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A ERA DOS -ISMOS

DA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII AOS DIAS ATUAIS


INTRODUÇÃO

Na cultura ocidental, a segunda metade do século XVIII coincidiu com a última parte do período do iluminismo.

Este movimento, humanitário e secular por natureza, enfatizava a razão, a lógica e o conhecimento. Aqueles que

se baseavam na religião, na superstição e no poder supremo para manterem as posições de poder, viram a sua

autoridade questionada e eventualmente reduzida. A crença nos direitos humanos e na irmandade sobrepôs-se ao

direito divino dos reis, até então considerado inegável. Ambas as revoluções americana e francesa foram

combatidas durante esta metade do século. Considerando este período como um grande ponto de reviravolta, os

filósofos e escritores promoveram a razão em detrimento do costume ou da tradição como o melhor guia da

conduta humana.

Uma mudança paralela ocorreu na música ocidental durante a segunda metade do século XVIII. Denominado
normalmente "período clássico“.
PERÍODO CLÁSSICO (1750-1810)

O Período Clássico ou Classicismo, foi um período musical caracterizado pela


objectividade (controlo, brilho e requinte), claridade, periodicidade (fraseologia regular) e equilíbrio.

Novos instrumentos vão surgindo nas orquestras e elas vão aumentando de tamanho.

A música passa a ser não tão complicada quanto à barroca, procurando apenas realçar a graça e a
beleza das melodias e apresentar-se elegante e distinta.

Traços de claridade e simplicidade, juntamente com uma elaboração sistemática de ideias, uma
aproximação universal à expressão musical e uma preocupação com o equilíbrio entre estrutura e
expressão, formam a base do estilo clássico.
PERÍODO CLÁSSICO (1750-1810)

FORMA - SONATA

A forma – sonata surgiu no início do Classicismo, embora não se saiba quem foi seu criador, ela deve
muito de sua existência a um dos filhos de Bach, Carl Philipp Emanuel, foi um dos primeiros a adotá-la
em seus concertos, sonatas e sinfonias, e praticamente definiu a forma.

No barroco o termo “sonata” era usado para definir qualquer gênero


Puramente instrumental. Eram compostas no esquema A-B
PERÍODO CLÁSSICO (1750-1810)

FORMA - SONATA

A forma – sonata pode ser esquematizada como qualquer forma ternária, A-B-A, porem ficou mais
usual anotar a sonata como: Exposição - Desenvolvimento – Reexposição.

A forma – sonata se inicia com a exposição, onde são apresentados os temas; no desenvolvimento,
eles são transformados, tratados de maneiras diferentes; na reexposição, o material temático
Retorna à sua forma original, embora nem sempre isso signifique um retorno literal.

ESTRUTURA

*Exposição:

Tema A na tônica, Tema B na dominante


PERÍODO CLÁSSICO (1750-1810)

FORMA - SONATA

ESTRUTURA

*Desenvolvimento:

Temas A` e B` executados aleatoriamente em tons distintos

Reexposição:

Temas A e B na tônica ou na dominante


PERÍODO CLÁSSICO (1750-1810)

FORMA - SONATA

Resumo Geral da Estrutura da Sonata

Exposição

A ponte B Coda

Tônica modulante dominante

Desenvolvimento - livre

Reexposição

A ponte B Coda

subdominante modulante dominante


PERÍODO CLÁSSICO (1750-1810)
PERÍODO ROMÂNTICO (1810-1900)

No Período Romântico ou Romantismo a Orquestra Sinfônica atinge seu ápice, em quantidade e tipos de

instrumentos. Os compositores dessa época pretendiam romper com o clássico, desestabilizando a música

considerada por eles como ultrapassada. Promoveu, assim, a liberdade de forma, maior expressividade das

emoções, dando uma ênfase maior na harmonia. Houve uma maior preocupação em consolidar uma Música

Nacional, que valorizasse as lendas dos seus países, inspirando-se nas canções folclóricas. Os que se

destacaram nessa época foram Frederic Chopin, Robert Schumann, Peter Tchaikovsky, Johannes Brahms, Felix

Mendelssohn, Carl Von Weber, Gioacchino Rossini, Franz Schubert, Hector Berlioz, Franz Liszt, Richard Wagner,

Bedrich Smetana, Gustav Mahler e Richard Strauss. No Brasil, Carlos Gomes alcança grande prestígio com as

óperas “O Guarani”, “Fosca”, “O Escravo”, dentre outras composições.


Período Moderno (1900 em diante)

Introduziu-se nas orquestras a música Eletro-acústica, sintetizadores. Contudo, a

essência da Orquestra Sinfônica continua a mesma. Nesse contexto, aparece uma

derivação da OS: a Orquestra Jazz-Sinfônica. A diferença entre elas é que na Jazz-

Sinfônica aparece instrumentos como trompetes, trombones, todas as categorias de

sax e bateria.

Esse período é dividido em várias subdivisões, tais como Neoclássico, Contemporâneo e

Vanguarda. Destacam-se neste cenário os Neoclássicos Carl Orff, Paul Hindemith,

Maurice Ravel, Igor Stravisky, Benjamin Britten, Dimitri Schostakovich, Sergei Prokofieff,

Heitor Villa-Lobos; os Contemporâneos Arnold Schoemberg, Alban Berg, Anton Webern,

Kristoff Penderecky, Bela Bartok, Olivier Messiaen e os Vanguardistas: Pierre Boulez,

Karlheinz Stockhausen, John Cage, entre outros.

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