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História do Atendimento Pré-

Hospitalar, Portaria 2048/GM de 5


de novembro de 2002.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• O atendimento às emergências/urgências
ocorre desde o período das grandes guerras,
mais precisamente no século XVIII, período
napoleônico;
• Neste período, os soldados feridos em campo
de batalha eram transportados em carroças
com tração animal, para serem atendidos por
médicos, longe dos conflitos.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• Em 1792, o cirurgião e chefe militar
Dominique Larrey, começa a "dar os cuidados
iniciais", a soldados feridos, no próprio campo
de batalha;

• Em 1863 formação da Cruz Vermelha


Internacional, atuação destacada nas Guerras
Mundiais do século XX.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

• Os combatentes receberam treinamento de


primeiros socorros a fim de prestar
atendimento a seus colegas logo após a
ocorrência de uma lesão no campo de batalha
e durante o transporte até o hospital de
guerra.
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
• Em 1965, na França surgem os Serviços de Atendimento
Médico de Urgência (SAMU);
• Os SAMU, inicialmente centrados nos atendimentos de
estrada, se estende a área urbana– Necessidade de
organização e coordenação médica- Princípio de
Regulação médica;
• Os atendimentos são realizados por equipe muldisciplinar
, porém centrado no médido;
• A atuação do SAMU é conjunta com o Serviço de
Segurança Pública, realizada pelo Corpo de Bombeiros,
para ações de resgate.
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR

• O sistema pré-hospitalar norte-americano civil é


realizado por soldados que foram treinados p/atender
na guerra . “Serviço de Emergências Médicas” (SEM).
• Em 1960, surgem os paramédicos norte-americanos
(Categoria profissional classificada em nível Básico,
intermediário e avançado) p/ atender as emergências
pré-Hospitalar;
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
BRASIL
• Em julho de 1856, criado e organizado o Corpo
Provisório de Bombeiros da Corte sob a
jurisdição do Ministério da Justiça - Serviço de
Extinção de Incêndios;
• Em 1899, o Corpo de Bombeiros da mesma
localidade punha em ação a primeira
ambulância (de tração animal) para realizar o
referido atendimento;
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR

• Em 1º de junho de 1913, uma nova era que se


inicia no Corpo de Bombeiros, é a era da
tração mecânica. O galopar dos cavalos, seria
gradativamente, substituído nas ruas da
cidade, pelo ronco possante dos motores dos
carros dos Bombeiros".
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• Em 1950, instalou-se em São Paulo o SAMDU
Serviço de Assistência Médica Domiciliar de
Urgência;
• Em 1966 extinguiu o SAMDU por Decreto Lei;
• A atividade de atendimento pré-hospitalar
passou a ser diversificada de caráter público
e/ou privado.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• Em 1976, o governo do estado de São Paulo
implantou o Sistema de Ajuda ao Usuário nas
rodovias, o DERSA (Desenvolvimento
Rodoviário S.A.) com serviço de Atendimento
de Primeiros Socorros, com ambulância e
profissionais de nível médio, controlados por
médicos à distância.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• Em 1979 foi assinado um "protocolo de
intenções" entre a Prefeitura do Município de
São Paulo e o Corpo de Bombeiros da Polícia
Militar do Estado de São Paulo, constituindo
um serviço de ambulâncias da prefeitura, para
o quê alguns funcionários da Secretaria
Municipal de Saúde foram treinados para
atuar, junto com os bombeiros, no resgate aos
acidentados.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• Em 1981, um grupo de médicos informalmente,
representantes do Pronto Socorro do HC, da
Secretaria de Higiene e Saúde do Município de
São Paulo, do Hospital Heliópolis e da Santa Casa
da Misericórdia de São Paulo, debateram a
assistência às urgências no município que, além
do atendimento na via pública, propuseram um
sistema de referência para encaminhamento dos
acidentados aos locais próximos das ocorrências.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• Em 1983 houve a oficialização deste grupo
denominado Comissão de Coordenação de
Recursos Assistenciais de São Paulo (CRAPS),
que tinha como missão a definição e
implantação de programas efetivos no
Município de São Paulo;
• No decorrer das décadas surgem vários
serviços sem padronização;
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• No Estado do Rio de Janeiro foi criado, por um
Decreto governamental, em dezembro de
1985, o Grupo de Emergências do Corpo de
Bombeiros. Sua equipe era composta de um
médico e dois enfermeiros, além do motorista.
Este serviço se vinculou a uma estrutura já
existente, a do Resgate do Corpo de
Bombeiros.
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR

