You are on page 1of 82

Universidade Federal de Santa Catarina

Campus de Joinville
Curso de Engenharia de Mobilidade

Profa. Viviane Lilian Soethe

Joinville - SC
18/05/2017

1
Conteúdos da Aula/Objetivos
Unidade 4: Estrutura e propriedades dos materiais metálicos,
cerâmicos e poliméricos: Diagramas de fase. Transformações de
fase nos metais. Obtenção e uso dos diversos tipos de materiais:
Aplicações e processamentos de ligas metálicas. Estrutura e
propriedades das cerâmicas. Aplicações e processamento das
cerâmicas. Estrutura dos polímeros. Características, aplicações e
processamento dos polímeros.

2
Conteúdos da Aula/Objetivos
Objetivos:

 Compreender a importância do entendimento de um diagrama


de fase no desenvolvimento e aprimoramento dos materiais.

 Distinguir e identificar os diagramas de fase e suas


particularidades, assim como as linhas que representam as
condições de equilíbrio.

 A partir de um diagrama de fase/equilíbrio, obter materiais com


as propriedades mecânicas mais interessantes para as
aplicações relacionadas com o desenvolvimento de materiais
para a engenharia da mobilidade.

3
Diagrama de fase Diagramas de
equilíbrio

Propriedades
Compreensão do
microestruturais do material desenvolvimento e preservação
e história térmica. de estruturas em não equlíbrio

Muitas vezes mais


desejável que no
equiíbrio

O método gráfico mais útil para


compreensão da relação entre os
parâmetros foi desenvolvido por
Josiah Williard Gibbs (1839-1903)
Diagrama de fase

Relacionam temperatura,
composição química e
quantidade de fase em
equilíbrio

Apresenta-se como um mapa onde é


possível verificar quais estruturas são
mais estáveis para uma dada
temperatura, pressão e composição.
http://www.cienciadosmateriais.org/index.php?acao=exibir&cap=16&top=157
Limite de solubilidade: concentração máxima de átomos do
soluto que podem se dissolver no solvente para formar uma
solução sólida.

Ilustração de fases e solubilidade: (a) As três formas da água: sólida, líquida e gasosa; (b)
água e álcool têm solubilidade ilimitada; (c) Sal e água possuem solubilidade limitada; (d)
Água e óleo não possuem solubilidade.
Sistema água + açúcar
Solubilidade – A quantidade de um material (elemento) que se dissolve
completamente em outro sem a criação de uma segunda fase.

Solubilidade ilimitada – Quando não existe restrição na quantidade de


material (elemento soluto) que se dissolve em outro (elemento solvente).
Não ocorre formação de uma segunda fase.

Solubilidade limitada – Quando apenas uma determinada quantidade de


soluto pode ser dissolvida no elemento solvente. Ultrapassado o limite de
solubilidade haverá a formação de uma segunda fase.
Regras de Hume-Rothery – Condições que ligas metálicas ou
materiais cerâmicos devem satisfazer para apresentarem
solubilidade sólida ilimitada. As regras de Hume-Rothery são
necessárias mas não suficientes para que os materiais tenham
solubilidade ilimitada.

Regras de Hume-Rothery:
- Raios atômicos do soluto e solvente (r  15%);
- Mesma estrutura cristalina;
- Valência igual ou maior que a do hospedeiro;
- Eletronegatividades semelhantes.
Equilíbrio: melhor descrito em termos da energia livre.

Função da energia
interna e entropia

Energia livre é minima para uma


combinação de T, P e composição.

Sistema estável

Equilíbrio de fases: sistemas que


apresentam mais de uma fase em
equilíbrio
Sistema água x açúcar – sistema líquido/sólido: sistemas metalúrgicos

Microestutura – fases,
composições e arranjos
espaciais

Frequentemente (sólidos) um estado de equilíbrio nunca é


totalmente atingido – taxa de aproximação do equilíbrio é muito baixa

Não equilíbrio-
metaestável

Ex: resistência de ligas de aço e alumínio depende de obtenção de estruturas


metaestáveis durante TT – importância da taxa com que as CE são obtidas
Técnica experimental termo-analítica que identifica mudanças de estado
em função da temperatura, como por exemplo a passagem do estado
líquido para o estado sólido.
Análise térmica da solidificação: metal puro

Temperatura constante de
solidificação – calor latente
Análise térmica da solidificação: liga metálica
Diagramas de Fase/Equilíbrio

