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" Tudo vale a pena quando a alma não é pequena.

"

Universidade Federal do Rio Grande do Norte Edney José da Silva Cavalcante


Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes
Departamento de Letras
Teoria da Literatura I
Professor Dr. José Luiz Ferreira
• "O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na
intensidade com que acontecem “

Fernando Pessoa
• 1. Introdução/Motivação
• 2. Desenvolvimento do tema:
• Fernando Pessoa
• Poema : Autopsicografia
• Aspectos estruturais
• Escansão
• Resumo
• Análise Interpretativa
• Referências

Roteiro
Introdução

• Neste seminário trataremos da Análise literária


do poema : Autopsicografia ( Fernando Pessoa ).
Seus aspectos estruturais, escansão, interpretação
e releitura.
Motivação

• Psicografia
• substantivo feminino
• 1.
• descrição dos fenômenos psíquicos..
• 2.
• descrição psicológica de uma pessoa.
Fernando Pessoa
O Autor
• Fernando Pessoa
• Fernando Pessoa (1888-1935) nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 13 de junho de 1888. Ficou
órfão de pai aos 5 anos de idade. Seu padrasto era o comandante militar João Miguel Rosa, que foi
nomeado cônsul de Portugal em Durban, na África do Sul. Acompanhando a família Fernando
seguiu para a África do Sul, onde recebeu educação inglesa. Estudou em colégio de freiras e na
Durban High School.
• Em 1901, Fernando Pessoa escreveu seus primeiros poemas em inglês. Em 1902 a família voltou
para Lisboa. Em 1903 Fernando Pessoa retornou sozinho para a África do Sul e frequentou a
Universidade de Capetown (Cabo da Boa Esperança). Regressou a Lisboa em 1905 e matriculou-
se na Faculdade de Letras, onde cursou Filosofia. Em 1907 abandonou o curso. Em 1912 estreou
como crítico literário na revista “Águia”. Em 1906, Florbela escreveu seu primeiro conto “Mamã!”.
Em 1907 apresenta os primeiros sintomas de uma doença nervosa. Em 1908 ficou órfã de mãe e
junto com o irmão, passa a morar com o pai e a madrasta. Ingressa no Liceu de Évora, onde
permanece até 1912. No ano seguinte, casa-se com Alberto Moutinho, um amigo da escola. Em
1917 está novamente sofrendo uma crise nervosa.
• A partir de 1915 liderou o grupo de jovens – Mário de Sá-Carneiro, Raul Leal, Luís de Montalvor,
Almada-Negreiros e o brasileiro Ronald de Carvalho, que resolveu fundar a revista “Orpheu”, uma
publicação que foi porta-voz dos ideais de renovação futurista desejados pelo grupo, defendendo a
liberdade de expressão, numa época em que Portugal atravessava uma profunda instabilidade
político-social da primeira república.
O Autor
• Principais heterônimos de Fernando Pessoa:
• Alberto Caeiro nasceu em Lisboa, em 16 de abril de 1889. Órfão de pai e mãe, só teve instrução primária e viveu
quase toda a vida no campo, sob a proteção de uma tia. Poeta de contato com a natureza, extraindo dela os valores
ingênuos com os quais alimenta a alma. Para Caeiro, “tudo é como é”, “tudo é assim como é assim”, o poeta reduz
tudo à objetividade, sem a mediação do pensamento. O poema “O Guardador de Rebanhos” mostra a forma simples e
natural de sentir e dizer desse poeta. Alberto Caeiro morreu tuberculoso, 1915.
• Ricardo Reis nasceu na cidade do Porto, Portugal, no dia 19 de setembro de 1887. Teve formação em escola de
jesuítas e estudou medicina. Monarquista, exilou-se no Brasil, por não concordar com a Proclamação da República
Portuguesa. Foi profundo admirador da cultura clássica, tendo estudado latim, grego e mitologia. A obra de Reis é a
ode clássica, cheia de princípios aristocráticos.
• Álvaro de Campos nasceu no extremo sul de Portugal, em Tavira, em 15 de outubro de 1890. É o poeta moderno,
aquele que vive as ideologias do século XX. Estudou Engenharia Naval, na Escócia, mas não podia suportar viver
confinado em escritórios. De temperamento rebelde e agressivo, seus versos reproduzem a revolta e o inconformismo,
manifestados através de uma verdadeira revolução poética. Escreveu “Ode Triunfal”, “Ode Marítima” e “Tabacaria”.
• Bernardo Soares é um dos heterônimos que o próprio Fernando Pessoa definiu como sendo um “semi-heterônimo”.
É o autor do Livro Desassossego.

• Fernando Pessoa faleceu em Lisboa, Portugal, no dia 30 de novembro de 1935.


O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,


Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
Autopsicografia
E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.
O/ po/e/t/a/ é/ um/ fin/gi/dor./ A
Fin/ge/ tão/ com/ple/ta/men/te/ B
Que/ che/ga/ a/ fin/gir/ que/ é/ dor/ A
A/ dor/ que/ de/ve/ras/ sem/te./ B
Escansão
O poema, em redondilha maior, é composto de quadras
(estrofes de quatro versos) de sete sílabas poéticas,
com rimas variadas em abab/cdcd/efef, ora ricas ora
pobres. Aspectos Estruturais
O poema apresenta o seu tema
central já no seu primeiro verso.
Pessoa afirma que o poeta é o
indivíduo que transcende a
realidade sensível ao elevar o
mundo de nossas percepções ao
nível da obra de arte.
Análise
O poeta por meio da sua imaginação
extrai das experiências que ele
tem ou não, toda o poético que
interpretativa
compõe a poesia.
Referências

CANDIDO, Antonio. Na sala de aula: caderno de


análise literária. São Paulo: Ática, 1985.
GOLDSTEIN, Norma. Versos, sons e ritmos. São
Paulo: Ática, 2002.

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