• Em 1990, em São Paulo inicia-se o Projeto


Resgate desenvolvido em conjunto pela
Secretaria Estadual de Saúde (SES), através do
SAMU-SP, a Secretaria de Segurança Pública
(SSP), através do CB e a PMSP através do
Grupamento de Rádio Patrulhamento Aéreo;
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
• Outro modelo misto consiste no Sistema
Integrado de Atendimento ao Trauma e
Emergências (SIATE), proposto pelo Ministério
da Saúde (MS) e implantado inicialmente, em
1990, em Curitiba, numa ação conjunta entre
a Secretaria de Estado da Saúde (SES) e
Secretaria de Segurança Pública (SSP)
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
• Contudo, o Brasil ainda não dispunha de um
modelo autêntico de atendimento e legislação
específica sobre APH;
• Uma reestruturação do APH em nível nacional
iniciou-se a partir de 1990 com a criação do
Programa de Enfrentamento às Emergências e
Traumas (PEET) pelo MS;
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR

• Entretanto, a proposta do MS – muito menos


dos Corpos de Bombeiros – não era ampliar o
quadro, mas sim “criar nos Corpos de
Bombeiros um quadro de socorristas”;
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR

• Inicia a cooperação entre o SAMU de Paris e a


Secretaria de Saúde de São Paulo para
introdução do atendimento pré-hospitalar.
Deste modo, deu-se origem a um sistema
misto, ou seja, nos moldes e tecnologia do
modelo norte-americano, para o SBV e com
adaptações do modelo francês, para o SAV.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• Os Conselhos Federal e Regionais de
Medicina, a partir de 1997, passaram a
questionar a eficácia dos serviços de APH
prestados pelo Corpo de Bombeiros;
• Em 1998 o CFM lançou a Resolução
n.1.529/98 que normatizava a atividade
médica na área da urgência/emergência na
sua fase pré-hospitalar
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• O MS transferiu quase que integralmente o
texto do CFM para a Portaria n. 824 de 24 de
julho de 1999, normatizando assim o APH em
todo o Brasil;
• A Portaria n. 814/GM, de 1 de junho de 2001,
estabelece a normatização dos serviços de
atendimento pré-hospitalar móvel de urgências
e define princípios e diretrizes da regulação
médica das urgências;
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR
• A Portaria n. 2048/GM de 5 de novembro de
2002, regulamenta o atendimento das urgências
e emergências.
• O Conselho Federal de Enfermagem (COFEN)
instituiu a Resolução n. 225 de 28 de fevereiro de
2000, dispôs sobre o cumprimento de prescrição
medicamentosa/terapêutica à distância,
tornando legal, para os profissionais da
enfermagem, a prática de cumprir prescrições
médicas via rádio ou telefone em casos de
urgência
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
• Portaria nº2.048 de 2002 prevê a estruturação dos
Sistemas Estaduais de Urgências e Emergências –
envolvendo toda a rede assistencial de forma
regionalizada e hierarquizada, desde a rede pré-
hospitalar fixa (unidades da atenção primária da
saúde e unidades não-hospitalares de atendimento
às urgências e emergências), SvAPH móvel até a
rede hospitalar de alta complexidade –, mediados
pelo mecanismo de Regulação Médica;
Sistema de Atenção Integral às Urgências
1. Pré-hospitalar Fixo:
 Unidades Básicas de Saúde

 Unidades de Saúde da Família e Agentes Comunitários

 Ambulatórios Especializados

 Serviço de Diagnóstico e Terapia

 Serviços de Atendimento às Urgências não hospitalares

(PS, Pronto Atendimento)

2. Pré-hospitalar Móvel
 SAMU - 192
Sistema de Atenção Integral às Urgências
3. Hospitalar:
 Prontos Socorros das unidades hospitalares

 Leitos de internação:

 gerais

 terapia intensiva

 especializados

 longa permanência

4. Pós-hospitalar:
 Atenção domiciliar (assistência e internação domiciliar)

 Reabilitação
ATENDIMENTO PRÉ- HOSPITALAR MÓVEL

SAMU
192
192 Atribuição da área da
Número nacional de saúde
urgência médica

VAGA ZERO
Na urgência, o atendimento deve ser
prestado independente da existência ou não
de leitos vagos.
Parâmetros para dimensionamento de
ambulâncias

1 Equipe de Suporte Básico de Vida


(motorista, auxiliar ou técnico de
enfermagem) para cada 100 mil a 150 mil
habitantes.

