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METALURGIA Y SOLDABILIDADE DE LOS ACEROS

INOXIDABLES ESPECIALES

Ramón S. Cortés Paredes


Departamento de Engenharia Mecânica da UFPR – ramon@ufpr.br

LABORATÓRIO DE ASPERSÃO TÉRMICA E SOLDAGEM ESPECIAIS


LABORATÓRIO DE ASPERSÃO TÉRMICA E SOLDAGEM ESPECIAIS
SÚPER-AUSTENÍTICOS

SÚPER-DUPLEX

SÚPER-MARTENSÍTICOS

SÚPER-FERRÍTICOS

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AUSTENITA SÚPER-AUSTENITICOS

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Aços inoxidáveis súper-austeníticos AISI 904L
O aço inoxidável súper-austenítico AISI 904L com 25 % Ni e 20 % Cr com adições de
molibdênio (4 a 4,8%) e cobre (entre 1 e 2 %).

Distingue-se pela sua excelente resistência à corrosão localizada, à corrosão por pites, à
corrosão galvânica e em forma especial à corrosão em ambientes fortemente agressivos.

É especialmente empregado em meios sulfurosos, fosfóricos, hidroclóricos, na indústria de


fertilizantes, instalações “offshore”, indústria química e petroquímica, assim como
também na produção de papel e celulose.

A adição de cobre melhora a resistência à corrosão nos meios ácidos

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Comparação
do aço 904L
com outros
tipos de aços
inox em meio
de ácido
fosfórico

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Algumas dificuldades ocorrem nestes aços quando soldados:

Pode ocorrer trincas a quente, - sensitização, - formação de fase sigma e


segregação, que podem afetar as propriedades mecânicas e a resistência à
corrosão.

Nos aços súper-austeníticos, a estrutura austenítica estável, é produzida pelo


elevado teor de níquel e controle do teor de nitrogênio, a desvantagem deste
tipo de estrutura é que ela só pode ser obtida por solidificação primária da
austeníta, o que incrementa a tendência à fissuração a quente.

Esse fenômeno, associado à segregação de constituintes de baixo ponto de fusão, é


acentuado pelo maior coeficiente de dilatação da rede cristalina austenítica, que
produz no material grandes esforços de contração térmica, o que facilita a
fissuração a quente na forma de trincas de solidificação no metal de solda, ou
como trincas de liquação na zona termicamente afetada (ZTA), seja no
metal de base como na zona fundida de uma soldagem multipasse.

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As trincas de liquação são favorecidas pelo crescimento da ZTA, aumenta a
segregação nos contornos de grão, fases de baixo ponto de fusão, e na região
parcialmente fundida apresenta segregação do Mo. ► ferrita delta (2 a 5 %)
[??????]

Com relação à precipitação da fase sigma (), se o Cr equivalente for > 17,8 % é
esperada a precipitação da fase  e se o aço contiver Mo também pode
precipitar a fase qui ().

As fases  e  são consideradas negativas para as propriedades mecânicas e


corrosivas dos aços súper-austeníticos.

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(a) (b)

Microestrutura da zona de ligação mostrando a formação das microtrincas de


liquação, (a) Soldagem com eletrodo revestido e (b) Soldagem MIG/MAG

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CONCLUSÕES
 Nos aços austeníticos AISI 904L, na soldagem adotada não ocorreram trincas de
solidificação, sendo que para minimizar e/ou eliminar as trincas de liquação tem-se
que controlar a temperatura de interpasse.

 As estruturas de solidificação obtidas pelos dois processos utilizados, permitem


estruturas de solidificação dendrítica refinada e com segregação entre as dendritas.

 Com relação às propriedades mecânicas, pode-se concluir que as uniões soldadas


pelos dois processos são adequadas quando solicitadas na tração, porém a
tenacidade fica reduzida.

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SÚPER-MARTENSÍTICOS

Aço Inoxidável Martensítico Macio CA6NM

Súper-Martensitico

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 A baixa soldabilidade dos aços inoxidáveis martensíticos, as trincas a
frio e baixa tenacidade das uniões soldadas levaram ao
desenvolvimento de aços inoxidáveis martensíticos macios com baixo
teor de carbono.

