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ARQUIVOS
TEXTUAIS:
FORMAS DE
REGISTRO DE TEXTO

Va ana Andade


EDUCAÇÃO,
CIDADANIA E
ACESSO À
JUSTIÇA
Le
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r Arquivo de leitura, forma de análise minuciosa
do texto e depreensão das idéias essenciais;
r pode ser de: indicações bibliográficas,
anotações sobre tópicos da obra, conteúdo,
citações diretas, comentários;
r É possível emitir juízo de valor sobre a obra
em ficha de comentários apreciativos.
r É um instrumento de trabalho ƛ pode:
apresentar-se em tópicos, mesclar citação direta
e indireta, haver repetição.
r produção ƛ foco está em si.
ALVIM, Márcia Cristina de Souza. Educação, Cidadania e o
Acesso à Justiça. Rev a Me ado em De o. Osasco, ano
6, n.2, p.97-106, 2006. Disponível em:
www.fieo.br/edifieo/index.php/rmd/article/viewfile/39/77. Acesso
em: 10 jun. 2008.
1 INTRODUÇÃO
2 EDUCAÇÃO
rNo art. 205 da CF, o conceito de educação ultrapassa a
educação formal e a qualificação para o trabalho.
r Visa ao pleno desenvolvimento do ser humano ±
³formação do homem como ser social´, fornecendo-lhe
condições para o ³exercício da cidadania´.
r Educação ultrapassa o desenvolvimento cognitivo e
pragmático (mercado de trabalho) ± dar condições para o
desenvolvimento do ser humano de forma integral.
r³A educação tem um papel preponderante no
desenvolvimento da autonomia do indivíduo´ ±
proporciona condições para que ele possa fazer escolhas
para uma vida feliz.
rFelicidadania (termo criado por RIOS), que é a cidadania
na ação docente, que é um processo de ³elaboração e
desenvolvimento de um projeto coletivo de trabalho´.
r A escola e o professor são fundamentais no processo
de construção da cidadania, pois dão ao cidadão
subsídios para o exercício da cidadania.
r A educação é fundamental para o preparo e a
construção de um conhecimento que ³possibilite a
intervenção do indivíduo na sociedade de forma plena,
justa e solidária´.
rEsta intervenção é o desempenho do exercício da
cidadania.
> CIDADANIA

r Cidadania = cidadão ± ³indivíduo no gozo dos direitos


civis e políticos de um Estado´ (p.100).
rUltrapassar esta visão = ³ Exercer todos os direitos civis,
políticos e sociais.´ (p.101)
rRepresenta ainda a concretização de direitos dos
cidadãos em todas as esferas ± política, social,
econômica e cultural.
r³Participação ativa e responsável na construção de uma
realidade social´, por isso não pode ser dissociada da
idéia de igualdade.
r ³Cidadania é uma conquista, pois não se nasce
cidadão, é preciso agir para tornar-
tornar-se cidadão
cidadão´. (p.101)
[Discordo]

  
 
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Vadecana Andade
  
 
A ESTRUTURA TEXTUAL

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Para se escrever um bom texto, de fácil compreensão, é


essencial uma boa estrutura textual. Podemos perceber, no
texto em questão, uma boa estrutura, escrita de forma concisa,
dinâmica e didática. Ao deixar suas idéias claras no texto,
Santos (2007) proporciona ao leitor um fácil entendimento e,
assim, uma maior aceitabilidade por parte deste.

Neste item, serão analisados dois aspectos relevantes da


estrutura do texto de Boaventura de Souza Santos para se
atingir uma boa estrutura argumentativa sólida e uma coesão
textual adequada, quais sejam: a intertextualidade e a
subjetividade.
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2.1 INTERTEXTUALIDADE

É primordial ressaltar que todo texto remete, em algum


momento, a outro texto, ou seja, se utilizam do recurso de
apropriação, chamado de intertextualidade. Com isso, tal
princípio textual é inerente à própria linguagem e é conceituado
por Andrade (2008, p.77) como:

