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RISCO BIOLÓGICO

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OBJETIVO DESTA APRESENTAÇÃO
• Conscientizar os usuários do laboratório da importância da
sua adesão às técnicas de seguras e da incorporação das
normas de biossegurança ao seu trabalho diário.

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BIOSSEGURANÇA
CONCEITO

• Ciência voltada para o controle e minimização de riscos


presentes no ambiente laboral de maneira a proteger o
operador, seus auxiliares, a comunidade local, o trabalho,
os instrumentos de manipulação e o meio ambiente.

• Condição de segurança alcançada por um conjunto de


ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar
riscos inerentes às atividades que possam comprometer a
saúde humana, animal e o meio ambiente.
BIOSSEGURANÇA
ATUAÇÃO

• Análise de riscos; manuseio e descarte de


produtos; planejamento de atividades laborais;
arquitetura do ambiente laboral; elaboração de
procedimentos de segurança em situações de
emergência; utilização de equipamentos de
segurança.

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TIPOS DE RISCOS
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de
08/06/78)

• Biológicos

• Físicos

• Químicos

• Ergonômicos

• Acidentes

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TIPOS DE RISCOS
(Portaria do Ministério do Trabalho, MT no. 3214, de
08/06/78)
• Biológicos: Agentes patogênicos e infectantes.

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• Físicos
Ruídos,
radiações
ionizantes e
não-ionizantes.

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• Químico: Aerodispersóides, gases e vapores.

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• Ergonômicos

• Acidentes

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RISCO
CONCEITO

• Condição biológica, química ou física com


potencial para causar dano ao trabalhador,
produto ou ambiente.

• Centers for Disease Control and Prevention


(CDC) define os profissionais da saúde como
todos os indivíduos (estudantes, técnicos de
laboratório, médicos, enfermeiros, funcionários
da limpeza, entre outros) que desempenham
atividades que envolvem contatos com
pacientes, sangue ou outros fluidos orgânicos
em ambientes de assistência à saúde,
laboratórios e correlatos.
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RISCO BIOLÓGICO

• Definição.

• Quais são os agentes de risco biológico?

• Quais são os agentes infecciosos mais importantes nas infecções


ocupacionais em serviços de saúde?

• Os acidentes de trabalho com sangue e outros fluidos biológicos


contaminados devem ser tratados como casos de emergência médica. Por
quê?

• A profilaxia da infecção pelo HIV e HBV deve ser iniciada logo após o
acidente para ser eficaz. Essa profilaxia pós-exposição é totalmente eficaz?

• Não. Assim, prevenir a exposição ao sangue e a outros materiais biológicos é


a medida mais eficaz para evitar a transmissão do HIV, HBV e HCV no
ambiente de trabalho. Como? Medidas de proteção individual e coletiva e
ações educativas.

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RISCO BIOLÓGICO

• Situações em que há risco de transmissão ocupacional do HIV, HBV e


HCV

Exposição percutânea Lesão provocada por instrumentos


perfurantes e cortantes.
Exposição em mucosas Respingos na face (olho, nariz, boca)
Exposição cutânea (pele não- Contato com pele com dermatite ou feridas
íntegra) abertas.
Mordeduras humanas Exposição de risco quando envolve a
presença de sangue.

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RISCO BIOLÓGICO

• RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA

ACIDENTES PERCUTÂNEOS 0,3%


EXPOSIÇÃO EM MUCOSAS 0,09%
EXPOSIÇÃO EM PELE NÃO-ÍNTEGRA Não quantificado

Sangue e outros materiais contendo Potencialmente infectantes


sangue
Líquido peritoneal, pleural, pericárdico, Potencialmente infectantes mas de
líquido aminiótico, líquor, líquido baixo risco de transmissão
articular, .... ocupacional.
Suor, lágrima, fezes, urina, vômito, Sem risco de transmissão
secreções nasais e saliva (exceto em ocupacional. NÃO CONCORDO!
Odontologia) isentos de sangue

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RISCO BIOLÓGICO

• RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA

• Desde o início da epidemia de AIDS, há


103 casos comprovados e
219 casos prováveis
de profissionais de saúde contaminados pelo HIV por acidente de trabalho
publicados no mundo.

