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Tumores Ósseos da

Coluna Vertebral
Dr. André Luiz dos Santos
Tumores da Coluna
1. Extra-durais:
Lesões de tecído ósseo, tecido epidural e
tecidos moles para espinhais.
2. Intra-durais e extra-medulares:
dentro da dura máter mas fora da medula
3. Intra-medulares:
no interior da medula espinhal.
Tumores da Coluna
1. Extra-durais:
Lesões de tecído ósseo, tecido epidural e
tecidos moles para espinhais.
2. Intra-durais e extra-medulares:
dentro da dura máter mas fora da medula
3. Intra-medulares:
no interior da medula espinhal.
Estimativas para
2016/2017
596.070 novos casos de câncer no Brasil;
Lesões extra-durais
Lesões não neoplásicas (disco, osteófitos) >
neoplasias;
Benignas << malignas;
Exceção: hemangiomas vertebrais.
Lesões extra-durais
Neoplasias Benignas Neoplasias Malignas
Osteoma osteóide Primárias (incomuns)
Osteoblastoma - Cordoma;
Osteocondroma - Linfoma;
Tumores de células gigantes - Sarcomas.
Cisto ósseo aneurismático Metástases (mais comuns)
Neoplasias Benignas
Tumores primitivos da coluna vertebral são relativamente
pouco frequentes em comparação com os tumores ósseos
de outras localizações. Schajowicz, em 1981, entre 4.193
tumores ósseos, encontrou 1,78% tumores benignos ou
lesões pseudotumorais do esqueleto axial, 28% destes
correspondendo a cisto ósseo aneurismático.