Informações para
obtenção de
determinada estrutura

Temperatura
Pressão Afetam a estrutura das fases
Composição

Diagrama de Apresentam diferentes combinações desses


fase parâmetros em um gráfico
Diagramas remetem a uma composição constante

Único componente

Linhas: fases
co-existem

Cruza a linha:
transformação de fase

Pontro tríplece (invariante): três fases encontram-se em equilíbrio


Pressão constante (1atm) – composição e temperatura variáveis
Diagramas de fase mais
Ligas binárias: mais de um componente complexos com mais de 2
componentes

Diagramas binários

Mapas que representam as relações entre temperatura e as


composições e fases em equilíbrio – influem na microestrutura

Possibilitam prever as transformações de fases e as


microestruturas resultantes
Sistema cobre – níquel – dois componentes completamente solúveis um
no outro
Líquido L -
homegêno Cu/Ni

α – solução sólida
substitucional
Cu/Ni - CFC
Ligas metálicas: soluções sólidas designadas pelas letras gregas minúsculas
(α,β,γ…)
Linha líquidus: curva que separa os campos das fases L e L+α – acima desta
linha a fase líquida esta presente;
Linha solidus: localizada entre as regiões
α e α+L sendo que abaixo dela existe
apenas a fase sólida.

Ponto de fusão do Cu e
do Ni puros –
intercepção das linhas
solidus e liquidus
Diagrama de fases: informam sobre as fases presentes, as composições destas
fases e as porcentagens ou fração desta fases.
Considerar: Cu-Ni

Fases presentes

Localizar o ponto
temperatura-
composição e observar
o número de fases

A – 60%Ni / 40% Cu
B – 35%Ni / 65%Cu
Determinação da composição:
Composição da fase é a mesma que a
Região composição global da liga. Ex.: liga 30%Ni/70%Cu
Monofásica – 1300ºC tem 30%Ni e 70%Cu - fase L

Região Bifásica

- Na temperatura solicitada desenhar a


linha de amarração (isoterma)
- Verificar as intersecções com as
fronteiras entre as fases
- A partir das intersecções traçar linhas
perpendiculares à linha de amarração
até o eixo horizontal das composições
- Ex.: 35%Ni /65%Cu – T=1250º C Fase α – 42,5%Ni/57,5%Cu – Cα
Fase L – 31,5%Ni/68,5%Cu - CL
Determinação da quantidade das fases:

Região 100% da fase avaliada ou fração =1


Monofásica
Determinação da quantidade das fases:
1) Construir a linha de amarração na
região bifásica na temperatura da liga;
Região Bifásica
2) Obter a composição da liga com a
linha de amarração
3) A fração de uma fase é calculada
Regra da Alavanca Invertida assumindo o comprimento da linha de
amarração desde a composição global
da liga até a fronteira entre as fases
para a outra fase, dividindo este valor
pelo comprimento total da linha de
amarração;
4) A fração da outra fase é obtida de
forma similar;
5) X 100 para obter o valor em %;
6) Medir o segmento: régua em mm ou
subtraindo as composições a partir da
leitura das mesmas no eixo das
composições.
Ex.: 35%Ni /65%Cu – T=1250º C

Fração de líquido Fase α – 42,5%Ni/57,5%Cu – Cα


Fase L – 31,5%Ni/68,5%Cu - CL
Ex.: 35%Ni /65%Cu – T=1250º C

Fração de sólido Fase α – 42,5%Ni/57,5%Cu – Cα


Fase L – 31,5%Ni/68,5%Cu - CL
A composição da liga não muda durante o
resfriamento: 35%Ni e 65%Cu
Devido ao resfriamento em condições de não-equilíbrio e depende da taxa de resfriamento
Consequências para a solidificação
fora da condição de equilíbrio

- Segregação: distribuição dos dois elementos no interior do grão não é uniforme


gerando gradientes de concentração ao longo dos grãos.
- Estrutura zonada: propriedades inferiores as propriedades ótimas da liga
- Perda de integridade mecânica devido a fina película de líquido que separa os grãos;
- Fusão pode começar sob temperaturas inferiores a temperatura solidus para liga em
condições de equilíbrio.
- Tratamentos térmicos: redução da estrutura zonada quando conduzido a uma
temperatura abaixo da temperatura do ponto solidus – difusão atômica com
produção de grãos homogêneos.
A composição da liga afeta as propriedades mecânicas mesmo
sem a alteração de outras variáveis estruturais

