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A Crítica dialéctica de F.

Buttel e
A. Schnaiberg
A crítica dialéctica de Buttel ao NEP

Buttel é o primeiro crítico de Catton e Dunlap:


Duvida da necessidade de postular uma


clivagem de cariz paradigmático na sociologia;
Vê na formulação do NEP um exagerado
determinismo ambiental e material sobre a
sociedade;
A sua abordagem vem dar continuidade à
abordagem dialéctica da crise ecológica de A.
Schnaiberg (1980) em The Environment:
From surplus to scarcity.
Um Modelo de Relação Dialéctica
entre Economia e Recursos
Naturais
Principais conceitos presentes na proposta de

Alan Schnaiberg:
1) O conceito de dialéctica societal-ambiental;
2) O conceito de engrenagem da produção.
Um Modelo de Relação Dialéctica
entre Economia e Recursos
Naturais
A dialéctica societal-ambiental é a resultante das
interacções economia versus recursos naturais:
A expansão económica das sociedades exige,
necessariamente, acréscimos nas extracções
feitas ao ambiente; Esses acréscimos
engendram, necessariamente, problemas
ecológicos; Esses problemas ecológicos impõem
restrições potenciais à expansão económica.
Um Modelo de Relação Dialéctica
entre Economia e Recursos
Naturais
A dialéctica societal-ambiental resolve-se
através de 3 sínteses: A síntese económica
(maximização da expansão económica com a
consequente degradação ecológica); A síntese
da escassez planificada (prioridade aos
problemas ambientais mais prementes,
mantendo-se uma lógica de expansão, mas mais
moderada); A síntese ecológica (uma expansão
económica assente em recursos renováveis).
Um Modelo de Relação Dialéctica
entre Economia e Recursos
Naturais
A engrenagem da produção:
1) Crescente repartição da economia em três
sectores: monopolístico, concorrencial e
público;
2) Crescente domínio da engrenagem da
produção pelo sector monopolístico, com
impacte no tipo de investimento e nos
efeitos do papel do Estado;
Um Modelo de Relação Dialéctica
entre Economia e Recursos
Naturais
3) Mais interessado em investimentos do tipo
capital-intensivo, o sector monopolístico imputa
ao Estado os custos de investimento em infra-
estruturas, vigilância social e resolução dos
problemas sociais e ambientais, engendrados
pelas necessidades do crescimento económico;
Um Modelo de Relação Dialéctica
entre Economia e Recursos
Naturais
4) Tais custos e investimentos levam à “crise financeira
do Estado”, tornando cada vez mais difícil ao Estado
cumprir e compatibilizar os seus dois grandes
imperativos nas sociedades capitalistas (criar condições
à acumulação do capital e favorecer a legitimação
política e a paz social); 5) Tais imperativos conduzem os
poderes públicos para políticas que agravam ainda mais
os problemas que procuravam resolver.
Um Modelo de Relação Dialéctica
entre Economia e Recursos
Naturais
Em síntese:

A engrenagem da produção funciona por ciclos de


expansão-retracção e conduz ao progressivo


agravamento da situação ecológica: exige o recurso
temporário e periódico ao modelo da síntese da
escassez planificada, enquanto se não retorna à síntese
económica, por pressão económica e política das forças
sociais que dela dependem.

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