• O uso profilático do AZT (zidovudina) esteve associado à redução de 81%


do risco de soroconversão após exposição ocupacional.

• A contaminação é possível quando há carga viral baixa ou indetectável.

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RISCO BIOLÓGICO

• RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE B (DST)

• Sangue: amostra biológica com maior potencial infectante.

• Em surtos nosocomiais, a maioria dos profissionais infectados não relata


exposição percutânea. Contudo, quase 1/3 dos profissionais relatam
terem atendido pacientes HBsAg positivo.

• Em temperatura ambiente, o HBV pode sobreviver em superfícies por até


uma semana. Portanto, infecções por HBV em profissionais de saúde sem
história de acidente ocupacional, podem ter resultado de contato direto ou
indireto com materiais biológicos em áreas de pele não-íntegra,
queimaduras ou mucosas.

• A possibilidade de transmissão do HBV a partir do contato com


superffícies contaminadas também já foi demonstrada em investigações
de surtos de hepatite B.
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RISCO BIOLÓGICO

• RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE B

• O SANGUE é o material biológico com maiores títulos de HBV.

• O HBV é encontrado em leite materno, líquor, fezes, urina, saliva, suor,


secreção nasofaríngea, secreção vaginal, líquido articular, ...

• Hepatite B pode evoluir para cirrose hepática e carcinoma hepatocelular.

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RISCO BIOLÓGICO

• RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA HEPATITE C

• O HCV só é transmitido de forma eficiente através do sangue.

ACIDENTES PERCUTÂNEOS 1,8%


EXPOSIÇÃO EM MUCOSAS rara
EXPOSIÇÃO EM PELE NÃO-ÍNTEGRA Não publicado

• O risco de transmissão de HCV a partir de superfícies contaminadas não


é significativo, exceto em serviços de hemodiálise onde já foram descritos
casos de contaminação ambiental.

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RISCO BIOLÓGICO

• Se um profissional da área de saúde sofrer um acidente percutâneo


com uma amostra que contenha a mesma quantidade de HIV e HBV,
qual infecção será mais provável de desenvolver?

• RISCO DE TRANSMISSÃO DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA


C ACIDENTES PERCUTÂNEOS 0,3%
O
EXPOSIÇÃO EM MUCOSAS 0,09%
M
P EXPOSIÇÃO EM PELE NÃO-ÍNTEGRA Não quantificado
A
R
A
R • O HCV só é transmitido de forma eficiente através do sangue.
ACIDENTES PERCUTÂNEOS 1,8%
EXPOSIÇÃO EM MUCOSAS rara
EXPOSIÇÃO EM PELE NÃO-ÍNTEGRA Não publicado
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RISCO BIOLÓGICO

• PODEMOS ELIMINAR O RISCO BIOLÓGICO DE NOSSAS VIDAS


PROFISSIONAIS ?

• Substituir materiais de vidro por plásticos.

• EPI: luvas (proteção da pele do profissional), máscaras, gorros, óculos de


proteção (proteção das mucosas), calçados fechados.

• EPC: fluxo laminar, filtros

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RISCO BIOLÓGICO

• Coletores específicos para descarte de material perfurocortante devem


ser preenchidos até 2/3 de sua capacidade total.

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NOSSA ADAPTAÇÃO PARA DESCARTES

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Cuidados Básicos ao manipular amostras de sangue

• Aventais com mangas compridas e com elásticos no


punho.
• Luvas resistentes e em duplicata.
• Máscaras.
• Sapatos fechados.
• Gorros.
• Óculos de proteção (para evitar aerossóis ou
projeções nos olhos)
• Trocar qualquer proteção individual em caso de
contato direto com material suspeito.
• Desprezar com os devidos cuidados de segurança,
devidamente identificados.

