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PERFIL DOS USUÁRIOS DE

CONTRACEPTIVOS ENTRE OS
UNIVERSITÁRIOS DE
SALVADOR - BAHIA

Carlete Ribeiro
Denise Barros

Prof. Msc. Eduardo Dias


Alfred Charles Kinsey
• (Hoboken, 23/06/1894 –
• Bloomington, 25/08/1956.

• Foi um entomologista e zoólogo


norte-americano.

• Em 1947, na Universidade de Indiana, fundou o


Instituto de Pesquisa sobre Sexo, hoje chamado
de Instituto Kinsey para Pesquisa sobre Sexo,
Gênero e Reprodução.
• Suas pesquisas sobre a sexualidade humana influenciaram
profundamente os valores sociais e culturais dos EUA ,
principalmente na dec. 60, com o início da chamada
“Revolução Sexual".
• Ainda hoje, suas obras são
consideradas fundamentais para o
entendimento da diversidade sexual
humana. Entretanto, muitos dos dados,
teses e resultados apresentados por
Kinsey têm sido recentemente
questionados e desmentidos por outros
estudiosos.
Amostragem
1.112 alunos de Universidades e Faculdades
cadastras pelo MEC- Salvador, Bahia

Hipótese
Apesar do não uso ou uso irregular dos
contraceptivos estar em geral associado a
níveis socioeconômicos e culturais diminuídos,
a pesquisa irá mostrar que existem outros
fatores associados que vão muito além disso.
Objetivos

Geral

• Determinar os fatores que mais influenciam o


uso de contraceptivos entre os estudantes.

• Avaliar os conhecimentos relativos ao uso


correto dos contraceptivos utilizados.
Objetivos
Específicos
• Determinar os principais contraceptivos
utilizados
• Determinar a freqüência do uso destes
contraceptivos.
• Investigar as possíveis causas do não uso
de contraceptivos.
• Avaliar os conhecimentos relativos ao uso
correto dos contraceptivos utilizados.
Aplicação do questionário

O questionário deverá ser respondido


exclusivamente pelos universitários das
universidades cadastradas pelos responsáveis da
pesquisa.

A quantidade de questionários aplicados em


cada universidade deverá ser previamente
combinada já que o número de questionários
aplicados irá variar entre as instituições, de
acordo com o número de alunos.
Aplicação do questionário
Abordagem:
- Identificação:
• Seu nome; universidade; tema da pesquisa;
tempo aproximado para responder às perguntas,
lembrando que as questões são objetivas.

- Explicações específicas:
• A pesquisa aborda perguntas muito íntimas e
pessoais
• Sigilo dos dados e da identificação dos indivíduos
entrevistados.
Comportamento e abordagem:
• Você deve considerar que todos os seres vivos são
diferentes um do outro então a diversidade torna-se
um fato irredutível da vida.

• Na abordagem mostre o entrevistado primeiro a


credencial e as folhas do questionário para que ele
sinta seguro.

– Olá sou fulano da faculdade Estácio/FIB, estou fazendo um


estudo sobre comportamento sexual. Podemos sentar e
conversar? Ficaria grato (a) se respondesse algumas
perguntas sobre sua história sexual. Posso fazer algumas
perguntas?
Aplicação do questionário

O que fazer O que não fazer


Explicar o nível intimidade das Entregar o questionário para pessoa
perguntas marcar

Mostrar o questionário quando solicitado Expressar opiniões pessoais sobre as


respostas
Ser paciente e saber ouvir, porém Completar as frases ou ajudar nas
otimizar o tempo respostas

Esclarecer que todas as perguntas são


importantes e não foram colocadas ao
acaso.
Demonstrar seriedade e
profissionalismo mas sem deixar de ser
cativante para que a pessoa responda
tudo.
Aplicação do questionário

O questionário deverá ser aplicado


calmamente e ser completamente respondido por
isso, o tempo médio estimado é de 30 minutos.

Como são abordados assuntos polêmicos,


sugere-se que a visita às universidades seja feita
em dupla.
Comportamento e abordagem:
• O entrevistado só será franco, se souber que
estará falando confidencialmente, procure um
lugar reservado.

• Não sentar tão longe do entrevistado.


Qualquer coisa que crie distância, deve ser
evitado.

