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INTEGRANTES:

• Luís Carlos

• Rita de Cassia

• Guilherme

• Israel Sampaio

• Jeniffer Daniele

• Francisco das Chagas


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Prescrição e Decadência • Adenilda Rodrigues

• Ray Morais

Direito Civil I - Parte Geral • Marcos Vinicios

• Isabel Ramos

• Lairton Silva
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Prescrição

1. Introdução – Luís Carlos

2. Conceitos e requisitos – Rita de Cassia

3. Pretensões imprescritíveis – Guilherme

4. Prescrição e institutos afins – Israel Sampaio

5. Disposições legais sobre a prescrição – Jennifer Daniele

6. Das causas que impedem ou suspendem a prescrição – Francisco e Adenilda

7. Das causas que interrompem a prescrição – Ray Morais e Marcos Vinicius


z
Decadência

1. Conceito e características – Isabel Ramos

2. Disposições legais sobre decadência - Lairton


Prescrição
z e
Decadência
Prescrição e Decadência são efeitos

jurídicos do decurso de tempo,

cujo prazo é fixado em lei, aliado ao

desinteresse ou inércia do titular do

direito, nas relações jurídicas.

Objetivo: servir de instrumento à

consecução do objetivo maior: a

resolução de conflitos, com a

consequente pacificação social.


Luís Carlos

z
1. Introdução

 O tempo influi nas relações jurídicas.

 O tempo é o personagem principal do instituto da


prescrição.

 O decurso do tempo tem grande influência na


aquisição e na extinção de direitos.
Luís Carlos

z
Quanto as espécies de Prescrição

A Extintiva A Aquisitiva (usucapião)


 O Código Civil brasileiro  No direito das coisas, na parte
referente aos modos de aquisição
regulamentou a extintiva na
do domínio, tratou da prescrição
Parte Geral. aquisitiva, em que predomina a
força geradora.
 Como o próprio nome indica,
 Nessa espécie, além do tempo e
faz desaparecer direitos,
da inércia ou desinteresse do
extingue situações jurídicas. dono anterior, é necessária a
posse do novo dono.
Luís Carlos

 A prescrição extingue a pretensão

 Pretensão é a exigência de subordinação de um interesse


alheio ao interesse próprio.

 Prazos de prescrição são apenas e exclusivamente, os


taxativamente discriminados na Parte Geral, nos arts. 205
(regra geral) e 206 (regras especiais), sendo de decadência
todos os demais, estabelecidos como complemento de cada
artigo que rege a matéria, tanto na Parte Geral como na
Especial.
Luís Carlos

 Segundo Cunha Gonçalves, a prescrição é indispensável à


estabilidade e consolidação de todos os direitos; sem ela, nada
seria permanente; o proprietário jamais estaria seguro de seus
direitos, e o devedor livre de pagar duas vezes a mesma dívida.

 Camara Leal vai buscar na doutrina romana, na pureza


cristalina de sua profunda filosofia jurídica, os fundamentos da
prescrição: “o interesse público, a estabilização do direito e o
castigo à negligência; representando o primeiro o motivo
inspirador da prescrição; o segundo, a sua finalidade objetiva; o
terceiro, o meio repressivo de sua realização. Causa, fim e
meio, trilogia fundamental de toda instituição, devem constituir o
fundamento jurídico da prescrição
Rita de Cassia

z
2. Prescrição – Conceitos

 No Direito Penal, a prescrição é a perda do direito de punir do Estado pelo seu não exercício em
determinado lapso de tempo. Existem duas maneiras de se computar a prescrição: a primeira pela
pena em abstrato e a segunda pela pena em concreto. No primeiro caso, ainda não há
condenação penal, motivo pelo qual será utilizada como base para cálculo da prescrição a pena
máxima em abstrato prevista para acusação, é que servirá de base para o cálculo da prescrição. O
cálculo da prescrição regula-se pelo artigo 109 do Código Penal.

