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 História da Anestesiologia

 Introdução
 Tipos de Anestesia
 Avaliação pré-anestésica
I. Fundamentos
 Avaliação e medicação pré-anestésica
 Ficha de Anestesia; Princípios
Relacionamento anestesiologista – paciente
William T. Green Morton

Charles Thomas Jackson

16 de outubro de 1846 John Colins e William Thomas Green


Morton – Massachusetts General Hospital – Letheon (do Grego,
esquecimento) ( Daqui a muitos seculos , os estudantes virão a este Hospital
para conhecer o local onde se demonstrou pela primeira vez a mais gloriosa
descoberta da ciência ; John Collins Warren)
O ano de 1935 foi um ano glorioso para a anestesia.
Foi introduzida a intubação traqueal, com pressão
positiva direta e o uso dos curarizantes. E foi o ano
em que Inglaterra reconhece finalmente esta
especialidade médica.
Em 1939, passou-se a ministrar aulas regulares de
anestesia no curso curricular médico dos alunos da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo –
FMUSP

Hoje a anestesia é um procedimento altamente seguro,


consistindo na administração de agentes sedativos,
agentes anestésicos, perda da consciência, na
intubação, quando indicado e na manutenção com
agentes anestésicos.
Introdução
Princípios da Anestesia

● Faça com que seja legal


● Faça com que seja seguro
● Faça com que seja agradável
● Faça com que seja confortável

Shapiro FE, Manual of office –based anesthesia procedures - 2007


Tipos de Anestesia
Local:
Condutiva :
1- BSA ( Raqui)
2- BPD ( Peridural)

3- Anestesia Regional

Geral : 1- Endovenosa
2- Inalatória
Avaliação pré-anestésica
Estimativa de risco

Probabilidade de que
um evento possa
ocorrer. Perigo ou
possibilidade de
perigo, possibilidade
de perda, injúrias,
doença ou morte
 Objetivos:
 Conhecimento do estado físico e psíquico do
paciente;

 Estimar risco do ato anestésico cirúrgico;

 Planejamento da anestesia e do pós -anestésico;

 Segurança e adequação do hospital

 estabelecer vínculo do profissional com o


paciente e esclarecer sobre o ato;

 Obter o consentimento informado.


Etapas da avaliação pré-anestésica:
História clínica minuciosa
Exame físico pormenorizado
Se necessário: exames complementares,
orientados pelos dados clínicos

• História da doença atual e de seu tratamento.


• Tolerância ao exercício.
• Última visita ao clínico.
• Medicações em uso e história de alergia.
• História social (incluindo drogas ilícitas, álcool e
tabaco – uso e cessação).
• Qualquer condição de doença crônica,
particularmente os aspectos cardiovasculares,
pulmonares, hepáticos, renais, endócrinos e
neurológicos.

Pasternak LR. Preoperative screening for ambulatory patients. Anesthesiol Clin North America 2003; 21:229-42.
•Antecedentes anestésicos e cirúrgicos (importando:
complicações, dor, náuseas e vômitos, sangramentos,
transfusão, febre, reações adversas, tempo de internação,
terapia intensiva).
• Sangramentos e cicatrização.
• Via aérea – Condições de intubação.
• História anestésica familiar – complicações.
• Acesso venoso, pulsos, local das punções.
• Exames laboratoriais.
• Necessidade de consultoria.
Avaliar o grau de
dificuldade de intubação
traqueal
 Mobilidade do
pescoço.

 Distância do esterno a borda


inferior do mento (<_12, 5cm)
difícil intubação;
 Índice de Mallampati
Exercício e Tolerância Equivalente metabólico- MET
Avalia a qualidade de vida biológica do
paciente, pode prever risco.
Classificação pela
American Society of
Anesthesiologists - ASA
Estudo prospectivo; n = 6301 doentes
Escore ASA correlaciona-se com incidentes perioperatórios e mortalidade pós-operatória

Wolters U et al. ASA classification and perioperative variables as predictors of post operative outcome. Br J Anaesth 1996:77:217-22
Pelo índice da ASA a idade não é risco e sim
as condições físicas

Indicadores de Risco
Cardiovascular
Perioperatório
Circulation, v. 93, p.1278-317, 1996

ALTO RISCO:
angina instável
insuficiência cardíaca congestiva descompensada
quantidade significativa de arritmias doença valvar grave

RISCO INTERMEDIÁRIO
angina pectoris moderada
infarto do miocárdio prévio ( > ou = 30 dias )
ICC prévia ou compensada
diabetes mellitus
RISCO MENOR
parâmetros menores
idade avançada
ECG anormal
ritmo diferente do sinusal
capacidade funcional diminuída
história de acidente vascular cerebral
HAS não controlada
FATORES DE RISCO PARA COMPLICAÇÕES PULMONARES PÓS-
OPERATÓRIAS
Fumante (atual ou > 40 maços/ano)
ASA > 2
Idade > 70 anos
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Cirurgia de pescoço, tórax, abdominal superior, aórtica,
neurológica
Procedimentos com duração > 2 h
Intubação traqueal
Albumina < 3 g/dL
Reserva funcional < 4 MET
IMC > 30 kg/m2.

