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Gestão Estratégica de

Estoques/Materiais

Prof. Msc. Lucio Sanches

Data: 30/07/2013
O PAPEL DO ESTOQUE
NAS EMPRESAS

2
GESTÃO DE ESTOQUE

Demanda Investimento

Adequação
do Estoque

•Série de ações que permitem ao administrador


verificar se os estoques estão sendo bem
utilizados, bem localizados - em relação às
unidades que deles se utilizam - bem manuseados
e bem controlados.
•Os estoques tem a função de atuar como
reguladores do Fluxo de Negócios. 3
GESTÃO DE ESTOQUE

Classificação
ABC
Parâmetros de
Previsão de
Ressuprimento
Demanda
Gestão
Inventário de Estoques Reposição
Físico

Armazenagem, Indicadores
Manuseio Gerenciais

Sistema de Informações

4
Razões para manter Estoques

Grandes lotes
Pronto Disponibilidade
C
atendimento o de produtos
M
p
r
a
s

Estoques
F
i
n
a
n
ç
a
s
Segurança Nenhum
risco de falta
Especulação 5
Conflitos Interdepartamentais

DEPTO. DE COMRAS DEPTO. FINANCEIRO


Matéria - Prima Desconto sobre as quantidades Capital investido
( Alto - estoque ) a serem compradas Perda Financeira

Matéria - Prima DEPTO. PRODUÇÃO DEPTO. FINANCEIRO


( Alto - estoque ) Nenhum risco de falta de Maior custo de armazenagem e
material perdas por obsolescência

DEPTO. VENDAS DEPTO. FINANCEIRO


Matéria - Prima Entregas rápidas, boa imagem, Capital investido
( Alto - estoque ) melhores vendas Maior custo de armazenagem

6
Argumentos: “Os Estoques
devem ser mantidos”

 Melhorar os serviços aos clientes;


Obter economia de escala – custos menores
quando fabricado continuamente e em
quantidades constantes;
Proteção contra mudanças de preços em
períodos de inflação elevada;
Proteção contra incertezas na demanda e no
tempo de entrega; e
Proteção contra contingências (incêndios,
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greves, inundações, instabilidades políticas, etc).
Argumentos: “Os Estoques
não devem ser mantidos”

 Obsoletismo e preservação(perdas);
Espaço para armazenagem - Aluguel e seguro;
Necessidades de equipamentos para
movimentação;
Necessidade de pessoal qualificado/sistemas;
E, principalmente, capital empatado.

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Gestão de Estoques Ineficiente

 Faltas freqüentes de materiais


Falta de espaço para armazenagem
Baixa rotatividade dos estoques
Grande número de compras urgentes
Flutuação do capital de giro
Atritos freqüentes intersetoriais

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Custos da Falta de Estoque

 Lucro perdido
Má impressão ao Cliente
Custos adicionais
Tempo ocioso de pessoal e equipamentos
Tempo extra

10
INDICADORES DE ESTOQUE

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INDICADORES DE ESTOQUE

 Indicadores de produtividade na análise e controle


de estoques:
 Inventário Físico x Contábil
 Acurácia dos Estoques
 Nível de Serviço
 Giro de Estoques
 Cobertura dos Estoques

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Inventário Físico

 Inventário Físico – contagem física dos Estoques.


 Diferenças entre o Estoque Físico e Sistema de
Controles devem ser feitos ajustes, conforme
determinações contábeis e tributárias.
 Pode ser periódico:
 Normalmente no encerramento de períodos
fiscais ou duas vezes por ano, contando todo o
estoque físico da empresa.
 Força tarefa – a contagem deve ser feita no
menor tempo possível. 13
Inventário Físico

Pode ser rotativo :


 São contados itens do estoque de forma
permanente.
 Deve-se definir um programa de trabalho para
contar todos os itens durante o período fiscal.
 Exige uma equipe exclusivamente dedicada a
contagem, durante todo o ano.
 Um critério usual é contar a cada três meses:
100% dos itens da Classe “A”; 50 % dos da
classe “B” e 5% dos itens da classe “C”. 14
Acurácia dos Controles

Determina a relação entre o número de itens ou


valores corretos e a quantidade ou valor total de
itens apurados no inventário.