[...] o conhecimento de um texto está ligado ao


conhecimento de outros. A conta disso, um discurso não
aparece por si somente, na realidade todo texto é uma
retomada de outros textos, visto que envolve outras
leituras inclusive a leitura do senso comum.
Como se observa, é muito comum evocar outros textos com a
finalidade de fundamentar as idéias do autor, porém não se
pode deixar de mencionar o texto original, que serviu de base
para a construção de uma idéia e de um posicionamento.
Relacionado a isso, Julia Kristeva (  CAMPOS e CURY,
1997) afirma que todo texto é um mosaico de citações, ou seja,
todo texto é uma retomada de outros textos. Inclusive, esse
diálogo entre os textos pode ocorrer por uma simples
vinculação até uma retomada explícita de um texto.

Neste sentido, Boaventura ³dialoga´ com outros autores, ou


seja, utiliza a intertextualidade, a fim de ganhar mais
credibilidade, pois, ao mostrar o posicionamento desses
autores, sobre o mesmo assunto ratifica, explica, confirma,
exemplifica e orienta suas idéias. A título de exemplo, pode ser
visto, no texto, em alguns momentos como:
r É uma avaliação ou mesmo uma interpretação de
fato(s),
fato(s), ou de informação
informação((ões
ões),
), ou de ponto
ponto(s)
(s) teórico
teórico(s)
(s)
que foram veiculadas no texto
texto--fonte.
fonte.
r Para desenvolver o trabalho
trabalho,, deve
deve--se escolher algum
aspecto que será passível de discussão e de aplicação à
realidade..
realidade
rpRESSUp E ALGUNS ASpECTOS ASpECTOS::
^ Desenvolvimento de um ponto ponto--vista acerca de algum
aspecto com o qual você concorda ou não no texto ±
discussão teórico científica
científica;;
^ Acação a a
ma eadade (hipotética ou factual) ±
acação a
m ca o conce o;
conce o;
^ Estabelecer uma posição definida e FUNDAMENTADA
± mínimo 2 fontes teóricas reconhecidas ± consulte fonte
confiáveis..
confiáveis
^ Expressão de pensamentos de forma originaloriginal..
Vadecana Andade
r Escolher qualquer aspecto do texto que será objeto da
discussão..
discussão
r Estabelecer um pressuposto que norteará a
discussão promovida pelo seu texto texto..
r Realizar pesquisa científica ± base teóricateórica..
r Procurar um caso concreto para fundamentar a
discussão..
discussão
r Estabelecer as partes do texto texto,, as quais serão
produzidas (n od
ção
n od
ção,, de envovmen o, na .
de envovmen o, con deaç e na
r Desenvolver um texto teórico científico científico,, em que se
d c
e
m ca o ea ea;;
r Procurar estabelecer uma relação entre a situação
concreta e o pressuposto escolhido do texto fonte ±
construir uma crítica coerente e fundamentadas
fundamentadas..
r Aprofundar princípios e conceitos pertinentes à discussão
com fundamentação teórico
teórico--científica
científica..
> p  

O DIREITO VAI À ESCOLA: A


CIDADANIA EM FOCO
[INTRODUÇÃO]

r §   
   §
r  §    §  
r     
 § 
  

 §
r     
      §

uá muito se fala em cidadania, mas não há clareza, de fato, a que isso


remete. Outro assunto muito veiculado são os direitos fundamentais que
pertencem ao cidadão, mas, afinal de contas, que direitos são esses?
Como ter acesso a tais informações. Além disso, qual a relação entre
direitos fundamentais, direitos humanos, cidadania e educação?
Para tratar do mundo da educação, cabe destacar que vamos nos referir
à educação, no nosso caso, voltada especialmente para o ensino
fundamental. Apesar disso, cumpre esclarecer que a educação, em qualquer
nível, não é vista somente como qualificadora, mas também como formadora,
como aduz Alvim (2006, p.97-106).
À luz disso, convém retomar o que assegura a Constituição Federal, em
seu artigo 205,
A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento
da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho.