• Deixar o corpo seu corpo relaxado para que o


entrevistado se abra.
Comportamento e abordagem:
• Não esqueça de mencionar como é a pesquisa,
a importância da pessoa para tal.
• Comece relaxando o entrevistado; Começar
com perguntas inocentes, para que as pessoas
esquecem que estão fornecendo histórias
sexuais;
• Perguntas básicas como - Quando você nasceu?
nasceu
- É casado ou solteiro? Deve-se olhar para o
entrevistado.
Comportamento e abordagem:

• Mantenha uma atitude de aceitação as


perguntas são mais difícil do que você
imagina;

• A melhor maneira é sorrir, acenar com a


cabeça enquanto me olha direto nos olhos.
Comportamento e abordagem:

• Perguntas obvias como: Qual é sua raça?,


preencha você mesmo.

• Para perguntas múltiplas seja lógico, pois


permite o entrevistado ignorar a qualquer
parte que não queira responder.
Comportamento e abordagem:
• Tente não fazer caras de expressão quando o
entrevistado fale alguma coisa que o choque.
Nunca julgue as pessoas. Cuidado com as
expressões corporais;

• Tentem ser tão precisos e honestos quanto


puderem. O projeto só vai dar certo se os
entrevistados falarem a verdade;
Comportamento e abordagem:

• Não usar eufemismos para dizer algo Ex: Quantos


anos tinha quando, pela primeira vez, tentou dar
prazer a si mesmo?

• Se estiver falando com alguém de nível social melhor


use palavras como masturbação, testículos, pênis,
vagina, vulva, urina, defecação. Com nível inferior
use: bater punheta, saco, caralho, boceta, mijo,
merda.
Comportamento e abordagem:

Lembre-se : Você tem a chance de fazer


uma contribuição importante ao
conhecimento cientifico.

Qualquer hábito seu que causa descarga do


fluido sexual, deve ser evitado. Ex o modo
de sentar...
Comportamento e abordagem:
• Sempre mantenha a avalanche de perguntas.
Rapidez extremada torna contar mentiras muito
difíceis.

– Ex: Em que fase da juventude experimentou abraços ou


beijos, troca de caricias e afagos, sexo oral. Tem beijo de
língua nas preliminares? Mão nos seios? Boca? Mão nos
genitais da mulher? Mão no pênis? Boca nos genitais da
mulher? Boca no pênis? Beijar os genitais.

• Lembre–se que as pessoas não sabem se podem


confiar em você, elas precisam ter certeza que seus
segredos estão a salvo.
Comportamento e abordagem:
• Uma das maneiras de descobrir o que as pessoas fazem, é
descobrir o que já fizeram.

• As pessoas resistem no começo, mas coreografar as


perguntas os forçam a responder. Tentar fazer um bate papo
descontraído.

• Dica: Nem todo tipo de sexo tem que ser sancionado pelo
amor e enriquecido pelas emoções. Mas deve se observar
que quase todas as chamadas perversões sexuais estão
dentro do âmbito da normalidade biológica. Mas baseado na
bíblia e de acordo com a opinião pública, só existe uma
equação sexual correta. Se algo prazeroso e muito desejado é
proibido, torna-se uma obsessão. O sexo é mais uma questão
de sentimentos... e atitudes psicológicas.
Comportamento e abordagem:

• Um cientista só pode generalizar com certeza


confiável, se tiver informação estatística suficiente.

• “A única maneira de estudar o sexo com qualquer


módico de exatidão cientifica é livrando-se de tudo a
não ser sua função fisiológica. Qualquer um
envolvido no projeto, precisa ter motivos
inteiramente puros e científicos e que sejam acima
de qualquer reprimenda por moralidade.”
Kinsey
Questionário
(54 perguntas)

Questões de 1- 4 e 8
Traçando o perfil social:
Gênero, idade, raça, religião e estado civil

Questões de 5 -7
Traçando o perfil estudantil
Instituição e curso

Questões de 9-20 e 22-26


Traçando o perfil sexual
Questionário

Questões 21
Traçando o perfil de saúde

Questões 27 e 28
Traçando o nível de satisfação da pesquisa
Perfil sexual
9- ESTÁ COM PARCEIRO(A) FIXO(A) ATUALMENTE?
10- MANTÉM RELACIONAMENTOS ESPORÁDICOS?
11-VOCÊ ACHA IMPORTANTE A UTILIZAÇÃO DE ALGUM
CONTRACEPTIVO?
Verificar até que ponto relacionamentos estáveis podem interferir no uso dos
contraceptivos.