Acurácia = NumItensCorretos / NumTotalItens

Acurácia = VlrItensCorretos / VlrTotalItens

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Acurácia dos Controles
Classe Itens % Itens Itens com Acurácia
Contados Contados Diverg.
A 4.910 29,03% 268 0,9454
B 9.125 53.95% 438 0,9520
C 2.880 17,02% 55 0,9809

Total 16.915

Solução:
(0,2903 x 0,9454) + (0,5395 x 0,9520) + (0,1702 x 0,9809)
Acurácia do Controle: 95,50 % 16
Nível de Serviço

Indica a capacidade de atendimento das solicitações


feitas pelos usuário do estoque.

Nível de Serviço = NumReqAtendidas / NumReqEfetuadas

Exemplo:
Número de Requisições em três meses de 3.100
requisições (com média de 1,45 itens por requisição),
foram entregues 4.400 itens. Qual o nível de
atendimento do almoxarifado?

Solução: Nível de Serviço = 4.400 / 4495 => 97,88%.


17
Giro de Estoques
Mede quantas vezes, por unidade de tempo, o estoque se
renovou ou girou.

Giro de Estoques = (VlrConsPeriodo / VlrEstMedioPeriodo)

Exemplo:
Em seis meses foram registradas R$ 1.667.037,59 de
saídas e o estoque médio é de R$ 96.099,53.

Solução:
Giro de Estoque = 1.667.039,29 / 96.099,53 => 17,34
vezes
18
Cobertura de Estoques

Indica o número de unidades de tempo (dias) que o estoque


médio será suficiente para cobrir a demanda média.

Cobertura = NumDiasPeriodo / Giro

Exemplo (Anterior):
Número de dias = 6 meses x 30 = 180 dias
Giro: 17,34
Solução:
Cobertura = 180 / 17,34 = 10,38 dias

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Tipos de Estoques

 Matérias primas – itens usados no processo de


transformação em produtos acabados. Materiais
Diretos (que se incorporam ao produto final),
Materiais Indiretos (que não se incorporam ao
produto final).
Produtos em processo (WIP - work in process)
– Materiais que começaram a sofrer alterações,
sem contudo estar finalizado.
Produtos acabados – São os itens que já estão
prontos para ser entregues aos consumidores finais.
20
Tipos de Estoques

Em trânsito – correspondem a todos os itens


que já foram despachados de uma unidade fabril
para outra, normalmente da mesma empresa, e
que ainda não chegaram ao seu destino final.
Em consignação – são os materiais que
continuam sendo propriedade do fornecedor até
que sejam vendidos. Em caso contrário, são
devolvidos sem ônus.

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Tipos de Demanda

Diretos: são os que se agregam ao


produto final. Por exemplo: a borracha que
faz parte da composição de um pneu.
Indiretos (não produtivos, auxiliares):
são utilizados no processo de fabricação,
mas não se agregam ao produto final.Por
exemplo: a estopa usada para limpar um
molde que vai fazer um pneu.
22
Tipos de Demanda

 Demanda independente: são itens que


dependem, em sua maioria, dos pedidos de
clientes externos, como, por exemplo,
produtos acabados em geral.
 Também itens de manutenção e de uso
interno requisitados por outros setores da
empresa, como material de escritório.
23
Tipos de Demanda

Demanda dependente é aquela de um item


cuja quantidade a ser utilizada depende da
demanda de um item de demanda
independente.
O item pneus em uma montadora é
dependente do número de veículos
demandados pelo público (5 pneus por carro).