 Os aços inoxidáveis martensíticos macios contem 12-13% de cromo,


2-5% de níquel, 0,5-2,0% de molibdênio e menos que 0,06% de
carbono, classificados segundo a ASTM (American Society for
Testing and Materials) como A743 grau CA6NM.

 Utilizados na construção de turbinas hidráulicas e a gás, indústrias


petroquímicas, corpos de válvulas, cones e discos de compressores e
uma variedade de elementos estruturais de aviões e motores. Sabe-se
que estes aços apresentam boas performances em aplicações onde
resistência a corrosão e erosão por cavitação são requeridas.

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 Os metais de adição utilizados na soldagem apresentam
composição química similar ao do material base, sendo que o
procedimento de soldagem prevê um pré-aquecimento a 150ºC da
estrutura e temperatura interpasse de 180ºC para minimizar os
problemas gerados pela solubilização de hidrogênio.

 Um tratamento térmico pós-soldagem, TTPS, de revenimento é


realizado com temperaturas na faixa de 600°C. Este tratamento
térmico apresenta sérias complicações quando aplicado na
reparação da peça em campo quer seja após o reparo por
soldagem de áreas erodidas por cavitação, ou devido à formação
de trincas.

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Aços Inoxidáveis Súper-martensíticos.

Durante os últimos dez anos a indústria petrolífera e de produção de gás tem encorajado os
produtores de aço a desenvolver um liga resistente à corrosão e economicamente viável
para aplicações em oleodutos onshore e offshore. Este material deve apresentar:

 1. resistência à corrosão a diferentes substâncias encontradas na água durante a


exploração do petróleo como CO2, Cl- e H2 S.

 2. tensão de escoamentos elevada (cerca de 550 MPa) de maneira a permitir o uso de


tubulações de pouca espessura minimizando peso e custos.

 3. boa resistência ao impacto no caso de uma eventual emergência como no fechamento


de uma válvula.

 4. capacidade de ser facilmente soldado sem a necessidade de execução de tratamento


térmico posterior ou se necessário de pouca duração.
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Comparação de preços em libras por tonelada de ligas utilizadas em tubulações.
Composição em %.

C Cr Ni Mo Preço
Aço carbono 0,26 0 0 0 1000
Aço inoxidável Duplex 2205 ≤ 0,03 22 5 3 4300
Aço inoxidável Supermartensítico ~ 0,01 12 6 2,5 3200

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 Dentre os diferentes tipos de aços inoxidáveis, os com estrutura
mista de ferrita e austenita (duplex) atendem grande parte das
necessidades estruturais, no entanto, seus elevados teores de Cr e
Ní comprometem seu uso sob ponto de vista econômico.

 Por outro lado, os aços inoxidáveis martensíticos como AISI 410 e


420, mais baratos em relação ao duplex, possuem elevada tensão
de escoamento, porém apresentam deficiências com relação à
resistência à corrosão, tenacidade e soldabilidade.

 Tais propriedades podem ser melhoradas por meio da adição de


teores adequados de níquel e molibdênio e pela redução do
porcentual de carbono sendo esta última modificação a base na
conceituação dos aços inoxidáveis super-martensíticos.

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 Comparado com seus antecessores, os aços inoxidáveis súper-martensíticos tem
superior resistência à corrosão generalizada e localizada bem como à corrosão
sob tensão induzida pelo enxofre à temperatura ambiente.

 Além do mais, possui maiores tensões de escoamento e de ruptura comparada


aos duplex e são aproximadamente 25% mais baratos. Esta combinação de
fatores, extremamente atrativa, confere a estes aços a expectativa de
crescimento no mercado nos mais variados segmentos dentre os quais no uso de
turbinas hidráulicas.

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Composições de aços inoxidáveis súper-martensiticos

Liga

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Soldabilidade dos Aços Inoxidáveis Martensíticos Macios

 Os aços inoxidáveis martensíticos macios solidificam a partir de cristais de


ferrita . A transformação de ferrita  em austenita  tem início próximo a
1300ºC e sendo completada a transformação por volta de 1200ºC.

 Devido às altas taxas de resfriamento que ocorrem durante as operações de


soldagem, pequenas quantidades de ferrita  são súper-resfriadas durante a
transformação de ferrita  em austenita .