 No Direito Civil, a prescrição é conceituada como a perda da pretensão do titular de um direito que
não o exerceu em determinado lapso temporal. Para Camara Leal é “a extinção de uma ação
ajuizável, em virtude da inércia de seu titular durante um certo lapso de tempo, na ausência de
causa preclusivas de seu curso”. De acordo com o artigo 189, do Código Civil, “violado o direito,
nasce para o titular a pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os
arts. 205 e 206.
Rita de Cassia

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Requisitos

Para Carlos Roberto Gonçalves, após o advento


do vigente Código Civil de 2002. seriam Três os Já na metodologia de Camara Leal,
requisitos a serem preenchidos: os requisitos seriam Quatro:
 A violação de um direito, fazendo, com  Existência de uma pretensão, que possa ser
alegada em juízo por meio de uma ação
isso, nascer uma pretensão exercitável, sendo seu objeto.

 A inercia do titular  Inércia do titular da ação, pelo seu não


exercício, sendo esta sua causa eficiente.
 Decurso do tempo fixado em lei
 Continuidade desta inercia durante certo lapso
de tempo, sendo este seu fator operante.

 Ausência de um fato ou ato que a lei confere


eficácia impeditiva, suspensiva ou interruptiva
do curso prescricional, sendo este seu fator
neutralizante
Guilherme

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3. Pretensões Imprescritíveis

 A regra geral é de que as pretensões são todas prescritíveis,


sendo a imprescritibilidade a exceção. Nesse sentido, aponta a
doutrina uma classificação de quais pretensões não
prescreveriam, permanecendo disponíveis perpetuamente.
Guilherme

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São Elas:
 Os direitos da personalidade, como a vida, a honra, o nome, a liberdade, a intimidade, a própria imagem,
as obras literárias, artísticas ou científicas etc., pois não se extinguem pelo seu não uso, nem seria
possível impor prazos para sua aquisição ou defesa.

 O estado da pessoa, como filiação, condição conjugal, cidadania, salvo os direitos patrimoniais dele
decorrentes, como o reconhecimento da filiação para receber herança (Súmula 149 do STF);

 As referentes a bens públicos de qualquer natureza, que são imprescritíveis;

 O direito de família no que concerne à questão inerente ao direito à pensão alimentícia, à vida conjugal,
ao regime de bens;

 as de exercício facultativo (ou potestativo), em que não existe direito violado, como as destinadas a
extinguir o condomínio (ação de divisão ou de venda da coisa comum — CC, art. 1.320), a de pedir
meação no muro vizinho (CC, arts. 1.297 e 1.327) etc;


Israel Sampaio

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4. Prescrição e Institutos Afins
 Tem a finalidade com prescrição, por também sofrerem influência do decurso
do tempo.

 Temos os seguintes institutos da prescrição, preclusão, percepção e


decadência.

 PRESCRIÇÃO: O sujeito perde o direito a determinada ação, ou seja, seu


direito de exigir algo por meios legais deixam de existir.

EX: uma empresa demite seu funcionário embora, sem pagar seus direitos. O
funcionário então decide nao colocar a empresa na justiça. Porém 10 anos
depois, ele resolve entrar com a ação pedindo o que é lhe devido. Nesse caso o
juiz irá negar o pedido, pois o prazo para entrar com a ação já havia prescrito.
Israel Sampaio

 PRECLUSÃO: consiste na perda de uma faculdade processual, por não ter sido exercida no momento
z
próprio. Impede que se renovem as questões já decididas, dentro da mesma ação.

 Ex: o juiz deu um despacho que você precisava cumprir em cinco dias, porém você não cumpriu não poderá
mais cumprir, então precluio o seu direito.

 PEREMPÇÃO: consiste na perda do direito de renovar a ação. Ou seja não vai mais poder entrar com
aquela ação com as mesma partes, com as mesma causa de pedido, mesma matéria.

 Ex: O autor da causa entra com um processo pelo o abandono da causa por mais de trinta dias e por três
vezes ai a ação é extinta e não poderá entrar com a mesma ação.

 DECADÊNCIA: A decadência também está ligada ao decurso do tempo, porém, na decadência o sujeito
perde é o direito material, caso ele não utilize dentro do prazo determinado. Ou seja como o sujeito não
entrou com o pedido formal para sua realização dentro de determinado período de tempo, esse seu direito
caduca.