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Gráficos de Estoques

Reposição Contínua ou Lote Padrão


EMÁX

Q Q Q
EM
PP

ES

25
TA TA TA Tempo
IP IP
Gráficos de Estoques

Reposição Periódica ou Intervalo Padrão


EMÁX
Estoque

Q1 Q2 Q3

Q1 Q2 Q3

ES

TA1 TA2 TA3 Tempo 26


IP IP
CUSTOS DE ESTOQUE

27
Custos de Estoque

Armazenagem  quanto mais estoque  mais área


necessária  mais custo de aluguel.
Manuseio  quanto mais estoque  mais pessoas e
equipamentos necessários para manusear os estoques  mais
custo de mão de obra e de equipamentos.
Perdas  quanto mais estoque  maiores as chances de
perdas  mais custo decorrente de perdas.
Obsolescência  quanto mais estoque  maiores as chances
de materiais tornarem-se obsoletos  mais custos decorrentes de
materiais que não mais serão utilizados.
Furtos e Roubos  quanto mais estoques  maiores as
chances de materiais serem furtados e/ou roubados  mais
custos decorrentes.
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Custos Totais de Estoque

Custos Totais = Custos Diretamente Proporcionais +


Custos Inversamente Proporcionais +
Custos Independentes

Custos • Custo de Carregamento (Cc)


Diretamente • Custo do Capital
Proporcionais • Custo de Armazenagem

Custos
• Custo Obtenção do Pedido ou Preparação
Inversamente (Cp)
Proporcionais

• Custos de Aluguel de um Galpão


Custos • Energia Elétrica
Independentes • Custo do Sistema de Informação 29
Custos Diretamente Proporcionais

Custo de Carregamento (Cc)= CA + i x P


(Carrier Cust)

 Custo de Carregamento representa todas as despesas diretas e


os custos de se manter o estoque.
 Custos de Armazenagem
 Seguros e Impostos
 Perdas de Obsolescência, deteriorização ou furto
 Custos do capital aplicado em estoques.

A soma destes custos pode ser substancial, variando


aproximadamente entre 20 e 40% do valor do estoque anual.

30
Custos Diretamente Proporcionais

Custo do Capital = i x P

 Corresponde ao custo do capital investido


i – taxa de juros correntes
P – valor do item comprado dos fornecedores ou custo de
fabricação se o mesmo for produzido internamente.

Custo de Armazenagem = CA

 Somatório dos custos relacionados a armazenagem, como:


Custos de manuseio + Custos de Perdas + Custo de
Obsolescência.
31
Custos Diretamente Proporcionais

 Exemplo:
Um item tem custo de armazenagem anual de R$ 0,60 por
unidade e preço de compra unitário de R$ 2,00. Considerando
uma taxa de juros de 12% ao ano, calcular o custo de
carregamento deste item.
Solução
CA = R$ 0,60/unidade ano
i = 12% a.a. = 0,12 a.a
P = R$ 2,00 / unidade
Cc = CA + (i x P)

Cc = R$ 0,60/unidade.ano + (R$ 0,12/ano x R$ 2,00/unidade)


Cc = R$ 0,60/unidade.ano + R$ 0,24/ano
Cc = R$ 0,84/unidade.ano 32
Custos Inversamente Proporcionais

 São custos que diminuem de acordo com o aumento do


Estoque Médio.
Quanto mais elevados os estoques médios, menores são
estes custos.
 São os denominados Custos de Obtenção ou de Pedido ou
Custos de Preparação (fabricado internamente).
Quanto mais vezes Num. Compras Tamanho Lote Estoque Médio
comprar ou fabricar
=> menores os 1 Q=D Em = Q/2 = D/2
estoques e maiores os 2 Q = D/2 Em = Q/2 = D/4
custos de obtenção ou 3 Q = D/3 Em = Q/2 = D/6
preparação.
4 Q = D/4 Em = Q/2 = D/8