 De forma similar, a transformação austenita  em martensita leva a


microestrutura a apresentar austenita retida, entre 1 a 20%, devido às taxas de
resfriamento durante o processo de soldagem e a baixa temperatura de
transformação martensítica (Ms), entre 200 e 250°C.

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 Portanto as uniões soldadas de aços inoxidáveis martensíticos macios do tipo
CA6NM, na condição como soldada, apresentam estrutura martensítica macia
com pequenas quantidades de austenita retida e ferrita .).

 A excelente tenacidade destes aços deve-se principalmente a formação de uma


dispersão fina e regular de austenita estável, não visível em microscópio ótico,
obtida a partir do tratamento de revenido em temperaturas próximas de
600°C. Esta dispersão é estável mesmo em temperaturas próximas a -196°C.

 Quando a temperatura passa de 615°C, a austenita estável decresce,


praticamente dissolvida novamente em austenita instável e novamente
susceptível a transformação martensítica.

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 O revenimento a 600ºC tem a função de precipitar uma dispersão fina de
austenita ao longo das lamelas de martensita revenida e contornos de grão da
austenita inicial conferindo assim uma maior tenacidade à estrutura.

 Devido ao rápido resfriamento nas etapas de têmpera ou soldagem a arco o


carbono permanece em uma solução supersaturada formando a martensita.
Durante o revenimento este carbono em solução supersaturada precipita a
partir da martensita na forma de carbonetos, como M3C, M2(C, N), M7C3 e
M23C6.

 O revenimento irá produzir principalmente carbonetos relativamente


grosseiros do tipo M23C6 e carbonetos finos irregularmente dispersos do tipo
M2(C,N).

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 O processo de precipitação de carbonetos nestes aços ocorre principalmente na
faixa de 400 a 550ºC, ocasionando o fenômeno de fragilização por revenido.

 Tratamentos térmicos pós-soldagem nesta faixa de temperatura, ou exposições


durante o serviço, devem ser evitados. Este problema pode ser minimizado
durante tratamento térmico pós-soldagem por um aquecimento acima desta
faixa de temperatura, seguido de um rápido resfriamento.

 No caso de componentes de elevada massa como rotores, nenhuma taxa de


resfriamento é rápido o suficiente e alguma fragilização é inevitável. Aços
inoxidáveis martensíticos apresentam tenacidades à fratura menores quando
revenidos na faixa de temperatura responsável pela precipitação de carbonetos.

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Soldabilidade dos Aços Inoxidáveis Súper-martensíticos

 Trincas a frio induzidas por hidrogênio


O menor teor de carbono dos aços inoxidáveis súper-martensíticos resulta em uma
martensita dúctil e macia, o qual quando da soldagem utilizando um processo de
soldagem com baixo hidrogênio, torna o risco de trinca frio praticamente nulo. Desta
forma os aços inoxidáveis súper-martensíticos são considerados de melhor
soldabilidade comparado aos demais aços martensíticos.
 Consumíveis de soldagem
De maneira geral, os aços inoxidáveis súper-martensíticos são soldados utilizando
metais de adição similares ou ainda do tipo súper-duplex (tipicamente 25 Cr,10 Ni,
3.5 Mo 0.25 N %p).
O uso de metais de adição similares devem ter preferência quando da necessidade de
maior resistência mecânica do metal de solda em relação ao metal base. Por outro
lado, ligas súper-duplex são utilizadas a fim de conferir maior tenacidade e
resistência à corrosão.
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As regiões de solda de um simple passe de raiz sobre um aço inoxidável súper-
martensítico foram recentemente caracterizados:

 Região parcialmente fundida, localizada adjacente à linha de fusão. É nesta


região onde ocorre a formação dos novos grãos de ferrita δ durante o
aquecimento.

(ii) Região na qual se transforma completamente em ferrita δ com significativo


crescimento dos grãos. Também chamada de zona termicamente afetada de grão
grosseiros (ZTA GC).

(iii) Região com parcial transformação de austenita em ferrita δ a alta temperatura


durante o aquecimento.

(iv) Região com completa formação de austenita durante o aquecimento.

(v) Região com parcial transformação da martensita revenida em austenita a baixa


temperatura durante o aquecimento.