Sistema NiCu a temperatura ambiente. a) limite de resistência a tração em


função da composição; b) ductilidade em função da composição.
Reação eutética: transformação por solidificação onde um líquido
resfria até formar simultaneamente duas fases sólidas.
Bifásicas
-Diagrama de fases para ligas
binárias.
- Apresenta três regiões
monofásicas: α, β e
líquido.
- α – ss rica em Cu, Ag -
soluto (CFC)
- β – ss rica em Ag, Cu -
soluto (CFC)
- α, β qdo Cu e Ag puros
- A solubilidade para cada
uma destas fases é
limitada – abaixo da T BEG
apenas uma concentração
limitada de prata irá se
dissolver no cobre (α)

T mais baixa na qual pode existir uma fase líquida


Limite de solubilidade para α/ T para a liga de Cu-Ag em estado de equilíbrio
Com a adição de Ag ao Cu a
T na qual a liga se torna
totalmente líquida diminui –
a temperatura de fusão do
Cu é reduzida por adição de
Ag.

Ponto invariante – CE
Isoterma eutética
TE – 71,9%Ag –
779oC

Reação eutética geral


- No diagrama binário uma ou no máximo duas fases podem coexistir em equilíbrio
em um campo de fases;
- Em um sistema eutético três fases podem estar em equilíbrio, porém em pontos
ao longo da isoterma eutética.
- As regiões monofásicas são separadas umas das outras por regiões bifásicas
compostas pelas fases adjacentes.
<Sn
<Pb
E
183oC

Solda – 60%Sn/40%Pb
Solda mais comum: 60%Sn/40%Pb – Pb
tóxico – descarte pode promover prejuízos
a natureza.
Soldas novas: SnAgCu; SnAgBi – diagramas
ternários (< ponto de fusão)
C1 – 0%Sn - 2%Sn
Com o resfriamento lento de ligas que
Monofásica
pertençam ao sistema binário surgem
diferentes microestruturas no material.
C2 – 2%Sn - 18,3%Sn
Precipitação de fases
C3 - Eutética –
61,9%Sn

- O líquido solidifica-se
em duas fases sólidas
- Durante a
transformação, há
uma redistribuição
dos componentes Pb
e Sn por difusão
atômica.
- Microestrutura:
camadas alternadas
(lamelas) de fase α e
β – estrutura eutética.
Microestrutura de uma liga de SnPb com
composição eutética – camadas de ss rica em
Pb – camadas escuras e ricas em Sn –
brancas - 375X

Representação esquemática da formação da


estrutura eutética para o sistema PbSn –
formação de lamelas por ser a condição de
menor gasto energético para os átomos
C4 – 40%Sn - 60%Pb
Hipo-eutéticas - A condição inicial é
semelhante aos
outros casos;
- Ao atravessar a
isoterma eutética, a
fase líquida se
transforma no eutético
com lamelas;
- A fase α estará
presente na estrutura
eutética e na fase que
se formou devido ao
resfriamento do
liquido + α.
- α eutética – da fase
eutética
- α primária – se
formou primeiro
- Microconstituinte: elemento da microestrutura que possui uma estrutura característica
e identificável.

Microestrutura de uma liga de SnPb 50%Sn –


50%Pb – Fase α primária – rica em Pb –
grandes regiões escuras – estrutura eutética
lamelar – Fase β – rica em Sn – partes
brancas e fase α rica em Pb – lamelas
escuras - 400X
Cálculo da quantidade relativa dos microconstituintes, eutético, α e primário

Microconstituinte eutético se forma a partir do líquido com composição


eutética – 61,9%Sn – aplica-se a regra da alavanca
Cálculo da quantidade relativa dos microconstituintes α total e 

Para calcular as frações da fase α total, Wα e também da fase β e Wβ utiliza-


se a regra da alavanca aplicada a uma linha de amarração que se estende
totalmente ao longo do campo α+β
Até agora: diagramas com duas fases sólidas (CuPb / PbSn) – α
e β – soluções sólidas terminais (existem em faixas e
composições próximas as extremidades de concentração do
diagrama de fases.

Outros sistemas: soluções sólidas intermediárias - CuZn

Seis soluções sólidas diferentes – duas terminais (α e η) e


quatro intermediárias – (β, γ, δ e ε)
- β’ – solução sólida ordenada – os átomos de Cu e Zn estão
situados em um arranjo específico e ordenado dentro de cada
célula unitária.
70%Cu-30%Zn
- liga comercial

Baixas temperaturas e taxas de difusão - indeterminação


Ponto de Fusão: 550oC
Alta solubilidade do Pb no Mb

Mg2Pb

Dois
diagramas
eutéticos:
Mg2Pb –
composto:
divisão
favorece o
entendimento Baixa solubilidade do Mg no Pb
Composto metal-metal: compostos intermediários discretos
Existem outros pontos além do eutético que são invariantes em
alguns sistemas de ligas.