12- JÁ INICIOU SUA ATIVIDADE SEXUAL (1ª RELAÇÃO SEXUAL)?


Não adianta perguntar questões de sexo para quem nunca realizou

12.1- SE SIM, COM QUAL IDADE INICIOU?


Verificar se o inicio da atividade sexual pode interferir na opinião do uso
Perfil sexual
13- VOCÊ USOU ALGUM MÉTODO ANTICONCEPCIONAL NA 1ª RELAÇÃO
SEXUAL?
13.1- SE SIM, QUAL(IS)?
Verificar a prevalência do contraceptivo utilizado no 1º ato sexual. Correlacionar
idade do 1º ato com a opção de escolha do contraceptivo.

14- POSSUI VIDA SEXUAL ATIVA?


Não adianta perguntar sobre ato sexual à quem não pratica...

15- QUAL A SUA OPÇÃO SEXUAL?


Verificar a prevalência dos contraceptivos entre os grupos sexuais

16- QUE TIPO DE ATIVIDADES SEXUAIS VOCÊ PRATICA?


É uma das perguntas mais intimas da pesquisa. O interesse da pergunta está
relacionado à verificar o uso regular de contraceptivo nas diferentes
modalidades de prática sexual.
Perfil sexual
17- NESTE MOMENTO, COM QUANTOS PARCEIROS VOCÊ MANTÉM
RELAÇÕES SEXUAIS?
Acreditamos que relacionamentos estáveis diminuem o uso regular de
contraceptivos

18- (SOMENTE MULHERES. HOMENS PULAM PRA QUESTÃO 20) VOCÊ JÁ


ENGRAVIDOU?
Verificar se o uso aconteceu após uma gravidez não planejada ou uso irregular
de contrceptivos

18.1- SE SIM, VOCÊ JÁ ABORTOU?


18.1.1- SE SIM, QUANTAS VEZES?
18.1.2- SE JÁ, RELACIONE ABAIXO O NÚMERO DE VEZES PARA CADA
TIPO DE ABORTO.
Verificar se houve negligência no uso de contraceptivos (gravidez não
planejada) e se isso foi frequente.
Perfil sexual
19- FEZ ALGUM TRATAMENTO PARA ENGRAVIDAR?
19.1- SE SIM, QUAL?
Verificar se o não uso de contraceptivos está associado à tentativas de gravidez

20- JÁ TEVE DOENÇA SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEL? 


20.1- SE SIM, QUAL(IS)?
Verificar se a ocorrência de DST está associado ao uso indevido de
contraceptivos

21- POSSUI ALGUM FATOR DE RISCO PRÉ EXISTENTE?


Verificar a correlação do uso ou não uso com outros problemas de saúde

22- SEU(SUA)/SEUS(SUAS) PARCEIRO(S)/PARCEIRA(S) FAZ(FAZEM) USO


DE CONTRACEPTIVO(S)?
Verificar quem usa (o entrevistado ou o parceiro)
Perfil sexual
22.1- SE SIM, QUAL O PRINCIPAL MOTIVO? (INDIQUE A QUANTIDADE DE
PARCEIROS) 
Porque usa

22.2- SE SIM, QUAL A FREQUÊNCIA EM QUE USA(M)? (INDIQUE A


QUANTIDADE DE PARCEIROS)
Qual a frequência

22.3- SE NÃO, QUAL O PRINCIPAL MOTIVO? (INDIQUE A QUANTIDADE DE


PARCEIROS)
Porque não usa
 
22.4- QUE CONTRACEPTIVO(S) ELE(A)/ELES(AS) UTILIZA(M)? (INDIQUE A
QUANTIDADE DE PARCEIROS)
Qual usa
Perfil sexual
23- VOCÊ FAZ USO DE CONTRACEPTIVO?
 Saber se na relação é o entrevistado que utiliza

23.1- SE SIM, QUAL O PRINCIPAL MOTIVO?


Porque motivo
 
23.2- SE SIM, QUAL A FREQUÊNCIA?
Com que frequência

 23.3- SE NÃO, QUAL O PRINCIPAL MOTIVO?