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Dureza

 A partir do metal base, a dureza atinge valores máximos entre a 350 –375 HV e
então tende a diminuir suavemente em direção às regiões da ZTA submetidas à
maiores temperaturas. O aumento inicial de dureza é decorrente da formação de
martensita à temperaturas superiores a Ac1, enquanto que a razão para o
decréscimo desta, a princípio, estaria relacionado à formação de ferrita δ ou ainda
pelo efeito do tamanho de grão grosseiro.

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Resistência ao impacto
 De maneira geral, os aços inoxidáveis súper-martensíticos são capazes de alcançar
altos valores de resistência ao impacto. Valores típicos para um aço 12Cr 6Ni 2Mo
encontram-se acima de 200 J a –60 ºC.
Efeito da ferrita δ
Visto que a de ferrita δ nem sempre encontra-se presente no interior da
estrutura dos aços súper-martensíticos, seu efeito na resistência ao impacto é
ainda desconhecido.
Efeito da austenita
O efeito da presença da austenita sobre as resistência ao impacto na ZTA dos
aços inoxidáveis supermartensíticos ainda não está totalmente carcterizado.
Entretanto a presença de austenita na forma de finos finamente
distribuídos no interior do metal de solda estes indica um aumento na
resistência ao impacto à temperaturas subzero.
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Resistência à corrosão

 A resistência à corrosão da ZTA dos aços inoxidáveis súper-martensíticos é similar à


resistência do material base considerando-se corrosão generaliza e corrosão sob
tensão induzida pelo enxofre.

 Na prática entretanto a ZTA revelou maior corrosão por pitting quando comparada
ao metal base e à região da solda.

 Pitting foi observado a uma distancia de 5 a 7 mm da linha de fusão (zona de baixa


temperatura na ZTA) sendo que a princípio, a presença de ferrita δ, não
necessariamente reduz a resistência este tipo de corrosão. Destaca-se porém que
nenhum tratamento pós soldagem foi efetuado e a presença deste microconstituinte
reduz a resistência à corrosão sob tensão mesmo na condição revenida.

 Portanto ainda há dúvidas com relação à presença da ferrita δ na resistência à


corrosão da ZTA dos aços inoxidáveis súper-martensíticos.
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Previsão de ferrita δ na ZTA

 A previsão da quantidade de ferrita δ na ZTA envolve fenômenos de dissolução da austenita


durante o aquecimento acima de Ac4, seguido do crescimento de grão da ferrita e
conseqüentemente da dissolução desta durante o resfriamento até a temperatura ambiente.

 Umas das conclusões é atribuída à presença do nitrogênio o qual promove o aumento da


temperatura na qual a estrutura torna-se completamente ferrítica (Ac5) e portanto num menor
crescimento do grão desta fase facilitando a formação da austenita quando do resfriamento.

Previsão da retenção de ferrita δ na solda

 A previsão do porcentual de ferrita δ no interior da solda de aços inoxidáveis martensíticos


pode ser estimada com o uso de diagramas. Dentre estes o digrama de Schaeffler, fornece
uma maneira aproximada de representar o conteúdo das fases em termos de cromo e níquel
equivalentes. O diagrama de Delong refinou a previsão do diagrama de Schaeffler com a
introdução do nitrogênio.

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CONCLUSÕES

SOLDABILIDADE MELHORADA, PORÉM


AINDA COM MUITAS PRECAUÇÕES E
DEPENDENTE DAS CONDIÇÕES DE SERVIÇO

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SÚPER-FERRÍTICOS

METALURGIA E SOLDAGEM DO AÇO


INOXIDAVEL SÚPER-FERRITICO

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 El acero inoxidable ferritico extra bajo intersticial
estabilizado con Nb y Ti, AISI P444, puede sustituir a los
aceros inoxidables austeniticos en algunas aplicaciones,
principalmente cuando se necesita resistencia a la
corrosión bajo tensión.

 Para conocer la soldabilidad y resistencia a la corrosión, el


objetivo de este trabajo es mostrar el efecto de los
parámetros de soldadura y de ciclos térmicos posteriores
en el acero P444.

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 Os aços inoxidáveis ferríticos P444 estabilizados com Nb e Ti, apresentan-se
como uma alternativa ao problema da fragilização das uniões soldadas
dissimilares dos aços inoxidáveis austeníticos.

 Aproveitam sua excelente resistência à corrosão sob tensão (CST) no estado


recozido, tanto em MgCl2 como em soluções de NaCl.