33
Custos Inversamente Proporcionais

Custo Obtenção do Pedido ou Preparação (Cp) =


Número de Pedidos no Período x Custo do Pedido no
Período

Qtde Pedidos Custo de Estoque Médio


Custo de cada Período Obtenção (Q/2)
Pedido = 15,00
1 15,00 6.000
Demanda Anual =
2 30,00 3.000
12.000
10 150,00 600

Custo do Pedido = soma de todos os custos incorridos desde


o momento em que o pedido é feito até o momento em que a
mercadoria chega no estoque. Estes custos incluem: pessoal e
despesas de escritório; transporte da mercadoria e custos de
inspeção da mercadoria. 34
Custos Inversamente Proporcionais

Número de Pedidos (N) = D / Q

C (inversamente proporcionais) = N x Cp ou

C (inversamente proporcionais) = (D / Q) X Cp

35
Custos Inversamente Proporcionais

Exemplo:

Uma empresa revende o produto FR56, que é utilizado na


construção de residências e tem uma demanda anual
estimada em 2400 unidades. Ele trabalha com apenas um
fornecedor localizado a 450 Km de distância. O custo de
transporte, de R$ 240,00 por lote, fica por conta do
comprador. O custo de emissão de um pedido é estimado em
R$ 50,00. Sabendo que a empresa planeja comprar todo o
mês o FR56 de seu fornecedor, determinar o custo anual de
obtenção em que ela irá incorrer.

36
Custos Inversamente Proporcionais

Solução:
D = 2400 unidades/ano
n = 12 pedidos/ano
Q = D/n = 2400/12 = 200 unidades/pedido ou 200 unidades/lote
Custo incorrido = custo de obtenção + custos de transporte
Custo incorrido = 12 x 50 + 12 x 240
Custo incorrido = 12 x (50 + 240) = 12 x 290
Custo incorrido = R$ 3.480,00/ano

Obs.: deve-se notar que os custos de obtenção e de transporte, por


serem inversamente proporcionais ao estoque médio, se somam.

37
Custos Independentes

 São custos que independem do Estoque Médio.


 Custos de Aluguel de um Galpão, por exemplo.
 Eles independem da quantidade estocada e são
expressos em unidade monetária por período.

38
Resumindo - Custos Totais

CT = (CA + i x P) x (estoque médio) +


Cp x (número de pedidos efetuados) +
Custos Independentes
ou
CT = (CA + i x P) x (Q/2) +
Cp x (D/Q) +
CI
39
Exemplo

 Determinar o custo anual de manutenção dos estoques de


uma empresa que comercializa um produto cuja demanda
anual é de 40.000 unidades. O produto é comprado por R$
2,00 a unidade. Numa taxa de juros de 24% ao ano, os
custos anuais de armazenagem são de R$ 0,80 por unidade,
e os custos fixos anuais para este item de estoque são
estimados em R$ 150,00. Os custos de obtenção são de R$
25,00 por pedido. Calcule o custo total de estocagem para
lotes de compra de 1.000, 1.200 e 1.400 unidades.

40
Exemplo

a) Q = 1.000 unidades
CT = (0,80 + 0,24 x 2) x (1000/2) + (25) + (40000/1000) + 150
CT = 640 + 1000 + 150
CT = R$ 1.790/ano
b) Q = 1.200 unidades
CT = (0,80 + 0,24 x 2) x (1200/2) + (25) + (40000/1200) + 150
CT = 768 + 833,33 + 150
CT = R$ 1.751,33/ano
c) Q = 1.400 unidades
CT = (0,80 + 0,24 x 2) x (1400/2) + (25) + (40000/1400) + 150
CT = 896 + 714,28 + 150
CT = R$ 1.760,28
41
Comparação

Verifica-se que CT para um lote de 1.000 unidades é de R$ 1.790,00 por


ano, diminuindo para R$ 1.751,33 quando o lote passa para 1.200
unidades e aumenta novamente para R$ 1.760,28 quando o lote
passa para 1.400 unidades.

Qual seria então o tamanho do lote que minimiza o


custo total??

