – Exceção para docentes.
Ética da Advocacia

Art. 27 - A incompatibilidade determina a proibição total e o


impedimento a proibição parcial do exercício da advocacia.

A incompatibilidade implica a proibição total de advogar ao


bacharel em direito que passar a exercer cargos ou funções que o
Estatuto expressamente indica.

A proibição pode ser permanente ou temporária, dependendo do


exercício ou natureza do cargo ou função.
Ética da Advocacia

A incompatibilidade permanente acarreta o cancelamento


definitivo da inscrição, que, cancelada, jamais se restaura
[enquanto perdurar a incompatibilidade] e extingue todos os
efeitos dela decorrentes (LÔBO, 2008, p.160).
Ética da Advocacia

Art. 28, EOAB. A advocacia é incompatível, mesmo


em causa própria, com as seguintes atividades:

Inciso I: Titulares de entes públicos


Chefe do Poder Executivo;
Membros da Mesa do Poder Legislativo;
Os substitutos legais de tais cargos.
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Inciso II: Funções de Julgamento

Membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos


tribunais e conselhos de contas. Membros dos juizados especiais, da
justiça de paz, juízes classistas (juiz classista foi extinta com a EC
n.º 24 de 1999.)
Todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de
deliberação coletiva da administração pública direta ou indireta.
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Inciso III: Cargos ou funções de direção

Ocupantes de cargos ou funções de direção em


órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em
suas fundações e em suas empresas controladas ou
concessionárias de serviço público;
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Inciso IV: Serventuários da justiça

Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou


indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que
exercem serviços notariais e de registro;

Verifique-se que: (Poder Judiciário)


os motoristas, operadores de máquinas reprográficas, porteiros,
editor de jurisprudência, vigilantes, telefonistas, recepcionistas,
atendentes, desde que sejam servidores ou lhe prestem serviços
SÃO INCOMPATÍVEIS com a advocacia.
Ética da Advocacia

Inciso V: atividade policial de qualquer natureza

Ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou


indiretamente a atividade policial de qualquer
natureza;

(“Indiretamente” = terceirizados)
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Inciso VI: militares na ativa

Militares de qualquer natureza, na ativa; (Exército,


Marinha e Aeronáutica, como também os Militares
Estaduais que integram a Polícia Militar e o Corpo de
Bombeiros)
Ética da Advocacia

Inciso VII: Fiscalização

Ocupantes de cargos ou funções que tenham


competência de lançamento, arrecadação ou
fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;
Ética da Advocacia

Inciso VIII: direção ou gerência de instituições


financeiras

Ocupantes de funções de direção e gerência em


instituições financeiras, inclusive privadas.
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Art. 28, § 1º, EOAB - A incompatibilidade permanece mesmo que o


ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente.

Art. 28,§ 2º, EOAB - Não se incluem nas hipóteses do inciso III os
que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses
de terceiro, a juízo do Conselho Competente da OAB, bem como a
administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério
jurídico.
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1 – funcionários públicos sem poder de decisão sobre a


vida de terceiros – cargos burocráticos;

2 - Coordenadores/Diretores de curso de Direito em


Universidades Públicas;
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Art. 29, EOAB:


Os Procuradores Gerais
Advogados Gerais
Defensores Gerais
Dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública
direta, indireta e fundacional.
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Dirigentes da Advocacia Pública: (exemplo)

Advogado Dirigente da DPGE


Advogado Dirigente da AGU
Advogado Dirigente das Procuradorias
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Art. 30, EOAB. São impedidos de exercer a advocacia:

Inciso I: Servidores públicos, sem poder de decisão


sobre a vida de terceiros.

Os servidores da administração direta, indireta e


fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere
ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;
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Art. 30, EOAB. São impedidos de exercer a advocacia:

Inciso II: Parlamentares

os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes


níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito
público, empresas públicas, sociedades de economia
mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou
empresas concessionárias ou permissionárias de serviço
público.
Ética da Advocacia

Art. 30, Parágrafo único:

Não se incluem nas hipóteses do inciso I os docentes


dos cursos jurídicos.
Ética da Advocacia

ATENÇÃO: Se o parlamentar, previsto no art. 30, inciso I,


EOAB, passar a ocupar a mesa diretora de sua casa
legislativa, deixará de ser impedido e se tornará
incompatível com a advocacia por força do art. 28, inciso
I, parte final, EOAB.
Referências:
BRASIL. Estatuto da Advocacia e da Ordem dos Advogados do
Brasil. Lei 8.906, de 4 de julho de 1994. Coleção Saraiva de Legislação.
20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Código de Ética e Disciplina


da OAB. 2015.

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. Regulamento Geral do


Estatuto da Advocacia e da OAB. 13 de fevereiro de 1995. Coleção
Saraiva de Legislação. 20 ed. São Paulo: Saraiva, 2014.
Referências:
COÊLHO, Marcus Vinicius Furtado. Comentários ao novo código de
ética dos advogados. São Paulo: Saraiva, 2016.

GONZAGA, Álvaro de Azevedo; NEVES, Karina Penna; BEIJATO


JUNIOR, Roberto. Estatuto da advocacia e novo Código de Ética e
Disciplina da OAB comentados. Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
Método, 2016.

LÔBO, Paulo L. N. Comentários ao Estatuto da Advocacia e da OAB.


São Paulo: Saraiva, 2015.
Como é ser um Filósofo?

Clara Maria Cavalcante Brum de Oliveira


Possui graduação em Comunicação Social - Faculdades
Integradas Hélio Alonso (1990), graduação em Filosofia pela
Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2000), graduação em
Direito pela Universidade Estácio de Sá (2005) e mestrado em
Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1998).
Atualmente é professora assistente da Universidade Estácio de
Sá. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética,
atuando principalmente nos seguintes temas: metodologia,
filosofia da ciência, filosofia, filosofia política e filosofia do direito.
Lattes: http://lattes.cnpq.br/2000062113086870

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