Reação eutetóide

Eutético: uma
solução líquida se
transforma em
duas soluções
sólidas
Reação peritética
Classificação das transformações de fase: ocorrência de mudança
de composição das fases envolvidas.
Transformações congruentes: quando não há alterações na
composição das fases envolvidas.

Incongruentes: pelo menos uma das fases apresenta alteração


na composição – transformações alotrópicas e fusão de materiais
puros.

Reações eutéticas e eutetóides, fusão de liga pertencente a


sistema amorfo: transformações incongruentes.
As fases intermediárias
são algumas vezes
classificadas com base no
fato de elas fundirem de
maneira congruente ou
incongruente.

Ponto de fusão
congruente –
44,9%Ti e 1310oC.
• Pode-se
extender o uso
de diagramas de
fase metal/metal
para outros
materiais.
• São úteis para o
projeto e
processamento
de sistemas de
materiais
cerâmicos –
próximos
capítulos.
As principais reações invariantes que podem ocorrer num
diagrama de fase podem ser simplificadas por:
A construção dos diagramas de fase e os princípios que governam
as condições para o equilíbrio de fases é ditada pelas leis da
termodinâmica – Regra de fase de Gibbs

Critério para o número de fases que irão coexisitir em um sistema


de equilíbrio
(elementos)
Aços e ferros fundidos compõe os principais materiais estruturais
utilizados na indústria.

Diagrama ferro-carbono: relação com a microestrutura dos


materiais desenvolvidos pela indústria para inúmeras aplicações
Ferrita δ - CFC PF Fe

Comp. rica
em C - grafita

Antes de fundir o Fe puro apresenta duas mudanças de estruturas cristalinas:


Ferrita (α – CCC) e Austenita (β – CFC) a 912oC.
Na prática todos os aços e ferros fundidos possuem teores de
carbono inferiores a 6,7%C e vamos considerar o sistema ferro-
carbeto de ferro.
Sistema Fe-Fe3C – Fe3C considerado um componente – 6,7%C –
100% Fe3C
C: impureza intersticial do Fe e forma solução sólida com a ferrita
α, δ e austenita γ.

Pequena solubidade
do C na ferrita: forma e
tamanho das posições
na estrutura CCC –
dificuldade em
acomodar os átomos.
Ferrita: fase dúctil e
torna-se magnética a
temperaturas abaixo
de 768oC com massa
específica = 7,88g/cm3
C: impureza intersticial do Fe e forma solução sólida com a ferrita
α, δ e austenita γ.

Austenita: ligada
somente com C não é
estável abaixo de 727oC.
Solubilidade máxima de
C em γ: 2,14% - (100X
maior que α).
As transformações de
fases envolvendo a
austenita são muito
importantes no TT do
aço.
É não-magnética.
C: impureza intersticial do Fe e forma solução sólida com a ferrita
α, δ e austenita γ.

Ferrita δ: idêntica a
ferrita α ocorrendo em
temperaturas muito
distintas.
Existe sob altas
temperaturas: não
apresenta importância
tecnológica significativa.
Fe3C: cementita – se forma quando o limite de solubilidade do C
na ferrita é excedido abaixo de 727oC.
Mecanicamente é frágil e
dura: sua presença
aumenta a resistência de
alguns aços.
Cementita: metaestável
– a T ambiente
permanecerá
infinitamente como um
composto.
Aquecida entre 650 e
700oC – durante anos –
tranforma-se em ferrita e
grafita permanecendo
assim após um
resfriamento gradativo.
Cementita: não é um
composto em equilíbrio.
Reação eutética

Reação eutetóide
As mudanças de fases eutetóides são muito importantes, sendo
fundamentais no TT de aços.

Ligas ferrosas: aquelas onde o Fe é o componente principal,


podendo apresentar C ou outro elemento de liga.

Classificação das ligas ferrosas com base no teor de C: ferro, aço


e ferro fundido.

Ferro puro: < 0,008%C – quase que exclusivamente α

Ligas de Fe-C: 0,008 – 2,14%C – aços – microestrutura consiste


da fase α e Fe3C – durante o resfriamento uma parte passa por γ.
Raramente as concentrações de C excedem 1,0%C.
Ferros fundidos: 2,14 – 6,7%C – normalmente apresentam um
teor de C < 4,5%.
A microestrutura de aços depende tanto do teor de carbono
quanto do tratamento térmico executado sobre o material.

