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Universidade Federal do

Maranhão

A cidadania negada aos profissionais da Educação

Clarice Zientarski

São Luiz, 27/03/2015.


Brasília, 12 de novembro de 2013.
Anos 1970
A crise no Mundo
do trabalho
Mutações
Crise afeta:
materialidade da
classe trabalhadora e
a sua forma de ser;
Movimento operário
Imperialismo e Globalização
Crise estrutural do capital
Crise estrutural do
capital
Elementos e Características:
• Época Histórica Global M. P. C. reprodução social:
• Ambiental Energética alimentar política, cultural, social,
• Contradições que envolvem o capital vem à tona.
Crise do Welfare State - Regressão da social-
democracia;
• Fim da experiência pós-capitalista- Desmoronamento da
URSS e Leste Europeu
Capitalismo
contemporâneo
Neoliberalismo: reestruturação produtiva,
privatização;
Enxugamento do Estado, políticas em sintonia
com organismos internacionais;
Combate sindicalismo de esquerda;
Taxa de utilização decrescente da mercadoria:
Obsolescência programada.
Nova conformação produtiva do capital - forma de
sociabilidade que desemprega ou precariza mais de 1 bilhão de
pessoas, um terço da força humana mundial que trabalha.
Taylorismo, Fordismo
e Toyotismo. Do
"Tempo é dinheiro"
ao “Just in time”.
Implicações do neoliberalismo:

Os impactos no movimento operário .


Despolitização e Crise nos partidos comunistas e
sindicatos.
Idolatria do mercado e consumo.
Precarização do trabalho.
Preponderância do municipal sobre o nacional e
mundial.
Surgimento e valorização de fenômenos religiosos-
emergência da espiritualidade.
Perda da essência humana – menos análises e mais
soluções, menos razões e mais emoções;
As novas bandeiras - ecologia, relações de gênero;
A crise educacional? E a
Escola?
Escola e Mercado

• A escola face à institucionalização do


desemprego e da precariedade na
sociedade colocada ao serviço da economia
Alterações campo
Produtivo
determinações capitalismo
reforma educativa
para a educação básica.

Políticas publicas
Formação de
professores
realidade global
Realidade global

orientações gerais
da política educacional
Frente às imposições do modelo neoliberal a questão da
centralidade do professor, enquanto profissional ainda é um fator de
fundamental importância, embora se revista de uma nova ótica,
onde, verifica-se a contribuição deste profissional para a eficácia e
eficiência do projeto social que serve a este modelo.

influência das propostas UNESCO –


dos organismos internacionais

UNICEF Banco Mundial

PNUD
Reformas na Educação
EDUCAÇÃO:
Solução para a falta do
emprego?
Trabalho x Educação

• “Pacotes” de formação profissional;


• Expressão
– Formação suprema
acelerada;
do conhecimento;
– Postos redesenhados;
• Homologa qualificações;
“formação flexível para sujeitos
• Define o valor-preço da força de
semi-automatizados”
trabalho;
“Flexibilização
• Transferência e
dosgestão
custos dada mãopara
formação deEstado
obra”
e próprios trabalhadores.
REGULAMENTAÇÃO DA
FORMAÇÃO
Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da
Educação Básica
Decreto no 6.755 - janeiro/2009
Meta 15:Garantir, em regime de colaboração entre a União, os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios, que todos os professores
da educação básica possuam formação específica de nível superior,
obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que
atuam.

•Meta 16: Formar cinquenta por cento dos professores da educação


básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu e garantir a
todos formação continuada em sua área de atuação.
Profissionais da educação
(Art. 61-67)
• Valorização: plano de carreira, concurso
público, aperfeiçoamento, piso salarial,
progressão, condições de trabalho.
• A experiência docente é pré-requisito para o
exercício profissional de quaisquer outras
funções de magistério, nos termos das
normas de cada sistema de ensino. (p.único).
Barateamento

Aligeiramento da formação

Centralidade no
papel do professor? Eficiência e eficácia
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Marcos Normativos
Parecer CNE/CEB Nº 1/2006
Resolução CNE/CEB N° 1/2002; Parecer da Alternância

Resolução CNE/CEB Nº 2/2008 Decreto 7.352, de 4/11/ 2010


O CAMPO BRASILEIRO

A pobreza no Brasil é uma realidade e nas áreas rurais a situação


que envolve os sujeitos do campo é muito complicada. Segundo Censo
Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística – IBGE/2011, no Brasil cerca de 29,9 milhões de pessoas
residem em localidades rurais, em aproximadamente 8,1 milhões de
domicílios.
Analfabetismo no Campo

• Idade média da população analfabeta no campo: 53 anos

• População não alfabetizada com 15 anos ou mais: 22, 8%


no campo, 7,4% urbano e 9,7% em todo o País.

Brasil: 13.933.173 analfabetos

Campo: 4.935.448 (35,4% do total)


CIDADANIA? EMANCIPAÇÃO?

Como em todo processo contraditório, há espaço para processos


emancipatórios:
Reafirmar que o estatuto da escola burguesa se constrói,
historicamente, à luz das demandas de valorização do capital,
para o que os processos de capacitação ou disciplinamento da
força de trabalho são vitais

Conceito burguês de cidadania

Não basta a unificação no âmbito da formação; é preciso que esta se
dê a partir das categorias que historicamente têm se construído no
campo da pedagogia emancipatória, articulada às demais
formas de destruição das condições materiais que geram a
exclusão no âmbito da formação
Qual o papel dos professores que atuam no campo?
CIDADANIA OU EMANCIPAÇÃO?

Toda fragmentação surge em decorrência


da necessidade de valorização do capital, e
como uma estratégia original, posto que se
diferencia de todas as formas anteriores de
distribuição de tarefas, ofícios ou
especialidades da produção.

Assim, existe a necessidade de valorização do
capital, a partir da propriedade privada dos
meios de produção.
“Permita-me dizer-vos, com o risco de
parecer ridículo, que o verdadeiro
revolucionário é guiado por grandes
sentimentos de generosidade, é
impossível imaginar um
revolucionário autêntico sem esta
qualidade.” (CHE)
Obrigada,
clarice.zientarski@ufc.br
Referências Bibliográficas

ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho. Ensaio sobre afirmação e a negação


do trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999.
GORZ, Andre, Crítica da divisão do trabalho. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes,
1989.
LUKÁCS, Georg. A reprodução da sociedade como totalidade. Revista Estudos de
Sociologia. UNESP. n.1, 1996.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A Ideologia Alemã. 3.ed. São Paulo: Martins
Fontes, 2007.
MÉSZÁROS, István. A teoria da alienação em Marx. São Paulo: Boitempo, 2006.
SOUSA, Marcelo Alves. “A tese da perda de centralidade do trabalho como
despolitização do capitalismo contemporâneo”. Enfoques, Rio de Janeiro, jul.
2004. Disponível em <http://www.enfoques.ifcs.ufrj.br/julho2003/04.html>
Acesso em 13 Abr 2007.

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