A resposta está no Lote Econômico de Compra, que


será visto adiante.
42
Lote Econômico de Compra

É o lote que minimiza o Custo Total de


Estocagem

LEC = (2 x Cp x D) / Cc

Cp: custo para fazer um pedido de compra


D: demanda no período
i: taxa de juros no período
Cc: custo de carregamento => Ca + i x P 43
Lote Econômico de Compra

Custo ($)

CT

CC

CP
CI

LEC Q

44
Lote Econômico de Fabricação

• Três casos :

a) V > D acúmulo de peças fabricadas (calcula LEC)


b) V = D não tem sentido falar em LEC
c) V < D há necessidade de compra de terceiros ou
aumento de capacidade interna de produção

V = velocidade de fabricação
D = demanda (velocidade de consumo)
45
Fórmula do LEF

• t=Q/V
– t = tempo p/ produzir lote Q
– Q = lote de fabricação
– V = velocidade (ou cadência) de fabricação

• C=txD
– C = consumo do item durante o tempo de fabricação do
lote Q
– D = demanda do item
46
Fórmula do LEF

LEF = (2 x Cs x D) / (Ca +i x P) x (1 - D/V)

Cc: custo unitário do material comprado


Cs: custo de preparação ou setup
V: velocidade de fabricação
D: demanda (velocidade de consumo)

47
Críticas ao LEC

• Parcerias
• JIT = one piece flow - lote ideal é de uma peça - o custo de
setup ou compra deve ser desprezível.
• A curva do CT é extremamente achatada nas
proximidades do LEC, logo não há um ponto (lote) ótimo de
compra, mas uma região (vários valores de LEC).
• O modelo pressupõe demanda constante durante o período
em estudo, o que é utópico.
• O levantamento de alguns custos, como carregamento,
aluguel de área ocupada dependem de rateios discutíveis.
• Custos como de obsolescência são intangíveis (não
mensuráveis).
Prof. Msc. Marco Aurélio 48
LOCALIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO
DE ESTOQUES
Agosto/2013

49
O Processo de Classificação
e Codificação de Materiais

 Estabelecer uma padronização através da


identificação, da catalogação, da codificação
e do cadastramento de todos os materiais da
empresa, atuando, portanto, como uma
função-meio destinada ao apoio das demais
atividades de suprimento.

50
Padronização
 Diminuir o número de itens no estoque;
 Simplificação dos materiais;
 Reduzir a quantidade de itens estocados;
 Adquirir materiais com maior rapidez;
 Evitar a diversificação de materiais de mesma aplicação;
 Obter maior uniformidade dos itens em estoque.

Partes Intercambiáveis: permite atender a diversos


produtos a partir de uma base reduzida de suprimentos.

51
Identificação
 Primeiro e mais importante passo para a classificação
do material.
 Análise e registro dos principais dados
individualizadores, que caracterizam e particularizam um
item em relação ao universo de outros materiais
existentes na empresa.
 Conseqüências da identificação incorreta ou incompleta:
*** duplicidade no estoque;
*** divergências de saldos físicos;
*** controle duplos;
52
*** estatísticas de consumo falhas.
Catalogação e Codificação

Catalogação: especificação das principais características


do item.
Codificação: atribuição de um código representativo dos
elementos identificadores do item; simboliza a identidade
do material.

Exemplo:
X
XXX
XXX
XXX

GRU
PO SUBGRUP
O S
EQUEN
CIA
L
C
LASSE S
UB CL
ASSE CON
TROLE
53
Codificação e Descrição

4
0 2
50 2
000
1

MA
TER
IAL R
OLA
MENTOSMANCA
IS S
EQUEN
CIA
L
M
ECAN
ICA EAC
ESSÓRIO
S CON
TROLE

Codificação e descrição:
4025020001- Rolamento de Esferas ZZ contra-recuo
rotação direcional 54
Localização de Estoques

Forma de endereçamento dos itens estocados para fácil localização


no almoxarifado.