 Ex: Maria comprou um eletrodoméstico na loja de João. Chegando em casa ela percebeu que o produto
estava com um problema, mas ela não conseguiu ir na loja no dia seguinte e logo saiu de viagem, voltando
apenas 30 dias depois. Quando ela chegou foi até a loja fazer a reclamação do produto porém o vendedor
não podia fazer mais nada pois o prazo já havia decaido.
Jennifer Daniele

z
Disposições legais sobre a
prescrição
Artigo. 190. CC

“A exceção prescreve no mesmo prazo que a pretensão.”


Jennifer Daniele

z
Disposições legais sobre a
prescrição
O que e exceção?

É uma defesa que cabe contra uma pretensão, em um processo


judicial.

Ex: Uma parte exerce a sua pretensão em juízo e a outra parte


alega uma exceção como defesa.
Jennifer Daniele

z
Disposições legais sobre a
prescrição
 Exemplos de exceção:

(Compensação de dividas)

João exerce sua pretensão em cobrar uma divida de Pedro em juízo. Pedro
alega como defesa(exceção) que João também lhe deve e que as dividas
existentes entre eles devem ser compensadas.

(Contrato não cumprido)

Fabiola exerce sua pretensão ao cobrar uma divida contratual de João em


juízo.

João alega como defesa(exceção) que não pagou a divida porque Fabiola não
cumpriu a sua parte no contrato.
Jennifer Daniele

z
Disposições legais sobre a
prescrição
Sendo assim:

A pretensão e a exceção prescrevem ao mesmo tempo.

Se a pretensão esta prescrita, a exceção também estará prescrita.

Se o credito está prescrito, a exceção quanto ao crédito também


estará prescrita.

Ou seja:

Se a pretensão de cobrar uma divida prescreve em 3 anos, a exceção


de compensação de dividas, alegada pelo devedor, também
prescreve em 3 anos.
Jennifer Daniele

z
Disposições legais sobre a
prescrição

Art.191. CC

A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só


valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a
prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se
presume de fatos do interessado, incompatíveis com a
prescrição.
Jennifer Daniele

z
Disposições legais sobre a
prescrição
Sabendo-se que a exceção prescreve no mesmo prazo que a pretensão, há uma
intenção de evitar que prescrita a pretensão, o direito com pretensão prescrita
possa ser utilizado perpetuamente como exceção, isto é, defesa. Portanto, a
exceção é um técnica de defesa.

Exemplo: A deve mil reais a B, mas não cumpre o prazo correto tornando-se
inadimplente. Diante da inércia de B, houve a prescrição. Porém, tempos depois, B
causa um dano a A, na qual este ajuíza a ação de indenização para reparação do
dano. Poderia B alegar compensação em defesa?
Resposta: Não, o réu é impedido de alegar compensação em sua defesa, pois,
a exceção prescreve no mesmo prazo em que a pretensão. (art 190)
Francisco das Chagas

z
6. Das Causas que Impedem ou
Suspendem a Prescrição
 As causas impetiditivas e suspensivas da prescrição são as mesmas,
dependendo, todavia do momento em que ocorrem. A causa impeditiva obsta o
transcurso do prazo, desde do seu inicio. Por outro lado, a causa suspensiva
ocorre quando o prazo já iniciou o seu decurso, paralisando o, reiniciando após o
desaparecimento das hipóteses legais, pelo prazo restante. Estão previstas no
artigo 197 a 199, do código Civil Brasileiro.

 Art. 197. Não ocorre a prescrição

1. Entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;

2. Entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;

3. Não ocorre a prescrição entre os tutelados ou curadores durante a tutela ou


curatela;
Francisco das Chagas

z
 Art. 198. Também não ocorre a prescrição

1. Contra os quê se acharem servindo nas forças armadas, em tempo


de guerra;

2. Contra os ausentes do país em serviço público da União, dos Estados


ou dos municípios;

 Art. 199. Não corre igualmente a prescrição:

1. Pendendo condição suspensivas;

2. Não estando vencido o prazo:

3. Pendendo ação de evicçao.


Adenilda

z
6. Das Causas que Impedem ou
Suspendem a Prescrição

 Prescrição

É a perda do direito de ingresso de ação atribuída a um outro


direito, e de toda sua capacidade durante um determinado tempo.