Apesar de raros, devem sempre ser suspeitados,


principalmente em pacientes jovens, com dor loco-
regional, com caráter progressivo, sem causa aparente,
acompanhada ou não de deformidade ou alterações
neurológicas. A anamnese cuidadosa e os exames físico e
radiográfico são de suma importância, porém nem sempre
suficientes para ditar conduta terapêutica.
Osteoma Osteóide
É uma lesão osteoblástica, frequentemente
benigna ativa, caracterizada pelo seu pequeno
tamanho (em geral menos do que 1,5 cm), com
bordos claramente delimitados e a presença
frequente, mas não constante, de uma zona
periférica de neoformação óssea reativa.
Histologicamente é constituído por um tecido
celular muito vascularizado composto por osso
imaturo e tecido osteóide.
Osteoma osteóide tem a tendência de afetar a
porção posterior da vertebra durante a
adolescência, podendo causar dor, escoliose,
sintomas radiculares e é responsável por 10% dos
tumores ósseos da coluna.
Osteoblastoma
É uma lesão benigna ativa com estrutura
histológica semelhante à do osteoma osteóide, do
qual se diferencia pelo maior tamanho
(geralmente maior do que 2cm de diâmetro), pela
habitual ausência de uma zona periférica de
formação óssea reativa e pela maior
agressividade.
Acomete indivíduos na infância e na adolescência.
Costuma acometer as vértebras (principalmente
os segmentos do arco neural), e tende a ser mais
agressivo que osteoma osteóide requerendo
ablação cirúrgica.
Ocorre em coluna vertebral ( face dorsal da vert.) e
ossos longos;
Paciente com menos de 30 anos ( adultos jovens)
Dor leve a moderada de longa duração;
Edema;
Alterações de sensibilidade ( Avaliação!)
Alterações posturais e neurológicas quando ocorre
na coluna
Essas lesões podem levar a fraturas patológicas
Tumor Ósseo de Células Gigantes
Esse tipo de tumor geralmente afeta os ossos da
perna ou do braço, sendo mais frequente em
adultos. Normalmente, eles não se disseminam
para outros órgãos, mas tendem a recidivar
localmente após a cirurgia. Essa recidiva local
pode ocorrer várias vezes, aumentando a chance
do tumor se disseminar para outros órgãos.
Raramente, um tumor ósseo de células gigantes se
espalha para outros órgãos sem antes ter
recidivado localmente.
Cisto Ósseo Aneurismático
- 12 a 20% na coluna;
- 80% < 20 anos;
- Arco posterior > corpo vertebral;
- lesão benigna, osteolítica, vascularizada e
expansiva;
- cortex fino, expandido mas intacto;
- multi-loculadas, contendo produto da
degradação do sangue.
Neoplasias Malignas
Osteossarcoma
O osteossarcoma ou sarcoma osteogênico é o
câncer ósseo primário mais comum, e se inicia nas
células ósseas.
Ocorre mais frequentemente em jovens com
idade entre 10 - 30, mas cerca de 10% dos casos
ocorre em pessoas entre 60 - 70 anos, sendo mais
comum em homens do que em mulheres.
Estes tumores se desenvolvem com mais
frequência nos ossos dos braços, pernas e pelve.
Condrossarcoma
É um câncer que se desenvolve nas células que
formam a cartilagem. É o segundo tipo mais
comum de tumor ósseo primário. Esse tumor é
raro em pessoas com idade inferior a 20 anos,
sendo mais comum em homens. Os
condrossarcomas podem se desenvolver em
qualquer lugar onde existe cartilagem, como
pelve, pernas ou braços.
Sarcoma de Ewing
É o terceiro tipo mais comum de tumor ósseo e o
segundo mais comum em crianças e adolescentes.
A maioria dos tumores de Ewing se desenvolve
nos ossos, mas podem se iniciar em outros órgãos
e tecidos. Os locais mais comuns são a pelve,
parede torácica e ossos das pernas ou braços. O
sarcoma de Ewing ocorre com mais frequência em
pessoas brancas.
Cordoma
Este tipo de tumor ósseo geralmente se forma na
base do crânio e ossos da coluna vertebral. Este
tumor é mais frequente em adultos maiores de 30
anos, e é duas vezes mais comum em homens do
que em mulheres. Os cordomas têm um
crescimento mais lento e muitas vezes não se
disseminam para outras partes do corpo, mas
podem recidivar localmente, se não forem
removidos completamente. Quando se
disseminam, os locais mais comuns são os
gânglios linfáticos, pulmões e fígado.
Na coluna, os tumores ósseos são pouco comuns,
mas possíveis, e suas manifestações iniciais são
facilmente confundidas com patologias
corriqueiras, daí a importância de uma boa
avaliação médica e fisioterapêutica, evitando
tratamentos antes de uma completa elucidação
da causa das dores. O esforço de realizar um
diagnóstico precoce pode ser recompensado com
a preservação da função, em particular devido a
proximidade da coluna vertebral com os tecidos
nervosos.
Figura 18: Cordoma da coluna cervical de uma mulher de 50 anos

Radallec MH et al. Diagnostic Imaging of solitary tumors of the spine: What to do and say.
RadioGraphics. V.28, n.4, p.1019-1041, 2008.
Mieloma Múltiplo
DEFINIÇÃO:
Neoplasia maligna do tecido ósseo;
Maior frequência : crânio, coluna vertebral, pelve , costelas e
esterno;
Dificilmente ocorre antes do 50 anos;
SINTOMAS:
Anemia moderada a intensa;
Maioria dos pacientes com mieloma se queixam de dores nas
costas;
Sofrem fraturas vertebrais por compressão;
Sintomas sistêmicos ( debilidade, perda de peso..)
Fadiga;
Insuficiência renal;
Fraturas patológicas;
Mieloma Múltiplo
Metástases
Tumores extra-durais
Tumor extra-dural mais comum no adulto;
Metástases para a coluna: 15 a 40% das neoplasias
disseminadas;
Mama, pulmão e próstata (adultos);
Sarcoma de Ewing e neuroblastoma (crianças).
Complicações das Metástases:
- Massa epidural;
- Fratura patológica;
- Compressão medular.
A grande maioria das lesões tumorais vertebrais é
constituída de lesões secundárias, principalmente
nos pacientes adultos. Cerca de 50% a 70% dos
pacientes que morrem devido a neoplasia maligna
apresentam metástases ósseas na coluna
vertebral.
http://www.medicinageriatrica.com.br/2012/05/21/cancer-sindrome-de-compressao-medular/
OLIVEIRA JUNIOR, Alex Veneziano; BORTOLETTO, Adalberto;
RODRIGUES, Luiz Claudio Lacerda. Avaliação do tratamento cirúrgico
nos pacientes com metástase vertebral secundária ao carcinoma de
mama.Coluna/Columna, v. 11, n. 3, p. 226-229, 2012.
Tumores extra-durais
Linfomas:
-infiltração:
- corpos vertebrais
- tecidos moles epidurais
Linfoma em mulher de 80 anos com dor lombar baixa
Radallec MH et al. Diagnostic Imaging of solitary tumors of the spine: What to do and say.
RadioGraphics. V.28, n.4, p.1019-1041, 2008.
Tumores intra-durais e extra-
medulares
Benigno >> maligno;
80 a 90%:
-tumores de bainha neural
-meningiomas
Achados de imagem:
deslocamento da medula para longe da
massa;
borda definida (menisco) entre a massa e o
LCR;
Aumento ipsilateral do espaço
Tumores intra-medulares
Adultos:
-95% gliomas (ependimomas>astrocitomas)
-5-10% outros (hemangioblastoma).
Crianças:
-60% astrocitomas;
-28% ependimomas;
-Outros: teratoma, dermóide, epidermóide.
Figura 1: Distribuição comum dos tumores na coluna