AA.B.C.D.E

AA – Código do Almoxarifado ou Área de Estocagem


B – Número da Rua
C – Número da Prateleira ou Estante
D – Posição Vertical
E – Posição Horizontal dentro da posição vertical.
55
CLASSIFICAÇÃO ABC
Agosto/2013

56
CLASSIFICAÇÃO/CURVA ABC

 Processo de divisão de itens em três classes,


de acordo com a quantia demandada e a
utilização de capital.

 É obtida através da ordenação dos itens


conforme sua importância relativa.
CLASSIFICAÇÃO/CURVA ABC

Cerca de 20% dos itens vendidos somam


cerca de 80% do volume anual de consumo
da empresa (consumo X preço).

Os demais 80% dos itens consumidos somam


apenas 20% do volume anual.
Definição das Classes

Classe A: representam cerca de 20% dos itens


vendidos ou mantidos em estoque e 80% do
faturamento. Portanto, poucos produtos, se bem
administrados, têm potencial de redução nos riscos
associados à demanda.

 Grupo prioritário
 Modelo individualmente para cada produto
 Revisão e atualização constante do modelo.
Definição das Classes

Classe B: representam cerca de 30% dos itens vendidos


ou mantidos em estoque e 15% do faturamento.
 Modelos individuais de estoques, mas
investigação detalhada dos itens neste grupo
tende a não se pagar.
Classe C: representam cerca de 50% dos itens vendidos
ou mantidos em estoque e 5% do faturamento.
Modelos agregados de estoques.
Justificam menos atenção por parte da
administração.
Representação dos valores para classificação

100%
Volume anual consumido

Itens Estocados / consumidos 100%


Informações para elaboração de uma classificação ABC:

Material Preço Unitário Consumo Anual (un)


A R$ 2,00 10.000
B R$ 14,00 20.000
C R$ 45,00 500
D R$ 23,00 5.000
E R$ 7,00 10.000
F R$ 900,00 30
G R$ 42,00 500
H R$ 12,00 1.000
I R$ 8,00 1.000
J R$ 58,00 150
Cálculo do valor do consumo:

Material Preço Unitário Consumo Anual (un) Valor Consumo (R$/ano)


A R$ 2,00 10.000 R$ 20.000,00
B R$ 14,00 20.000 R$ 280.000,00
C R$ 45,00 500 R$ 22.500,00
D R$ 23,00 5.000 R$ 115.000,00
E R$ 7,00 10.000 R$ 70.000,00
F R$ 900,00 30 R$ 27.000,00
G R$ 42,00 500 R$ 21.000,00
H R$ 12,00 1.000 R$ 12.000,00
I R$ 8,00 1.000 R$ 8.000,00
J R$ 58,00 150 R$ 8.700,00
Cálculo do % para classificação:

Material Valor Consumo(R$/ano) Valor consumoacumulado %sobreValor Total


B R$ 280.000,00 R$ 280.000,00 47,93%
D R$ 115.000,00 R$ 395.000,00 67,61%
E R$ 70.000,00 R$ 465.000,00 79,60%
F R$ 27.000,00 R$ 492.000,00 84,22%
C R$ 22.500,00 R$ 514.500,00 88,07%
G R$ 21.000,00 R$ 535.500,00 91,66%
A R$ 20.000,00 R$ 555.500,00 95,09%
H R$ 12.000,00 R$ 567.500,00 97,14%
J R$ 8.700,00 R$ 576.200,00 98,63%
I R$ 8.000,00 R$ 584.200,00 100,00%
Classificação ABC:

Material % sobre Valor Total % Classificação Classificação


B 47,93% AA
D 67,61% 80,00% A
E 79,60% A
F 84,22% B
C 88,07% B
15,00%
G 91,66% B
A 95,09% B
H 97,14% C
J 98,63% 5,00% C
I 100,00% C
Exercício

