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1.

1 CONCEPÇÕES DE HISTÓRIA
• 1.1.1 Concepção Positivista
• O pensamento de Augusto Comte (1798-1857), denominado
de Positivismo, surge no século XIX, com a pretensão de ser
uma síntese definitiva da evolução humana pautada em
elementos oriundos da lógica das ciências exatas e naturais,
na busca do estado positivo ou científico. (PAIXÃO, 2001;
2003; 2004).
• O caráter fundamental da filosofia positiva é tomar todos os
fenômenos como sujeitos as leis naturais invariáveis, cuja
descoberta precisa e cuja redução ao menor número possível
constituem o objetivo de todos os nossos esforços,
considerando como absolutamente inacessível e vazia de
sentido para nós a investigação das chamadas causas, sejam
primeiras, sejam finais. (COMTE, 1830, p. )
• 1.1.2 Concepção Marxista
• Marx (1818-1883) surge, no século XIX, colocando o homem e
sua história como decorrência das condições materiais
determinadas pela economia política. Os meios de produção e
as classes sociais são fatores que se destacam na estruturação
e organização da sociedade, a partir da distribuição das
riquezas.
• As idéias dependem das condições econômicas da sociedade,
manifestadas na situação socioeconômica dos homens,
distribuídos em classes sociais, nas quais quem detém o
capital, domina os que estão destituídos deste.
1.1.3 Concepção do Annales

• A História faz parte da vida dos homens e


mulheres, que por sua vez, constroem a
existência, em sociedade, com idéias e coisas,
que surgem no cotidiano de uma espécie de
cultura viva ou por outro lado de ambientes
sofisticados e eruditos como as academias
• Segundo Ciro Flamarion Cardoso (1981 apud LOPES, 1989), as principais
características dos Annales são:
• Passagem da História Narração à História Problema;
• O caráter científico da História é dado, mesmo em se tratando de ciência
em construção;
• Contato e debate com as outras ciências sociais (adoção de problemáticas,
métodos e técnicas);
• Ampliação dos limites da História, abrangendo todos os aspectos da vida
social: civilização material, poder e mentalidades coletivas;
• Insistência nos aspectos sociais, coletivos e repetitivos;
• Ampliação da noção de fonte para além da escrita (vestígios
arqueológicos, tradição oral etc.);
• Construção de temporalidades múltiplas, ao contrário do tempo línea
e simples da historiografia tradicional;
Reconhecimento da ligação indissolúvel e necessária entre passado e
presente no conhecimento histórico, reafirmando-se as possibilidades
sociais do historiador.
• História Nova, que, de certa forma, prossegue
a linha da inovação dos Annales, repousa sua
novidade em três processos:
– Novos problemas – põem em causa a própria
História;
• Novas contribuições – modificam,
enriquecem, transformam os setores
tradicionais da história;
• Novos objetos – no campo epistemológico da
História.
• Educação na alta idade média e na baixa idade
média
• As escolas Monásticas (ou abaciais) cuidavam da
formação religiosa por meio do estudo de textos
sagrados e da meditação. As escolas Catedrais
eram escolas com a missão de formar o clero
secular com um modelo educativo didático,
conservador, formalista e não-criativo
caracterizado pela tradição e submissão à
autoridade eclesiástica. Eram escolas construídas
ao lado da igreja em que o bispo tem seu trono
ou cátedra. As escolas palacianas ou palatinas
visavam formar eclesiásticos
A EDUCAÇÃO NA RENASCENÇA E A PEDAGOGIA
HUMANISTA
• Dentro da época moderna temos o fenômeno
da renascença, uma nova fase da cultura
humana, marcada pelo resgate da antiguidade
clássica e pela construção de uma educação
humanista.
Colégio humanista / escola secundária / estudo
do latim e do grego
• A família e a escola são as duas instituições que
ganham importância na construção do novo
sentido pedagógico, a partir da dimensão
humana e se tornam as principais instâncias de
formação dos sujeitos na modernidade.
• A pedagogia humanista resulta, desse tempo, em
que o homem e a sociedade tentam renascer a
partir do resgate dos saberes produzidos na
Grécia e Roma Antiga e das construções artísticas
inspiradas em modelos humanos
• Comenius é maior pedagogo do século XVII,
inaugurando a revolução pedagógica burguesa
com um sentido utópico de “ensinar tudo a
todos”, por meio de sua obra principal
denominada de
• Didática Magna (1657), uma vez que, o
conhecimento é para todos, deve ser
disponibilizado aos homens, secularizado e
laicizado pela pedagogia como uma ciência da
educação universal.
.4 SÉCULO XVII: A REVOLUÇÃO PEDAGÓGICA E A LAICIZAÇÃO
EDUCATIVA
• O sentido de revolução diz respeito em especial, às
mudanças na estrutura do pensamento e na formação
de uma nova mentalidade pautada no “espírito
científico”.
• mudança, na estrutura do pensamento, significa que o
homem passava a ver a natureza como objeto de sua
ação e de seu conhecimento, e sua tarefa consistia em
representá-la. Dessa forma, o homem, ao captar seu
objeto, deveria formular hipóteses e experimentá-las,
continuamente, para se certificar da validade de sua
representação.
3.1 EDUCAÇÃO NO BRASIL COLONIAL
• O tempo colonial compreende o período
histórico, considerado para fins deste estudo
de 1549 a 1822. No início desta fase, a
educação passa a compor a estratégia política
da Coroa Portuguesa, em que o “processo
pedagógico” dos Jesuítas tem como principal
objetivo enquadrar os indígenas na dinâmica
mercantilista como mão-de-obra, fortalecendo
as relações comerciais, especialmente, com a
Inglaterra.
3.1.1 A pedagogia dos jesuítas