Radallec MH et al. Diagnostic Imaging of solitary tumors of the spine: What to do and say.
RadioGraphics. V.28, n.4, p.1019-1041, 2008.
Diagnóstico
Exame de sangue;
Biópsia;
Endoscopia;
Auto exame;

ANAMNESE!!!
Doença de Paget
SINTOMAS
Grande maioria dos casos é assintomática;

Dor;

Deformidade;

Fraturas patológicas com anormalidades radiográficas notáveis;

Osteoartrite secundária;

Mais comum em pacientes acima de 50 anos;

Maior prevalência em Pelve , fêmur , crânio , tíbia e coluna


vertebral;

Lesões de paget podem se transformar em osteosarcomas;

Confundido com carcinoma Metastático;


TERAPIA MANUAL
Alívio da dor;

Redução da tensão muscular;

Melhorando a circulação tecidual;

Diminuindo a ansiedade do paciente;

Também para diminuição da tensão muscular


gerada pela dor, o uso de alongamentos é eficaz;
Quiropraxia
Red Flag
Referências Bibliográficas
WEINSTEIN, Stuart L.; BUCKWALTER, Joseph A. Ortopedia de Turek Princípios e sua
aplicação. São Paulo: Editora Manole, 2000. 5 ed. 708p.
Disponível em http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estimativas-no-brasil/1705/1/
Disponivel em: http://www.oncoguia.org.br/conteudo/estimativas-no-mundo/1706/1/
MEOHAS, Walter et al. Metástase óssea: revisão da literatura. Rev Bras Cancerol, v. 51, n. 1,
p. 43-47, 2005.
DE PAIVA LUCIANO, Alexandre et al. Fratura por estresse segmentária na tíbia em corredora
recreacional. Revista Brasileira de Ortopedia, v. 48, n. 6, p. 574-577, 2013.
JOSÉ, Fábio Freire; PERNAMBUCO, Andre Castanho de Almeida; AMARAL, Denise Tokechi do.
Doença de Paget do osso. Einstein, v. 6, n. Supl 1, p. S79-S88, 2008.
BOSI, Thiago Carneiro da Cunha et al. Metástase pulmonar de tumor de células gigantes
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Causes, risk factors, and prevention. American Cancer Society. Consultado em 12 de janeiro
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2012.
Radallec MH et al. Diagnostic Imaging of solitary tumors of the spine: What to do and say.
RadioGraphics. V.28, n.4, p.1019-1041, 2008.
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Disponível em http://www.bonetumor.org/.
BELIZÁRIO, J. O próximo desafio reverter o câncer. Rev Ciência Hoje,
Instituto de Ciências Biomédicas Universidade de São Paulo, v.31,
n.184, p.51-57, jul. 2002.
MARCUCCI, Fernando Cesar Iwamoto. O papel da fisioterapia nos
cuidados paliativos a pacientes com câncer. Rev Bras Cancerol, v. 51, n.
1, p. 67-77, 2005.

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