Demanda
Item Custo
Média Anual
1 2000 R$ 156,00
2 1200 R$ 55,00
3 100 R$ 314,00
4 500 R$ 30,00
Exercício: Você tem a tarefa de 5 4800 R$ 1,80
elaborar uma política de estoques, 6 250 R$ 19,00
7 120 R$ 25,00
para tanto está inicialmente
8 100 R$ 19,00
classificando os materiais através de 9 1000 R$ 1,00
uma Classificação ABC. Defina a 10 30 R$ 25,00
classe dos materiais, com base nas 11 500 R$ 0,80
seguintes informações coletadas do 12 100 R$ 1,30
sistema de informações da empresa. 13 10 R$ 5,00
14 100 R$ 0,20
15 6 R$ 2,00
16 100 R$ 0,06
CURVA ABC

Uma análise da Curva ABC exclusivamente em relação a valores podem


apresentar distorções perigosas, pois ela não considera a importância do
bem para o processo produtivo da empresa.
Um simples parafuso da curva “C” pode interromper a produção de um
equipamento ou instalação essencial à produção dos bens e serviços.
Pode ser usado o conceito de criticidade dos itens de estoque.
Criticidade é a avaliação dos itens quanto ao impacto que ele causará a
sua falta na operação da empresa, podendo ocasionar altos custos na sua
imagem.
“A” – falta provoca parada na produção
“B” – não provoca efeitos a curto prazo
“C” – demais itens.
AVALIAÇÃO DE ESTOQUE
Agosto/2013

68
Avaliação do Estoque

 A Avaliação de estoque influi no custo dos


bens vendidos ou das matérias-primas
usadas na produção.
 Avaliação feita com base nos preços dos
itens existentes no estoque.
 Métodos: Custo Médio, PEPS (FIFO) e UEPS
(LIFO).
69
Avaliação do Estoque

 Fatores que justificam a avaliação de


estoques:
 Assegurar que o capital imobilizado em estoques
seja o mínimo possível;
 assegurar que estejam de acordo com a política
da empresa;
 valor desse capital seja uma ferramenta de
tomada de decisão;
 evitar desperdícios como obsolescência, roubos,
extravios,....
70
Método do Custo Médio

 Tem como base a fixação do preço médio entre as


entradas e as saídas.
 Exemplo: Peça XX teve no mês de março de 2006 a
seguinte movimentação:

E ntradas S aídas Saldos


P reço P reço Preço
Data H istórico Q tdade Unitário Total ($) Qtdade Unitário Total ($) Qtade M édio Total
02/mar Est. Inicial 10 R $12,00 R $ 120,00 - - - 10 R$12,00 R $120,00
05/mar V enda - - - 5 R$12,00 R $ 60,00 5 R$12,00 R $ 60,00
08/mar C om pra 10 R $15,00 R $ 150,00 - - - 15 R$14,00 R $210,00
10/mar V enda - - - 10 R $14,00 R $140,00 5 R$14,00 R $ 70,00
10/mar C om pra 20 R $18,00 R $ 360,00 - - - 25 R$17,20 R $430,00
15/mar V enda - - - 15 R $17,20 R $258,00 10 R$17,20 R $172,00
20/mar C om pra 10 R $21,00 R $ 210,00 - - - 20 R$19,10 R $382,00
28/mar V enda - - - 15 R $19,10 R $286,50 5 R$19,10 R 71 95,50
$
Método PEPS/FIFO

 PEPS (Primeiro a entrar, primeiro a sair)


 FIFO (First In, First Out)
 Avaliação é feita pela ordem cronológica das entradas e
das saídas.
 Sai o material que primeiro integrou o estoque, sendo
substituído pela mesma ordem cronológica em que foi
recebido.