 Suspende a prescrição

A suspensão cessa a fluência do prazo prescricional cuja a


contagem recomeçara tão logo, seja removida a causa que ersejou
a paralização do prazo prescricional.
Ray Morais

z
7.Interrupção da Prescrição

 Art. 202, Parágrafo único. A prescrição interrompida recomeça


a correr da data do ato que a interrompeu, ou do último ato
do processo para a interromper.
Ray Morais

3 Anos para prescrever

Transcorreu 1 ano Ainda falta 2 anos para prescrever

Transcorreu 1 ano Confissão interrompe o prazo de prescrição

Transcorreu 1 ano interrupção 3 anos para prescrever


Ray Morais

 As causas que interrompem a prescrição estão previstas no Art. 202, I ao V, do CC


demostram a intenção do credor em exercer seu direito, mas a interrupção também
pode ocorrer quando o devedor reconhece o direito do credor, que se encontra no Art.
202, VI, CC.

 Nos termos do Art. 202 do CC, a interrupção da prescrição somente ocorrerá uma vez.
A interrupção apenas uma vez tem o motivo de segurança, para evitar que as dividas
sejam eternas, se a prescrição pudesse ser interrompida várias vezes, as dividas
poderiam se torna perpetuas e a prescrição perderia seu sentido
Ray Morais

z
Causas de Interrupção da Prescrição
 Art. 202. A interrupção da prescrição, que somente poderá ocorrer uma vez, dar-se-á:

I Por despacho do juiz, mesmo incompetente, que ordenar a citação, se o interessado a promover no
prazo e na forma da lei processual;

1. Somente o despacho do juiz que ordena a citação já é o suficiente para interromper a


prescrição?

2. Se a citação não for realizada ou não for válida, ter-se-á interrompido o prazo de prescrição?

3. E se o Juiz que ordenar a citação for incompetente, também se interrompe a prescrição?

 II - Por protesto, nas condições do inciso antecedente;

1. Para que ocorra a interrupção da prescrição, também e necessário a parte requerida seja
intimada do Protesto Judicial?
Ray Morais

 III - por protesto cambial;

O Art. 1º da Lei nº 9.492/97 diz uma definição melhor sobre o que é


protesto cambial, dizendo que é o ato formal e solene pelo qual se
prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada
em títulos e outros documentos de dívida.

1. Quando ocorre a interrupção da prescrição no caso de


protesto cambial?
Marcos Vinicios

z
Causas de Interrupção da Prescrição

 IV - pela apresentação do título de crédito em juízo de


inventário ou em concurso de credores;

A prescrição será interrompida se o titular do direito (credor)


apresentar o titulo de credito em um processo judicial de inventário
para exigir dos herdeiros o cumprimento da obrigação (pagamento do
valor por meio do patrimônio do falecido).

1. Quando ocorre a interrupção no caso de apresentação do


título de Crédito em Juízo de inventário?

A prescrição será interrompida na data em que se apresentou


(protocolou) o titulo de Crédito no processo de inventário.
Marcos Vinicios

 V - Por qualquer ato judicial que constitua em mora o


devedor;

1. Interpelação Judicial;

2. Notificação Judicial;

3. Intimação do devedor para o pagamento de divida;

4. Citação por edital; etc.


Marcos Vinicios

 VI - Por qualquer ato inequívoco, ainda que extrajudicial, que importe


reconhecimento do direito pelo devedor.

 Quando o devedor reconhece o direito do credor, ocorre a interrupção da


prescrição.

 Os atos do devedor que reconhecem o direito do credor podem ser tanto


judiciais quanto extrajudiciais

 Qual as formas que o devedor reconhece o direito do credor?

1. Parcelamento da divida

2. Pagamento de Juros

3. Pagamento parcial do valor devido


Marcos Vinicios

 Art. 203. A Prescrição Pode Ser Interrompida Por Qualquer Interessado

 Quem são os interessados?

É o terceiro que tem interesse em que não se consume a prescrição

1. os sindicatos podem interromper a prescrição em favor do empregado

2. O ministério Público, por meio de ação civil pública, pode interromper a


prescrição em favo do segurado do INSS; do consumidor etc.