 A diminuição dos elementos intersticiais mais a estabilização de elementos


como Nb, Ti e Mo, foi possível criar ligas ferríticas com melhores
características de ductilidade, soldabilidade e resistência à corrosão e
manutenção da resistência à CST.

 Os elementos estabilizantes Ti e Nb atuam como refinadores de grão e


formam compostos com o C e o N.

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Transformações de Fases durante a soldagem dos aços inoxidáveis ferriticos

 Fase σ: é um composto intermetálico, fragilizante, de composição nominal FeCr. A


transformação α  σ ocorre entre 480 e 815ºC.

Fase χ: possui composição nominal Fe2CrMo. Aparece vinculada a fase σ em aços


ferríticos que contém Mo. Forma-se entre 500 e 590 ºC, afetando a tenacidade. A
adição de Ni, Ti ou Nb acelera a formação de fase σ e χ. Entretanto a presença de Ni
aumenta a ductilidade e tenacidade da fase χ.

Fases de Laves (η): A precipitação da fase η normalmente ocorre nos contornos de


grão, sendo mais acelerada com a presença de Mo e Si.

Fase α’: Os aços que contém Cr entre 17 e 25% apresentam “fragilização dos
475ºC” quando aquecidos entre 400 e 550ºC.
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 Martensita: A presença de elementos austenitizantes pode produzir durante o aquecimento,
transformação parcial da estrutura em austenítica, e durante o resfriamento rápido a formação de
martensita, deteriorando as propriedades de impacto.

Fragilização por Hidrogênio: Nos aços Fe-Cr a presença de hidrogênio reduz drasticamente a
ductilidade podendo causar fratura.

Fragilização por Oxigênio: Concentrações de oxigênio superiores a 0,025% causam a formação de


inclusões não metálicas e perda da resistência à corrosão por pites.

Fissuração a quente: Os aços inoxidáveis extras baixo intersticiais são menos susceptíveis a fissuras,
conseguindo-se uma boa resistência à fissuração usando teores de C+N<0,04%, Ti ou Ta, ou uma
combinação de ambos estabilizantes, não ocorrendo isto, se adicionar exclusivamente Nb.

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Composição química do aço inoxidável P444 (Acesita, 2001)
% Cr Mo C N Ni Ti-Nb Mn P S Si
AISI444 17-19 1,7-2,5 0,02 0,03 1,0 (*) 1,0 0,04 0,03 1,0
(*) 0,2 + 4(C+N)Ti+Nb0.8

Propriedades Mecânicas do Aço P444 (Acesita, 2001).


Aço Limite de Ruptura Limite escoamento Alongamento Dureza
(MPa) 0,2% (MPa) (%) HRB
P444 497 337 32 83

Composição química do metal de adição ER317


%? C Cr Ni Mo Mn Si P S Cu Nb
ER317 0,06 18-20 13-15 3-4 1-2,5 0,3-0,6 0,03 0,03 0,75 0,60

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 Planejamento dos experimentos: Foi selecionado o arranjo ortogonal de Taguchi L8 com dois níveis
(nível 1 e nível 2). Isto requer a realização de oito (8) experimentos de acordo à matriz (tabela 3): A
hipótese a verificar é para a tração, MAIOR é MELHOR, e para a medição de microdureza a NOMINAL
é MELHOR.
Exp Coluna de Fatores
Nº Cobre Ângulo T° Corrente Tensão Velocidade Fluxo gás
Junta Eletrodo Aquecimento A V cm/s l/min
1 SEM 1 15º 1 SEM 1 120 A 1 11 V 1 0,20 1 18 1
2 SEM 15º SEM 90 A 2 11 V 0,10 2 16 2
3 SEM 30º 2 COM 2 90 A 8V2 0,10 16
4 SEM 30º COM 120 A 8V 0,20 18
5 COM 2 15º COM 120 A 8V 0,20 18
6 COM 15º COM 90 A 8V 0,10 16
7 COM 30º SEM 90 A 11 V 0,10 16
8 COM 30º SEM 120 A 11 V 0,20 18
(1) nível 1, (2) nivel 2.

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ENSAIOS E MEDIÇÕES

 Ensaio de Tração e Dobramento:


3 corpos de prova para cada experimento (24) de tração e 2 corpos de prova para
dobramento (16).