72
Método PEPS/FIFO

 Exemplo: Peça XX teve no mês de março de 2006 a


seguinte movimentação:
E ntradas S aídas Saldos
Preço Preço
Data H istóricoQ tdade Unitário Total ($) Qtdade Unitário Total ($) Qtade Preço Total
02/mar Est.inicial 10 R $ 12,00 R $ 120,00 - - - 10 R$12,00 R$120,00
05/mar V enda - - - 5 R$12,00 R $ 60,00 5 R$12,00 R$ 60,00
5 R$12,00 R$ 60,00
08/mar C om pra 10 R $ 15,00 R $ 150,00 - - -
10 R$15,00 R$150,00
5 R$12,00 R $ 60,00
10/mar V enda - - - 5 R$15,00 R$ 75,00
5 R$15,00 R $ 75,00
5 R$15,00 R$ 75,00
10/mar C om pra 20 R $ 18,00 R $ 360,00 - - -
20 R$18,00 R$360,00
5 R$15,00 R $ 75,00
15/mar V enda - - - 10 R$18,00 R$180,00
10 R $18,00 R $ 180,00
10 R$18,00 R$180,00
20/mar C om pra 10 R $ 21,00 R $ 210,00 - - -
10 R$21,00 R$210,00
10 R $18,00 R $ 180,00
28/mar V enda - - - 5 R$21,00 R$
73105,00
5 R$21,00 R $ 105,00
Método UEPS/LIFO

 UEPS (Último a entrar, primeiro a sair)


 LIFO (Last In, First Out)
 Saem as últimas unidades que deram entrada no
estoque.
 Saldo avaliado ao preço das últimas entradas.

74
Método UEPS/LIFO
 Exemplo: Peça XX teve no mês de março
de 2006 a seguinte movimentação:
En tradas S aídas Saldos
Preço Preço
Data H istó ricoQ tdadeUnitário To tal ($) Qtdade Unitário Total ($) Qtade Preço Total
02/mar Est.inicial 10 R$12,00 R $120,00 - - - 10 R$ 12,00 R$120,00
05/mar V enda - - - 5 R$ 12,00 R $ 60,00 5 R$ 12,00 R$ 60,00
5 R$ 12,00 R$ 60,00
08/mar C om pra 10 R$15,00 R $150,00 - - -
10 R$ 15,00 R$150,00
10/mar V enda - - - 10 R $ 15,00 R $150,00 5 R$ 12,00 R$ 60,00
5 R$ 12,00 R$ 60,00
10/mar C om pra 20 R$18,00 R $360,00 - - -
20 R$ 18,00 R$360,00
5 R$ 12,00 R$ 60,00
15/mar V enda - - - 15 R $ 18,00 R $270,00
5 R$ 18,00 R$ 90,00
5 R$ 12,00 R$ 60,00
20/mar C om pra 10 R$21,00 R $210,00 - - - 5 R$ 18,00 R$ 90,00
10 R$ 21,00 R$210,00
10 R $ 21,00 R $210,00
28/mar V enda - - - 5 R$ 12,00 R$ 60,00
5 R$ 18,00 R $ 90,00 75
COMPARATIVO ENTRE MÉTODOS

Resultados - Saldo Final (mês março)


Custo Médio R$ 95,50
PEPS R$ 105,00
UEPS R$ 60,00

 Melhor resultado é pelo UEPS/LIFO apresentando um


imobilizado em estoques menor. PORÉM, a legislação
brasileira não permite a utilização do método UEPS para
fins de apuração do resultado.
76
Referência

Martins, P. G. e Alt, P.R.C. Administração de Recursos Materiais e


Patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2005.
Bertaglia, P. R. Logística e o Gerenciamento da Cadeia de
Abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2004.
Brand, F. C. Notas de Aulas da Disciplina de Administração de
Recursos Materiais. Disponível no site da UFRGS, 2006.

77
Padronização
 Diminuir o número de itens no estoque;
 Simplificação dos materiais;
 Reduzir a quantidade de itens estocados;
 Adquirir materiais com maior rapidez;
 Evitar a diversificação de materiais de mesma aplicação;
 Obter maior uniformidade dos itens em estoque.

Partes Intercambiáveis: permite atender a diversos


produtos a partir de uma base reduzida de suprimentos.

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