• Na lógica escravocrata do Governo Português,


os índios catequizados pelos jesuítas seriam a
nova força de trabalho para a exploração da
terra, por meio do cultivo da cana e da
produção de açúcar: a base da economia
colonial até meados do século XVII. Os braços
de negros e índios seriam a garantia das
divisas financeiras para o fortalecimento de
Portugal no contexto da Europa.
• Segundo Ribeiro (1991), a Educação dos
Jesuítas pode ser dividida em:
• Profissional (voltada para o aprendizado de
técnicas rudimentares e o trabalho manual);
• Feminina (boas maneiras e prendas
domésticas); e
• Elite (educação voltada para o trabalho
intelectual dentro do modelo católico).
• A forma de educar dos Padres Jesuítas é o
único caminho no período colonial para a
formação sistemática da população local
desejosa das primeiras letras para sair da
escuridão do analfabetismo e buscar uma
colocação dentro da ordem religiosa ou
dentro da estrutura política e governamental
que se esboça em torno do Governador Geral.
MARQUÊS DE POMBAL E A ESCOLARIZAÇÃO
COLONIAL
• A presença de Pombal, no Brasil, faz parte de uma
tentativa de organização administrativa e de
estabelecimento da ordem em uma Colônia que
cresce em torno do trabalho dos Jesuítas, colonos
portugueses e escravos, carecendo de uma
autoridade que discipline alguns setores, deixando
claro nas medidas administrativa.
• As medidas administrativas de Pombal
culminaram com a expulsão dos Jesuítas em 1759
(Companhia de Jesus). O motivo apontado era o
fato de eles serem um empecilho na conservação
da unidade cristã e da sociedade civil – razão do
Estado invocada na época por que:
• a) A Companhia de Jesus era detentora de um
poder econômico que deveria ser devolvido ao
Governo; 21
• b) A Companhia de Jesus educava o cristão a
serviço da ordem religiosa e não dos interesses
do país.
• 3.3 A CORTE PORTUGUESA NO BRASIL
• O início do século XIX, precisamente em 1807,
Portugal é invadido pelas tropas francesas,
sob o comando de Napoleão, e a família real,
chefiada por D. João VI e a corte se vêem
obrigadas a virem para o Brasil sob a guarda
inglesa, a conjugação de tais interesses
(grupos coloniais e ingleses) obriga o príncipe
regente a decretar a “abertura dos portos” em
1808 (RIBEIRO, 1991).
• A estrutura do ensino imperial é composta de
três níveis: quanto ao Primário – continua
sendo um nível de instrumentalização técnica
(escola de ler e escrever), pois apenas tem-se
notícia da criação de “mais de 60 cadeiras de
primeiras letras”.
3.4 EDUCAÇÃO NO BRASIL APÓS 1822
• Em 1822, a educação, por causa das ideias
democratizantes de Rousseau e da Revolução
Francesa, começa a preocupar os políticos
brasileiros. Mas, é a fase do romantismo: do
romantismo literário, do indianismo e
também do romantismo educacional.
3.4.1 Algumas realizações