 Medição da Microdureza: Tipo Vickers, medida foi desde a ZTA até o metal base
(3 colunas).

 Caracterização microestrutural: lixamento e polimento automático com alumina


+ ataque eletrolítico, para revelar contornos de grão (50% ácido clorídrico + 50% água
destilada + voltagem de 3 V, + na solução e pólo - na amostra). O tempo do ataque variou
de 9 a 10 s.

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 Ciclagem térmica: forno, até 400ºC, por 1h e resfriamento lento até 80ºC. Foram
realizados 5 ciclos (retiradas 3 amostras no intervalo de cada ciclo, no total de 15
amostras). A ciclagem térmica foi realizada para o corpo de prova que obteve maior
resistência à tração e maior microdureza.

O objetivo da ciclagem térmica é verificar o comportamento das uniões


soldadas simulando condições de serviço a 400 ºC, principalmente na formação
das fases  e ´.

 Ensaios de resistência à corrosão (Eletroquímico): Foram realizados 2 ensaios


para a amostra soldada (experimento nº 7  Maior resistência à tração e maior
microdureza), e 2 ensaios para o metal base.

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Resultados do Ensaio de Tração
Resistência Escoamento Alongamento Amostras / Local de Ruptura
Exp. (MPa) (MPa) (%) Nº1 Nº2 Nº3
1 468,0 388,3 32 NR ZTA NR
2 423,4 341,7 43 ZF ZTA ZTA
3 467,8 386,7 29 NR NR ZF
4 462,3 377,5 54 ZTA ZTA -
5 432,7 370,0 46 ZTA ZTA ZTA
6 461,5 393,3 24 NR NR ZTA
7 471,4 410,0 21 NR NR NR
8 454,2 355,0 16 ZTA ZTA ZF
Metal Base 497 337 32 - - -
NR=não rompeu

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Análise da influência das variáveis de soldagem na resistência à tração

Resultados da Analise de Variância – ANOVA - TRAÇÃO

F significativo 5% - F significativo 1%
Fatores df SS MS F Pooled Rho %
CobreJunta 1 45.93 45.93 0.14 N -2.01
Ângulo Eletrodo 1 1413.74 1413.74 4.43 N 8.05
Temperatura 1 103.33 103.33 0.32 N -1.59
Corrente 1 91.26 91.26 0.29 N -1.68
Tensão 1 142.24 142.24 0.45 N -1.30
Analise de Variância Velocidade de Soldagem 1 3341.76 3341.76 10.47 N 22.24
Fluxo de Gás 1 3341.76 3341.76 10.47 N 22.24
ANOVA Error 16 5108.71 319.29 -- -- 54.04
Total 23 13588.73 590.81 -- -- --

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Resultados da medição da Microdureza

Microdureza (ZTA)

270
240
Dureza (Vickers)

210 Corpo1
180 Corpo2
150 Corpo3
120
Corpo4
90
60 Corpo5
30 Corpo6
0 Corpo7
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
5500
6000
6500
Corpo8
Distância do cordão de solda (um)

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Análise da influência das variáveis de soldagem na microdureza da ZTA

F significativo 5% - F significativo 1%
Fatores df SS MS F Pooled Rho %
CobreJunta 1 0.64 0.64 0.00 N -0.37
Ângulo Eletrodo 1 1096.57 1096.57 7.06 N 2.23
Temperatura 1 1329.37 1329.37 8.55 N 2.78
Corrente 1 8054.72 8054.72 51.83 N 18.70
Tensão 1 1650.74 1650.74 10.62 N 3.54
Velocidade de Soldagem 1 135.22 135.22 0.87 N -0.05
Analise de Variância Fluxo de Gás 1 135.22 135.22 0.87 N -0.05
ANOVA Error 192 29835.97 155.40 -- -- 73.21
Total 199 42238.45 212.25 -- -- --

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Caracterização Microestrutural

Zona Fundida

ZTA

Metal de Base Região da Zona Fundida e ZTA


experimento n°1

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Microestrutura da ZF e ZTA da amostra soldada (experimento nº1). (a) região com
formação de ferrita , (b) local de precipitação de carbonetos de Ti, Nb e Cr.

a Ferrita δ b Carbonetos
ZTA ZTA

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Ciclagem Térmica

α'

a b

Microestrutura da Região da ZTA da amostra soldada com após ciclagem térmica.


a) ciclo nº1, b) ciclo n° 5.