Porque motivo não usa

23.4- QUE CONTRACEPTIVO VOCÊ UTILIZA?


Qual usa
Perfil sexual
23.4.1- SE USA MEDICAMENTOS QUAIS OS NOMES?
23.4.2- SENTE ALGUM EFEITO ADVERSO?
Essa pergunta será útil no levantamento de medicações e efeitos adversos,
possibilitando a realização de suposições quanto à regularidade do uso de
contraceptivos
 
23.4.3- ONDE OBTÉM O CONTRACEPTIVO?
Se a disponibilidade do contraceptivo vai interferir na escolha e regularidade

23.5- QUEM ORIENTOU OU SUGERIU A ESCOLHA DO MÉTODO? (O


PRINCIPAL)
 Saber sobre os meios de influência no uso

23.6- JÁ FEZ USO DE OUTRO MÉTODO?


23.7- SE SIM, DEIXOU DE USAR POR QUAL MOTIVO?
Saber as causas de abandono de determinados métodos
Perfil sexual
23.8- SE SENTIA ALGUM EFEITO ADVERSO, QUAL ERA?

Saber se o contraceptivo causava efeito adverso, a incidência de queixas de


acordo com o método, e levantar a possibilidade de abandono do método por
essa queixa

Questões de 24 a 26 apenas para usuários de camisinha


Como a camisinha é hoje um dos métodos mais difundidos e utilizados, optamos
em aprofundar as informações nesse método

24- VOCÊ JÁ DEXOU DE USAR A CAMISINHA EM ALGUM MOMENTO?


Saber se a pessoa já fez uso irregular da camisinha

25- SE SURGISSE A POSSIBILIDADE DE UM RELACIONAMENTO SEXUAL


DESEJADO POR VOCÊ E NO MOMENTO NÃO TIVESSE UMA CAMISINHA
A MÃO, O QUE VOCÊ FARIA?

Saber até que ponto a regularidade do uso é feita eficazmente


Perfil sexual

26- ATÉ QUE PONTO VOCÊ USARIA A CAMISINHA NUM


RELACIONAMENTO ESTÁVEL?

Verificar a relação uso da camisinha e relacionamentos estáveis

27- O QUE VOCÊ ACHOU DESTA PESQUISA?

28- GOSTARIA DE FAZER ALGUM OUTRO COMENTÁRIO SOBRE ESTA


PESQUISA OU SOBRE O ESTUDANTE QUE A ABORDOU?

Acreditamos na importância de saber a opinião dos entrevistados sobre a


pesquisa. Estamos abertos à criticas.
Filme: Vamos falar de Sexo
Referências
1. ABDO, CHN (org). Sexualidade e Seus Transtornos. Ed. Lemos, 2000, 2ª Ed.
2. BORUCHOVITCH, E. Fatores associados a não-utilização de anticoncepcionais
na adolescência. Revista Saúde Pública. v.26, n.6. São Paulo, dez/1992.
3. GALVÃO, M T G, et al. Medidas contraceptivas e de proteção da transmissão
do HIV por mulheres com HIV/Aids. Revista Saúde Pública: 2004; 38 (2): 194-
200.
4. LEITE, M. T. F. et al. Saber e prática contraceptiva e prevenção de
DST/HIV/AIDS em universitários da área da saúde. Revista Brasileira de
Enfermagem. Brasília, 2007. Jul-Ago; 60(4):434-8.
5. MADUREIRA, V S F; TRENTINI, M. Da utilização do preservativo masculino à
prevenção de DST/AIDS. Ciência & Saúde Coletiva. 2008. 13(6). p. 1807-1816.
6. MARTINS, L. B. M. et al. Conhecimento sobre métodos anticoncepcionais por
estudantes adolescentes. Revista Saúde Pública 2006; 38 (4): 495-502.
7. PAIVA, V. et al. Uso de preservativos – Pesquisa Nacional MS/IBOPE 2003 -
Acessado em 25/6/2007 em www.aids.gov.br.
8. PIROTTA, K. C. M. & SCHOR, N. Intenções reprodutivas e práticas de regulação
da fecundidade entre universitários. Revista Saúde Pública, 2004; 40 (1): 57-
64.

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