• Na educação, a década de 1850 é marcada por várias realizações,


no entanto, restritas em sua maioria ao município da Corte, por
força da Lei em vigor. Realizações.
• criação da Inspetoria Geral da Instrução Primária e Secundária do
Município da Corte (1854);
• estabelecimento das normas para o exercício da liberdade de
ensino e de um sistema de preparação do professor primário
(1854);
• reformulação dos estatutos do Colégio de Preparatórios, tomando-
se por base programas e livros adotados nas escolas oficiais;
• reformulação do estatuto da academia de Belas Artes (1855);
• reorganização do Conservatório de Música; e
• reformulação dos estatutos da Aula de Comércio da Corte.
(RIBEIRO, 1991, p. 53).
• Educação na Década de Vargas
Getúlio Vargas passa a exercer um papel central
no âmbito da política brasileira. E é sob sua
liderança que se aplica a política do nacional-
desenvolvimentismo, no contexto da qual se dá a
maior parte dessa primeira fase de
industrialização que vai de 1930 a 1961. (RIBEIRO,
1994, p. 154) Para Romanelli (2001), a
implantação definitiva do capitalismo industrial
no Brasil gerou modificações no horizonte
cultural da época. A demanda social da educação
cresce e se consubstancia numa pressão cada vez
mais forte pela expansão do ensino.
. OS PIONEIROS DA EDUCAÇÃO
• O Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova,
republicado em 1932, compõe-se de três partes:
• a primeira, em 22 páginas de autoria de Fernando
de Azevedo, focaliza o atual problema educacional
brasileiro, falando de suas deficiências e propondo a
reconstrução da educação;
• a segunda, o corpo propriamente dito do escrito,
composto de 46 páginas, da autoria de 26 eminentes
educadores- expunha não só a pedagogia da
Escola Nova, mas também a filosofia da educação
social-radical, que irá tomar conta inicialmente do eixo
São Paulo – Rio, e depois de todo o país.
• E a terceira?- Na História da Educação
Brasileira, jamais um escrito teve repercussão
semelhante ao Manifesto dos Pioneiros; seus
líderes desejavam mudar a educação de forma
revolucionária
. Militarismo e Educação no Brasil: os
efeitos do Golpe de 64
• Nesse contexto, podemos destacar o trabalho
desenvolvido pelo educador pernambucano Paulo
Freire, que antes mesmo da ocorrência do golpe já
militava na causa da erradicação do analfabetismo e
por conta desse trabalho ficou exilado de novembro de
1964 a junho de 1980.
• A obra Pedagogia do Oprimido é a síntese da proposta
freiriana para a educação de adultos, publicada no
Brasil, apenas em 1975. No trecho a seguir, o próprio
Paulo Freire relata as dificuldades vivenciadas no
período da ditadura militar, entre outras questões,
tomando como base o percurso para a publicação da
referida obra:

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