Será considerada uma condição de equilíbrio: resfriamento lento

A mudança de fase da região γ para o campo das fases α+Fe3C


são semelhantes àquelas descritas para os eutéticos

Transformação Eutetóide
A microestrutura de aços depende tanto do teor de carbono
quanto do tratamento térmico executado sobre o material.

Considerando: liga com 0,76%C com


resfriamento desde 800oC.
a) A liga é composta integralmente de
austenita, com uma composição 0,76%C.
b) Ao passar pela temperatura eutetóide
(727oC) ocorre a transformação da
austenita.

A microestrutura será formada por lamelas das


duas fases (α+Fe3C ) que se formam juntas.
A espessura de uma camada para outra é de
8x1 – perlita ( aparência de madrepérola)
Micrografia de um aço eutetóide
mostrando a microestrutura da perlita –
camadas finas de ferrita (fase clara) e
cementita (finas camadas escuras)
A perlita existe como grãos, chamados de colônias, sendo que
dentro de cada colônia as camadas estão orientadas na mesma
direção – varia de uma para outra.

As camadas claras, mais grossas, são a fase ferrita, enquanto a


cementita aparece como finas camadas, com coloração escura.

A perlita apresenta propriedades intermediárias entre a ferrita


macia e dúctil e a cementita frágil e dura – Compósito natural.

As camadas alternadas se formam


pois a composição da fase inicial (γ –
0,76%C) é diferente de ambas as
fases geradas (α – 0,022%C e
cementita – 6,7%C)
Transformação de fase exige uma
redistribuição do C por difusão
Ligas hipoeutetóides: composição a esquerda do eutetóide (0,022
– 0,76%C)
Considerando: liga com composição Co
resfriamento desde 875oC.
c) Neste ponto a microestrutura será
inteiramente de grãos γ;
d) A 775oC haverá a existência de duas
fases:(α+γ) – a maioria das partículas de
ferrita irão se formar ao longo dos contornos
de austenita.
e) A fase ferrita torna-se mais rica em C e
assim mais evidente.
f) Observa-se a transformação da austenita
residual em perlita uma vez que foi cruzada
linha do eutetóide.
Ferrita eutetóide: presente na perlita
Ferrita próeutetóide: formada antes do
cruzamento da linha eutetóide.
Micrografia de um aço com 0,38%C
apresentando uma microestrutura
composta de perlita e ferrita proeutetóide –
635X

Maioria dos aços comuns


Foto de apresentação do
capítulo: MEV de um aço
carbono com 0,4%C
Áreas escuras: ferrita
proeutetóide.
Perlita: estrutura lamelar (fase
escura – ferrita e fase clara –
cementita)
A ferrita foi atacada
quimicamente- visualização
além do plano – 3000X
Determinação de ferrita α (proeutetóide ) e perlita

Fração de Perlita

Perlita

Fração de ferrita
proeutetóide
Ligas hipereutetóides: composição a direita do eutetóide (0,76 –
2,14%C)

Considerando: liga com composição


C1 resfriamento desde 875oC.
g) Neste ponto a microestrutura será
inteiramente de grãos γ;
h) Com o resfriamento o campo das
fases γ +Fe3C observa-se a
formação da cementita nos contornos
de grão da fase γ (similar a ferrita) –
cementita proeutetóide.
i) Formação da perlita com a presença
da cementia proeutetóide.
Ligas hipereutetóides: composição a direita do eutetóide (0,76 –
2,14%C)

Micrografia de um aço com 1,4%C


cementita proeutetóide (fase clara)– 1000X
Devido a aparência muito semelhante a ferrita proeutetóide existe
uma certa dificuldade em se distinguir os aços hipo e hipereutetóides.

Determinação de Fe3C proeutetóide e perlita Fração de Perlita

Fração de cementita
proeutetóide
As condições de equilíbrio, obtidas com tempos de resfriamento
elevados não são praticáveis

Muitas vezes as condições fora do equilíbrio promovem:

Ocorrência de mudanças ou transformações de fases em


temperaturas diferentes das previstas pelas linhas do DE.

Existência a temperatura ambiente de fases fora do equilíbrio que


não aparecem no diagrama de fases
A adição de elementos como Cr, Ni, Ti trazem mudanças um tanto
drásticas no diagrama de fases binário Fe - carbeto de Fe

Consequência: deslocamento da posição do eutetóide em relação


a temperatura e à concentração de carbono.

You might also like