A educação, portanto, tem dupla função: omadoa ± isso ocorre à


medida que prevê que a educação deve ser um meio para estimular o
desenvolvimento do ser humano, com vistas ao exercício da cidadania ± quer
dizer que esta perspectiva educacional implica a formação do ser humano
como um sujeito social que pensa coletivamente e intervém na sociedade,
dentro de um contexto de solidariedade e justiça;
acadoa ± isso ocorre
à medida que a educação fornece ao cidadão o conhecimento técnico-
científico ± em outras palavras, que a educação forma o cidadão para o
mercado de trabalho ± qualificação profissional. Essas duas perspectivas são
os dois lados de uma mesma moeda. Uma sem a outra torna o processo
educacional incompleto.
Não vamos abordar aqui a função qualificadora, mas tão-somente a
formadora; porquanto a discussão referente àquela é da competência de
especialistas da área, já a discussão que abarca esta é da competência de
todos que se envolvem com educação e com a formação da sociedade.
Neste sentido, a educação formadora é vista como estratégia para se
desenvolver a cidadania, uma vez que educar para cidadania é trabalhar um
processo educacional que visa transformar a sociedade, de forma paulatina
mas constante, que busca vislumbrar a si e ao outro como agentes de uma
sociedade democrática, em que princípios como igualdade, justiça e
solidariedade são pilares fundamentais, especialmente por que há, num
processo educativo como este, a socialização de princípios basilares dos
direitos humanos.
No que tange a isso, Espiell (  RAYO, 2004, p.164), informa que ³o
ensino e a educação [...] constituem a essência da promoção dos direitos
humanos, base incontestável e condição necessária, ainda que não
exclusiva nem suficiente, para alcançar o respeito e a vigência desses
direitos´.
[«]
A escola é, portanto, o espaço ideal para que se desenvolva a
cidadania, que é um processo de construção gradativo e contínuo e deve ser
iniciado no período escolar, especialmente no ensino fundamental, para que,
à medida que a criança e o adolescente obtenham conhecimentos gerais
nas mais diversas disciplinas, eles possam ter condições de assimilar as
noções básicas de cidadania e, a partir daí, construir valores e princípios
que nortearão suas condutas como cidadãos comprometidos e responsáveis
com a sociedade.
Nesta vertente, os parâmetros Curriculares Nacionais estabelecem
seus objetivos, ao informar que é preciso ³compreender a cidadania como
participação política, assim como exercício de direitos e deveres políticos,
civis e sociais, adotando, no dia-a-dia, atitudes de solidariedade, de
cooperação e de repúdio às injustiças, respeitando o outro e exigindo para si
o mesmo respeito´.
Infelizmente, nem sempre é isso que se vê. Isso é constatado por
Candau (2000, p.14), ao relatar que
A escola, que deveria exercer um papel de humanização a partir da aquisição
do conhecimento e de valores para a conquista do exercício pleno da
cidadania, tem, muitas vezes, favorecido a manutenção do þ  þ  e
refletido as desigualdades da sociedade, reforçando as diferenças entre ricos e
pobres.
Apesar de essa imagem social nem sempre ser animadora, é
importante entender que o compromisso com uma educação que se volte
para cidadania, contemplando a socialização dos direitos humanos
fundamentais, almeja uma transformação social, haja vista que ultrapassa a
mera informação de direitos e deveres civis, mas abarca um processo de
construção do homem que exige do mesmo um compromisso com ideais
que se voltam para a coletividade.
Deste modo, ³educar para a cidadania exige educar para a ação
político-social e esta, para ser eficaz, não poderá ser somente individual,
nem individualista´ (CANDAU et. al., 2000, p.14), porque essa concepção
educacional ultrapassa fronteiras geográficas, culturais, isto é, não é
característica de determinada nação, nem de determinada cultura, ao
contrário, educar para cidadania tem nuanças universais, pois ³o ensino e a
educação, em seu sentido mais amplo e integral, constituem a essência da
promoção dos direitos humanos, base incontestável e condição necessária,
ainda que não exclusiva nem suficiente, para alcançar o respeito e a
vigência desses direitos´ (RAYO, 2004, p.164).
Um exemplo concreto disso é o projeto desenvolvido ± O DIREITO VAI
À ESCOLA: A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA ± cujo desenvolvimento é
financiado pela FAPES (Fundação de Apoio à Ciência e Tecnologia do
Estado do Espírito Santo) e conta com apoio da Faculdade de Direito de
Vitória (FDV).
Este projeto parte do pressuposto de que há um abismo entre os
direitos garantidos e o cidadão a quem esses direitos se destinam. Em
virtude disso, pensou-se na socialização do conhecimento mínimo na área
de direitos humanos, com foco especial no princípio da dignidade, pois tal
ato minimiza barreiras e conduz a uma sociedade mais igual, visto que
socializar noções de direitos humanos se constitui em uma forma de
construção da cidadania. Na verdade, a construção da cidadania perpassa
todos os âmbitos deste projeto.
Se entendermos cidadania como uma forma de construção coletiva, em
que há não somente direitos, mas também deveres, temos que o processo
de socialização do Direito é um marco para uma mudança efetiva na
sociedade. Esta percepção de cidadania é o ideal de qualquer nação, por
isso é importante que pensemos, na socialização de noções elementares de
cidadania e de direitos humanos, desde o ensino fundamental.