Adesanya A. Preventing postoperative pulmonary complications. American Society of Anesthesiologis Newsletter


2008; 72(4):11-4
 Medicação pré-anestésica
Medicação pré anestésica

Finalidade: redução da ansiedade, sedação,


amnésia, analgesia, redução de secreções das
vias aéreas, efeito antiemético, redução da
necessidade de anestésicos, profilaxia de
reações alérgicas.
Ficha de Anestesia; Princípios
RESOLUÇÃO CFM N° 1.802/2006

(Publicado no D.O.U. de 01 novembro 2006, Seção I, pg. 102)


(Retificação publicada no D.O.U. de 20 de dezembro de 2006,
Seção I, pg. 160)
As seguintes fichas fazem parte obrigatória da documentação da anestesia:

1.Ficha de avaliação pré-anestésica, incluindo:

a. Identificação do anestesiologista
b. Identificação do paciente
c. Dados antropométricos
d. Antecedentes pessoais e familiares
e. Exame físico, incluindo avaliação das vias aéreas
f. Diagnóstico cirúrgico e doenças associadas
g. Tratamento (incluindo fármacos de uso atual ou recente)
h. Jejum pré-operatório
i. Resultados dos exames complementares eventualmente solicitados e
opinião de outros especialistas, se for o caso
j. Estado físico
k. Prescrição pré-anestésica
l. Consentimento informado específico para a anestesia
Ficha de anestesia, incluindo:
a. Identificação do(s) anestesiologista(s) responsável(is) e, se for o caso,
registro do momento de transferência de responsabilidade durante o
procedimento
b. Identificação do paciente
c. Início e término do procedimento
d. Técnica de anestesia empregada
e. Recursos de monitoração adotados
f. Registro da oxigenação, gás carbônico expirado final (nas situações onde
foi utilizado), pressão arterial e freqüência cardíaca a intervalos não superiores
a dez minutos
g. Soluções e fármacos administrados (momento de administração, via e
dose)
h. Intercorrências e eventos adversos associados ou não à anestesia
Relacionamento anestesiologista – paciente
É importante destacar que os profissionais da medicina devem
respeitar o ser humano integralmente e considerar os componentes
mentais, psicológicos, emocionais, sociais e espirituais.

Nesse processo interativo, o respeito ao paciente deve ser


observado nas palavras, na forma de falar e nas atitudes. Para
isso, faz-se necessário que o médico anestesiologista interaja
com o paciente sem censura ou descortesia e proporcione uma
atitude humana, o que pressupõe respeito mútuo entre ambas
as partes.

Ceneviva R, Castro e Silva Jr. O - O paciente cirúrgico: relação médico-paciente. Medicina. 2008;41(3):252-258.
Não sem razão a maioria das pessoas tem
medo da anestesia, não somente pela
ignorância e receio do desconhecido mas,
principalmente, por não contar com o acesso
ao anestesiologista e não ver nele as virtudes
pessoais como o ser amigo, o ser fraterno e o
ser próximo.
A prática clínica da anestesiologia expõem os
profissionais médicos a experiências com
elevado grau de estresse devido a natureza desta
atividade médica.
O anestesiologista é constantemente exposto a
situações geradoras de elevados níveis de
estresse, por serem os mesmos responsáveis pela
manutenção da vida de seus pacientes, operando
muitas vezes em situações críticas de saúde de
seus pacientes, tanto nos procedimentos
cirúrgicos eletivos como nos emergenciais.
Pelo exemplo dos pioneiros da Anestesia e pelo que lhe é ensinado,
o anestesiologista ideal tem um perfil psicológico próprio, que
compreende não apenas o grau de inteligência e de conhecimentos
científicos e técnicos que dele são desejados mas também uma
série de valores e atitudes pessoais como ser um indivíduo
independente, calmo, responsável, estável, seguro,
autodisciplinado, vigilante, com motivação para criar objetivos e
uma grande capacidade de auto-confiança, relação social e trabalho
em equipe, além de dominar recursos suficientes para administrar
situações difíceis.
Com estas características na mente, o anestesiologista,
talvez mais do que os outros médicos, é levado, sob certas
circunstâncias, a exercer o paternalismo extremo, pelas
peculiaridades do seu trabalho, onde habitualmente tem que
tomar decisões solitariamente sobre o que é bom para o
paciente, para o seu bem-estar, sua qualidade de vida,
atuando próximo ao limite entre a vida e a morte, sem a
possibilidade de conversar com a família ou decidir
conjuntamente com o paciente.
Estudo que analisou os traços de personalidade e
atitude de 231 anestesiologistas concluiu que,
geralmente, são pessoas de postura reservada,
inteligentes, objetivas, sérias, conscientes,
autoconfiantes e tensas, quando comparadas a
médicos de outras especialidades. ( Duval Neto
GF. Stress , SAERJ 2006 )
Tarefa para próximo encontro:
Elaborar ou copiar uma ficha de avaliação
pré-anestésica, e uma de anestesia.
“Entregar com identificação”

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