1 Equipe de Suporte Avançado de Vida


(motorista, médico e enfermeiro) para cada
400 mil a 450 mil habitantes.
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR MÓVEL
 É o atendimento que procura chegar precocemente à
vítima, após ter ocorrido agravo à saúde, assistir ao
paciente e transportar adequadamente a um serviço de
saúde;
 Vinculado a uma central de regulação – acesso 192;
 Equipe de profissionais oriundos da saúde:
Coordenador do serviço: experiência em pré-hospitalar;
Responsável técnico :Médico p/ atividades médicas;
Responsável de Enfermagem: Enfermeiro p/ atividades de
enfermagem;
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
Médicos reguladores: São os responsáveis pelo atendimento
ao usuário e operacionalização dos meios disponíveis e
necessários para responder as solicitações;
Médicos intervencionistas: responsáveis pelo atendimento
necessário para reanimação e estabilização do paciente, no
local do evento e durante o transporte;
Enfermeiros Assistenciais: responsáveis pelo atendimento
necessário para reanimação e estabilização do paciente, no
local do evento e durante o transporte;
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
Auxiliares e técnicos de enfermagem: atuação sob
supervisão imediata do enfermeiro.;
 Equipe de profissionais não oriundos da saúde:
Telefonista: Auxiliar de regulação, presta atendimento
telefônico, registra dados básicos sobre o chamado;
Rádio-operador: Operar sistemas de radiocomunicação
e realizar o controle operacional da frota de veículos;
Condutor de veículos de urgência: Conduzir veículos de
urgência e assistir a equipe no atendimento;
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
Profissionais responsáveis pela segurança: Policiais militares e
rodoviários. Atuam na identificação de situações de risco,
exercendo a proteção das vítimas e dos profissionais
envolvidos no atendimento, podem realizar suporte básico
de vida.
Bombeiros militares: Atuam na identificação de situações de
risco e comando das ações de proteção ambiental, da vítima
e dos profissionais envolvidos no atendimento, fazem
resgate de vítimas de locais ou situações que impossibilitam
o acesso da equipe de saúde, podem realizar suporte básico
de vida.
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
DEFINIÇÃO DOS VEÍCULOS DE ATENDIMENTO PRÉ-
HOSPITALAR – Ambulâncias / viaturas
• Viaturas preconizadas pelo MS:
• Suporte básico: 01 viatura para cada 100 mil habitantes;
• Suporte avançado: 01 viatura para cada 500 mil
habitantes;

TIPO A: Ambulância de transporte . Destinada a pacientes


que não apresentam risco de vida.
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
TIPO B: Ambulância de suporte básico. Destinada
ao transporte inter-hospitalar de pacientes de
risco de vida conhecido e pré-hospitalar de
pacientes com risco de vida desconhecido, não
classificado com potencial de necessitar
intervenção médica.

TIPO C: Ambulância de resgate. Possuem


equipamentos para salvamento.
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
TIPO D: Ambulância de suporte avançado. Destinado a
transportar pacientes de alto risco e/ou transporte inter-
hospitalar que necessitam de cuidados médicos intensivos.

TIPO E: Aeronave de transporte médico. Aeronave de asa fixa


ou rotativa utilizada p/ transporte inter-hospitalares e
ações de resgate.

TIPO F: Embarcação de transporte médico. Destinado ao


transporte via marítima ou fluvial.
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
VEÍCULO DE INTERVENÇÃO RÁPIDA: Veículos leves,
rápidos. São utilizados p/ transporte de médicos
c/ equipamentos, acesso nas ambulâncias do
Tipo A, B, C e F.
 Composição dos veículos quanto materiais e
medicamentos;
TRIPULAÇÃO:
TIPO A E B: motorista e Técnico ou auxiliar de
enfermagem;
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
TIPO C: 03 profissionais militares, sendo um motorista e
os outros dois profissionais com capacitação e
certificação em salvamento e suporte básico de vida;
TIPO D: 03 profissionais: sendo um motorista, um
enfermeiro e um médico.
TIPO E: 03 profissionais: piloto, médico, enfermeiro.
TIPO F: 02 ou 03 profissionais, condutor, técnico ou
auxiliar de enfermagem (suporte básico), ou
enfermeiro e médico (suporte avançado).
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
ATENDIMENTO HOSPITALAR:
Pronto socorro deverá apresentar infra estrutura
superior a unidade não hospitalar de
atendimento as urgências e emergências.
TRANSFERÊNCIAS E TRANSPORTE INTER-
HOSPITALAR
Serviços especializados e de maior complexidade
deverão ser referência para um ou mais
municípios de menor porte;
URGÊNCIA PRÉ-HOSPITALAR
• NÚCLEOS DE EDUCAÇÃO EM URGÊNCIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 2048/GM de 05 de
novembro de 2002. Dispõe sobre o regulamento técnico dos
sistemas estaduais de urgência e emergência. Brasília, 2002.

• MARTINS, P. P. S. Atendimento pré-hospitalar : atribuição e


responsabilidade de quem? Uma reflexão crítica a partir do
serviço do corpo de bombeiros e das políticas de saúde “para” o
Brasil à luz da filosofia da práxis. 2004. 264f. Dissertação
(Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis.
Referência Bibliográfica
• RAMOS, Viviane Oliveira; SANNA, Maria Cristina. A inserção
da enfermeria no atendimento pré-hospitalar: histórico e
perspectivas atuais. Rev. bras. enferm., Brasília, v. 58, n.
3, June 2005 . Available from
<http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0034-
71672005000300020&lng=en&nrm=iso>. access on16 May
2009. doi: 10.1590/S0034-71672005000300020.

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