r    
  §  §

   
   
  
REFERÊNCIAS
ALVIM, Márcia Cristina de Souza. Educação, Cidadania e o Acesso à
Justiça. Rev a Me ado em De o. Osasco, ano 6, n.2, p.97-106, 2006.
Disponível em: www.fieo.br/edifieo/index.php/rmd/article/viewfile/39/77.
Acesso em: 10 jun. 2008.
CANDAU, Vera Maria u . Tecendo a Cdadana: oficinas pedagógicas de
direitos humanos. 3.ed. Petrópolis/RJ: Vozes, 2000.
CORRÊA, Darcísio. A con 
ção da cdadana: reflexões histórico-
políticas. Ijuí: Ed. UNIJUÍ, 2006.
DALLARI, Dalmo de Abreu. De o H
mano e CdadanaSão Paulo:
Moderna, 1998. p.14.
______. Um breve histórico dos direitos humanos. In: CARVALuO, José
Sérgio (org.). Ed
cação, Cdadana e De o H
mano . Petrópolis/RJ:
Vozes, 2004. p.19-42.
FARIA, José Eduardo (Org.). De o H
mano , De o Soca e
J
ça.1.ed. 4. tiragem. São Paulo: Malheiros Editores, 2005.
p 


p  
³Segundo livro de Valdeciliana da Silva
Ramos Andrade e Valéria Cristina
Barbosa Gabriel, há dialogismo no texto,
pois existe uma interação do autor com o
leitor na leitura de Passargada. (2005.
pág. 98-99), e comprova isso em seu
texto quando explica que: ³dialogismo
ocorre quando há interação verbal do
autor com o leitor, quando existe trocas
enunciativas entre eles´. No texto o tu
destinatário consegue entender o texto,
conseqüentemente, se sente incluído no
texto«´
³A subjetividade do texto é não-marcada, uma
vez que quando necessário que o autor dê
sua opinião ele o faz de maneira velada,
mascarada ou então cita falas de moradores
de Pasárgada para expressar sua opinião.
Segundo Valdeciliana da Silva Ramos
Andrade e Valéria Cristina Barbosa Gabriel,
no livro OS MEANDROS DISCURSIVOS DO
TEXTO JURÍDICO: da leitura à produção,
p.97, o autor utiliza esse recurso para ³dar a
falsa ilusão da objetividade e para excluir
qualquer marca de pessoalidade´.´
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an e o ex o. podeamo den o o de
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ado, de acodo com Andade e
Gabe (2005, . 14-15 como:
FICHA DE AVALIAÇÃO ± 2º pERÍODO

CRITÉRIOS VALOR
1 ABNT
r Apresentação 0,6
r Emprego de citação ± estrutura científica 0,6
r Referências e chamadas (autor data ou numérica) 0,6
2 NUANÇAS CRÍTICAS ± ASpECTO ESTRUTURAL 2,0

> ApLICAÇÃO 4,0

4 COESÃO E COERÊNCIA ± ESTRUTURA TEXTUAL 1,2

5 INSTRUMENTOS GRAMATICAIS 1,0

TOTAL ............................................................................... 10,0

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