LABORATÓRIO DE ASPERSÃO TÉRMICA E SOLDAGEM ESPECIAIS


Gráfico de dureza após 1º ciclo - Média = 233 HV e
Gráfico de dureza após 5º ciclo - Média = 259 HV

Microdureza - Ciclo Nº 1 - Dureza Vickers Microdureza - Ciclo Nº 5 - Dureza Vickers

300 350

250 300
250
200
Dureza (Vickers)

Dureza (Vickers)
200
150
150
100
100
50 50
0 0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Distância do cordão de solda (um) Distância do cordão de solda (um)

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Microestrutura da Região da ZTA da amostra soldada: a) após 2 ciclos a
temperatura de 400ºC e b) amostra soldada sem tratamento de ciclagem térmica

CTi ou CNb

a b
ZTA ZTA

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Resistência à Corrosão

2500
P444 com solda
Ei = -400mV
2000
Potencial (mV vs. SCE)

1500 P444 sem solda


Ei = -100mV
1000

500

0 AISI304L

-500

-6 -5 -4 -3 -2 -1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10 10 10 10 10
2
Densidade de Corrente (mA/cm )

Comparativo entre as curvas potenciodinâmicas do aço P444 com solda e sem solda NaCl.

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CONCLUSÕES

 1) Não foi observada a presença martensita na ZTA, mostrando a influência


dos elementos Ti e Nb em uma menor formação de austenita e
conseqüentemente menor probabilidade de formar martensita a altas
velocidades de resfriamento. Também não foi verificada a repetição de picos de
dureza, confirmando a ausência de martensita.

 2) A microdureza próximo à ZF é maior que à do metal de base, sugerindo um


maior endurecimento por precipitação de CTi ou CNb e CCr.

 3) Os parâmetros de soldagem TIG mais influentes no ensaio de tração


conforme a metodologia Taguchi foram: o ângulo do eletrodo (8%), a
velocidade de soldagem (22%) e o fluxo de gás (22%).
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 4) O parâmetro de soldagem TIG mais influente na microdureza
conforme a metodologia Taguchi foi a CORRENTE (18,7%).

 5) A ciclagem térmica foi caracterizada pela formação de uma fase em


torno dos contornos de grão. Verificou-se um aumento significativo da
dureza devido à precipitação desta fase. Concluiu-se que devido aos
teores de Mo do metal de base e metal de adição e o conseqüente
aumento de dureza, houve a formação de fase α’.

 6) Houve o aumento dos precipitados de Ti ou Nb no interior dos


grãos, caracterizado por uma formação por coalescimento, após a
ciclagem térmica.

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 7) Verificou-se no aço P444 que a amostra com solda apresentou uma menor
corrente de passivação, conseqüentemente maior resistência à corrosão
generalizada. Entretanto, constatou-se que a amostra sem solda apresentou um
maior potencial de pite, confirmando ser mais estável, podendo ser justificado
devido às mudanças microestruturais ocorridas na ZTA.

 8) Verificou-se que o aço P444 sem solda apresentou uma menor corrente de
passivação em relação ao aço P444 com solda e ao aço 304L. Entretanto após a
soldagem, a corrente de passivação para o aço P444 aumentou próxima à do
aço austenítico 304L.

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Solidificação de aços inoxidáveis austeníticos

Nos aços da série AISI/ASTM que tem uma relação entre o cromo
equivalente e níquel equivalente menor que 1,48 (Creq/Nieq <1,48)
solidificam em austenita primaria.

Precipitações de austenita do tipo Wismanstaten, gerando uma estrutura


formada por placas de austenita e ferrita delta retida entre as placas. As
estruturas se formam para relações 1,48  Creq/Nieq  1,95

Quando a relação Creq/Nieq é maior que 1,95, a fase primária é ferrita


delta, nucleando na austenita só no estado sólido preferentemente nos
contornos de grão, geralmente o crescimento da austenita é em forma de
placas através dos grãos primários,

Cr =%Cr + %Mo + %0,5 Nb; e Ni = %Ni + 30%C + 0,5 %Mn.

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