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De maneira geral, as medidas de segurança para os
riscos biológicos envolvem:
• Conhecimento da Legislação Brasileira de Biossegurança,
especialmente das Normas de Biossegurança emitidas pela
Comissão Técnica Nacional de Biossegurança.
• O conhecimento dos riscos pelo manipulador.
• A formação e informação das pessoas envolvidas,
principalmente no que se refere à maneira como essa
contaminação pode ocorrer, o que implica no conhecimento
amplo do microrganismo ou vetor com o qual se trabalha.
• O respeito das Regras Gerais de Segurança e ainda a
realização das medidas de proteção individual.
• Utilização da capela de fluxo laminar corretamente,
mantendo-a limpa após o uso;
• Utilização de desinfetante apropriado para inativação de um
agente específico.
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RISCO BIOLÓGICO

• O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE ?

ACIDENTE PERCUTÂNEO ou Lavagem exaustiva do local exposto com


CUTÂNEO água e sabão neutro
EXPOSIÇÃO EM MUCOSAS Lavagem exaustiva do local exposto com
água ou com salina fisiológica
Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes, injeções locais) e a utilização
de soluções irritantes (éter, hipoclorito ou glutaraldeído) são contra-indicados

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RISCO BIOLÓGICO

• O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE COM AMOSTRA HIV + ?

EXAME SOROLÓGICO Do paciente e do profissional


QUIMIOPROFILAXIA Gravidade da exposição;
condição sorológica do paciente-fonte.
A quimioprofilaxia deve ser iniciada o mais rápido possível (até 72h).

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RISCO BIOLÓGICO

• O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE COM AMOSTRA HBV + ?

EXAME SOROLÓGICO Do paciente e do profissional


QUIMIOPROFILAXIA para paciente não Imunoglobulina hiperimune contra hepatite B
respondedor via IM 24h-48h após acidente.
Imunidade provisória por 3-6 meses.
QUIMIOPROFILAXIA para paciente não Imunoglobulina hiperimune contra hepatite B
vacinado + iniciar vacinação
Principal medida de prevenção de hepatite B: VACINAÇÃO pré-exposição.
Vacina extremamente eficaz (90 a 95%) em adultos.
Ausência de resposta vacinal: revacinação ou dosagem de HBsAg (infecção crônica
HBV)

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RISCO BIOLÓGICO

• O QUE FAZER EM CASO DE ACIDENTE COM AMOSTRA CONTENDO HCV

EXAME SOROLÓGICO Do paciente e do profissional


NÃO EXISTE MEDIDA EFICAZ PARA REDUZIR O RISCO DE TRANSMISSÃO DO
VÍRUS DA HEPATITE C APÓS ACIDENTE OCUPACIONAL.

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RISCO BIOLÓGICO

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As classificações existentes (OMS, CEE, CDC-
NIH) são bastante similares, dividindo os
agentes em quatro classes:
• Classe 1 - onde se classificam os agentes que não apresentam riscos para o
manipulador, nem para a comunidade (ex.: E. coli, B. subtilis);
• Classes 2 - apresentam risco moderado para o manipulador e fraco para a
comunidade e há sempre um tratamento preventivo (ex.: bactérias - Clostridium
tetani, Klebsiella pneumoniae, Staphylococcus aureus; vírus - EBV, herpes; fungos
- Candida albicans; parasitas - Plasmodium, Schistosoma);
• Classe 3 - são os agentes que apresentam risco grave para o manipulador e
moderado para a comunidade, sendo que as lesões ou sinais clínicos são graves
e nem sempre há tratamento (ex.: bactérias - Bacillus anthracis, Brucella,
Chlamydia psittaci, Mycobacterium tuberculosis; vírus - hepatites B e C, HTLV 1 e
2, HIV, febre amarela, dengue; fungos - Blastomyces dermatiolis, Histoplasma;
parasitos - Echinococcus, Leishmania, Toxoplasma gondii, Trypanosoma cruzi);
• Classe 4 - os agentes desta classe apresentam risco grave para o manipulador e
para a comunidade, não existe tratamento e os riscos em caso de propagação são
bastante graves (ex.: vírus de febres hemorrágicas).

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OBRIGADA!

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FONTE:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab
_virtual/riscos_biologicos.html

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