3. A companheira em relação aos direitos de seu companheiro falecido e o


empregador dele

4. O Credor daquele contra quem corre a prescrição (credor do credor),


porque se ele deixar consumar-se a prescrição poderá não receber seu
crédito, já que ele é o credor do credor
Marcos Vinicios

 Art. 204. A interrupção da prescrição por um credor não aproveita


aos outros; semelhantemente, a interrupção operada contra o co-
devedor, ou seu herdeiro, não prejudica aos demais coobrigados.

1. § O A interrupção por um dos credores solidários aproveita aos outros;


assim como a interrupção efetuada contra o devedor solidário envolve
os demais e seus herdeiros.

2. § O A interrupção operada contra um dos herdeiros do devedor


solidário não prejudica os outros herdeiros ou devedores, senão
quando se trate de obrigações e direitos indivisíveis.

3. § O A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o


fiador.
Isabel Ramos

z
Da Decadência

Conceitos e características
 O que é Decadência

 Exemplo de direito Potestativo:

- O divórcio é um direito potestativo do cônjuge.

- A demissão de um empregado é um direito potestativo do


empregador.

- A anulação de um contrato é um direito potestativo do contratante.


Isabel Ramos
 Onde estão descritos os prazos de decadência
z
Exemplo: art. 178 do CC – prazo para anulação do negócio jurídico por defeito.

Exemplo: art. 505 do CC – prazo para exercer a retrovenda.

Art. 1560 do CC – prazos para anulação do casamento.

 A decadência pode resultar da lei (legal) ou fixado pelas partes (voluntário).

Exemplo de prazo de decadência voluntária:

João aluga uma sala comercial para Luiz.

João pretende verder a sala comercial e notificou Luiz para exercer no prazo de 90
dias, o direito de preferência para comprar o imóvel.

O prazo de 90 dias é voluntário, pois foi fixado por João. Se Luiz não exercer o
direito de preferência em 90 dias ele decairá desse direito.
Isabel Ramos

 Quando começa a fluir o prazo de decadência

Exemplo: João pretende anular o seu casamento com Maria, pois descobriu que a
esposa já foi condenada, antes do casamento por tráfico de drogas.

João pretende anular o seu casamento com base no art. 1.557, II do CC: a ignorância de
crime anterior ao casamento, que, por sua natureza torne insuportável a vida conjugal.

Nos termos do art. 1.560, III, do CC, o prazo para anular, no caso de crime anterior ao
casamento, é de 3 anos a contar da data de celebração do casamento.

Sendo assim, se João não ajuizar a ação no prazo de 3 anos a contar da data de
celebração do casamento, ele perderá esse direito pela decadência.

 A importância da decadência
Lairton

z
2. Disposições Legais sobre Decadência

 Com relação à decadência, o código civil trata apenas de suas


regras gerais. Distingue a decadência legal da convencional

 A decadência legal, quando é previsto em lei, sendo


reconhecida de ofício pelo juiz, ainda que se trata de Direito
patrimoniais, de acordo com o Art.210 do código civil.
Lairton

 Art.210, C, C, Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quanto


estabelecida por lei. Ainda que se trate de Direito patrimoniais, a
decadência pode ser decretada de ofício, quando estabelecida por lei.

 O prazo decadencial legal é irrenunciável, segundo o Art. 209 do


código civil.
Lairton

 A decadência convencional é estipulada pelas partes, somente a parte


beneficiada poderá alegá – lá, sendo vedado ao juiz de direito suprir a
alegação da parte, consoante o Art.211 do código civil.

 Art.211, C, C, Se a decadência for convencional, a parte a quem


aproveita pode alegá – la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz
não pode suprir a alegação.

 O prazo de decadencial convencional pode ser renunciada, a teor do


Art.209 do código civil.
Lairton

 Art.207 “Salvo disposição legal em contrário, não se aplica à


decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a
prescrição”.

 Em princípio, pois, os prazos decadenciais são fatais, pois não se


suspendem, nem se interrompem. A inserção da expressão “Salvo
disposição legal em contrário” no aludido dispositivo tem a finalidade
de definir que tal regra não é absoluta.

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